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    Arredores - Deserto de Mojave

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    Mensagem por Ankou Qui Mar 10, 2022 10:27 pm





    Deserto de Mojave

    Arredores - Deserto de Mojave XM0oJJk

    Deserto de Mojave é um deserto árido e o mais seco da América do Norte.Está localizado no sudoeste dos Estados Unidos, principalmente no sudeste da Califórnia e no sul de Nevada, e ocupa um total de 124.000 quilômetros quadrados, mas áreas muito pequenas também se estendem para Utah e Arizona.

    Possui clima bastante hostil e abriga formações geológicas famosas, como o Vale da Morte, com seus leitos de lagos secos e cheios de sal. O deserto tem esse nome devido a grande predominância de cobras Mojave, um tipo de cascavel.

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    Mensagem por Ankou Qui Mar 10, 2022 10:28 pm





    Beatrice


    O acesso nem era difícil, a estrada de chão e plana, seca assim como todo o redor, os cânions vermelhos e sólidos compunham parte da paisagem, as montanhas gigantescas mais ao fundo, tão lindo de ver quanto letal pra quem não conhecia, letal até mesmo pra um uratha.

    Era um risco que ela estava tomando, a essa altura estava mais perto dos Anshega da reserva indígena do que dos destituídos de Brimstone.

    A casa parecia intacta, o cactal também, não havia nenhum rastro visível desde todo o acontecido, as duas covas estavam no lugar, mal dava pra perceber o chão remexido, o rastro de Shiriki e do vampiro empalado eram fracos, quase imperceptíveis se ela não tivesse certeza de que eles estiveram ali.

    Os dois fantasmas circundam a casa, o primeiro deles parecia furioso, o rosto masculino se deformava em algo horrendo e voltava ao normal e ele ficava sumindo e aparecendo de um lado pro outro, a mulher por sua vez parecia apática em um canto, parada com um olhar perdido, anestesiado, nenhum dos dois pareciam perceber Beatrice ali, não pareciam perceber eles próprios na verdade.

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    Mensagem por Bastet Qui Mar 17, 2022 11:59 am







    Coração de Tinta


    Beatrice Thompson
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    As coisas ficaram mais difíceis depois daquela noite. A morte de Mercy, a morte de Morgan... O luto de Serge. Bea não se sentia tanto como parte, naquele momento. Talvez nem fossem mais um grupo se o Makya não estivesse entre eles. Provavelmente, só conseguiriam conversar, de fato, quando Beatrice recebesse um julgamento. Até a alma dela ansiava por isso, pois a culpa corroía seu peito.

    Naquela manhã, acordou pensando no dia que ela não participou da caçada. E, em meio às tantas coisas que ela não podia resolver sobre aquele dia e sobre as suas consequências, tinha uma que ela podia e precisava resolver.

    Se vestiu e dirigiu por aquele caminho conhecido, mandando uma mensagem pra Serge e pra Makya quando parou para abastecer “Talvez eu fique sem sinal por algumas horas. Vou estar no Deserto de Mojave, perto de onde vcs lutaram. Resolver um assunto de tribo”.

    Logo foi para lá. Dirigia com cuidado, mais cuidado do que a primeira vez. A estrada vista sem o desespero na mente parecia menos segura e os arredores mais assustadores. Não é atoa que os filhos da puta encurralaram os outros ali.

    Estacionou e desceu na Kombi. Primeiro, deu a volta na casa, analisando as saídas e as janelas. Depois se atentou aos fantasmas, estremecendo ao ver o homem. Sua forma raivosa lembrava um pouco os bichos que estavam sempre com seu pai... Embora aquele fantasma fosse menos assustador.

    Bea entrou na forma de Dalu, após verificar se não tinha ninguém perto. Queria estar pronta, se precisasse, além de acreditar que aquela forma era mais respeitosa para lidar com os não-vivos.

    Andou até a mulher primeiro – Olá? – falou, calma. A expressão gentil a olhando – Você se lembra seu nome? Eu me chamo Beatrice, gostaria de te ajudar, posso?


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    Mensagem por Ankou Sáb Mar 19, 2022 3:21 pm





    Beatrice


    Os arredores pareciam desolados tanto quanto deveriam estar, nada se movia nem mesmo com a constante brisa gelada e árida incessante, mas Bea sabia que quinze quilômetros pro norte ela estaria dentro de território dos puros, sabia que quinze quilômetros pra um uratha era uma questão de poucas dezenas de minutos.

    Nenhum dos dois espíritos parecem perceber ou se importar com a aproximação dela, como se ela não estivesse lá, isso até ela se pronunciar com a mulher.

    Os olhos da mulher se arregalam, dá pra ver nela puro desespero, lágrimas vertendo no rosto, o corpo dela todo treme - Porque… Porque… Proque? - ela parece ignorar Bea enquanto se perguntava, no momento seguinte o movimento dela é rápido um grito desesperado e ela flutua no ar, o corpo dela muda e toma o aspecto da morte, sem lábios, o rosto parece morto e enrugado como o de um zumbi, as roupas nem existem mais, é tudo uma mortalha com braços e dedos pálidos saindo de dentro, nem os lábios dela existem mais, os dentes translúcidos à mostra.

    Um vidro da janela ainda intacto estoura com o grito dela - Por que você nos matou? - apesar da aparência assustadora a voz é frágil e cheia de medo.

    Ela pousa no instante seguinte - Meu marido, onde está meu marido? - a aparência dela volta a ser a de uma dona de casa indígena igual era antes de Bea se aproximar. - Ele sobreviveu, vocês deixaram ele viver? - a voz era cheia de tristeza, a coisa toda parecia um inferno, o marido há poucos metros de distância e ela nem mesmo parecia conseguir vê-lo.
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    Mensagem por Bastet Seg Mar 21, 2022 7:43 pm







    Coração de Tinta


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    Bea dá um passo pra traz quando percebe o comportamento da mulher mudando. Instintivamente coloca o braço na frente do rosto quando ela grita e quebra os vidros. Devia ser uma bosta morrer daquela forma. Violenta, sem motivo. Ela suspirou, dando um pequeno sorriso quando a fantasma “se acalmou”, perguntando sobre o marido.

    - Olha pra mim – usava a voz mais gentil que tinha, porém era assertiva, tentando fazer os olhos da mulher encontrarem os dela – Olha bem pra mim, você lembra do meu rosto aqui, quando essas coisas aconteceram? – mantinha o olhar no dela – lembra de ouvir minha voz ordenando a morte de vocês?.. Eu não fiz isso. Eu vi vocês e vim ajudar. Eu quero mesmo ajudar. Pra isso preciso que você me escute, tudo bem? E me diga seu nome. Será que consegue lembrar? Consegue me falar como eram os rostos dos algozes de vocês? Ou algo que me ajude a identifica-los?

    Esperou a fantasma tentar recobrar um pouco da memória, então voltou a falar – Infelizmente, são vocês dois, sozinhos e enraivecidos aqui. Eu preciso da sua ajuda pra acalmar o seu marido. Depois vou levar vocês, juntos, até um lugar de paz. Você aceita? Deixar esse medo todo pra trás, essa tristeza...

    Sabia que não devia demorar tanto ali, e, se os dois se amavam como parecia, provavelmente iriam querer ir, pra onde quer que fossem após a morte, juntos... E não sofrerem sozinhos ali.  Caso ela concordasse, indicaria onde o marido estava, sem saber se ela conseguiria ver após sair daquele ciclo de medo.

    - Eu preciso tirar ele das memórias que o prenderam aqui. Tinha um nome... uma música ou algo assim, que você o chamasse/cantasse pra ele? – ia se aproximando do homem, tentando analisar se os surtos de raiva tinham algum padrão.


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    Mensagem por Ankou Qua Mar 23, 2022 10:25 am





    Beatrice


    A tentativa de Bea acalmar a alma penada dá certo, a sujeita parece menos arredia, ela responde com a cabeça em positivo primeiro e em negativo depois - Dois deles foram mortos, eu vi eles serem enterrados ali. - Ela aponta pra direção onde as covas estavam, dá pra ver um sorriso perverso surgindo no rosto e que parece que vai deformar a cara dela mais uma vez, mas não chega a tanto.

    Ela se agacha colocando a cabeça entre as pernas - Eles mataram o bivô, o espadachim forasteiro de cabelos cinzas, filho do lobo prateado, ele venceu, e meu bivô correu pra morte de vergonha, é tudo culpa dele, Decker, alguma coisa Decker, vô não gostava dos filhos do lobo prateado, arrogância sem igual, desrespeito sem igual. - a cada palavra o desespero dela aumenta, mas o desabafo parecia melhorar as coisas.

    A mente da fantasma parece vaguear por um tempo - Dois? Meu nome? - ela parece não se lembrar por um tempo nem parece capaz de ver o marido logo ali. - Enola, meu nome é Enola. - ela diz sem muita certeza. - Música? Eu cantava uma música pro meu bebê, era a favorita do bivô, Ly O Lay Ale Loya - ela não parece dizer mais nada, parece ficar de alguma forma catatônica e em silêncio depois daquelas palavras.

    Se aproximar do sujeito é parecido com se aproximar da mulher, ele parece não fazer ideia de que ela consegue vê-lo e parece perdido em seu próprio inferno, mas ele sussurra o tempo todo e fica mais audível a cada passo - Eu vou  matar todos eles, malditos… Matar todos eles… - as palavras num looping infinito, não para de jeito nenhum, nem quando ele se deforma e se torna amorfo.


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    Mensagem por Bastet Qui Mar 24, 2022 6:26 pm







    Coração de Tinta


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    Beatrice ouve com atenção as palavras da mulher, observando as covas que Shiriki tinha cavado. Aproveitou para ver se elas ainda estavam inteiras, afinal, ali era fácil ambos os lados aparecerem para reivindicar seus corpos. Teriam os puros se importado com isso?

    Logo seus olhos voltam para a mulher, franzindo as sobrancelhas com as informações que recebeu. Primeiro pensou que tava falando do Decker mais velho... Mas logo realizou que, na verdade, era possível ser um Decker no meio dos puros. Tentou memorizar as palavras dela, pra anotar quando entrasse na Kombi. Talvez os meninos soubessem mais coisas que aquela informação pudesse ajudar.

    - É um prazer, Enola – Bea ainda usava o tom calmo com ela, não querendo agitar a fantasma. Quando ela falou o nome da música, a Cahalith se lembrou de um sonho que teve dias atrás. No sonho, um índio a puxou para uma roda e ensinou a cantar os versos que se repetiam. Ela não entendeu bem na hora... Mas agora sabia o motivo da lua ter enviado aquele sonho.

    Sorriu para a mulher e andou até o homem, começando a fazer a rítmica com os pés, da melhor maneira que conseguiu sem nenhum instrumento. Quando conseguiu a atenção dele, começou a cantar, até que o comportamento dele fosse um pouco menos hostil.

    Diferente do que fez com a mulher, com ele, Beatrice não deu um passo pra trás enquanto ele gritava e parecia querer matar qualquer um que se parecesse com um de seus assassinos. Deu mais um passo na direção do homem, o olhando nos olhos.

    - Eu sei que você quer vingança. Que sua morte foi horrível. Que você ficou preso aqui, nessa casa onde tudo aconteceu por conta da violência – se ele permitisse, se aproximaria e colocaria as duas mãos em seu rosto, mesmo que ele tentasse tirar – Mas não foi só você que ficou. Olha – viraria o rosto dele na direção de Enola – Vocês não merecem passar o resto da eternidade aqui, em um inferno particular, depois de tudo o que já sofreram... Você quer isso pra você e pra ela? – perguntou, voltando a guiar o rosto dele para olhar pra si.  – A Enola...Você lembra dela? Ela está preocupada contigo. Qual o seu nome? Você deixa eu ajudar vocês? Juntos? – perguntou, soltando o rosto dele com cuidado.

    – As pessoas que fizeram isso com vocês também levaram a vida de uma pessoa muito próxima a mim. Você se lembra de algum detalhe dessa noite? Se você se lembrar de algo, me diz, por favor. – aguardaria a resposta e então olharia para os dois. Estenderia a mão pra cada um deles e, se pegassem, juntaria a dos dois em um aperto imaterial e provavelmente saudoso.

    - Nesse lugar não tem como a alma de vocês ter paz. Eu vou guiar vocês até onde isso pode acontecer, vocês podem me seguir? –– explicou que iriam precisar do território desolado do deserto, indicando para esperarem um pouco enquanto ela estacionava a Kombi na garagem da casa. Não era uma puta proteção, mas parecia que estava dando menos sopa do que no meio da estrada.

    Logo, se tudo desse certo, colocaria suas coisas de valor (computador, celular, uma muda de roupa, o rádio da Kombi, a soqueira etc) numa mochila e trocaria o sapato pra um tênis, e então seguiria pela estrada, com os fantasmas a seguindo, em direção à cidade.

    Quando finalmente tava com sinal, viu se tinha alguma mensagem dos meninos e procurou um lugar alto pra fazer o ritual “Mensageiro”, primeiro para Dobrasin.

    Oi, é a Beatrice. Estou levando dois espíritos para ter paz, queria fazer isso no cemitério do Decker. Acha que pode me ajudar a convencer ele? Agradeço

    Continuou andando, aguardando uma resposta, em direção ao território do Decker, sem ultrapassá-lo. Derretendo de tanto calor e cansaço.

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    Mensagem por Ankou Seg Mar 28, 2022 12:10 am





    Beatrice


    A primeira reação ao se dirigir ao homem era pura agressividade, ele estende a mão pra cima e se cria uma machadinha, tão fantasmagórica quanto ele, o corpo dele era forte e ameaçador, ele era certamente um homem grande e forte em vida, os olhos tomavam tonalidade de um verde fantasmagórico.

    Ele estava pronto pra atacar, mas a lua havia enviado as palavras certas, a canção certa, numa língua que ela nem conhecia, que ela devia ser incapaz de proferir com maestria, ainda assim ela não erra uma palavra e tem certeza disso. O fantasma para em meio a sua investida, a expressão confusa no rosto, no momento seguinte ele parece ceder as palavras macias de Beatrice, o rosto guiado em direção a Enola faz ele parece “humano” novamente, a arma fantasmagórica some tão rapidamente quanto havia aparecido.

    Enola! - Ele grita o nome dela, os olhos arregalados, a expressão de preocupação estampada nele, que se desvencilhar logo e corre em direção a mulher, que ao ser tocada parece despertar de seu transe.

    O abraço e o choro é de pura perda, de amantes que não se viam há décadas, de pais que haviam perdido seu filho, era impossível ficar alheio a aquilo.

    - Moake. - ele diz. - Meu nome é Moake, mas acho que isso não importa mais, minha vingança não importa mais. - ele hasteia uma mão e olha pra ela como se pudesse realmente perceber o que ele era agora - Meu tempo acabou. - ainda assim havia fúria nele, ele anda até uma das covas que havia sido cavada por Shiriki e cospe, ou pelo menos faz a menção do gesto já que saliva nenhuma se desprende dele, a mulher só o acompanha com o olhar.

    Ele volta pra perto delas parecendo mais consciente, nem mesmo parecendo esquecer da pergunta sobre a noite em que houve a confusão - Eu lembro dos rastros vermelhos, atiraram com prata, nós nos desvencilharmos da reserva porque sabíamos que a coisa ia ficar feia, o negro veio de Nova Orleans, a vagabunda ao lado dele era minha irmã, ela os trouxe diretamente pra nós, como se fossemos traidores. - ele fala cheio de desgosto e rancor, mas algo muito mais contido perto do que era antes.

    - Tudo bem escrava da lua, eu vou confiar em você, confiar no meu próprio povo não me fez bem nenhum. - ele não parece completamente satisfeito, ou confortável com a situação, as marcas dos Anshega era profunda demais nele. - Não é como se eu tivesse muita escolha de qualquer forma. - ele diz conformado.

    A caminhada de volta é árdua e escaldante o carro ficou pra trás já que eles eram incapazes de utilizar o veículo, água é a primeira coisa que ela consegue pensar quando pisa de volta na cidade.

    Subir no topo de um prédio comercial não é difícil, as palavras na primeira língua carregadas na direção de Dobrasin, não importava onde ele estivesse, a resposta demora um pouco até voltar pra ela.

    Ele a está esperando, cuidado, ele não gosta de visitas, as Santas também não.

    Não dá pra ter nenhuma ideia da entonação das palavras, mas elas mostravam que ele parecia saber exatamente o que ela estava planejando.

    O território era pequeno e todo mundo sabia com precisão onde ele começava e terminava, era tão pequeno que dava pra ver o sujeito saindo da loja e vindo em direção dela na rua reta.

    Ele para na frente da porta do cemitério sem dizer nada e faz um sinal com a cabeça em direção ao portão e entra logo depois sem esperar muito por Beatrice.

    Quando ela vai de encontro a ele o sujeito está recostado em um mausoléu, a película ali é tão fina que quase dá pra escorregar pro outro lado sem querer. Ele cheira a fumaça, óleo e suor, e ainda assim ele consegue ter algum charme, a barba por fazer, o corpo forte, so braços levemente destoantes do tronco, como se fossem mais fortes do que deveriam.

    O lugar como um todo era uma mistura de cemitério tradicional baixo com túmulos suntuosos e coloridos, mais altos e latinos, como se tivesse começado de um jeito e terminado de outro, existem fantasmas aos baldes no lugar, a maioria deles só vagando de um lado pro outro, outros até mesmo conversando, trajando “roupas” que tinham facilmente um século de idade

    - Eu não vou perguntar o que esses dois significam pra você e vou respeitar qualquer trato que você faça com as Santas, mas sem bagunças na minha casa. - é claro que a parte de sem bagunça era esperada, mas ele faz questão de enfatizar aquilo, Beatrice sabia o que os Garras Sangrentas caçavam, ela sabia das histórias dele, da tentativa infrutífera de Chloe de tomar o que ele tinha, ainda assim não existe nenhuma ameaça real na voz dele.

    O cemitério em questão parece que não tem uma viva alma exceto por um coveiro longe demais e distraído. O outro uratha atravessa pouco antes dela e mantém distância, do outro lado mais fantasmas, as “santas” vestidas de branco voando de um lado pro outro acolhendo mortos que chegavam mais e mais, alguns deles formando uma fila indo diretamente pra uma cripta no fundo de onde era o limite do cemitério.

    David mantém distância e parece não querer se envolver, Enola e Moake parecem impressionados eles mesmos, mas seguem fielmente a uratha.
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    Mensagem por Bastet Sáb Abr 02, 2022 4:13 pm







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    Beatrice ficou satisfeita quando percebeu que suas palavras tinham acalmado e convencido o fantasma também. Ainda conseguiu informações, o que não era algo que estava esperando ali, mas os dois falaram coisas interessantes.

    - Obrigada por confiar em mim e por compartilhar suas lembranças. – Beatrice fala ainda de forma gentil, mesmo que ele parecesse levemente contrariado por aceitar ajuda de uma Urdaga.

    Quando foi guardar a Kombi, pegou um caderninho de anotações e tentou anotar o que eles tinham dito... Tinham coisas que ela não entendia, mas certamente Makya e Serge poderiam entender. Manteve esse caderninho consigo, na mochila, e depois seguiu o seu caminho para a cidade, com os fantasmas.

    (...)

    Se surpreendeu com a velocidade que Vigia-Morte respondeu o pedido dela. Mandou um agradecimento e disse que tomaria cuidado... E, antes de descer, achou melhor mandar uma mensagem pra Corre Corredores também. Já que as Santas não gostavam de visitas, era melhor que a negociação fosse mediada pelo totem.

    Já para agradar o dono do território, Bea pensou um pouco, andando pelas ruas e desviando do caminho que deviam seguir, parando em uma lojinha que conhecia de quando era mais nova. Era a lojinha de uma destilaria mexicana, pequena, com bebidas de qualidade. A jovem Beatrice comprava coisas mais baratas, mas, naquele dia, ela escolheu uma tequila envelhecida e uma água pra si. “Acho bom valer a pena” ela pensou, passando no cartão. Não era o valor dessas lojas chiques (embora a qualidade se equiparasse), mas não era um gasto que tinha sido planejado.

    (...)

    Beatrice para antes de cruzar o território, observando o homem andar até a porta do cemitério. “Achei que ele fosse mais velho”, pensou, surpresa com a aparência dele de perto. Talvez por ter visto Dobrasin primeiro, imaginara que o Decker aparentasse um pouco mais de idade também, visto serem amigos.

    Quando ele indicou para ela o seguir, a Cahalith o fez, olhando pra trás para ver se os fantasmas estavam a acompanhando. Observou o cemitério, achando ele bonito e bem cuidado. Devia ser curioso viver em um local que a película era tão fina... Quase se distraiu, mas logo viu Decker encostado em um mausoléu e parou diante dele.

    Assentiu sobre as palavras dele – Não ficarei mais do que o necessário e respeitarei seu território, Mata-Manhã ela puxou a mochila pra frente, tirando de lá uma sacola de papel com uns penduricalhos que o pessoal da loja tinha feito. Estendeu pra ele – Um agradecimento por ter me recebido. – Esperaria ele pegar. Caso o fizesse, completaria – Se precisar de companhia para beber, eu não recuso uma tequila envelhecida – um sorriso charmoso surgiu em seus lábios, mas não passou disso. Não queria realmente confusão com o lobo solitário.

    (...)

    A Cahalith observava as Niñas cuidando dos fantasmas, com um sorriso, enquanto aguardava Corre-Corredores chegar. Era incrível como os espíritos de morte, muitas vezes, pareciam os mais acolhedores, quando não perturbados.

    Quando visse o totem surgindo perto de si, ela sorriria e faria uma leve mesura respeitosa, dizendo na primeira língua – Obrigada por vir. Esses dois estavam presos nesse mundo, depois de uma morte violenta. Eu gostaria de libertar eles de forma tranquila, para fazerem a passagem. Você me ajuda a negociar com a Viúda Blanca? – tentou falar em termos que a CC entenderia, sobre prisões e liberdades, pra facilitar a negociação.


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    Arredores - Deserto de Mojave Empty Re: Arredores - Deserto de Mojave

    Mensagem por Ankou Sex Mar 03, 2023 10:05 pm





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    O senso de direção de Corre-Corredores não era dos melhores, do outro lado ela também passava por lugares impossíveis no mundo carnal, relevos que existiam aqui não existiam lá e vice e versa, algumas vezes eles se perdiam um do outro pra sempre se encontrar mais tarde, mas ainda assim ela era a melhor chance deles encontrarem Anastacia. Isso somado a cautela não habitual do espírito de caminhar em terras “selvagens” fazia o tempo ir se esvaindo, hora após hora, minuto após minuto.

    No fim já era noite, um certo desespero subindo pela goela, ela perdida em algum lugar daquele deserto, inóspito e mortal, pra maioria das criaturas que andavam por lá, por fim tudo indicava que ela estava em um dos muitos motéis abandonados à beira da 95, ou pelo menos era isso que o totem deles apontava.

    Não havia atendimento algum, nem carros estacionados, uma dezena de portas abertas, duas ou três fechadas, nenhuma delas trancadas, as primeiras duas davam em dois quartos vazios, esquecidos pelo tempo, lençóis velhos e empoeirados sobre as camas, abajures e televisores que datam pelo menos da década de 60 de um tempo dourado que não voltaria jamais, tudo é bagunçado, cheiro de dejetos vindo dos banheiros, bitucas de cigarro, seringas velhas, copos descartáveis tudo abandonado pra trás.

    A última porta, no entanto, não oferece muita resistência, mas parece nitidamente barrada, uma cama? Talvez uma cadeira? Qualquer coisa pesada do outro lado impede a porta de abrir normalmente.

    É Makya quem está mexendo nela, silencioso sem alarde nenhum, mas ele sabia melhor que ninguém que sem força a porta não ia se mover e com força a presença deles seria invariavelmente revelada.

    É Serge logo atrás dele que tem plena certeza de que tem alguém lá dentro, a respiração serena e tranquila, não importa quem fosse ele tinha certeza de que não haviam sido detectados.

    Cheryl por sua vez está mais ao longe vigiando os arredores, o carro na estrada deserta do outro lado da rua, de frente a um outro motel tão abandonado quanto ao que Makya e Serge investigam, esse um pouco mais novo, mas tão abandonado quanto. Ela sente cheiro de tabaco, algo distante trazido pelo vento, não tabaco fedorento de cigarro, algo de melhor qualidade, mais adocicado, cachimbo ou charuto, nada de dentro do motel, de nenhum dos dois, talvez dos fundos ou de mais longe ainda, o deserto era vasto demais pra saber e a brisa fria percorria quilômetros.

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    Arredores - Deserto de Mojave Empty Re: Arredores - Deserto de Mojave

    Mensagem por Wordspinner Sáb Mar 04, 2023 5:22 am

    Era o tipo de problema que indicava algo bom no final. O irraka sorri e faz que sim com a cabeça para os outros dois. Tira as mãos da porta devagar. Faz como se tentasse empurrar uma parede invisível com força.

    Melhor cobrir as possibilidades ruins também.

    Mas não era hora de falar. Era hora de sinais. Ele faz o universal sinal de bater a porta e logo depois o mais universal sinal de esperar com a mão espalhada. Essa era a parte fácil. Então Makya aponta o próprio peito e faz um semi círculo olhando a lateral do motel. Depois disso ele mostra dez e depois cinco dedos. Ele tira a pistola velha dos blackwood e entrega para Serge. Pode ser útil.

    Depois disso era dar a volta e esperar. Alguém assustado podia querer sair pela janela, ou quem sabe uma porta dos fundos. Alguém perigoso também. O irraka estava decidido a dar a volta e esperar escondido com a pele do lobo.
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    Mensagem por Bravos Sáb Mar 04, 2023 3:14 pm




    Serge Senat

    Ele balança a cabeça, assentindo para Makya. Pegou a pistola numa das mãos, mais por concordância do que por saber exatamente o que fazer com aquilo. Na outra mão, cruzada por cima da que segurava a pistola, uma de suas facas. Ele olha a pistola e sabe que ela precisa de reparos. Ele poderia cuidar disso outra hora. Talvez tivesse sido até melhor ser antes disso.

    Serge espera algum retorno das batidas na porta. Aguçando a atenção para notar alguma movimentação. Ao menor movimento ele diz: — Anastacia?. - A voz grave e tranquila. — Estou te procurando pelo Morgan. Foi um pedido dele. - Arrisca dizer.

    Não tinha muito mais o que fazer a não ser esperar.






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    Mensagem por thendara_selune Dom Mar 05, 2023 12:30 am




    Cheryl Blossom



    🌙🌙🌙🌙

    Ação na cena é permanecer vigiando e caso o narrador ache necessário fazer alguma rolagem.







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    Mensagem por Ankou Seg Mar 06, 2023 4:37 pm





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    O cheiro de tabaco se intensifica no nariz de Cheryl, mas ela ainda não consegue ver nada, mas tem a nítida impressão de que vem de algum lugar de trás do outro motel, talvez de cima dele, se fosse alguém com certeza deveria estar no seu campo de visão agora, mas não estava, a visão não era capaz de detectar nenhuma ameaça, pelo menos não de onde estava.

    Makya dá a volta no motel, na parte de trás não há saídas, exceto poe uma parede derrubada em ruínas que não tem nenhuma ligação com o quarto que estão examinando. Existem basculantes que certamente dão pros banheiros dos quartos, mas são pequenos demais pra uma pessoa passar.

    O som da respiração se esvai da audição de Serge assim que ele bate na porta, alguma coisa definitivamente cheira mal, são três estampidos seguidos, ele o sente o vendo de um projétil passando ao lado da cabeça dele, o outro passa por baixo da axila do braço ainda levemente levantado por bater na porta e o terceiro na linha da cintura passando por dentro da camisa e errando a carne por centímetros. - Vai embora!!! - medo, puro medo, desespero até. Não havia dúvidas que era Anastacia.

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    Arredores - Deserto de Mojave Empty Re: Arredores - Deserto de Mojave

    Mensagem por Bravos Ter Mar 07, 2023 9:08 pm




    Serge Senat

    Seus olhos se arregalam tentando ver aquilo que praticamente só escutou. Naquela forma ele não tinha a menor chance de desviar de balas, mas na forma que poderia, quer dizer que as coisas saíram demais do controle. A voz não tinha como não sair alterada: — Cacete, mulher! Você ia me mandando pro inferno! - Rolou o corpo para sair da linha de tiro. — Calma lá, eu não vou te fazer mal. Morgan era meu amigo. Mais que isso até.

    Revirou os olhos. — Eu me chamo Serge. Podemos conversar? Sem tiros? - Ele suspira fundo. — Se não quiser largar a arma, tudo bem, se preferir continuar ai dentro sem abrir a porta, tudo bem. Só vamos conversar um pouco, ok? - Como falava um pouco mais alto que o normal, tinha certeza que Makya devia escutá-lo e assim agir de acordo. — Você está se escondendo. De quem?

    Logo que puder, Strings of the Heart nela Rolling Eyes






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    Mensagem por thendara_selune Ter Mar 07, 2023 10:53 pm

      Cheryl Blossom
    Quando a neve cai e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morre, mas  a alcateia sobrevive!





    Cheryl saltou do carro e correu em direção a Serge, que estava conversando com alguém dentro do quarto. A porta ainda estava fechada, mas os buracos deixados pelas balas eram visíveis. "Serge, você está bem?” perguntou a Elodoth, ofegante. Ela explicou sobre o forte cheiro de tabaco que sentiu e alertou que deveria haver mais alguém ali além da sangue do lobo. Cheryl olhou ao redor, os sentidos em alerta máximo, e disse com um rosnado baixo tremulando em sua garganta: “Isso pode ser uma armadilha.”





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    Mensagem por Wordspinner Qua Mar 08, 2023 11:59 am

    Tiros. Gritos. Isso era uma emergência.

    Makya quase da meia volta. Quase. Ouvir a voz de Serge o acalma. Saber que ele estava bem era uma parte dele agora, mas mesmo assim ele precisa lutar contra o treinamento para não ir dar apoio imediato. O irraka precisava de informações e não tinham radios. Pena.

    Se aproximar da parede em silêncio. Olhar e procurar o melhor jeito de subir. Sim. Melhor visibilidade de cima. Melhor acesso a entrada ou aos fundos. Além de inesperado para quem tá lá dentro. Essa ultima parte é mais esperança que fato.

    Olhos treinados procuram companhia, tiros chamam atenção. Alguém poderia ir olhar. Talvez não, quer um lugar melhor para praticar tiro? Tiro ao alvo. Alvo uratha.

    Era melhor ele ter aprendido parkour quando Mike quis ensinar. Tarde demais. Ele tem que subir do jeito normal. Subir e se esgueirar para perto. Se esgueirar e procurar. Procurar abrigo e companhia enquanto confia em Serge e Cheryl para resolverem com Anastasia. Se é que era ela.

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    Mensagem por Ankou Ter Mar 21, 2023 5:37 pm





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    Cheryl deixa um rastro de som ao correr em direção de Serge, a metragem não era o bastante pra fazer ela ficar ofegante, mas o Uratha podia a sentir em suas costas há poucos metros de distância.

    - Eles vão matar todos nós! - a voz dela era puro terror, todos eles podia sentir isso no cheiro, Serge chegava a escutar a mão dela tremendo conforme alguma coisa chacoalhava na arma. - Eu não sei o que eles querem ou quem são, eu não sei porque tão atrás de mim, eu não fiz nada! - confusão, indignação e raiva também estavam presentes. - Meus pais, tios, meus primos, ninguém atende, eu preciso fugir! - agora urgência. Serge sabia naquele momento que o que ela mais queria era ir pro quarto do tio Jimmy, mas era difícil saber onde era isso ou quem era esse tio.

    Makya por outro lado podia escutar o drama, mas estava mais distante, a conversa gritada do lado de dentro era abafada, mas nítida de ouvir, logo ele está em cima do telhado, o cheiro de tabaco batendo nas narinas, no motel do outro lado da estrada uma velha antena UHF, alguma brasa amarrada nela, ele podia ver a coisa ficando alaranjada conforme o vento batia e a consumia cada vez mais, parecia um charuto enfiado e um dos canos finos de alumínio velho ou talvez uma maçaroca de cigarros no entorno da coisa.

    Era certamente uma distração e quem colocou aquilo lá estava em qualquer outro lugar e pior, podia ser mais de um, podiam estar cercados por uma alcateia de puros, caçadores, ou qualquer diabo que se arrastasse por aquelas terras abandonadas.

    Naquele instante era ele quem seria o melhor alvo pra prática de tiro ali em cima do telhado totalmente exposto, felizmente nada parece se mover.
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    Mensagem por Wordspinner Qua Mar 22, 2023 8:51 pm

    Makya respira fundo sentindo a fumaça. Agachados se já não estivesse agachado. Ele sente o sorriso no rosto. Era uma merda. Uma merda fodida que ele tinha treinado pra viver, que ele tinha sido transformado pra viver. Era uma chance de se por a prova. Uma merda de qual tamanho? Ele não sabia ainda. Mas precisava descobrir. Precisava descobrir logo.

    Qual a melhor forma? Indo ver você mesmo. Ele força seu espírito no mundo físico. Silêncio é o que ele queria, é o que ele faria. Seus passos seriam abafados e suas quedas fluidas como ele gostaria que sempre fossem. Primeiro passo sem sair do lugar. Ele sabia como atiradores e embusteiros pensavam e se escondiam, ele era um deles. Os olhos treinados do uratha procuram o que seu nariz não tinha entregado. Sem se mover ele verifica os melhores lugares para se esconder. Os melhores acessos ao motel, aos veículos também. Algum rastro. Algum brilho metálico na areia. O som chiado de rádio. O clique de uma trava de segurança. Makya tinha treinado tudo aquilo e ser um uratha deixava tudo mais fácil com seu corpo novo e o fio que a sombra o emprestava.

    O terceiro passo também incluía o poder do outro lado. O próprio conceito de não ser percebido lhe daria os caminhos mais perfeitos. Mais ignorados. Um suspiro e ele tinha que se mover. Se mover de verdade. Escorrer do telhado e se esconder. Se esconder onde realmente não pudesse ser visto. Um quarto abandonado, debaixo da cama ? O banheiro do lado de fora? O que fosse mais perto. Precisava mudar as regras do jogo. Precisava do lobo. Queria o lobo.

    Assim que ele põe os pés no chão se move como um fantasma para a porta mais próxima. Lá dentro, sozinho, ele muda de forma e extende sua mente a dos seus companheiros de alcateia. Assim que os visse poderia falar com eles. Agora o mundo era outro. Outras cores. Outros cheiros. Outro. Ele se esteira para fora como uma sombra. A discussão certamente chamava atenção. Assim como os tiros. Mas nada disso importava para Makya. Tinha Cheryl e Serge nisso. Os melhores que ele poderia esperar.

    Considerando o que viu e deixou se ver no telhado o irraka precisava ser o que era. Precisava correr e surpreender o inimigo. Correr era importante, já que corria como uma sombra com a velocidade de um lobo. Droga ele era um lobo e isso seria ignorado por uma série de inimigos se ele tivesse sorte. Quem tem sorte?

    Agora ele precisava caçar.


    Off: primeiro running silente, depois shadow pelt, depois Pack awareness pra contar o que ele viu assim que tiver um dos companheiros à vista. Lembrando do treinado observar e do Honed senses na hora de procurar e do covert ops pra se esconder. Torcendo pra não precisar de um hit and run, mas pronto pra usar de forma reflexiva se levar um tiro ou facada ou extintorzada... Agora é rodar procurando o(s) fdp e avisar o povo.

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    Mensagem por thendara_selune Sáb Mar 25, 2023 12:35 am

      Cheryl Blossom
    Quando a neve cai e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morre, mas  a alcateia sobrevive!




    Cheryl corria em direção a Serge, seu corpo se movendo com agilidade e determinação. Quando chegou perto o suficiente, ela soltou as palavras com uma intensidade que fez o ar vibrar. "É uma armadilha...claro que é..." A voz dela era forte e segura, sem espaço para dúvidas ou hesitação. Cheryl sentiu uma súbita frustração percorrer seu corpo quando ouviu a voz que vinha de dentro do quarto. Ela se afastou de Serge e se apoiou em um dos lados da porta, suspirando profundamente enquanto seus olhos se fixavam na fechadura.

    "Porra garota, você precisa confiar em nós!"
    disse Cheryl com autoridade, suas mãos cerradas em punhos apertados. "O que aconteceu com o Morgam foi uma merda imensa, uma coisa que vai feder o resto da vida, mas você não pode ficar aí dentro com a ilusão de que balas param lobos...Você sabe muito bem de que tipo de lobo eu estou falando, né?" Cheryl cruzou os braços, seus músculos tensos como fios de aço. "A gente não vai ficar aqui olhando enquanto você se coloca em perigo. Nos deixe  ajudar..."

    A voz de Cheryl era calma, mas firme, um filete de suor escorrendo pela testa, deixando os fios tingidos de cinza azulado colados no rosto bonito da Meia Lua. "Se fôssemos o inimigo, não estaríamos conversando a essa altura..." Cheryl olhou para Serge, seus olhos cheios de determinação. "Eu não vou deixar você se machucar. Eu não vou deixar nenhum de nós se machucar, entendeu?" As palavras pesavam em meio à tensão, mas Cheryl sabia que elas eram necessárias. A Elodoth estava determinada a fazer o impossível para manter aquela mulher segura dos seus algozes, assim como a alcateia que havia abraçado sem reservas.





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