Vamo lá, lá no tópico de V ou D, escreve uma mini fanfic de como gostaria de matar um personagem que já interagiu em on
Personagem Jay - Jogo Valley
Fazia meses que Jay não tomava o remédio que o deixava "calmo e feliz". No começo era fácil enganar os pais, mas conforme a ausência da substância no seu corpo aumentava, as crises de raiva ficavam cada vez mais difíceis de controlar.
E não precisava de muito para que a chavinha na mente do jovem girasse, bastava a mãe o mandar tomar banho ou o pai falar num tom mais autoritário que Jay sentia um formigamento se espalhando pelo corpo, o calor da ira o atingia com tanta força que ele precisava cerrar os punhos e os dentes para se conter. Enquanto tentava manter seu corpo imóvel, sua mente gritava alucinada.
Crises assim eram constantes e Jay se sentia andando numa corda bamba e ele sabia que uma hora ou outra iria despencar.
Só não imaginou que iria acontecer tão cedo. Era uma manhã igual às outras, sua mãe gritou da cozinha para Jay descer. Mas o menino de cabelos prateados não tinha pregado o olho ainda. Ele sonhou de novo com Jaden, um menino muito parecido com ele mesmo, mas com a boca costurada. Jay sabia que o amigo não podia falar, mas eles se comunicavam com a mente. E Jaden o alertou. Sua família era uma farsa, aqueles não eram seus pais verdadeiros e sim monstros, como o sapo negro e asqueroso que eles mataram juntos.
O menino sabia que tinha que descer ou eles iriam o buscar lá em cima, mas precisava estar preparado para tudo. Por isso andou até o quarto dos pais e arrastou o maleiro até próximo do armário. Jay sabia que na prateleira de cima, dentro de uma caixa de sapato seu pai guardava um revólver. Ele escutou seus pais discutindo logo após a mudança, sua mãe não queria uma arma em casa, mas seu pai dizia que era apenas para emergências.
Bom… se matar monstros não fosse uma emergência, o que seria?
Jay sentiu o metal frio e pesado nas mãos, ele esperava que a arma estivesse carregada, pois não sabia como abrir o tambor. Enquanto ele se dirigia para as escadas sua mente lhe pregava peças novamente. Eram imagens de sua família vivendo bons momentos em Vancouver, onde Jay acreditava que era realmente feliz. E uma voz lá no fundo tentava fazer o menino desistir dessa ideia.
"ELES SÃO SEUS PAIS… É TUDO INVENÇÃO DA SUA CABEÇA… VOCÊ É LOUCO LEMBRA??
Os passos de Jay se tornaram vacilantes, eles eram bons pais. Quando foi que tomou o remédio pela última vez?
Mas tinha o Jaden… Jay confiava nele, os dois haviam sobrevivido juntos e ele sentiu uma conexão com o rapaz que nunca sentiu antes.
Por via das dúvidas escondeu a arma na manga da blusa. Ao chegar na cozinha, viu a mãe mexendo no celular e o pai ocupando lendo o jornal.
Grace: Bom dia, filho! Não deu tempo de preparar algo pra você levar... hoje vou fazer uma entrevista de emprego... de novo. Antes de sair você pode pegar dinheiro na minha bolsa lá na sala. Mas come algo.
"IMPOSTORA…. MINHA MÃE REAL TERIA FEITO MEU CAFÉ DA MANHÃ."
O rapaz sentiu um formigamento subir pelas pernas e braços, sua respiração começou a ficar acelerada e ele reparou na manchete que o jornal trazia.
“ProLab inaugura novo laboratório, após o acidente”
E a foto na reportagem chamou sua atenção. Uma sala que Jay conhecia. Branca, com aparelhos médicos e algo que poderia ser uma cama destruída.
"JADEN… "
Aos poucos o que ele achou ter sido um sonho se tornou realidade. O jornal dizia que um carro tinha atingido as instalações, mas era tudo mentira, assim como a vida que estava vivendo agora.
"ISSO TUDO É MENTIRA!"
Thomas: Filho?! Vai se atrasar assim! Acorda.
Jay encarou o seu pai, que não era mais pai. Como antes quando seu pai se transformou num rato, o monstro fingia ser outra pessoa.
Jay: Vocês não vão me enganar dessa vez!
O garoto apontou a arma na direção do homem e escutou uma exclamação de surpresa de sua mãe junto com o baque do celular batendo na mesa.
Thomas vacilou por um instante, mas começou a se levantar da cadeira lentamente.
Thomas: Jay… largue a arma agora.
O menino estreitou o olhar e apertou o gatilho sem vacilar. A trajetória da bala foi numa linha reta e acertou o pai no peito que tombou para trás. Mas Jay estava extasiado, a sensação de apertar o gatilho, de sentir o coice pelo braço, do sangue jorrando. Era uma sensação tão satisfatória quanto daquela vez na sua antiga escola, quando ele deixou um colega inconsciente de tanto bater. Mas desta vez era mais fácil, tinha o poder na palma da mão.
Grace estava em choque ao ver o marido no chão agonizando e a poça de sangue que se formou ao redor. Ela sentiu as lágrimas escorrendo pela bochecha e viu o filho apontando a arma para sua cabeça.
Seu filho querido estava sorrindo como antigamente, um sorriso alegre.
Jay: Adeus Mamãe!