Elettra Gavani

Elettra não conseguia gostar do ritmo de Nova Orleans. Aliás, pensava se gostava daquela cidade e de porquê estava lá. Sentada em uma mesa em um dos bares mais cheios, ela observava as pessoas passarem. Ouvia os sons. Sons que ela antes gostava. Lembrava das festas antigas e carnavais de sua cidade. Trazia velhas lembranças. Lembranças de uma época em que as coisas pareciam mais simples.

Decidira sair de casa para ver a movimentação da cidade, coisa que não costumava fazer. A jovem de aparentes 15-16 anos estava sentada na mesa acompanhada de uma comissão de adultos: alguns altos executivos da Gavanni estavam em uma “reunião” de negócios e a jovem Elettra acompanhava sua “mãe” Lucrecia e seu... os executivos não sabiam bem quem era Rafael. Se ele era algum modelo da marca ou algum namorinho de Lucrecia.

O fato era que Elettra sentava-se entre Rafael e Lucrecia, tentando manter-se firme e atenta aos negócios discutidos entre os adultos.

Elettra os discutiria mais tarde com Lucrecia, mas agora, tinha que manter-se firme no papel de filha adolescente entediada. Ela deu uma olhada de relance a Rafael e disse baixinho ao rapaz:

- Até quando vamos ter que aguentar isso? Achei que a situação das ações e a nova campanha já estavam decididos.

Disse no tom amável ao rapaz, mas disfarçado de tédio. Ela fingiu um suspiro e encostou-se na cadeira, quase afundando-se nela.

Elettra tinha consciência de que aquele bar provavelmente não seria o melhor local para uma “criança” estar. Porém, sabia também que o máximo que aconteceria era que os outros pensariam que os pais eram irresponsáveis e que a garota deveria estar em casa.

A Cainita não gostou muito do fatod e Raphael não ter dado muita importância a seus comentários. Ela estreitou os olhos pensando que depois conversaria com Lucrecia para colocar um ponto final naquilo. Por enquanto, deixaria que os “mais velhos” continuassem sua demonstraçãozinha de poder entre comentários desnecessários e decisões que ela não concordaria depois.

Elettra aproximou-se de Lucrecia e falou baixo:

- Vou ao banheiro.

Bem, Lucrecia sabia que ela apenas queria sair um pouco daquela mesa. A Tzimice sabia que os humores da jovem mudavam um pouco quando ela era apenas uma espectadora das decisões que ela mesma teria que julgar e tomar mais tarde.

Ela não foi na direção dos banheiros. Elettra caminhava na direção da saída quando notou que as cortinas se abriam. Ela parou por um segundo e reparou na entrada do rapaz. Ela o seguiu com os olhos e pensou que o mesmo se assemelhava muito com Raphael. Meio irritada, olhou por cima do ombro para a mesa, vendo Raphael se divertir. Sentiu uma pontada de ciúmes.

Ela então, parou na frente do palco e ouviu o rapaz tocar. Ficou impressionada. De alguma forma, a música a tocara.

No fim da apresentação, ela aplaudiu o rapaz, com um sorriso no rosto. Elettra foi até a beirada do palco e acompanhou o rapaz com os olhos. Por curiosidade o seguiu. Quando teve a oportunidade, o cumprimentou com um sorriso:

- Você toca muito bem. Salvou minha noite.

E manteve o sorriso.

Elettra devolveu o sorriso ao rapaz. Ela o mediu rapidamente, pensando em quantos anos ele deveria ter. Em sua mente, pensava como eram enfadonhas essas conversinhas que poderiam levar a algum tipo de flerte.

Ela olhou discretamente para a mesa e viu os adultos se divertindo. Pensava que não poderia estar com eles naquele momento, ser quem ela realmente era. Como uma pequena vingança, assumiria o papel que todos esperavam dela: de uma adolescente encantada.

- Sim, eu nunca te vi por aqui. Você... – ela mexeu em seu próprio cabelo, um pouco tímida. – Você já tocou por aqui?

Ela ficou em silêncio por um tempo, pensativa e ainda tentando manter-se tímida.

- Qual seu nome?

EEm seu interior, Elettra ficou um pouco irritada pelo rapaz – que agora ela via tratar-se de um homem – era muito mais velho do que ela aparentava ser. Ela teve que se conter para não perder o sorriso em seu rosto. E Elettra achara interessante o homem ficar curioso com o fato dela ter prestado atenção nele tocando seu piano.

-Sempre? Eu nunca vi você por aqui.

Ela mantinha seu sorriso no rosto infantil e encantador. Fez um suspiro falso e continuou:

-Me chamo Elettra. Eu...

Apontou a mesa atrás.

-Estou com meus, que dizer, com os amigos de minha mãe.

Ela olhou de relance para a mesa cheia de adultos conversando e brincando. Olhou diretamente para Rafael. Irritou-se ao vê-lo sorrindo, mas logo disfarçou.

- Como você pode ver, não sentiram muito minha falta.

Elettra encarou Stefannis, curiosa.

-E você é daqui, Stefannis? Não parece ser de Nova Orleans. Nunca te vi por aí.

Ela riu, sem graça.

-Mas também, não saio muito, né.

E o encarava com um sorriso nos lábios.

Elettra lutou contra o hábito de estreitar os olhos diante de uma situação estranha na sua frente. Poderia jurar que o rapaz parecia não ser muito mais velho que ela enquanto estava tocando, mas agora, de perto e fora do palco, ele aparentava ser bem mais velho.

A vampira ficou um tempo tentando entender o que era aquilo e quase perdeu seu sorriso. Porém, Elettra sabia como se portar.

- Nossa, eu podia jurar que você era mais novo! – ela disse entre um riso e outro, tentando reparar alguma reação diferente no rapaz. Era já antiga demais para não acreditar em magia. Talvez o rapaz não fosse um simples humano.

- Eu sou daqui também, mas não costumo sair muito.

Ela olhou por cima do ombro a mesa.

-Bem, pode-se dizer que sim. Mas acho que agora eles não estão prestando atenção em mim.

Ela mantinha seu sorriso:

- Você vai beber alguma coisa?

Elletra estreitou levemente os olhos. Ela tentou sentir se havia algum traço de magia no ar. Não poderia ser apenas o carisma do homem, poderia? O jogo de luzes do local?

Ela tentou sentir algo diferente, algo estranho no ar, ou até sentir a “natureza” do rapaz.

- Errr... Desculpe, é que... Por um momento, tive a impressão.

Ela deu um sorriso um pouco sem graça.

-Pode ser só as luzes do lugar, sabe.

Ela acompanhou o rapaz com os olhos.

Levantou-se e iria segui-lo. Primeiro, olhou na direção de sua mesa. Queria saber como todos estavam.

Depois, ela seguiu ao bar e quando o barman a encarou, esperando seu pedido, ela fez que não com a cabeça.

- Hoje não quero nada.

Observou o jovem. Queria saber o que er ao “de sempre”. Então ele deveria sempre estar por lá....



(Eu não sei se posso fazer algum teste ou rolagem, pra saber o que o Stefannis seria: humano ou algum ser mágico)

A jovem podia tentar capturar no ar traços de magia mas nada via ou porque nada existia ou porque era poderoso demais para ser simplesmente visto assim.

Todos os familiares da jovem continuam suas conversas na mesa que ocupavam, parecendo completamente alheios ao fato que a jovem não estava mais lá sentada com eles, comonse isso também não fosse nada importante.

Elletra seguiu então o rapaz até o bar e como ela não quis beber nada, o atendente apenas preparou a dose de whiskey para Stefannis, pois ele gostava de beber entre uma ou outra apresentação para relaxar, já que ia entre uma ou duas vezes por semana naquele lugar para tocar.

Off: pode fazer uma rolagem e dependendo dos seus resultados eu digo se você consegue perceber algo ou não.

Elettra deu uma olhada de relance na mesa onde ela costumava ocupar.

A menina franziu de leve sua testa, irritada com o fato de que ninguém parecia ter notado que ela não estava lá, nem mesmo Lucrecia e Raphael!
Seus olhos passaram para o jovem que bebia de forma inocente. ele estava brincando com ela?

Elettra se concentrou. Havia algo estranho lá.

(Rolei inteligencia e percepção, já que não tenho ocultismo)

O membro 'Zireael' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'd10' :

Resultado : 10, 9, 6, 10, 3

A mesa que ela costumava ocupar continuava lá, com todos os seus integrantes, que claramente estavam alheios a tudo que acontecia no recinto. Era normal a menina ficar irritada, pois já não bastava normalmente esquecerem dela ou ignora-la em assuntos da família mas parecia que algo sério acontecia naquela conversa. O tom de voz dos presentes parecia que aumentava, alguns até chegaram a se levantar e se exaltar.

Steffanis bebia calmamente a sua bebida no bar e como os vampiros na outra mesa começaram a se exaltar, isso acabou atraindo a atenção de outras pessoas que estavam no lugar inclusive a do jovem, que olhou para aquela mesa e disse:

- Acho que está acontecendo algo ali...- disse Stefannis.

OFF: Você conseguiu percebeu e pode ouvir e ver claramente o que estava acontecendo e o que diziam e reclamavam e ou brigavam ^^

Elettra, que antes parecia tão imersa e até encantada pelo jovem Stefannis, saiu de seu estado imersivo. Seus olhos se arregalaram rapidamente, mas ela logo voltou a seu estado normal.

Ela olhou Stafennis por um tempo, como se tentasse entender se ele havia feito algo com ela: era algum tipo de magia? Encantamento?

Ela ia perguntar uma coisa, mas não o fez. A confusão na mesa era deveras alta demais para ser ignorada. Elettra olhou Stefannis mais uma vez e, sem dizer nada, ela virou-se e foi na direção da mesa.


A menina andou rapidamente até Lucrecia e Raphael. O olhar agora era de reprovação e irritabilidade.

Quando chegou à mesa, seus olhos foram de Lucrecia para Raphael, depois, para a mesa toda. Esperava que eles ficassem quietos.

Irritada, perguntou baixo para Raphael, com a voz presa na garganta e os dentes cerrados:

- O que está acontecendo aqui?

Como sua atenção foi desviada para a mesa onde estava sua família e viu que tudo o que estava acontecendo era apenas o que vinha daquela mesa. Enquanto o jovem Stefannis conversava com ela, nada de mágico foi usado, uma vez que a garota poderia perceber, mas o que chamou sua atenção foi o que estava acontecendo na mesa de sua família.

Quando se aproximou da mea, viu que estava uma conversa acalorada sobre os negócios da família, onde parecia que um não estava concordando com os pasos que o outro queria tomar, pois pareciam ser arriscados demais e contra os princípios que tinham e todo mundo acabava se exaltando.

- Negócios.... como sempre...- sussurrou Raphael.

Stefannis havia ficando no bar bebendo, mas virou-se de costas para não prestar atenção na situação daquela mesa...

Elettra baixou levemente sua cabeça. Os olhos quase infantis fitavam ora a mesa, ora Lucrecia e por último, Raphael.

Ele conhecia aquele olhar. Sabia que aquilo não estava agradando a jovem senhora e verdadeira dona da marca.

Elettra suspirou e ergueu o queixo. Olhou para um lado e para o outro, querendo perceber se alguém mais prestava atenção na mesa onde seus funcionários estavam.

Por fim, ela abriu um sorriso e disse calmamente a Raphael:

- Por favor, vamos embora. Já estou cansada de ficar aqui.

Raphael conhecia o temperamento de Elettra. Quando ela pedia para ir embora, na verdade, era uma ordem. Uma ordem que deveria ser obedecida depressa.

Elettra queria impor sua vontade e presença, mas segurou-se. Uma adolescente batendo na mesa e fazendo um bando de velhos calar a boca não ia pegar bem. Outras medidas seriam tomadas. Por hora, esperava Raphael organizar a partida.

E é claro...

Olhou por cima do ombro, vendo as costas de Stefannis. Estava curiosa com aquele rapaz. Quem sabe, um dia não o encontraria de novo?

A conversa e toda aquela discussão estava se estendendo e parecia que estava tomando grandes proporções, mas será que eram mesmo necessárias!?

Lucrecia parecia mais entretida na discussão acalorada do que na própria Elettra, afinal chegava até a ser cômico o jeito que discutiam sem a menor necessidade, uma vez que não eram eles aue mandavam em tudo, mas estavam tão dentro dos seus papéis como se fossem os donos que não percebiam…

O tom de voz de todos os participantes começava a subir e parecia que algumas pessoas prestavam atenção no barulho que estavam causando quando a menina então resolveu que o melhor seria ir embora…

Raphael teve um pouco de trabalho para fazer com que todos os presentes parassem com as discussões e o ouvissem mas no final de tudo, todos se retiraram do local.