Memorial Urbano

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Nathaniel (carinhosamente chamado de Nate) é um jovem escritor, solteiro de cerca de 35 anos. Seu foco é escrever histórias que envolvam o suspense com um toque de horror, principalmente no que dizia respeito a seitas ocultas e rituais satânicos. Ele já escreveu alguns livros o que o tornou uma figura pública, porém não famosa.

Ele é um rapaz que mora sozinho, com exceção do seu gato siamês chamado Musshu. Ele mora em uma apartamento de tamanho mediano no centro da cidade, não tem carro mais sabe conduzir veículos comuns e até mesmo motocicleta. Ele não dirige pois graças ao local onde mora, não precisa se preocupar em ter algum tipo de veículo próprio.

Recentemente ele resolveu se aventurar em escrever mais voltado para o terror, pois seus leitores assíduos chegaram a pedir isso em alguns emails então para poder se preparar melhor, enquanto estava em um clube com uns colegas de profissão, ficou sabendo que existia um negócio chamado de "deep web", onde ele poderia conhecer umas coisas bem horripilantes que alguns diziam ser pura verdade. Isso lhe soou interessante para poder incluir no seu novo livro.

Esse clube que ele faz parte é um clube voltado a esportes radicais, atividades marciais e até mesmo tiro, algumas atividades que ajudam Nate a relaxar e a ter algumas ideias para suas criações. Ele conhece de tudo um pouco mas não é nenhum "expert" em lutas corpo a corpo ou até mesmo em armas de fogo.

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A música relativamente alta tomava conta do interior do carro.

Alessa batia os polegares no volante acompanhando o ritmo do rock que ouvia enquanto aguardava o semáforo abrir para poder seguir caminho. Ela olha o próprio reflexo no retrovisor interno do carro, ajeitando os óculos sobre o rosto, aproveitando para dar mais uma olhada no material acomodado no banco de trás do veículo.

Havia saído de casa mais cedo justamente para poder dirigir com tranquilidade e ao ver que tudo estava em ordem e que nenhuma caixa havia caído, ela respira aliviada. Poderia ter colocado tudo no porta malas, mas ele estava cheio das mais diversas tranqueiras que ela costumava simplesmente jogar lá e depois, convenientemente, esquecia de tirar por pura preguiça.

Estava a caminho de mais uma reunião com Eric Castiglia.

Como fotógrafa profissional e especialista em áudio visual, Alessa com frequência prestava serviços para a empresa de Eric e quando o homem entrou em contato com ela dias atrás, não pode deixar de se sentir empolgada com a possibilidade de uma nova investigação paranormal.

Aquele não era de fato o tipo de trabalho com que Alessa contava para manter seu sustento, até porque não era uma coisa tão corriqueira assim, mas sem dúvidas aquele era o que mais gostava de fazer.

Considerava ter duas paixões em sua vida: A fotografia e o mistério que envolvia tudo que era considerado espiritual.

Desde a infância Alessa sempre afirmou que via vultos e por vezes ouvia vozes que não sabia explicar de onde vinham, o que eram e nem mesmo o que queriam, mas como filha de pais extremamente céticos tudo que sempre ouviu deles foi “Isso é apenas invenção da sua cabeça, querida. Não dê atenção e logo isso irá passar.”

De fato, nunca passou e quando, anos atrás, ao usar uma máquina fotográfica do tipo instantânea para registrar a reunião de família em mais um natal, um vulto muito semelhante ao de sua falecida avó paterna havia sido “registrado” pela foto, Alessa ficou curiosa e se sentiu atraída pela possibilidade.
Saber que talvez conseguiria unir a fotografia com o sobrenatural impulsionou ela a pesquisar cada vez mais sobre o assunto e alguns anos depois, através de um conhecido em comum, Alessa conheceu a pequena agência de Eric e finalmente começou a participar das primeiras investigações a locais ditos mal assombrados.

O carro finalmente estaciona próximo a agência. Ainda restava dez minutos para o horário marcado.