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    A curiosidade matou o cachorro

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    A curiosidade matou o cachorro Empty A curiosidade matou o cachorro

    Mensagem por Nightingale Ter maio 31, 2022 6:18 am

    A curiosidade matou o cachorro Henry15

    Trilha Sonora:

    Londres, Inglaterra - 1886

    Henry era um pequeno e rico garoto de 10 anos. Sua família veio de Bangladesh a pouco tempo quando ainda tinha 8 anos. Seu pai havia conseguido fazer um grande negócio com um desses britânicos. Como todo bom negociador, seu pai Radesh Banerjee não deixou ou vendeu suas posses e terras em Bangladesh, mas deixou aos cuidados de funcionários competentes e confiaveis que lhe enviavam cartas mensais dos andamentos dos negócios. Se as coisas não dessem certo em Londres ainda poderiam voltar e ficar muito bem apesar do prejuízo. Era um negócio arriscado por isso era necessário a presença de Radesh em solo britânico, e claro, sua família tinha de vir junto.

    Radesh e Talisma Banerjee e Mansão dos Bannerjee:

    Henry tinha uma criação muito rigida e disciplinada, desde cedo aprendia o valor do trabalho, aprendia a se comportar como um jovem rapaz muito educado e aprendia a se dedicar no acumulo de conhecimento. Henry frequentava a melhor escola de Londres na época, assim como foi em Bangladesh. Era um dos melhores alunos e se não fosse ele veria o olhar fortemente desapontado e receoso do pai e isso doía nele quase tanto quanto uma surra. Henry no entanto tinha uma preferência de carreira diferente da do pai. Enquanto Radesh era um investidor, um gestor e um visionário para negócios, Henry gostava muito de biologia e devido aos seus estranhos gostos e outras peculiaridades incomuns em crianças, Henry era visto como o esquisito entre as crianças. Não tinha muitos amigos, os que tentou fazer achavam ele nojento porque Henry gostava de abrir e remexer os corpos de insetos. Ninguém entendia a fixação de Henry por ficar pegando insetos e abri-los para ver seus interiores. Henry então achou que eles se interessariam mais por sapos e passaros, eram menos repulsivos e passaros até eram mais bonitos. Henry os caçava, os matava e até uma vez já os abriu ainda vivos para ver se mudava alguma coisa além da dificuldade inicial em multila-los. Nada mudou. Cada vez mais Henry era visto como estranho e Henry, sem muitos amigos continuava seus experimentos em animais sozinho e escondido de seus pais porque ele já sabia que eles não entenderiam.

    Porém, chegou um dia, que Henry não estava mais interessado em olhar corpos de passaros, sabos e outros animais muito pequenos, ele precisava de algo maior para abrir, com uma anatomia diferente. Foi quando viu passando pela sua janela e aquilo o fascinou. Uma nova familia se mudava para o casarão ao lado, uma familia normal, com uma filha, uma linda garota e Henry se encantou então com o que viu depois. Um cão.

    Nova Familia:

    Henry observava muito fascinado aquele cachorro, como andava, como arfava, o tamanho da lingua do bicho e ficava imaginando como seria aquele cachorro por dentro, não dormiu pensando nisso, a comida perdeu totalmente o gosto porque mais gostoso seria abrir aquele cachorro. Para sua tortura, ou sua sorte, a menina vizinha havia se mudado para sua escola e caíra na sua sala, seu nome era Joanne. Eles estavam na mesma sala de aula, aquele era o primeiro dia na escola primária. O sino havia tocado, era hora de ir embora, ela ainda não tinha feito nenhum amigo.
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    A curiosidade matou o cachorro Empty Re: A curiosidade matou o cachorro

    Mensagem por John Milton Qui Jun 02, 2022 10:53 pm

    Tic tac.... O pêndulo do relógio de carrilhão do hall da Escola, dançava de forma tétrica diante dos olhos de um jovem Henry Banerjee.

    Estava ansioso com a possibilidade de se aproximar da nova menina da sua sala... Era sua vizinha... Era o meio de se aproximar daquele belo especime que surgira diante dos seus olhos ...

    Ele se aproxima da menina com um sorriso tímido e cálido... Deveria conquistar sua confiança e não havia hora mais apropriada... Ela não tinha feito amigos e ele era seu vizinho... O que podia dar errado?

    Ele tenta captar os olhos dela, em um movimento quase mecânico, e deixa sua voz sair com a melhor entonação que podia aplicar

    - Oi. Me chamo Henry.... Você se mudou para a casa na frente da minha... Qual seu nome?

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