Percebi a hesitação da senhora, mas não insisto naquele assunto. De toda forma, não ser quem a mulher pensava parecia algo bom naquele momento. Enquanto não sabia quem era, era melhor não ser algo que desagradava as únicas pessoas que encontrei.
Agradeci novamente quando ela falou das roupas, também não perguntando sobre a filha... Era melhor evitar assuntos desagradáveis. Ao chegar no quarto, estranhei a falta das portas. Não gostava da ideia de me trocar sem privacidade, por isso, dei uma olhada se o banheiro tinha portas... E não, não tinha.
Que velhos estranhos...Por fim, fui até o armário e peguei uma calça e uma blusa de frio pra vestir, levando as roupas comigo até um canto do quarto, na parede da porta, pra sair do campo de visão de quem tava de fora (ou pelo menos o máximo que eu conseguisse). Desamarrei o "cinto" improvisado e peguei a joia, olhando ela melhor na claridade. Enfiei as calças sem tirar a túnica e o coloquei o besouro dentro de um dos bolsos. Depois vesti a blusa de frio, agradecida por estar aquecida em muito tempo.
Dei uma olhada pelo quarto, procurando principalmente algo como um calendário ou qualquer coisa que me situasse no espaço/tempo. Procurei também um espelho, querendo ver meu próprio rosto.
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Já ia sair, mas hesitei. Aproximei o rosto devagarinho do batente, tentando ver discretamente o que acontecia na casa.