Além de um prédio de dez andares, outros quatro imóveis próximos também foram incendiados: um prédio de seis andares, uma loja e uma igreja. Todos ficam na região da Rua 25 de Março. Um grupo gigantesco de comerciantes, todos descedentes ou imigrantes chineses perderam seus comércios. Aquilo soou para Gralha Negra como um tipo de sabotagem da Máfia do Mocho para persegui-la.
E sua habitual paranóia a fez vir diretamente para Secretaria de Planejamento Urbano da cidade de São Paulo, para descobrir quem estava tentando queimar e depois explodir seu galpão secreto. E para piorar J.J. comentou que grupos de Macau rapidamente compraram os terrenos destruídos pelo prefeito.
Certamente estavam sabendo das atividades recentes da Gralha Negra na região, mas a imprensa ainda não dizia nada.
O que parecia era que gradativamente ao longo daqueles meses estavam fechando o cerco para encontra-la.
Ela já tinha se esgueirado facilmente pelas sombras do prédio evitando o sistema de segurança com seu visor.
Era necessário chegar até a sala do secretário e pegar as informações diretamente do seu computador.
Pelos corredores ela ouvia a voz de dois guardas de segurança se aproximando...
Ela havia chegado até aqui voando e entrou pela única janela que poderia ir até o escritório.
Vazio.
Um computador sobre a mesa.
Aparentemente não haveria problemas em chegar até à máquina.
Cabia a ela decidir como iria agir para obter as informações do computador.