Capitulo 1 – Prisão
E foi aonde eu nasci, em Tall Oaks no ano de sete de setembro de mil novecentos e noventa, meus pais... Droga... Minha mãe era prostituta de um bordel chamado Sin Bin, meu pai era um cliente especial, ela sempre imaginou que meu pai gostava do jeito que eles transavam após pagar 200 dólares, mas a verdade era outra. Meu pai era simplesmente obcecado por ela. Eles possuem uma historia... Estudaram juntos. Meu pai não foi bem sucedido, nem ela e ambos tomaram caminhos errados, ele entrou para o mundo do crime e ela resolveu vender seu corpo após se viciar em drogas. Meu pai finalmente a conquistou depois de muito tempo, prometendo-a uma vida melhor e conseguiu, por um curto prazo... Após meu nascimento meu pai foi preso e levado a prisão de segurança máxima de Fox River, minha mãe ficou revoltada, pois agora tinha de voltar as ruas e agora com uma criança para sustentar. Fui criada às tapas e aos berros, acostumada a ter homens estranhos em minha casa que vinham todas as noites e eu sabia o que faziam. Nunca conheci meu pai, mas não porque ele não queria minha visita na prisão e sim porque minha mãe nunca permitiu que eu o visse.
- Você não tem um pai, apenas um porco nojento e mentiroso que esta apodrecendo atrás das grades por ser um idiota maldito.
E o que ela dizia e me conformei assim. Sentia-me sozinha, abandonada, minha mãe sempre com homens estranhos dentro de casa e quando não, entorpecia-se com drogas e ficava jogada no chão gemendo de dor e êxtase que as drogas pesadas lhe proporcionavam. Inúmeras foram as noites que passei em claro sobre pranto de lagrimas.
Andava de skate nas ruas, tinha que me virar pra comer às vezes e então eu roubava, mas entendam não roubava por maldade, roubava porque eu tinha fome e minha mãe não tinha capacidade nem de cuidar de si mesma quanto mais de mim. Pelo menos roubar me rendeu uma coisa boa, conheci o policial Harry, ele era negro alto, bem forte e tinha um bigode estranho, mas engraçado, ele me pegou roubando, me parou, e me perguntou.
- Onde estão seus pais, garotinha?
- Minha mãe esta... Ocupada, e eu não sei onde esta o meu pai. Por favor, não me leva presa, eu só estava com fome...
Harry logo se apiedou de mim e pagou o hot-dog que eu havia pedido e que não iria pagar depois de comer.
- Qual e o seu nome?
- Abigail...
- Não faça mais isso, Abigail, peca dinheiro a sua mãe da próxima vez.
Eu não dei ouvidos, porque minha mãe só tinha dinheiro para as drogas, todo o dinheiro que ganhava dos homens estranhos ela gastava muito rapidamente em drogas.
Voltei a roubar para conseguir comer algo, dessa vez algumas frutas, só que fui pega por outro policial que não Harry e ele me levou para uma delegacia próxima e foi lá que encontrei Harry novamente, ele estava com um homem branco, cabelos cumpridos e castanhos, alto e muito bonito.
- Abigail, o que esta fazendo aqui?
- Eu... Eu...
Não consegui falar a verdade, ele tinha sido tão legal e não tive coragem de decepciona-lo.
- Ela foi pega roubando um mercado, Harry. Você a conhece?
Harry me olhou e meneou a cabeça negativamente
- Pode deixar Jack, eu cuido do assunto, conheço a garota.
O policial Jack não se importou
- Abi, esse e Alex, ele é roqueiro e esta começando com a sua banda, veio começar sua vida em Tall Oaks junto com a namorada Rebecca.
- Hm... Roqueiro. Você toca guitarra?
Alex tinha um jeito encantador
- Toco guitarra, e sou o vocalista, mas também toco bateria. Você gosta?
- Eu adoro!!!! Pode me ensinar?
Eu havia ficado entusiasmada, já tinha parado em lojas de Cd`s e ouvi algumas bandas como Metallica, AC/DC, Marylin Mason e muitas outras bandas legais, mas nunca tive dinheiro para comprar, e foi a partir do dia que Alex começou a me dar aulas com a guitarra dele que tive muita vontade de virar Roqueira e foi também a época que criei coragem para começar a roubar os CD`s das lojas.
Capitulo 2 – Conspirações
Eu já tinha dose anos, estava mais esperta, era capaz de coisas mais ousadas, embora não voltei mais a roubar por causa do Harry, ele tinha ido conhecer minha mãe e já a ameaçou leva-la presa, ele só não a prendeu ainda porque eu não tenho família e iria para assistências sociais, Harry sabia como eram algumas assistências sociais e ele não me quer em nenhuma delas, ate que Rebecca, a namorada de Alex teve a ideia de me adotar. Eu moraria com eles, e estava ficando feliz muito feliz com a ideia, mas minha mãe brigava pela minha guarda, não sei porque, mas ela se negava a me deixar partir com Alex e a Rebecca, acho que e porque eu era seu escudo contra o Harry, mas o processo estaria rolando e Harry daria seu testemunho. Minha mãe seria presa e eu seria imediatamente adotada por eles.
Tudo estava perfeito, mas parecia que a felicidade estava mais longe do meu alcance do que eu poderia imaginar. Uma noite de verão, vi um caminhão de bombeiro cruzar rapidamente a rua. Eu nunca tinha nada para fazer, então peguei meu skate e corri para ver o que era. Eu estava reconhecendo o caminho e meu coração apertava. Virando a eight street meu coração saltou pela boca.
- ALEX!!! REBECCA!!!
Eu ia correr para o apartamento deles em chamas, mas Harry surgiu de repente e me segurou pelo braço.
- Não Harry!!! Me deixa!!! A Rebecca e o Alex vão...
- Eles já estão mortos Abi!!!
Eu congelei.
- Eles estão mortos...
Disse agora se ajoelhando para ficar do meu tamanho, e logo em seguida me abraçou. As lagrimas escorreram dos meus olhos incrédulos, mas minha boca não propagava nenhum som. Não sei quanto tempo se passou, horas, minutos, mas eu estava sentada na calcada, os corpos já haviam sido retirados antes de eu chegar e identificados, os bombeiros só estavam vindo para apagar o fogo. A única coisa que havia sobrado, milagrosamente foi a guitarra dele.
Harry me deu a guitarra dele, achou que seria o desejo de Alex.
Mal é pouco de como me senti com a morte dos meus melhores amigos, eles me dariam uma casa e família de verdade e isso foi arrancado de mim. Harry não queria me dizer, mas eu fui teimosa e averiguei nos arquivos, eu zanzava livremente pela delegacia, pois era amiga do Harry e todos já me conheciam, inclusive o Jack. Inspecionei algumas coisas e achei o Diário da Rebecca, li algumas coisas, Alex havia pedido ela em casamento, e não me contaram, eu fiquei brava, mas depois li que queriam me dizer depois que eu já estivesse morando com eles, pois seriamos uma família de verdade, e também vi algumas coisas que me chamaram a atenção. Li sobre a Terra Save, Alex e Rebecca eram um grupo de pessoas que faziam campanha contra a empresa farmacêutica Umbrella Inc. La eu li coisas perturbadoras, conspirações e testes em pessoas para criar armas biológicas, fotos e arquivos, criar seres mutantes dotados de habilidades sobre humanas para servirem como armas militares. Ouvi um barulho na sala dos arquivos.
- Abi!!!
Droga, Harry havia me pegado.
- O que esta fazendo, Abi!? Você não pode entrar aqui, é proibido!!!
- Se eu não tivesse entrado, não saberia da verdade! Rebecca e Alex iam se casar, eles estavam noivos e nós seriamos uma família, mas tudo foi por agua abaixo e eu já sei o porque!!!
Harry ficou mudo, em choque, havia sido pego.
- É a Umbrella não e!? Eu li o diário da Rebecca, Harry, eles estão fazendo coisas ruins, e a Rebbeca e o Alex estavam lutando contra isso!!! Foi essa empresa que fez isso com eles, eles sabiam que a Rebecca e o Alex eram uma ameaça e por isso os assassinaram. Eu sabia que não era um simples acidente, não podia ser!!!
- Já chega Abi, vamos embora!
Harry me pegou pelo braço e me tirou a forca, todos da delegacia estavam me vendo ser puxada com forca. Um policial perguntou o que estava acontecendo
- Nada do que eu não possa resolver, sai da frente.
Nunca vi aquilo, Harry costumava ser calmo, mas agora estava em um estado de espirito muito perturbado.
-Me solta Harry!!!
Harry me levou para fora da delegacia, em frente à calçada, agachou-se um pouco, suspirou, seu olhar era de lamento.
- Abi, entenda uma coisa, isso que você viu não era pra ser do conhecimento de ninguém, ainda...
- Você mentiu pra mim, Harry, disse que só a guitarra do Alex que havia sobrado, mas o diário da Rebecca também e o que mais você esconde de mim!? Ham? Me fala!!!
Harry pegou na minha mão e me levou para um canto mais reservado e começou a desenrolar.
-Abi, você é muito pequena para entender dessas coisas, não há nada do que você possa fazer.
Eu não estava nada convencida e Harry viu isso, dando um suspiro, ele desistiu.
- Está bem... A alguns anos, antes de você conhecer o Alex, estabeleci contato com a Terra Save, é uma ONG secreta que trabalha contra algumas empresas, elas conspiram e infligem a lei por um bem maior, porque legalmente o sistema capitalista e a influencia que as grandes empresas que possuem a taxa mais degradante do meio ambiente detem desse sistema é grande demais para ser combatido, eu entrei nessa porque o nosso mundo está como está e Alex me foi apresentado. Mantivemos contato e ele veio com uma descoberta inacreditável, sobre a Umbrella, que é uma empresa farmacêutica multimilionária.
Entendam, naquele tempo eu tinha apenas dose anos, não entendia de politica e finanças, por isso nunca prestei atenção na Umbrella.
- Alex trouxe fotos e provas do que aquela empresa fazia, ele trabalhava para aquela empresa até que via coisas suspeitas acontecendo dentro dos laboratórios e quis saciar sua curiosidade, viu os experimentos, ficou horrorizado, roubou as provas e procurou alguém confiável a quem revelar, até que conheceu Rebecca que já era membro da Terra Save, então Alex e Rebecca se apaixonaram e logo vieram para Tall Oaks para me encontrar.
Eu estava escutando tudo, compreendia, não era nada extraordinário, mas era algo a se pensar. Harry já sabia que estava roubado, eu entraria nessa, e acabaria com a Umbrella virando um membro da Terra Save.
Capitulo 3 – Lembranças.
Eu já estava com quinze anos, estava fera na guitarra, praticando e cuidando com todo amor e carinho na guitarra do Alex. Eu já entendia melhor de guitarras, aquela era uma Ibanez preta com detalhes vermelho, ela tinha uma rosa vermelha com espinhos bem destacado cobrindo a parte de baixo e atrás da guitarra e os braço possuía marcações de rosa como aquela do Guitarrista Steve Vai, mas não era o mesmo modelo que ele usava.
Toda vez que eu tocava nela sentia saudades do Alex e da Rebecca, eu tinha aulas em sua casa, ia pra lá, não tinha uma guitarra ele me ensinava com dele e só assim eu podia praticar, ele me dizia que eu tinha uma voz muito bonita também que eu poderia facilmente ser vocalista junto com a guitarra como ele. A única coisa que interrompia o meu treinamento com a guitarra era a minha mãe, ou melhor, os clientes dela, embora eu já tenha conversado com alguns desses nojentos e até que alguns eram legais, teve outros que tentaram me seduzir.
-Eu sou só a filha da puta.
Respondia, eles até achavam graça, mas era verdade, já minha mãe não gostava de ser chamada assim, ela se dava essa fama, eu já não estava nem aí, tinha outros projetos. Harry me mostrava algumas coisas novas da Terra Save, já que aquela ONG agia pelas sombras agindo até contra a lei, um crime a menos não faria diferença.
Agora eu estava conseguindo meu próprio dinheiro, eu consegui um contato nas ruas e aí conheci um tatuador, seu nome era Seth, era roqueiro também, alto, cabelos cumpridos e negros, cheio de tatuagens. Ele me fez um pentagrama invertido nas costas, bem grande, e tribais nos braços na altura do bíceps. Estava me ensinando a ser tatuadora, eu até que aprendi bem, nunca pensei que poderia ter alguma habilidade com desenhos, mas já fiz caveiras, guitarras, morcegos, vampiros, lobos e até zumbis. Zumbis... Eu me lembrava dos Zumbis de filmes quando via aquelas fotos das armas biológicas da Umbrella e lia seus relatórios... Comportamento irracional, nenhum vestígio de inteligência, só possuindo os instintos básicos, e o mais evidente, a fome... Eram testes realizados em pessoas... Aquilo me deixava... Enojada... Mal... Onde essa humanidade ia parar eu não sabia, até hoje não sei, mas eu sonho que um dia chegue para eu poder ver paz nesse mundo, por mais difícil que seja.
Eu ganhava dinheiro com assistência tecnica junto com Seth no seu estúdio, ele me ensinou também sobre computadores e usei uma parte do seu estudio pra fazer umas manutenções básicas, ganhava um bom dinheiro e consegui comprar a minha moto, uma Honda Shadow 250 com bastante esforço, adorava aquela moto, no começo foi difícil mas fui andando devagar e pegando as manhas aos poucos. Meu corpo é muito desenvolvido para minha idade, no inicio da adolescência os rapazes e algumas garotas corriam atrás, sempre tinha um louco até mesmo para desrespeitar, mas eu segurava a minha raiva para não fazer besteira e chamar a atenção, mas foi graças ao meus corpo desenvolvido que os policiais não desconfiavam que eu era menor, mesmo porque parei de visitar a delegacia, estava crescendo e os policiais viviam me dando sermões, enjoei disso, e mantive contato só com o Harry e algumas vezes com o Jack.
Na volta pra casa a tristeza banhou o meu coração de repente... Se Alex e Rebecca estivessem vivos, as coisas estariam sendo diferentes... Quem sabe estaria em outra cidade tendo estudos de verdade e vivendo uma vida de adolescente de verdade, ao invés de ficar rodeada de bandidos, traficantes e gangues de rua. Alex, Rebecca... Tinha saudades deles, por isso passei naquele apartamento novamente. Retirei meu capacete, estacionei a moto e subi as escadarias... Aquele prédio já estava abandonado, destroçado, depois do incêndio o bairro só foi ficando mais e mais violento, as pessoas fugiram desse lugar, era triste e solitário, às vezes era por isso que esse deveria ser o melhor lugar para mim.
Fui rodando o lugar, abri a porta, vi a sala toda queimada, destruída... Não era a primeira vez que ia naquele lugar sozinha... Quando queria pensar ou desabafar vinha para cá, sentir saudades, ser humana, ser eu mesma e não essa pessoa que eu mostro ser. Teve uma vez que já dormi aqui, porque não queria mais escutar os gemidos e os gritos que minha mãe tinha que fazer com aqueles tarados nojentos.
Fui até o quarto da Rebecca e do Alex, era como se eles estivessem lá... Fazendo cócegas em mim na cama, brincando comigo, e logo eu corria para a sala pegando a guitarra dele e ameaçando.
-Para, ou eu vou jogar a sua guitarra pela janela!
Ele ria e dizia
- Não vai não, é a única que eu tenho e você aprende a tocar nela.
Eu baixava a guitarra com um sorriso...
- Tá... Você me pegou...
Eu deixava a guitarra no chão e ele corria atrás de mim denovo fazendo a brincadeira, até que no fim a Rebecca dizia.
- Vocês dois já chega não é? Vou preparar o jantar. Abi vai ficar pra jantar com a gente não é mesmo?
Eu era louca pela comida da Rebecca...
Lágrimas... Porque as coisas tinham que ser daquele jeito?
Sentei em um canto, onde podia ver tudo acontecer como um filme antigo. Abracei meus joelhos, minha maquiagem estava toda borrada, as lagrimas desciam incansavelmente do meu rosto, eu não queria mais nada... Só queria o Alex e a Rebecca de volta... Queria meus amigos de volta, queria minha família, o mundo é tão injusto. Porque isso tinha que acontecer? Porque comigo? Porque eu? O que eu fiz de errado? Porque eu roubei quando tinha fome? Porque eu menti? Eu não gostei da minha mãe, mesmo ela não dando a mínima pra mim e me expondo desse jeito?
- Não pode chover o tempo todo...
- Alex???
Me levantei em um salto, olhando para a janela, alguém estava na janela e havia pulado, tinha certeza. Corri disparada para a janela aberta e lá só vi a cidade noturna, o vento forte, e os carros passando pelas ruas sujas da cidade.
Eu sabia que não poderia ser coisa da minha cabeça. Voltei às pressas para casa, por incrível que parecesse a casa estava silenciosa, minha mãe não estava. Fui imediatamente para meu quarto e revirei minhas coisas, peguei um cd’s e o coloquei meu disk man pondo meus headfones, fui mudando as faixas até que eu ouvi...
“Não pode chover o tempo todo...”.
- Alex... É você mesmo...
Capitulo 4 – Luz nas Trevas
Depois daquela noite adormeci e quando acordei, vendo uma coisa inédita... Minha mãe estava fazendo o café da manhã... Eu estranhei, muito... Ela nunca fazia o café da manhã, quem fazia era eu e mesmo assim ela vivia reclamando. Ela me deu bom dia, preparou uma mesa bem bonita, perguntou se eu estava com fome, eu respondi que mais ou menos... Aquela cena era estranha, estava começando a pensar que ela estava querendo pedir dinheiro, já me pus na defensiva e ela percebeu. Pos meu café da manha na mesa e pediu para que eu comecesse... Depois que dei a primeira mordida na panqueca eu quase engasgei... o gosto estava horrível, fiz uma cara ruim sem querer e logo vi os olhos dela ficarem tristes e ela perder o sorriso.
-Está gostoso?
-Eu... bem...
Ela levantou-se imediatamente decepcionada
- Tudo bem, nunca fui muito boa com esse negócio de mãe mesmo.
Eu peguei no braço dela
-Não! Está delicioso... eu adorei! Mãe...
Ela sorriu...
Fui correndo contar ao Harry no que tinha acontecido. Ele ficou preocupado, achou que eu poderia estar delirando, com relação ao Alex, mas pela minha mãe ele ficou feliz. Eu sabia o que tinha ouvido, só não tinha certeza do que tinha visto naquela janela. Harry não acreditou, eu apenas desisti de tentar convence-lo. Ninguém acreditaria, mas eu tinha certeza, Alex estava vivo! As coisas pareciam estar começando a tomar um rumo melhor, mas ainda assim, estranho...
Fui para o estúdio do Seth, e lá eu trabalhei um pouco, até porque precisava pensar... As coisas estavam mudando, finalmente eu sentia um raio de esperança na minha vida... Alex poderia estar vivo, e minha mãe, finalmente está começando a agir como mãe.
Capitulo 5 – Pesadelo
Eu já não sabia o que estava acontecendo... Meus olhos... Doiam... Não sabia que lugar era aquele... Pessoas, pessoas me observando, pessoas que eu nunca vi... Estava assustada, e de repente... Aquela sensação... Fome...
- Abigail...
A voz... Vinha de dentro de mim, de dentro do meu coração...
- Abigail... Eu conheço você... Conheço toda a sua história...
A voz era sinistra... Amedrontadora, era masculina, e subitamente tudo ficou escuro... Eu me via, minha imagem, estava nua, e em minha frente um par de olhos vermelhos, assombrosos, gigantes... Dentes afiados... Mas não havia face...
- Quem é você?
Perguntei amedrontada.
- Não me conhece Abigail? Rum rum rum rum...
Uma risada sinistra ecoou por toda a escuridão.
- Eu sou você...
A resposta passou pela minha cabeça como um raio.
-Conheço você, Abigail... Sempre estive com você... Quando roubava, roubávamos juntos, quando mentia, mentíamos juntos, quando odiava, odiávamos juntos... Quando queríamos matar, queríamos juntos...
- Não... Não pode ser... Você não pode ser eu...
A gigantesca boca cheia de dentes não se movimentava, era quase como se fosse contato telepático
- Não me negue, Abigail... Eu não sou seu inimigo, sou seu aliado... Você não se lembra do que fizeram com a gente?
As imagens vinham como flashes em minha cabeça... Enquanto falavam...
- Eles tiraram nossas pessoas mais queridas de nós, tiraram qualquer vestígio de esperança da felicidade que poderíamos ter, e para que?
- Para que?
- Para criar monstros...
As imagens vieram atona... Cerberus, Hunter, projeto T- Tyrant 03 entre outros.
- Agora, eles querem nos transformar em monstros...
- Não...
As imagens vieram novamente... Na minha cama... uma invasão repentina... Pessoas mascaradas armadas, me pegaram a força, Umbrella... Minha mãe... Morta ao chão da cozinha...
-MÃÃÃÃEEEE!!!!!!
- Levem-na para o laboratório subterrâneo da Colméia, será nossa primeiro protótipo...
- NÃÃÃÃOOOO!!!!
Estava sendo arrastada para fora de casa... Um clarão, um lugar estranho, estava deitada, entubada, pessoas que pareciam médicas, com mascaras de gazes... Um homem se aproximava... Loiro, olhos claros, cabelos cumpridos e bata branca de cientista...
- Minha cria... Meu sangue... Meu experimento... Minha Arma...
A voz do voltou dando continuidade.
- E eles conseguiram...
Minha visão ficou avermelhada, tudo o que eu via era avermelhado... Sinais apitando no exterior, pessoas correndo desesperada... Meus braços, estava presa, entubada num tanque de água verde, com toda a minha força quebrei as algemas que fizeram um som metálico, rangi meus dentes e uma fome absurda tomou conta do meu ser e eu virei uma espécie de Abominação. Dei de encontrão no tubo e em dois ataques o tubo quebrou liberando a água verde. Os apitos logo aumentaram o som, e uma sirene tomou conta do ambiente... Eu estava descontrolada... Rapida e de forma sobrenatural avencei em um homem agarrando-lhe o pescoço e mordendo com extrema força arrancando sua cabeça em uma mordida selvagem e comecei a beber seu sangue, doce, quente... gostoso... Eu queria mais... Larguei-o, pois havia secado, avancei em outro homem e fiz o mesmo, só que dessa vez em ódio separei sua cabeça de seu corpo, os gritos aumentaram, todas as portas metálicas desceram, não antes de guardas com pistolas e outros armamentos adentrarem no local. As portas se fecharam automaticamente deixando as pessoas presas junto comigo... Eles tentaram me parar... Não tenho mais nada a dizer... Todas as pessoas foram brutalmente assassinadas.
Estava andando calmamente com minha boca cheia de sangue, nua, de alguma maneira eu havia conseguido voltar a minha forma humana. O cenário? Mesas derrubadas, vidros quebrados, líquidos esparramados, luzes piscando... Um verdadeiro holocausto... estava procurando papeis, documentos... Achei... Autorizações de experimentos, fotos, experimentos... “Projeto Black Rose” por Edward Simmons. Amassei o papel... E virei a ponta da porta se abrir... me aproximei de uma escopeta de cano serrado e a peguei, carreguei-a com muita facilidade, apenas uma mão e estava leve, extremamente leve...
Me aproximei em passos apressados nua, estava a procura de roupas... passei por um corredor escuro, e vi uma porta com um codin de cartões, não estava com paciência, mirei a arma no codin e estourei-o com um tiro. A porta abriu... Adentrei, o quarto estava escuro, mas minha visão... está melhorada... eu enxergava tudo... procurei um interruptor mesmo assim... Acendi as luzes, minhas pupilas não se dilataram devido a luz súbita... Procurei e procurei... finalmente achei roupas... Um coturno de cano longo feminino de vinil, uma saia, corset e um sobretudo do mesmo material, negros. Vesti-os e assim que o fiz, escutei um barulho, rosnados... Mas... Virei-me, não senti medo... estavam distantes, muito... portas se abrindo, passos apressados e rápidos, latidos altos, monstruosos, portas fechando, olhei para os lados, ao longo do corredor... Dois deles, vindo da mesma direção. Calma, confiança. Eram eles... Cerberus... Testes em animais feitos pela Umbrella. Os cães da raça hot wailer se aproximavam rápido... Corriam desesperados e eu sabia o que eles queriam, quando se aproximaram... Saltaram ao mesmo tempo, rapidamente levantei a escopeta com apenas uma mão e a explosão afastou os dois arrancando boa parte de seus rostos deixando-os caídos... Engatilhei a escopeta, olhando-os de cima dei alguns passos, apontei a arma para um e explodi seus miolos, pisei no outro prensando-o no chão, engatilhei novamente a arma e estourei seu crânio que acabou por ficar exposto e completamente destroçado.
Olhei para a direção de onde tinha ouvido a porta... avancei com passos longos... O estalo do coturno fazia eco no corredor escuro... Cheguei até a porta, não havia codin como a outra... Mas havia uma câmera de segurança... eu estava sendo monitorada... Levantei a arma para a câmera e a estourei. Engatilhei novamente, a porta abriu-se sozinha... Adentrei...
Dentro daquele local se demonstrou ser um laboratório, vi coisas terríveis, assim como tive que fazer coisas terríveis para sair da zona de perigo, mas era fato, a Umbrella já estava botando suas armas biológicas em prática, eu era uma delas, um projeto que se voltou contra seus criadores.
Finalmente cheguei aonde queria...
- Não!!! Você não entende!!!
Desesperadamente pegou uma arma e começou a atirar, acertou um, dois, três tiro, um no peito, um na barriga, e o ultimo foi na testa. Nada falei, continuei avançando... Mas logo minha cabeça começou a doer, sentia como se estivessem apertando minha mente... Ele estava levantado...
- HÁ há há há!!! Você pode ser a arma perfeita, mas ainda possui sua consciência, e essa é a minha defesa contra você. Agora, comporte-se, minha cria!!!
- Sua... Cria...
Minha voz saiu de uma gultural, demoníaca... Minha raiva foi despertada, meus olhos começavam a tomar o tom avermelhada, e ignorando completamente a dor por causa do meu ódio, tirei lentamente as mãos da minha cabeça e a ergui até fita-lo. Novamente me transformei naquela Abominação que agora fazia parte de mim, avancei em velocidade sobrenatural erguendo aquele miserável pelo pescoço.
- Porque fez tudo isso? Para que faz isso? Qual sua motivação? Dinheiro? Poder?
- Vencer uma guerra...
Disse ele lutando para se soltar.
- Explique!!!
- Você... é a primeira... Abominação, criada artificialmente... A primeira... Vampira criada de um laboratório com o DNA de um Lobisomem, minha falecida prima Amélia, uma Dançarina da Espira ... Mas... Não se pode criar um ser sobrenatural sem um elemento sobrenatural... E eu usei, o meu sangue... o sangue de Lasombra... Para poder deixar você forte... Tão forte quanto seu corpo...
Apertei a garganta, minhas presas saltaram.
- Você me tornou um monstro!!!
- Não...
Disse ele ainda tentando se soltar.
- Te tornei nossa... General...
Minhas presas de monstro ainda expostas soltaram um rosnado feroz.
- MORRA...
Com minhas garras arranquei o seu crânio, dando ao meu criador, a Morte-Final.
Edward Simmons teve sua morte-final em 18 de Novembro de 2005.
Capítulo 6 – Salvação
Minha vida estava acabada, Harry, Seth e todos que eu conheci tiveram de serem deixados para traz... Agora sozinha no mundo, fui encontrada por outro ser que era como eu, mas não inteiramente, porque esse era legitimo, ele tentou me capturar a força, mas não foi fácil... Até que fui estacada e levada a julgamento. Num local estranho com muitas pessoas estranhas, elas me avaliavam e falavam coisas estranhas, falavam da minha espécie, era considerada uma Abominação, era um deles, sem criado, mas a verdade era outra... Eu sabia quem havia me criado e até o nome do sangue que havia me dado, porém eu não queria revelar... Então alguém adentrou à sala... Meus olhos derramaram lágrimas...
- Alex!!!!!
Eu gritei... Estava presa, por alguma coisa estranha, não conseguia me soltar, se não teria corrido para abraça-lo.
- Meu Senhor, peço o direito de de adotar esta criança para orienta-la em nosso mundo, ensinar-lhe sobre o mundo que ela adentrou e os caminhos a serem trilhados pela Aliança Mistica.
- Tem certeza, sr Meyers?
- Absoluta... Nada me é mais triste do que ver um ser tão belo ter um potencial perdido aos ventos da crueldade do mundo de hoje.
- Que assim seja... Terás o direito de adota-la.
Então aquele homem me liberou.
Em seguida voltei para um casarão com Alex, ele me explicou muita coisa, coisas sobre o nosso mundo e também sobre mim e a Umbrella... Me explicou que sempre foi um Vampiro, e que Rebecca era sua carniçal e era também sua noiva, ele havia se apaixonado por uma humana e iria transforma-la futuramente. Sobre o atentado, ele havia conseguido escapar, mas não Rebecca... Os responsáveis foram a USS, uma equipe de elita da Umbrella, uma divisão de projetos especiais da Tecnocracia. Uma coisa muito avassaladora estava acontecendo em nosso mundo...
Me explicando mais sobre a Umbrella e o que eles fizeram comigo... A umbrela como propriedade da Tecnocracia realizou testes em pessoas e animais para criar armas biológicas capazes de enfrentar os protetores de Gaia, mas se demonstraram insuficientes... Eu era a primeira experiências genética com Abominações... bem como Edward Simmons disse... E fui um sucesso. Alex disse que investigava a Umbrella desde o começo porque imaginava a catástrofe que aconteceria se um acidente acontecesse... Poderia causar pânico global, e ele estava certo. Alex queria destruir a Umbrella... Tentou usar sua influencia, mas a Camarilla não concordou e continou com os planos e assim ele se uniu à Aliança Mistica... O jeito que alex conhecia agora era mexer os pauzinhos por detrás das cortinas. Mostrou-me outra sede da Umbrella que ficava em Los Angeles... Lá invadi os computadores e uma pessoa apareceu... Seu nome era Jessica, mas pediu para me chamar de Jesse, ela era do Sabá, disse que conhecia porque viu as câmeras de vigilância que restaram da sede de Tall Oaks e viu também os relatórios de testes e disse que tinham uma tarefa em comum... Reforçou-me que a Tecnocracia era a dona da Umbrella e mesmo que a Umbrella fosse destruída a Tecnocracia a ressuscitaria... O jeito era destruir a Tecnocracia. Ela tinha razão... Alex não sabia, mas eu me juntei a ela, ela me deu pistas de que em Detroit havia uma sede da Umbrella muito influente e que teriam muitas provas para expor. Deveríamos destruir Tecnocracia, principalmente pelo que eles fizeram... E era isso, isso deveria ser feito... Combinei com a Jesse, ela me encontraria em Detroit, era para ligar para ela quando chegasse lá e encontraria com outra pessoa envolvida na missão, Alex. Descobri que Jesse era também uma agente da Aliança Mística infiltrada no Sabá.
Estava indo agora para Nova York, avisei a Alex tinha uma pista da Umbrella, estávamos fazendo tudo por debaixo dos panos, ele iria sustentar tudo com a sua influencia e eu tiraria o lixo das ruas, sem deixar que sua influencia se espalhasse, tanto em mim quanto no mundo, porém não consegui mais encontrar Alex nem Jesse, e eu tenho medo de que tenha perdido meu melhor amigo novamente. Como um Membro da Aliança Mística, Theurge, estou investigando em Nova York o desaparecimento dos dois, se há algum meio sobrenatural isso. Fui altamente treinada pela aliança para estes assuntos e é hora de ver o resultado. Tenho que encontrar Alex e Jesse, destruir a Tecnocracia, e me vingar da Umbrella. Pra me ajudar nesta tarefa, tenho Lydia Norman, uma juíza de direito com muitos recursos que me ajudou a me reinserir na sociedade mortal como Freya Mainyu.