(Meninos, começamos! espero que eu consiga levar e que seja legal para vocês =)
Qualquer coisa, sabem onde me encontrar!
@Hellkite @Gelatto )
A lua brilhava ao alto do céu. Seu brilho era tão forte que sequer era possível ver estrelas. A floresta de pinheiros, coberta pela luz prateada, se assemelhava a uma cadeia de montanhas cobertas de neve. Era uma atmosfera espectral, quase feérica. Traçando o caminho aberto entre as altas árvores, o pequeno grupo composto por um animal e dois homens avançava.
A noite se adensava entre os pinheiros altos que cercavam a pequena vila. O vale, que se estendia até onde a vista podia ver, era coberto por uma névoa que parecia quase espectral.
A viagem já durava dias. Dias que Dan Bai esquecera de contar.
E sinceramente, não se importava mais. Talvez fossem meses? Perdeu a conta depois de ver a terceira lua cheia. Parecia uma eternidade desde que vira, pela última vez, Yue Bai.
Ainda digeria o que havia acontecido. Não entendia muito bem o que havia acontecido com sua bela esposa. Na verdade, não entendia bem qual tipo de criatura havia atacado sua guarnição. Os detalhes, apesar de vívidos em sua mente, se assemelhavam a um sonho.
Lembrava-se de como criaturas inimagináveis subiam as muralhas como carpas subindo o rio. Lembrava-se dos gritos dos homens e de Yue Bai lutando pela sua vida, até que, em um único golpe, uma das criaturas a feriu mortalmente.
A figura maléfica e cruel da bruxa se erguia sobre o corpo ferido de Yue Bai. Dan Bai, também ferido, não pôde fazer nada. Sua bela esposa havia se transformado em um vampiro chinês, como as lendas que ouvia quando criança. pelo menos, era isso que achava que tinha acontecido., Era isso que Ju-Long havia intuído. A última vez que viu o rosto de sua esposa, ele estava branco como um cadáver e ela gritava enquanto transformava-se em uma nuvem negra e fugia para o ocidente.
Depois disso, Dan Bai lembrava-se apenas de andar. De infinitas estradas a sua frente.
- A última vez que ela foi vista foi nos arredores desta vila.
Ju-Long andava ao lado de Dan Bai.
Carregava sua luva presa às costas, escondida de olhares curiosos.
Pulao bufou enquanto Dan Bai a puxava pelas rédeas. Sua fiel égua o acompanhou a viagem inteira. Ju-Long estava impressionado com o animal. Ela havia aguentado todo aquele trajeto, sob chuvas, ventos e sol. Não deu sinal de cansaço e mostrou-se companheira fiel de Dan Bai.
"Um animal extraordinário." Ju-Long pensava.
Andaram por mais um tempo, até finalmente chegarem à borda da cidade. Lá, dois guardas faziam vigia e ao perceberem a aproximação da pequena comitiva, ambos ergueram as lanças improvisadas - pedaços de madeira com a ponta afiada.
Tomando coragem, o mais jovem gritou:
- Quem vem lá?? O que fazem em Milegr? - O mais novo grita em um misto de medo e adrenalina. O outro, um senhor que já aparentava ter mais idade, estreita os olhos e observa com curiosidade os dois viajantes.
O mais velho ergueu uma das mãos em direção ao jovem, pedindo calma.
- Calma lá, Sebastian. Não precisa afugentar todo viajante que passa por aqui.
Ele observou o rosto dos homens e suas posturas. Algo chamou sua atenção.
O velho acabou por baixar sua lança, mas o jovem permanecia atento.
- Parece que vieram de longe, não é? Por um acaso estão aqui por causa de nosso chamado? Deixamos um pedido de ajuda na cidade de Caern, mais ao norte!
O jovem revirou os olhos, irritado com o velho já dando informações que permitiriam a ambos os viajantes adentrarem a cidade.
- Senhor Joshua, não devemos ficar dando informações assim.
Joshua cortou rispidamente o rapaz e disse prontamente:
- Cala a boca e aprenda a perceber soldados quando estes aparecem, meu jovem!
E depois, o velho Joshua volta seus olhos para os dois orientais:
- Veja só, estamos com um problema. Uma besta ataca nossa vila e seus arredores. Pedimos ajuda, mas o Senhor não mandou ninguém. Vocês.... - ele olhou o rosto de Dan Bai e a postura de Ju-Long. - .... Estariam dispostos a trabalhar?
Ju-Long olhou para Dan Bai, desconfiado. Ele ergueu uma sobrancelha e disse no idioma que somente Dan Bai entendia:
- Bem, foi por aqui que disseram ter ataques... estranhos. Talvez tenhamos uma pista. O que acha?
**
Já dentro da vila, a música animada podia ser ouvida por quem passava próximo da taverna.
Dentro do local, iluminado pela luz quente que vinha da lareira, Clairemont estava sentado em uma das mesas, cercado por diversos aldeões de ouvidos atentos! Ter um Orador naquele fim de mundo era um evento grande! Tão grande quanto uma festa de igreja! Todos queriam ouvir os feitos do grande Clairemont! Havia alguns que sussurravam pela cidade que o jovem era conhecido, em diversos locais, como um herói e homem do povo! E é claro, era sempre uma honra ouvir as histórias vindas diretamente dos Oradores. Histórias que traziam contos de lugares inimagináveis para aquelas pessoas. Histórias de onde Clairemont nascera e de onde passara. Era sabido que os Oradores, além de protegerem determinados locais e jurarem lutar contra criaturas demoníacas, também tinham vasto conhecimento da história mundial e era sua tradição passá-los adiante, para impedir que os mesmos erros se repetissem.
Quando a caneca do jovem Orador se esvazia, a dona da Taverna prontamente surge com uma nova caneca cheia!
- Senhor Clairemont, por favor, beba por conta da casa! É uma honra ter um Orador aqui em nossa vila! - a velha dona da Taverna disse enquanto entregava uma caneca de chopp para ele e Danna. Ela fez isso de forma com que o jovem pudesse espiar seu decote, enquanto ela dava uma piscadela para ele.
Danna revirou os olhos, irritada com aquele comportamento. Ela mesma estava de saco cheio de repetir histórias para as crianças da vila. Ao invés de todas se reunirem para ouvir, ela tinha que ficar indo de casa em casa porque os pais não estavam deixando os filhos saírem de casa. Algo estava rondando a região. E foi justamente isso que fez Clairemont decidir ficar.
Enquanto Clairemont tinha não só a taberneira, como outras jovens em cima dele, fazendo as diversas perguntas, Danna tinha apenas uns pirralhos chatos - os filhos da taberneira - no seu pé. Olhava feio para eles. Não iria repetir pela quinta vez a história do continente! Chega!!!
"O mundo é injusto!" Ela pensava. Seu irmão era um fanfarrão e ela queria casar, mas parecia que ninguém estava interessado nela.
- Senhor Clairemont, ficamos bem mais tranquilos com você e sua irmã aqui para acabar com esta besta horrível que ronda a cidade! - uma delas disse olhando os belos olhos azuis de Clair.
- Sim, desde que ele apareceu, as plantas pararam de crescer e anda mais frio.... Não aguentamos mais.
Danna revira os olhos.
Estava cansada dessa ladainha ser repetida. Esperava que Clair conseguisse logo juntar informações necessárias para a Caça, mas parecia que quase ninguém estava disposto a guiar os dois até onde o animal - se é que era um - fora visto a última vez.
Já bêbada, Danna puxa a gola de Clair, chamando sua atenção.
- Pelo amor de deus, homem! Faz alguma dessas suas concubinas nos dizer onde encontramos essa droga de bicho!!! Se é que é um bicho ou só uns ratos que eu não ficaria impressionada se andassem em bando por aqui!
Disse Danna olhando feio para as crianças catarrentas.
Qualquer coisa, sabem onde me encontrar!
@Hellkite @Gelatto )
- Muquisinha de Abertura:
A lua brilhava ao alto do céu. Seu brilho era tão forte que sequer era possível ver estrelas. A floresta de pinheiros, coberta pela luz prateada, se assemelhava a uma cadeia de montanhas cobertas de neve. Era uma atmosfera espectral, quase feérica. Traçando o caminho aberto entre as altas árvores, o pequeno grupo composto por um animal e dois homens avançava.
A noite se adensava entre os pinheiros altos que cercavam a pequena vila. O vale, que se estendia até onde a vista podia ver, era coberto por uma névoa que parecia quase espectral.
A viagem já durava dias. Dias que Dan Bai esquecera de contar.
E sinceramente, não se importava mais. Talvez fossem meses? Perdeu a conta depois de ver a terceira lua cheia. Parecia uma eternidade desde que vira, pela última vez, Yue Bai.
Ainda digeria o que havia acontecido. Não entendia muito bem o que havia acontecido com sua bela esposa. Na verdade, não entendia bem qual tipo de criatura havia atacado sua guarnição. Os detalhes, apesar de vívidos em sua mente, se assemelhavam a um sonho.
Lembrava-se de como criaturas inimagináveis subiam as muralhas como carpas subindo o rio. Lembrava-se dos gritos dos homens e de Yue Bai lutando pela sua vida, até que, em um único golpe, uma das criaturas a feriu mortalmente.
A figura maléfica e cruel da bruxa se erguia sobre o corpo ferido de Yue Bai. Dan Bai, também ferido, não pôde fazer nada. Sua bela esposa havia se transformado em um vampiro chinês, como as lendas que ouvia quando criança. pelo menos, era isso que achava que tinha acontecido., Era isso que Ju-Long havia intuído. A última vez que viu o rosto de sua esposa, ele estava branco como um cadáver e ela gritava enquanto transformava-se em uma nuvem negra e fugia para o ocidente.
Depois disso, Dan Bai lembrava-se apenas de andar. De infinitas estradas a sua frente.
- A última vez que ela foi vista foi nos arredores desta vila.
Ju-Long andava ao lado de Dan Bai.
Carregava sua luva presa às costas, escondida de olhares curiosos.
Pulao bufou enquanto Dan Bai a puxava pelas rédeas. Sua fiel égua o acompanhou a viagem inteira. Ju-Long estava impressionado com o animal. Ela havia aguentado todo aquele trajeto, sob chuvas, ventos e sol. Não deu sinal de cansaço e mostrou-se companheira fiel de Dan Bai.
"Um animal extraordinário." Ju-Long pensava.
Andaram por mais um tempo, até finalmente chegarem à borda da cidade. Lá, dois guardas faziam vigia e ao perceberem a aproximação da pequena comitiva, ambos ergueram as lanças improvisadas - pedaços de madeira com a ponta afiada.
Tomando coragem, o mais jovem gritou:
- Quem vem lá?? O que fazem em Milegr? - O mais novo grita em um misto de medo e adrenalina. O outro, um senhor que já aparentava ter mais idade, estreita os olhos e observa com curiosidade os dois viajantes.
O mais velho ergueu uma das mãos em direção ao jovem, pedindo calma.
- Calma lá, Sebastian. Não precisa afugentar todo viajante que passa por aqui.
Ele observou o rosto dos homens e suas posturas. Algo chamou sua atenção.
O velho acabou por baixar sua lança, mas o jovem permanecia atento.
- Parece que vieram de longe, não é? Por um acaso estão aqui por causa de nosso chamado? Deixamos um pedido de ajuda na cidade de Caern, mais ao norte!
O jovem revirou os olhos, irritado com o velho já dando informações que permitiriam a ambos os viajantes adentrarem a cidade.
- Senhor Joshua, não devemos ficar dando informações assim.
Joshua cortou rispidamente o rapaz e disse prontamente:
- Cala a boca e aprenda a perceber soldados quando estes aparecem, meu jovem!
E depois, o velho Joshua volta seus olhos para os dois orientais:
- Veja só, estamos com um problema. Uma besta ataca nossa vila e seus arredores. Pedimos ajuda, mas o Senhor não mandou ninguém. Vocês.... - ele olhou o rosto de Dan Bai e a postura de Ju-Long. - .... Estariam dispostos a trabalhar?
Ju-Long olhou para Dan Bai, desconfiado. Ele ergueu uma sobrancelha e disse no idioma que somente Dan Bai entendia:
- Bem, foi por aqui que disseram ter ataques... estranhos. Talvez tenhamos uma pista. O que acha?
**
Já dentro da vila, a música animada podia ser ouvida por quem passava próximo da taverna.
Dentro do local, iluminado pela luz quente que vinha da lareira, Clairemont estava sentado em uma das mesas, cercado por diversos aldeões de ouvidos atentos! Ter um Orador naquele fim de mundo era um evento grande! Tão grande quanto uma festa de igreja! Todos queriam ouvir os feitos do grande Clairemont! Havia alguns que sussurravam pela cidade que o jovem era conhecido, em diversos locais, como um herói e homem do povo! E é claro, era sempre uma honra ouvir as histórias vindas diretamente dos Oradores. Histórias que traziam contos de lugares inimagináveis para aquelas pessoas. Histórias de onde Clairemont nascera e de onde passara. Era sabido que os Oradores, além de protegerem determinados locais e jurarem lutar contra criaturas demoníacas, também tinham vasto conhecimento da história mundial e era sua tradição passá-los adiante, para impedir que os mesmos erros se repetissem.
Quando a caneca do jovem Orador se esvazia, a dona da Taverna prontamente surge com uma nova caneca cheia!
- Senhor Clairemont, por favor, beba por conta da casa! É uma honra ter um Orador aqui em nossa vila! - a velha dona da Taverna disse enquanto entregava uma caneca de chopp para ele e Danna. Ela fez isso de forma com que o jovem pudesse espiar seu decote, enquanto ela dava uma piscadela para ele.
Danna revirou os olhos, irritada com aquele comportamento. Ela mesma estava de saco cheio de repetir histórias para as crianças da vila. Ao invés de todas se reunirem para ouvir, ela tinha que ficar indo de casa em casa porque os pais não estavam deixando os filhos saírem de casa. Algo estava rondando a região. E foi justamente isso que fez Clairemont decidir ficar.
Enquanto Clairemont tinha não só a taberneira, como outras jovens em cima dele, fazendo as diversas perguntas, Danna tinha apenas uns pirralhos chatos - os filhos da taberneira - no seu pé. Olhava feio para eles. Não iria repetir pela quinta vez a história do continente! Chega!!!
"O mundo é injusto!" Ela pensava. Seu irmão era um fanfarrão e ela queria casar, mas parecia que ninguém estava interessado nela.
- Senhor Clairemont, ficamos bem mais tranquilos com você e sua irmã aqui para acabar com esta besta horrível que ronda a cidade! - uma delas disse olhando os belos olhos azuis de Clair.
- Sim, desde que ele apareceu, as plantas pararam de crescer e anda mais frio.... Não aguentamos mais.
Danna revira os olhos.
Estava cansada dessa ladainha ser repetida. Esperava que Clair conseguisse logo juntar informações necessárias para a Caça, mas parecia que quase ninguém estava disposto a guiar os dois até onde o animal - se é que era um - fora visto a última vez.
Já bêbada, Danna puxa a gola de Clair, chamando sua atenção.
- Pelo amor de deus, homem! Faz alguma dessas suas concubinas nos dizer onde encontramos essa droga de bicho!!! Se é que é um bicho ou só uns ratos que eu não ficaria impressionada se andassem em bando por aqui!
Disse Danna olhando feio para as crianças catarrentas.