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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Zireael Ter Ago 29, 2023 10:06 pm

    (Meninos, começamos! espero que eu consiga levar e que seja legal para vocês =)

    Qualquer coisa, sabem onde me encontrar!

    @Hellkite  @Gelatto )

    Muquisinha de Abertura:

    A lua brilhava ao alto do céu. Seu brilho era tão forte que sequer era possível ver estrelas. A floresta de pinheiros, coberta pela luz prateada, se assemelhava a uma cadeia de montanhas cobertas de neve. Era uma atmosfera espectral, quase feérica. Traçando o caminho aberto entre as altas árvores, o pequeno grupo composto por um animal e dois homens avançava.  

    A noite se adensava entre os pinheiros altos que cercavam a pequena vila. O vale, que se estendia até onde a vista podia ver, era coberto por uma névoa que parecia quase espectral. 

    A viagem já durava dias. Dias que Dan Bai esquecera de contar.
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    E sinceramente, não se importava mais. Talvez fossem meses? Perdeu a conta depois de ver a terceira lua cheia. Parecia uma eternidade desde que vira, pela última vez, Yue Bai. 

    Ainda digeria o que havia acontecido. Não entendia muito bem o que havia acontecido com sua bela esposa. Na verdade, não entendia bem qual tipo de criatura havia atacado sua guarnição. Os detalhes, apesar de vívidos em sua mente, se assemelhavam a um sonho. 

    Lembrava-se de como criaturas inimagináveis subiam as muralhas como carpas subindo o rio. Lembrava-se dos gritos dos homens e de Yue Bai lutando pela sua vida, até que, em um único golpe, uma das criaturas a feriu mortalmente. 

    A figura maléfica e cruel da bruxa se erguia sobre o corpo ferido de Yue Bai. Dan Bai, também ferido, não pôde fazer nada. Sua bela esposa havia se transformado em um vampiro chinês, como as lendas que ouvia quando criança. pelo menos, era isso que achava que tinha acontecido., Era isso que Ju-Long havia intuído. A última vez que viu o rosto de sua esposa, ele estava branco como um cadáver e ela gritava enquanto transformava-se em uma nuvem negra e fugia para o ocidente. 


    Depois disso, Dan Bai lembrava-se apenas de andar. De infinitas estradas a sua frente.

    - A última vez que ela foi vista foi nos arredores desta vila. 

    Ju-Long andava ao lado de Dan Bai.
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    Carregava sua luva presa às costas, escondida de olhares curiosos. 

    Pulao bufou enquanto Dan Bai a puxava pelas rédeas. Sua fiel égua o acompanhou a viagem inteira. Ju-Long estava impressionado com o animal. Ela havia aguentado todo aquele trajeto, sob chuvas, ventos e sol. Não deu sinal de cansaço e mostrou-se companheira fiel de Dan Bai.  

    "Um animal extraordinário." Ju-Long pensava. 

    Andaram por mais um tempo, até finalmente chegarem à borda da cidade. Lá, dois guardas faziam vigia e ao perceberem a aproximação da pequena comitiva, ambos ergueram as lanças improvisadas - pedaços de madeira com a ponta afiada.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Imperi10


    Tomando coragem, o mais jovem gritou:

    - Quem vem lá?? O que fazem em Milegr? - O mais novo grita em um misto de medo e adrenalina. O outro, um senhor que já aparentava ter mais idade, estreita os olhos e observa com curiosidade os dois viajantes. 

    O mais velho ergueu uma das mãos em direção ao jovem, pedindo calma. 

    - Calma lá, Sebastian. Não precisa afugentar todo viajante que passa por aqui. 

    Ele observou o rosto dos homens e suas posturas. Algo chamou sua atenção. 

    O velho acabou por baixar sua lança, mas o jovem permanecia atento. 

    - Parece que vieram de longe, não é? Por um acaso estão aqui por causa de nosso chamado? Deixamos um pedido de ajuda na cidade de Caern, mais ao norte! 

    O jovem revirou os olhos, irritado com o velho já dando informações que permitiriam a ambos os viajantes adentrarem a cidade. 

    - Senhor Joshua, não devemos ficar dando informações assim.

    Joshua cortou rispidamente o rapaz e disse prontamente:

    - Cala a boca e aprenda a perceber soldados quando estes aparecem, meu jovem!

    E depois, o velho Joshua volta seus olhos para os dois orientais:

    - Veja só, estamos com um problema. Uma besta ataca nossa vila e seus arredores. Pedimos ajuda, mas o Senhor não mandou ninguém. Vocês.... - ele olhou o rosto de Dan Bai e a postura de Ju-Long. - .... Estariam dispostos a trabalhar? 

    Ju-Long olhou para Dan Bai, desconfiado. Ele ergueu uma sobrancelha e disse no idioma que somente Dan Bai entendia:

    - Bem, foi por aqui que disseram ter ataques... estranhos. Talvez tenhamos uma pista. O que acha?

    **

    Já dentro da vila, a música animada podia ser ouvida por quem passava próximo da taverna. 

    Dentro do local, iluminado pela luz quente que vinha da lareira, Clairemont estava sentado em uma das mesas, cercado por diversos aldeões de ouvidos atentos! Ter um Orador naquele fim de mundo era um evento grande! Tão grande quanto uma festa de igreja! Todos queriam ouvir os feitos do grande Clairemont! Havia alguns que sussurravam pela cidade que o jovem era conhecido, em diversos locais, como um herói e homem do povo! E é claro, era sempre uma honra ouvir as histórias vindas diretamente dos Oradores. Histórias que traziam contos de lugares inimagináveis para aquelas pessoas. Histórias de onde Clairemont nascera e de onde passara. Era sabido que os Oradores, além de protegerem determinados locais e jurarem lutar contra criaturas demoníacas, também tinham vasto conhecimento da história mundial e era sua tradição passá-los adiante, para impedir que os mesmos erros se repetissem. 

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Drinking-drunk

    Quando a caneca do jovem Orador se esvazia, a dona da Taverna prontamente surge com uma nova caneca cheia!
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    - Senhor Clairemont, por favor, beba por conta da casa! É uma honra ter um Orador aqui em nossa vila! - a velha dona da Taverna disse enquanto entregava uma caneca de chopp para ele e Danna. Ela fez isso de forma com que o jovem pudesse espiar seu decote, enquanto ela dava uma piscadela para ele.

    Danna revirou os olhos, irritada com aquele comportamento. Ela mesma estava de saco cheio de repetir histórias para as crianças da vila. Ao invés de todas se reunirem para ouvir, ela tinha que ficar indo de casa em casa porque os pais não estavam deixando os filhos saírem de casa. Algo estava rondando a região. E foi justamente isso que fez Clairemont decidir ficar. 

    Enquanto Clairemont tinha não só a taberneira, como outras jovens em cima dele, fazendo as diversas perguntas, Danna tinha apenas uns pirralhos chatos - os filhos da taberneira - no seu pé. Olhava feio para eles. Não iria repetir pela quinta vez a história do continente! Chega!!! 

    "O mundo é injusto!" Ela pensava. Seu irmão era um fanfarrão e ela queria casar, mas parecia que ninguém estava interessado nela. 


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    - Senhor Clairemont, ficamos bem mais tranquilos com você e sua irmã aqui para acabar com esta besta horrível que ronda a cidade! - uma delas disse olhando os belos olhos azuis de Clair. 


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    - Sim, desde que ele apareceu, as plantas pararam de crescer e anda mais frio.... Não aguentamos mais.



    Danna revira os olhos.
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    Estava cansada dessa ladainha ser repetida. Esperava que Clair conseguisse logo juntar informações necessárias para a Caça, mas parecia que quase ninguém estava disposto a guiar os dois até onde o animal - se é que era um - fora visto a última vez. 

    Já bêbada, Danna puxa a gola de Clair, chamando sua atenção. 

    - Pelo amor de deus, homem! Faz alguma dessas suas concubinas nos dizer onde encontramos essa droga de bicho!!! Se é que é um bicho ou só uns ratos que eu não ficaria impressionada se andassem em bando por aqui!

    Disse Danna olhando feio para as crianças catarrentas.
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    Mensagem por Hellkite Ter Ago 29, 2023 11:19 pm



    CLAIREMONT LOVELACE

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Claire11

    **

    Isto sim é que é vida!

    Clairemont, empolgado com suas próprias historias, se levanta e põe o pé na cadeira, batendo a mão em forma de punho em seu próprio peito e fazendo sua melhor pose de capitão, apesar de não ser capitão coisíssima nenhuma.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “E então eu estava lá, o ultimo da companhia, sobre a finíssima ponte de pedra, bloqueando a passagem. O enorme demônio que nos estava perseguindo parou, impressionado, ao ver que  eu era aquele que iria enfrenta-lo. Certamente achou que seria presa fácil, um humano a ser esmagado como barata”, diz Claire fazendo gestos engraçados, mas logo voltou a sua forma altiva, “porém eu me mantive impassível. Daqui não passara, Bal-krog! Já disse que o demônio chamava Bal-krog?”

    Os aldeões dão de ombros. Claire se sentia ótimo com a atenção, especialmente os olhos brilhantes das mocinhas. Claro, evitou de olhar para Danna, que provavelmente o estava fritando, invejosa, já que tinha que ficar com os catarrentos.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “O demonio soltou fogo pelas narinas, e estalou seu chicote. Ele tinha um chicote flamejante, e também uma espada flamejante. Saia fogo de sua boca, e eu sentia o cheiro de enxofre emanando daquela garganta que parecia um vulcão! Ele provavelmente pensou, o que pode fazer um simples humano? E deu um passo!”

    Claire da um pisao forte no chão, para assustar os aldeões, e fez uma careta de demônio. Teatralidade é tudo!

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Eu então peguei minha espada, com as duas mãos, e finquei com força em uma rachadura da ponte! Poisé, tinha uma rachadura, por isto que fiquei naquela parte. Ai o peso do demônio, que devia pesar algumas toneladas, fez o serviço para mim, derrubando a ponte e então ele caiu nas profundezas... felizmente não derrubou toda a ponte, senão eu não estaria aqui contando a historia!”

    Pelo visto as historias estavam fazendo bastante sucesso, visto que a taberneira veio ate oferecer um caneco para Claire. Ela estava bem conservada e tinha seus dotes chamativos. Claire faz uma mesura.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Muito obrigado, dona! Agradeço a bebida, contar as historias deixa a garganta seca, e não é nada bom para um Orador ter sua ferramenta de trabalho desgastada... É muito gentil, e espero poder retribuir de alguma forma!”, diz dando uma golada, e limpando a boca com sua manga.

    Danna para variar estava com aquela cara irritada, cercada pelos meninos da aldeia. Quando iria ate la para salva-la, uma bela jovem fala sobre uma besta que causava o pânico na cidade. Era uma beldade de olhos azuis que faz o coração de Claire bater mais rápido, “badump!”

    O Lovelace põe a mão na nuca, sem graça pelo elogio.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Ah, ora, obrigado pela confiança. Eu e minha irma Danna iremos dar o nosso melhor para conter essa ameaça! Precisamos de mais informações... Qual é mesmo seu nome? Então, presenças sobrenaturais podem causar efeitos maléficos, como flores que murcham, leite que azeda, e galinhas que param de botar ovos. E o frio... pode ter relação com algum aspecto de sua historia... Tem alguma lenda local que menciona esta criatura? Faz quanto tempo que esta frio assim? Quanto mais informações puder nos passar, melhor!”

    Claire olha para sua irma, e se assusta, desta vez ela estava ficando bem brava, mais que o normal! Ele arregala os olhos com o palavreado dela, e quase golfa a cerveja quando ela puxa sua gola.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Shhh, ei Danna, isso são modos? Precisamos ganhar a confiança dos locais, para que eles possam nos contar algo que preste para nós! Mas vai, me conta ai, o que esta te incomodando? Sou seu irmãozao, pode contar comigo!”, diz, apertando suas bochechas. Ele sabia que ela odiava isso.
    ?
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    Mensagem por Gelatto Sáb Set 02, 2023 1:41 am

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    DAN BAI

    Dan Bai olhava para a lua cheia no céu. A memória trágica de um passado distante o atormentava como se fosse ontem o dia em que perdera Yue Bai.

    Das criaturas só lembrava do cheiro fétido de carniça e suor forte, e dos berros, como o balir de bodes. Perdera bons amigos naquela noite, e seu coração teimava em aceitar a perda de Yue Bai.

    Ferida gravemente, Dan Bai nada podeia fazer, a não ser presenciar impotente os passos da misteriosa bruxa Xianniang que por misericórdia ou pura maldade, ao salvar Yue Bai da morte, a amaldiçou em uma criatura das histórias de criança, mas naquela momento, estas histórias ganhavam a realidade, Yue Bai se tornara uma jiangshi, uma vampira chinesa.

    Impotente perante aquilo tudo, apenas pôde ver sua esposa, já de pele branca como o sal, fugir envergonhada envolta por uma nuvem negra enquanto uma risada como um gralhar era tudo que sobrara da presença da maldita bruxa.

    Seus pensamentos são interrompidos por Ju-Long, um monge peregrino que estava naquela noite na guarnição e presenciou todo o horror que destruiu o casal Dan e Yue Bai. Ele se mostrou um grande aliado nestes tempos difícieis, orientando Dan em sua busca. Por meses eles viajaram pela rota da seda vindos da China, onde Dan Bai aprendeu a fala do ocidente e mais sobre as criaturas da noite que nosso imaginário nos protegia taxando-as como lendas e histórias para assustar crianças, mas elas existiam e estavam entre nós. E cabia a poucos corajosos e conhecedores protegerem o mundo destas criaturas do submundo.

    Ju-Long relembra que Yue Bai fora vista nos arredores desta vila. Isso traz esperança para Dan Bai, afinal, quer encontrá-la e curar sua maldição, para que possam voltar a ficar juntos como sempre sonharam.

    -"Como das outras três vezes, e no final, nada. Não estou sendo pessimista, só lhe aviso que não quero seu consolo se ela não estiver aqui."

    -"Mas vamos, Pulao precisa de um descanso!"


    Dan Bai estava desmontado (raramente a montava), puxando as rédeas de Pulao, a égua que pertencia à sua esposa e que ele toma conta desde então. Um espécime raro que fez por merecer seu lugar no trio de viajantes. Ju-Long não sabe dizer com certeza qual dos dois é mais determinado ou teimoso a encontrar Yue Bai.

    Havia guardas na entrada da vila. Dan Bai deixa a conversa para Ju-Long, que era mais versado no idioma ocidental que ele, não que Dan Bai não entendesse, mas preferia evitar dar alguma gafe neste tipo de situação.

    Os guardas falam sobre uma besta nos arredores da vila. Joshua, o guarda mais velho, tinha um olhar mais analítico que o jovem Sebastian, percebendo que aqueles viajantes tinham mais a oferecer, e oferece o trabalho de caça à criatura.

    Mesmo desconfiados, Ju-Long e Dan Bai pensam na proposta.

    -"Estamos há semanas na estrada, e Pulao precisa de um tempo para recuperar, mesmo que recuse. E nós também precisamos de descanso e do ouro destas terras se quisermos continuar. E qualquer que seja a besta, ela pode nos dar alguma pista para seguirmos. Além do quê, se for realmente ela, é melhor sermos nós a encontra-la que algum infeliz em busca de gloria."

    Dan toma a frente de Ju-Long e toma sua decisão perante os guardas:

    -"Aceitamos o trabalho! Mas primeiro, nos indique uma estalagem, estamos há dias na estrada. E nos contem tudo sobre esta criatura, seus ataques, vítimas, aparência, qualquer coisa que vocês se lembrarem!"

    E Dan Bai puxava as rédeas de Pulao vila adentro.
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Zireael Dom Set 03, 2023 4:17 pm

    Ju-Long andava ao lado do amigo na estrada íngreme. Não ousava tocar no nome de sua esposa ou comentar sobre o fato, a não ser que fosse extremamente necessário. Sabia como aquilo poderia afetar o rapaz. Ele ainda carregava o peso de não ter sido capaz de ajudar Yue Bai, por mais que Ju-Long dissesse que nada poderia ser feito.

    O monge lamentava também a separação tão abrupta e cruel do jovem casal. Ju-Long contara tudo que sabia sobre a Bruxa do Oriente Xianniang. Sabia que era um espírito errante que gostava de praticar os mais diversos atos. Era impossível saber se ela tinha transformado Yue Bai por bondade ou por puro prazer de vê-la correr, em desgraça, para o sol nascente. Dan Bai apenas lembrava-se da risada da Bruxa ao ver a expressão da bela Yue se distorcer em lágrimas.

    "Ela é capaz de azedar o leite ou fazê-lo jorrar de pedra para alimentar crianças." Era isso que Ju-Long disse uma vez. O que era Xianninag, de fato? 

    Conversando em sua língua natal, o jovem monge ouve o que Dan Bai diz. Ele suspira, um pouco triste pelas palavras do amigo, mas entende sua posição. Sabia que Dan Bai tinha esperanças de encontrar sua esposa desaparecida, mesmo depois de três tentativas frustradas. Viajando há tanto tempo, algumas vezes era difícil manter o ritmo e a esperança em si. Ainda mais quando não se tinha nenhuma notícia do objeto que se procurava.

    - Prometo que não consolarei ou direi nada. Direi apenas para irmos para a próxima cidade. Porém, a jovem cigana foi bem específica de nos dizer que a névoa fria que procuramos adormece junto ao cão. Ela nos apontou as estrelas e as seguimos até aqui. Deve haver uma pista. 

    Ju-Long olhou o caminho a frente, não sabia se ele mesmo acreditava no que estava dizendo. Andaram demais e estava cansado. Ele ergueu os olhos e viu o portão se aproximar.

    - Tenha fé. Caminhos nunca são retos. Vamos apenas continuar seguindo.

    Os dois seguem o caminho em direção à vila e como esperado por Dan Bai, Ju-Long faz as apresentações. Ele observava, com certa curiosidade, as armas e aparência dos dois. Segurou-se para não perguntar de onde eram. Nunca tinha visto aquele tipo de roupa e armas por lá. 

    Mas agora, havia temas mais importantes. O guarda mais velho dá um sorriso quando o jovem diz que aceitaria o serviço. 

    - Podemos garantir o descanso dos senhores e de seu animal, assim como também podemos pagar. Não é muito, mas é um começo para terem.... Ouro desta terra. - ele olhou ainda curioso para Dan Bai e Ju-Long. Reparou em como suas feições eram diferentes daqueles que costumava ver. Os olhos eram amendoados e levemente puxados. 

    Ele limpou a garganta:

    - Sebastian, leve-os até a estalagem. eu ficarei aqui.

    - Até parece que não consigo guardar a vila durante uns 15 minutos, Joshua! Pode levá-los! - Sebastian disse irritado. Claro que poderia ficar sozinho por um tempo!

    Joshua bufa e balança a cabeça em negativo. Sem dizer nada, abriu o portão para a vila e esperou que os viajantes entrassem. Depois fechou-os e os guiou por ruelas de terra. 

    - Sobre a criatura, não sabemos muita coisa, mas ela apareceu há uns 3 meses. Choros e uivos foram ouvidos por todo mundo e uma das nossas foi... Roubada. Pode estar morta, até onde sabemos. Sua irmã também largou tudo para procurá-la. Mora em uma caverna próxima. O filho foi largado.

    As casas estavam todas fechadas fortemente. Dan Bai só podia ver luzes fracas que vinham de dentro das construções, que fugiam por debaixo da porta ou por alguma fresta de janela. Silêncio total. 


    - Onde ela foi levada, no meio da vila, perto do poço, só sobrou uma sombra. Nada! E desde então, toda noite, mais choros são ouvidos. Não saímos de casa. Mas hoje...

    Pararam perto da taverna. Havia luz e barulho lá dentro. O guarda olha pra a construção com certo receio.

    - Hoje um Orador está aqui. Chegou há pouco tempo. Também está em busca da fera. Todo mundo veio vê-lo. Nunca vimos um Orador, sabe?
    E ele olhou de relance para Dan Bai e Ju-Long. Pensou que também nunca tinha visto gente igual a eles. 

    Ele deu um leve sorriso. 

    - Vocês podem...Não sei, trabalhar juntos. 

    Ficou meio sem graça, sem saber o que dizer:

    - Err.. De qualquer forma, aqui é nossa estalagem. O curral está logo ali ao lado. Pode deixar o animal lá. A senhora Craige está lá dentro. É a taberneira. Basta avisá-la que Joshua os guiou aqui e que ajudarão com a fera.

    Ele olhou o caminho de onde veio.

    - Tenho que voltar. Não quero deixar Sebastian muito tempo sozinho. Vocês precisam de mais alguma coisa?

    *****

    A multidão acompanhava Clair com os olhos arregalados. Como bom Orador, sabia que a maneira de contar histórias era igualmente importante à história em si! Ele levantou e colocou-se na posição de Capitão. As jovens suspiraram e a taberneira quase desmaiou. Os homens também calaram a boca, interessados no que o jovem tinha para contar. 

    Dentro do silêncio absoluto, Clair apresentava sua história diante de uma plateia totalmente captada. 

    - Bla-Krog? Que nome assustador!

    - Um demônio de fato!

    Comentários baixos sobre a façanha e coragem do homem corriam entre a taverna. Sabiam que os Oradores, por juramento, não podiam jamais mentir ao relatar fatos históricos. 

    Clair passou os olhares pela sua plateia. O ar estava estagnado. Ele sabia que queriam fazer perguntas, mas não ousavam interromper o Orador exercendo sua função sagrada. 

    Clair continuou! Quando citou que o demônio soltava fogo, ele pôde ouvir um "Oooh!!" da plateia, que inclinava seus tronos para trás em medo. As moças arregalaram os olhos e Clair ouviu uma delas suspirar. A taberneira aperta o copo que estava em sua mão, de olhos arregalados. Nenhum deles poderia imaginar passar por uma situação como aquela! Um demônio! E ainda enfrentá-lo de igual para igual.

    Já Danna... Danna cruzou os braços e se afundou na cadeira, irritada. Esticou um braço enquanto segurava uma caneca, mas claro, ninguém foi servi-la.........

    As pessoas saltaram da cadeira quando Clair fez o movimento do chicote, como se elas pudessem ouvir o som da arma. Os olhares petrificados não saíam de Clair. Sequer ousavam repetir as mesmas perguntas que ele fazia para continuar a história. Porém, ele sabia que elas queriam mais!!

    - Nossa!!! - uma das mocinhas falou quando Clair contou que puxara sua arma. Levou uma das mãos ao rosto, preocupada. 

    Entretanto, mal podiam desconfiar do plano do Orador! Abriram a boca e arregalaram os olhos com a esperteza dele. Danna afundou-se mais na cadeira enquanto, ao final da história todos batiam palmas e respiravam aliviados!  Uma das crianças começou a chorar por causa do barulho e  Danna ficou mais irritada ainda. Fingiu não ouvir. 

    Após a história, a taberneira entregou o caneco ao jovem e deu-lhe um sorriso.

    - Claro! Longe de mim querer desgastar essa ferramenta toda... - ela olhou Clair de cima para baixo. A idade trazia experiência e uma certa liberdade com alguns filtros. 

    - Sua estada conosco já é retribuição suficiente! Podemos, quem sabe, conversar melhor depois.....

    Deu outro sorriso. Clairemont era, realmente, a alma da festa. Outras moças tomavam coragem para falar com ele enquanto Danna se afundava em catarro.

    As mocinhas olhavam atentas e curiosas para ele, observando, de certa forma, encantadas, os manejos do jovem rapaz. 

    A Beldade de olhos azuis corou quando Clair perguntou seu nome:

    - Hihi! Eu sou Joanna. Esta é a Flora. Somos primas e moramos aqui desde pequenas. 

    E ela continuou, querendo trazer mais informações a Lovelace: 

    - Não temos uma lenda. Na verdade, ela apareceu há pouco tempo. Talvez uns três meses. Uma noite, ouvimos um choro que espalhou-se pela cidade. Todos podiam ouvir. TODOS mesmo! Onde quer que estivessem! E depois....

    A outra loirinha, Flora, continuou:

    - Uma criatura medonha, como se fosse metade cachorro e metade mulher, estava no meio da praça. Os olhos redondos e brancos. Ela... Levou a Justine! Ela simplesmente sumiu! 

    Engoliu em seco:

    - Onde Justine estava, havia apenas uma sombra, uma mancha no chão. Foi só isso que sobrou dela. Sua irmã, Santana, está desesperada! Ela talvez saiba como rastreá-la. Ela largou seu filho sozinho em casa e foi morar em uma caverna fora da cidade. Ela diz que lá ela pode ouvir o choro delas. Das duas...

    Ela não ousou continuar. Joanna tocou o ombro da amiga e completou:

    - Nós nunca saímos de noite. Não depois daquilo. Na madrugada, todos ouvem os choros. Estamos aqui porque o senhor e sua irmã estão aqui, senhor Lovelace! 

    Ela o encarava com os olhos e lágrimas, como se Lovelace fosse seu cavaleiro em armadura branca.

    Danna puxa a gola do irmão e o observa irritada. Quando ia responder, seu irmão aperta suas bochechas. A mulher grita de irritação, assustando as crianças próximas.

    -Mas que droga, Clair!!! 

    Ela balançou os braços, irritada. Depois que soltou-se do irmão, bebeu mais cerveja.

    - Sei bem essa história de ganhar confiança! - fuzilou seu irmão com o olhar. - E você conseguiu alguma coisa?
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    Mensagem por Gelatto Dom Set 03, 2023 5:18 pm

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    DAN BAI

    Tudo que aconteceu não tem volta, tudo que foi dito já foi discutido, tudo o que sabem de nada é certo.

    Talvez procurar pela bruxa seja mais fácil que encontrar Yue Bai. Pelo menos Dan Bai teria um pouco de vingança. Ou quem sabe até uma cura. Mas abandonar sua esposa não era uma opção.

    O guarda Sebastian os guia pela ruelas da vila. Tudo trancado, tudo escuro, tudo silencioso. O cheiro do medo pode ser sentido a cada passo, a cada curva. O som era cortado pelo som dos passos do grupo e de grilos e sapos ocasionais.

    Dan Bai segura com força sua mão direita com a esquerda. Estava tremendo de ansiedade. Será que finalmente teria alguma pista real de Yue Bai? Alguns diziam que a esperança era o que movia o mundo, mas para Dan Bai, a esperança é tudo que resta quando se está no fundo do poço, é o que resta quando se perdeu tudo. Não era movido pela esperança, mas sim, pela determinação, pela raiva e pela frustração.

    -"Um Orador? Me pergunto o que seria!", indagou ao guarda, como se nunca tivesse ouvido falar, porém, Dan Bai já ouvira falar destes Oradores, que vagavam de vila em vila para levar sua história oral, mas só. Não sabia que importância ou objetivos ele teria para estar em busca da criatura.

    Dan Bai não responde a sugestão de trabalharem juntos. Pretende ver primeiro quem é este tal Orador e o que ele pretende. Não gostaria de ter um rival nesta caçada, mas também não gostaria de fazer um inimigo.

    Enfim, chegam na estalagem. O guarda indica o curral e o trio de viajantes observa o solícito guarda retornando ao portão.

    -"Obrigado, senhor Sebastian! Podemos continuar daqui! Só tome cuidado! Mas primeiro, me diga, o quão frequente são estes choros? Não ouvimos nada desde que entramos na vila! E poderia nos dizer mais sobre esta caverna? Por quê alguém viveria numa caverna?"

    Antes de entrarem na estalagem, Dan Bai se dirige ao curral. Estava aberto, havia alguns cavalos e burros por lá. Dan Bai procura uma baia livre para instalar Pulao. Ele pega um saco com feno e ajeita na cabeça de Pulao para que se alimente enquanto confirma haver água suficiente no cocho. Como ainda não tem certeza de como esta notie será, mantém a égua selada, mas retira o peso extra dos alforjes, deixando-os de lado no chão da baia.

    -"Pulao está um pouco nervosa. Sinal do cansaço, espero. Há coisas acontecendo nesta vila que não entendo, mas não devemos ignorar a reação dos animais!", dizia para Ju-Long enquanto acariciava a crina da égua.

    De frente à estalagem, ele e Ju-Long entram pela porta da frente. O poço pode esperar até amanhecer.

    ***
    [OFF: parei a ação na entrada da estalagem, não sei qual será a reação da população a dois estrangeiros /OFF]
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Hellkite Seg Set 04, 2023 4:40 pm



    CLAIREMONT LOVELACE

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Claire11

    **

    Foi ótima a sensação de contar suas historias para uma plateia tão entretida! Embora os fatos não tenham acontecido exatamente como ele estava contando, Claire aumentava, mas não inventava! E pessoas satisfeitas por ouvir uma boa historia era o mínimo que um Orador podia fazer por um mundo tão sofrido...

    **

    COM LADY CRAIGE

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  321fd49f4e55833305920dbedef3b9f9
    “- Claro! Longe de mim querer desgastar essa ferramenta toda... Sua estada conosco já é retribuição suficiente! Podemos, quem sabe, conversar melhor depois.....”
    A taberneira já tinha uma certa idade, mas conservava seus encantos, e era um tanto ousada. Clair gostava disso nas mulheres mais experientes.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Agradeço sua boa vontade lady Craige, é muito generosa! E adoraria conversar com uma mulher tão encantadora e experiente... certamente ainda tem uma legião de fregueses que vem somente para admirar sua beleza...”

    **

    COM JOANNA E FLORA

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_joa10
    - Hihi! Eu sou Joanna. Esta é a Flora. Somos primas e moramos aqui desde pequenas.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “É verdade mesmo o que ouvi falar... que existem verdadeiras beldades morando nesta vila. Joanna significa abençoada, e Flora, aquela que ama a natureza... Lindos nomes, se me permitem dizer.”
    Tanto Joanna quanto Flora trazem informações importantes, que fazem com que Clairemont mude sua expressão para a de preocupação.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Muito obrigado por confiarem em mim e minha irmã, suas informações são muito valiosas... Se vocês puderem me levar ate o local onde aconteceu o desaparecimento, ficaria muito agradecido.”
    Não tinha certeza que pudesse encontrar algo importante, mas pelo menos poderia desfrutar da companhia das meninas, que eram muito gracinhas.

    **

    ENFRENTANDO A FERA (DANNA)

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Sei bem essa história de ganhar confiança! - fuzilou seu irmão com o olhar. - E você conseguiu alguma coisa?
    Claire olhou para a irmã, e quando ela estava irritada fazia gelar o sangue ate de assombrações. Decidiu não fazer uma piada, pois tinha amor a vida.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Certamente, minha querida irmã! Vi que ficou na árdua tarefa de cuidar dos meninos da taverneira, que precisam urgente fazer inalação para cuidar dos catarros. Bem, voltando... Conversei com duas locais que sabem onde uma mulher foi raptada pelo monstro, uma criatura metade cachorro e humana. Tem também uma historia de choro e lamento, ouvido pela vila, e produzido pela monstra (vou adotar o feminino, já que é metade mulher). A mulher raptada tem uma irmã, que esta tentando resgata-la.”
    A medida que resume a historia para Danna, Claire também vai organizando as informações. Se era possível ouvir o choro das duas, quer dizer que a local raptada ainda estava viva... E por que as duas choravam? Podia ser um som da monstra semelhante ao choro, ou podia ser um choro mesmo, indicando tristeza por algo...
    Definitivamente precisava de mais informações.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Vamos ter que encontrar a caverna onde esta Santana, a irmã da sequestrada. Ouvi falar que o filho dela esta em casa, sozinho... O que voce acha, Danna, devemos falar com ele? Pode ser que tenha informações do estado de sua mãe, isso se ele for grande.”
    ?
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Zireael Sex Set 08, 2023 11:08 pm

    (Pessoal, inverti a ordem das ações - coloquei, desta vez, Clair antes e Dan Bai depois - por questão de narrativa!

    Qualquer coisa, só me falarem =))

    Clair sabia, realmente, como contar uma história. Ele sabia  – e honrava – o juramento dos Oradores: os fatos deveriam ser transmitidos da forma que haviam acontecido. É claro, havia espaço para florear. Os Oradores sabiam que tempos sombrios pediam contos que inspirassem a humanidade. Mas mentir, nunca.

    E foi no meio do frenesi causado pelos fatos narrados, com pessoas comentando novamente o que Clair contara, que a Senhora Craige tentava chamar a atenção do rapaz. Uma vantagem ela tinha: coragem que só a idade trazia.

    Ela riu do comentário do jovem, não disfarçando que havia gostado do elogio:

    - Meu falecido marido dizia a mesma coisa, mas não costumo prestar atenção em qualquer um. O senhor tem um jeito.... Interessante. Talvez seja o charme dos Oradores. Se quiser, logo fecharei a taverna, mas sirvo mais algumas bebidas para você... Hehehe.

    Depois que a taverneira seguiu com seus afazeres, as duas mocinhas, Joanna e Flora, se aproximam de Clair. Os olhos de ambas estavam arregalados, impactadas com os feitos de Clair e amedrontadas com o que se seguia na Vila.

    - Nossa, o senhor sabe muita coisa. Saber significados de nomes e outras coisas também é trabalho de um Orador, não? – Joanna dizia, impressionada com a afirmação de seu nome. Para um local tão no meio do nada, aquela pequena peça de informação a fez sentir-se especial.

    A conversa se prolonga até o pedido do Orador. As duas se olham e Clair podia notar que a preocupação e o medo aumentaram na expressão de ambas. Flora fez o sinal da cruz e Joanna engoliu em seco.

    - Nós... Nós podemos leva-lo. Eu levo o senhor, mas... Não é seguro sair após o toque do relógio.

    Flora e Joanna calaram-se. Calaram-se como apenas o medo podia calar.




    Já Danna que fazia o jovem Orador calar-se. O olhar da irmã era gelado como a noite lá fora. Ela tinha os braços cruzados e bufava várias vezes enquanto o irmão falava e falava.

    - Pelo menos você conseguiu informação de verdade dessa vez! – tinha que dar o braço a torcer. Ele conseguiu algo sério!

    Danna ergueu-se na cadeira. Agora, tinha uma expressão um pouco mais concentrada. Ela apertou entre os olhos, tentando organizar os pensamentos. Ela cheirava a bebida.

    - O filho dela pode saber sim alguma coisa, mas ele nunca sai de casa e a velha Craige – enfatizou o velha – disse que ele nunca vem pra cá depois que a mãe sumiu. Duvido que o pestinha queira falar sobre a mãe, mas podemos ir lá. As outras duas também disseram que nos levariam até onde a irmã da tal Santana sumiu, né?

    Danna segurou um arroto. Sentiu o mundo girar quando se levantou.

    - Vamos logo até lá ou até a casa dessa Santana!!!

    Parou e olhou Clair.

    - Onde a Santana morava?

    Danna estreita os olhos na direção da porta. Algo chamou sua atenção.

    ******

    A memória de Dan Bai era ainda muito fresca. Era difícil lembrar-se do som da voz de Yue Bai e daquela noite. Era ainda mais difícil seguir sem nada concreto. Porém, a esperança de encontrar Yue Bai, além da raiva que sentia pela bruxa, ardiam em seu peito. Era impossível simplesmente largar o caminho. E a única opção era seguir em frente. Em tempos tão sombrios, era difícil não se entregar para pensamentos não tão produtivos: Será Yue Bai estava viva? Será que saberia quem ele era? O que de fato, ela era?

    Nestes dias, Ju-Long estava com o jovem soldado para garantir que ele não esquecesse sua real motivação.



    As ruelas seguiam sendo iluminadas por tochas em pontos estratégicos, que garantiam iluminação em locais onde sua luz seriam melhor aproveitadas. Ao longe, contra a lua que banhava a pequena vila com sua luz, uma torre não muito alta, de uma pequena igreja.

    O velho Josua, imerso em sua concentração e medo, leva um leve susto com a pergunta de Dan Bai.

    - Hun? Ah, os Oradores são famosos por estas terras. Eles viajam de cidade em cidade espalhando a palavra contada, para que as histórias sejam conhecidas e os erros não sejam repetidos. Alguns chegam também a escrever livros e muitas bibliotecas podem se beneficiar deles. Porém, sua principal função é levar estes acontecimentos ao público em geral.

    Joshua falava como um conhecedor. Mais do que isso, falava como um erudito.

    - Assim, costumam viajar e contar histórias em praças, tavernas, onde quiserem ser ouvidos pela população. O conhecimento deve circular.

    Joshua olhou por cima do ombro, para Dan Bai.

    - Também ajudaram os Belmonts contra as criaturas das trevas, há muito tempo.

    “Belmont.” Dan Bai nunca ouviu esse nome.

    Joshua continua depois de um suspiro.

    - Não havia sinais de criaturas da noite, mas agora, parece que voltaram. Uma sombra veio do Leste e espalhou-se por este local. Algo sombrio ronda esta vila. Ronda este país.... - Ele disse com um arrepio na espinha.

    Andaram até a estalagem e Joshua parou na porta. Ele estreitou os olhos e baixou o rosto diante da pergunta. Passou a mão pela face, denunciando a preocupação.

    - Desde que começou, há uns meses, é toda noite. Toda noite, todos nós, não importa onde estejamos, ouvimos o choro e os lamentos. Os uivos e as vozes....

    Ele ergueu o rosto para a torre da igreja.

    - Eles acontecem após o som da torre. Sempre após o som. Nunca antes.

    Suas mãos tremem. Seus olhos estavam arregalados. Olhava para a torre e seus lábios tinham dificuldade de se mexerem.

    - Não... Não sabemos quem toca o sino. Só sabemos que ele... toca toda noite.

    A outra pergunta despertou Joshua de seu transe.

    - Ah, Santana vive lá. Abandonou tudo depois que sua irmã sumiu. Seu garoto está trancado desde então. E...Ela o trancou lá. Nunca mais o vimos desde que ela foi embora e...

    Ele respirou e se controlou.

    - Ela diz que de lá, ouve melhor sua irmã. Eu não sei o que isso significa.

    Joshua parecia incomodado em falar daquilo. Calou-se logo depois.

    Os dois viajantes seguiram para o curral e Pulao quase relinchava. Algo a incomodava. Ju-Long concordou com o amigo.

    - Todos aqui parecem tensos demais.

    Ele olhou de relance para Joshua, que os observava.

    - Melhor ficarmos preparados para qualquer coisa.

    Andaram até a taverna e colocaram-se à frente da porta. Joshua os cumprimenta com a cabeça e sussurra um boa sorte.


    *****

    Assim que abrem a porta, a luz do local cega, por um segundo, os dois viajantes. As luzes vinham de lampiões e de uma grande lareira em um dos cantos do local. A taverna era pequena e por conta disso, parecia mais lotada do que realmente estava.

    Todos conversavam e, contrariando o que se passava lá fora, todos estavam um pouco mais animados. Bebiam as canecas servidas por uma senhora bonita – provavelmente a dona da estalagem/taverna, Craige – e comentavam sobre um demônio que fora derrotado com uma estratégia esperta de derrubar uma ponte.

    Dan Bai e Ju-Long podiam ver um homem conversando com duas mocinhas amedrontadas e depois, indo até uma mulher que parecia mais brava. Ambos trocaram informações e a mulher, bêbada, levantou-se. Ela quase caiu quando fez isso e ainda conversava com o homem ao seu lado. Ela focou os olhos com dificuldade e quando o fez,  viu os dois viajantes.

    Ela estreitou os olhos e os encarava. Logo, todos acompanharam os olhos da moça e pousaram o olhar inquisidor e curioso àqueles estranhos e distintos viajantes. Eles ouviram perguntas sendo sussurradas, algo como “Quem são eles?” “São estranhos...Diferentes!” “Esses olhos esquisitos... Seriam demônios?” “Meu deus!!!” Sinais da cruz eram feitos.

    Silêncio. Houve silêncio enquanto encaravam Dan Bai e Ju-Long. O silêncio só foi quebrado quando a Senhora Craige se aproximou e disse, de forma um tanto baixa, enquanto os observava sem esconder a curiosidade e o estranhamento:

    - Senhores, entrem. Precisamos fechar a porta agora! Posso oferecer bebidas? – falava baixo e escorregava nas palavras, como se não tivesse certeza se eles entendiam o que ela dizia. Seus olhos iam de um para o outro, curiosos. Todos os encaravam.

    Ela abriu espaço e quase os empurrou para dentro. Fechou a porta atrás deles rapidamente, com força.
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Hellkite Dom Set 10, 2023 12:22 pm



    CLAIREMONT LOVELACE
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Claire11

    **

    COM LADY CRAIGE

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    - Meu falecido marido dizia a mesma coisa, mas não costumo prestar atenção em qualquer um. O senhor tem um jeito.... Interessante. Talvez seja o charme dos Oradores. Se quiser, logo fecharei a taverna, mas sirvo mais algumas bebidas para você... Hehehe.
    Claire, de maneira cavalheiresca, pega na mão de Lady Craige e a beija respeitosamente.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “E voce também, Lady Craige, tem seu charme único. Se não for incomodo, aceito o seu convite, minha cara dama...”

    **

    COM JOANNA E FLORA

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_joa10
    - Nossa, o senhor sabe muita coisa. Saber significados de nomes e outras coisas também é trabalho de um Orador, não?
    O orador faz uma careta ao ouvir a palavra senhor. Ele balança as mãos.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Pode me chamar pelo meu nome, Joanna, nada de senhor por aqui, haha. Bem, o oficio de Orador é transmitir os ensinamentos antigos, e para isto nós estudamos e memorizamos muitas coisas... Tomei um gosto por estudar a origem das palavras, e particularmente o nome das pessoas carrega muito de sua personalidade. No caso do meu nome Clairemont significa a montanha clara, aquela que recebe a primeira luz do sol, e é o ponto de referencia do mundo. Simbolicamente falando, é claro.”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    “Pensava que era porque o pai era amigo do padeiro da nossa vila, e te deu o nome em homenagem a ele...”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Shhh!”
    Claire pede que as primas os levem ate o local do desaparecimento, e as duas aceitam. Porem o medo estava estampado em suas faces. Isto não era bom. O orador nega com a cabeça.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Esta tudo bem, meninas, não precisam ir, basta me fornecer as direções. Não tinha noção real do perigo, peço que me desculpem... Eu e minha irmã somos experientes e sabemos nos virar, não sabemos Danna?””

    **

    ENFRENTANDO A FERA (DANNA)

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - O filho dela pode saber sim alguma coisa, mas ele nunca sai de casa e a velha Craige – enfatizou o velha – disse que ele nunca vem pra cá depois que a mãe sumiu. Duvido que o pestinha queira falar sobre a mãe, mas podemos ir lá. As outras duas também disseram que nos levariam até onde a irmã da tal Santana sumiu, né? - Vamos logo até lá ou até a casa dessa Santana!!!

    Claire gostava como sua irmã sintetizava as coisas, ajudando em sua tomada de decisão. Só não gostava como enchia a cara... pelo menos na hora de lutar, isto não fazia diferença, pois se via dois monstros ao invés de um, conseguia acertar o certo na maioria das vezes.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “As meninas estão com muito medo, e deixei por decisão delas nos acompanhar ou não... De qualquer maneira, vamos ver se encontramos alguma pista no local que possa nos ajudar a descobrir a natureza do monstro, como alguma pegada ou pelo, e talvez sinais de luta. A partir de la, decidimos o que fazer em seguida.”

    A casa de Santana as primas ou Lady Craige poderia informar a localização... porem a presença de dois estranhos chamam a atenção de Danna e de Claire. Eram dois estranhos das terras orientais, tal qual uma ex-namorada sua, Chun-Li... o que estariam fazendo aqui? Seriam apenas viajantes? A vila onde estavam não era destino para turistas, deveriam ter um bom motivo para estarem aqui.

    Claire se ve em suas memorias, quando ele e Chun-Li estavam juntos... foram bons momentos, mas ela teve que retornar para sua terra natal, já que ela tinha vindo para as terras ocidentais para obter informações de um inimigo de sua família, Bison. Nunca mais teve noticias dela.
    Tendo aprendido algumas palavras do idioma e tomado pela saudade de sua pequena Chun-Li, Claire se mostra cordial aos estranhos, oferecendo lugar em sua mesa.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Ni Hao!”

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    Mensagem por Gelatto Sáb Set 16, 2023 11:41 am

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    DAN BAI

    Flashback

    Dan Bai utilizava uma pequena lâmina para cortar a barba rala, um ritual que ele fazia todo dia pela manhã. Estavam a semanas na estrada em busca de Yue Bai e toda manhã a cena se repetia.

    Isso não passou despercebido por Ju-Long que, naquela manhã, quis matar sua curiosidade, afinal, estavam na estrada, e vaidade era algo supérfluo e desnecessário na missão que assumiram.

    -"Quando encontrarmos Yue Bai ela poderá me reconhecer."

    E nada mais foi dito sobre a vaidade dos viajantes.

    O guarda explica sobre o Orador na vila. Dan Bai tem uma expressão de um misto de desconfiança e curiosidade.

    -"Pelo que entendi então, estes Oradores viajam contando histórias e espalhando notícias, mantendo o conhecimento oral. Me parece um trabalho importante. E não vejo motivos para se envolver com assuntos do limiar da escuridão. Enfim, gostaria de conhecer este Orador de que falam."


    Ouve o guarda mencionar o nome "Belmont". Tinha a impressão de nunca ter ouvido este nome antes, mas Ju-Long havia dito este nome quando saíram das Muralhas em busca de Yue Bai. Fazia tanto tempo que Dan Bai já havia esquecido, bem, até agora.

    -"Belmont!? Você os conhece? Há algum deles por aqui?" - havia um ar de esperança no semblante de Dan Bai, a esperança que ele dizia a si mesmo que nunca demonstraria. Dan Bai era realmente uma pessoa simples.


    Olha para Ju-Long e nada comenta ao ouvir sobre a sombra vinda do leste. Ambos acreditavam ser o que procuravam: Yue Bai ou a bruxa Xianniang.

    -"Sobre o sino, ninguém teve coragem de ir verificar quem o toca?"

    Pelo visto, teriam que esperar o som dos sinos para ouvir os choros e poderem agir.


    Dan Bai agradece pelas informações. Haviam três locais para investigarem: o poço onde havia a sombra marcada da última desaparecida, o sino do campanário e a caverna onde Santana se isolou.

    E o sino seria a primeira opção, só aguardar ele soar.

    * * *

    Após se despedirem do guarda e deixarem Pulao em segurança no estábulo, os viajantes entram na estalagem.

    O local pequeno estava apinhado de frequentadores, todos felizes, contando histórias e bebendo alegremente. Nem parecia que uma criatura das trevas assolava a região. O que deixa Dan Bai com dúvidas do que realmente está acontecendo naquele lugar.

    Foi quando uma moça irritada e bêbada caiu da cadeira que seus olhares e de todos os frequentadores caíram sobre os dois viajantes. Um silêncio embaraçoso se fez entre sussurros sobre a intenção dos dois estranhos viajantes. Este tipo de reação não era novidade para eles desde que entraram nestas terras.

    Por onde passavam eram sempre encarados e mal vistos, afinal, seus olhos denunciavam que não pertenciam àquele lugar.

    Senhora Craige, a anfitriã do local, os recebeu bem melhor do que esperavam, mesmo após sua reação inicial não diferir dos demais ali.

    -"Boa noite! Gostaríamos de um quarto simples. Tomamos a liberdade de alojar nossa égua no seu estábulo, se nos permite informar!"

    Sempre pediam um quarto para pernoitarem, afinal, nunca descansavam ao mesmo tempo. Enquanto um deles descansava, o outro ficava alerta ou buscava informações pelas vilas que passavam. Algumas vezes este comportamento causava algum mal entendido que Ju-Long sempre contornava com seu conhecimento zen sobre estar acima de míseros prazeres carnais.

    Foram conduzidos até uma mesa onde a garota irritada e um rapaz simpático os cumprimentam no idioma natal da China. E bebidas foram servidas.

    -"Yǔ shuō wǒ de yǔyán de rén jiāotán zhēnshi tài hǎole.", diz, se dirigindo ao rapaz simpático poliglota.
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    Mensagem por Hellkite Sáb Set 16, 2023 12:17 pm



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    **

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    “Ni Hao!”

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    -"Zhǎodào huì shuō wǒmen yǔyán de rén zhēnshi tài hǎole."

    Claire levanta as sobrancelhas com a resposta do oriental. Mas fica satisfeito, pois sua pronuncia do cumprimento devia ter sido como a de um falante nativo, por isto o engano do viajante.

    Usando a antiga técnica “falando devagar para ver se o outro entende, e fazendo muita mimica”, Claire responde,

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Hmm... eu nao falar sua língua. Voce entender o que eu falar?"

    O orador se vira para a irritada Danna, que estava muito zonza pela bebida, e faz um sinal de joinha, com um sorriso.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    “Viu Danna! Tenho facilidade com linguas!”
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Zireael Dom Set 17, 2023 10:30 pm

    A Senhora Craige deu um meio sorriso, confirmando o convite que fizera a Clair. Ela virou-se de costas para voltar a servir o restante das pessoas que se encontravam na taverna, mas antes de seguir seu caminho, ela olhou por cima do ombro para o jovem e deu-lhe um sorriso.

    Já Danna ria com o desconforto do irmão ao ser lembrado da origem de seu nome. Ela empertigou-se na cadeira, vitoriosa, embora ainda tivesse os braços cruzados e o olhar irritado. Um sorrisinho maldoso surgiu em seus lábios. Quando Clair recorre a sua irmã para dizer que estão acostumados com o perigo, Danna arrota.

    - Err.. Desculpe. O que disse? Sim, sabemos nos virar. – ela disse, meio sonolenta.

    Porém, o fato do nome ser homenagem ao padeiro e o arroto de Danna não tiraram a atenção e a admiração que as primas tinham pelo Orador. Elas se olham, se perguntando se deveriam dizer ao jovem o que sabiam e acabar por metê-lo no perigo que elas sabiam que a situação representava.

    - Bem, ela sumiu perto do poço, no centro da cidade. É lá que é a praça da igreja antiga. Só há uma sombra onde o corpo estava. – Joanna disse com a voz baixa, como se contar aquilo trouxesse mau agouro.

    - E desde então, alguém toca o sino da igreja. Não sabemos quem ou o que... E depois.. – Flora sente a voz sumir em meio ao medo. – Todos nós escutamos... Escutamos os choros e uivos... Joanna! Melhor irmos para casa! Já passou da hora!!!

    Flora segura o choro e Joanna suspira. A Beldade de Olhos azuis olha para Clair e diz com uma voz preocupada enquanto batia de leve nas costas da prima:

    -Me desculpe, Clair. Vamos ter que ir. Flora não aguenta isso tudo. É recente demais e... Conhecíamos a irmã de Santana. Fazíamos bordado juntas.

    Joanna tentava consolar Flora, que parecia ser mais impressionável. Estava muda, de olhos arregalados.

    Já Danna, impaciente diante daquela cena, esperava Clair decidir para onde queria ir:

    - Então, vamos falar com o moleque ou vamos ver a marca no chão? Aposto que essa marca não deve ser nada demais, só uma terrinha fora do lugar!

    Falava e falava e reclamava, até que algo chamou sua atenção.

    “Hun? De onde são?” Danna se perguntava. Não conhecia muitas pessoas com aquelas feições. O que faziam tão longe de casa? Lembrou-se da namorada versada em artes marciais que Clair tinha. Seu nome, se não se engava, era Chun-li. Danna e ela costumavam beber muito juntas e ficaram amigas, até Chun-Li decidir ir embora e deixar seu irmão com o coração quebrado. Teve que aguentar Clair chorando por dias! E eles ficaram juntos por pouco tempo..... Danna ficou com raiva de Chun-li desde então.

    Arregalou os olhos quando Clair, do nada, decide cumprimentar os forasteiros.
    “Só me dá trabalho!!”

    ******

    O Guarda continuava a caminhar e respondia às perguntas de Dan Bai:

    - Os Oradores andam entre a luz e trevas justamente para conhecer ambos os lados. É bom conhecer seus inimigos também, não? Motivações, desejos... – Joshua pareceu pensar. – Não que eu pense que criaturas das trevas desejem mais do que simplesmente matar.

    Sobre a pergunta dos Belmonts, Joshua diz com um tom de voz altivo, como se contasse um fato que deveria orgulhar-se:

    - Uma família antiga de assassinos de demônios e seres das trevas. Caçadores que protegiam os homens e mulheres. Campões da Humanidade.

    Ju-Long retorna o olhar de Dan Bai com uma expressão que carregava a mesma esperança que ele. Estavam, finalmente, no caminho certo! Ouvir o nome “Belmont” era um bom sinal!

    Joshua olha por cima do ombro para o rosto de Dan Bai. Havia reparado no tom mais esperançoso:

    - Mas há muito não se ouve sobre eles. Sinto muito, garoto. Talvez o Orador saiba algo sobre.

    Ju-Long suspira com o restante da informação, mas logo se recompõe. Ele sussurra a Dan Bai algo como “Não desista”.

    Diante da porta da estalagem, o soldado mais velho continuava:

    - Enviamos dois jovens soldados, mas eles nunca saíram de lá. Desde então, decidimos não fazer mais nada e esperar ajuda. Foi sorte o Orador e a irmã chegarem. E agora, vocês dois.

    Joshua despediu-se dos dois forasteiros e seguiu seu caminho. Sumiu no meio das sombras que envolviam a pequena vila, fria e nada acolhedora.

    Já dentro da taverna, o calor era amigável e o local, iluminado. Realmente destoava do restante do lugar e era justo Dan Bai e Ju-Long ficarem confusos. Como lá fora Joshua parecia tão preocupado e aqui, todos estavam alegremente bebendo e ouvindo histórias do tal Orador? Era estranho ver como aquelas pessoas pareciam relaxar.

    A Senhora Craige se aproxima e ofereceu os serviços da taverna a eles.

    - Sim, cuidaremos bem do animal, não se preocupe. E arranjarei um bom quarto para você e seu amigo. Vou arranjar também bebidas e comida. Entrem, não liguem para as caras feias. – A Senhora Craige não tinha problemas em apontar o que os dois forasteiros estavam causando.

    ****


    Dan Bai sentia um olhar sobre ele e Ju-Long: atenta a eles dois, a jovem de cabelos negros e olhos azuis, irritada, olhava-os sem nenhum tipo de pudor, enquanto cambaleava levemente. A jovem parecia embriagada e ao seu lado, um moço de sorriso fácil estava lá.

    Mesmo que outros frequentadores já começassem a se levantar para ir embora – a grande maioria – a senhora Craige levou Dan Bai e Ju-Long até a mesa onde a moça de olhar irritado e o moço de sorriso fácil estavam. Ela pediu licença a ambos, que prontamente aceitaram que os dois viajantes sentassem na mesma mesa. Após acomodá-los, a senhora Craige vai pegar bebidas e alimentos, além de providenciar onde eles poderiam passar a noite.

    A mulher de cabelos negros e olhos azuis, ao lado do moço simpático, olha impressionada para ele quando o homem fala “Ni Hao!”

    - Pelo amor de Deus, Clair! Eles falam nossa língua! Falaram com a Velha!

    Ela diz colocando as mãos na cintura enquanto estava sentada na cadeira. Porém, arregala os olhos quando Dan Bai fala em seu idioma natal:

    - Quero ver você responder agora, bobão!

    Ela revirou os olhos e pareceu afundar-se mais ainda na cadeira vendo as mímicas de seu irmão. Bufou e bebeu um gole de cerveja e depois, apontando com ela aos viajantes, ela disse um pouco mais simpática:

    - Desculpa meu irmão, ele é maluco. Achamos ele no lixo. Eu sou Danna! Ele é Clair. – falava sem rodeios, como se tivesse a certeza de que eles a entenderiam.

    Danna olha com curiosidade os dois viajantes, pousa os olhos em Dan Bai:

    - Somos Oradores e paramos nesta cidade pra descansar, mas... – Danna calou-se, como se estivesse por falar demais. Olhou Clair, meio tensa. Sabia que ele que gostava de fazer as apresentações.

    Bebeu mais um pouco:

    – De qualquer forma, o que vocês fazem aqui?

    Ela ainda tinha uma expressão irritada, mas parecia aberta a diálogo, assim como seu irmão, o moço simpático poliglota. Ao redor, o local começava a esvaziar, como se a hora de todos tivesse chegado.
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    Mensagem por Hellkite Qua Set 20, 2023 5:34 pm



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    **

    COM JOANNA E FLORA

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Err.. Desculpe. O que disse? Sim, sabemos nos virar. – ela disse, meio sonolenta.
    Claire arregala os olhos com o arroto da irma, e diz, indignado.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Danna, isso são modos?", reclama com as mãos na cintura, e se volta para as primas. “Não liguem para ela, não foi por mal, ela tem refluxo.”
    As meninas no entanto parecem mais preocupadas com o monstro do que com a indelicadeza social de Danna, e falam sobre o local de desaparecimento e o badalar dos sinos feitas pelo fantasma. Ou algo do gênero.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_joa10
    -Me desculpe, Clair. Vamos ter que ir. Flora não aguenta isso tudo. É recente demais e... Conhecíamos a irmã de Santana. Fazíamos bordado juntas.
    Claire se ve tocado por aquele momento, aquelas duas tao belas jovens, que a pouco espalhavam a alegria com seus belos sorrisos angelicais, agora se viam tomadas pelo medo. Sua vontade era abraça-las para transmitir conforto, mas não era algo apropriado no momento.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Se me permitem dizer, não precisam se preocupar, minhas jovens, que eu e minha irmã iremos investigar o caso. Se possível traremos de volta a irma de Santana, para que possam voltar a bordar juntas. Vão com a graça divina!”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Então, vamos falar com o moleque ou vamos ver a marca no chão? Aposto que essa marca não deve ser nada demais, só uma terrinha fora do lugar!
    Clair leva a mão ao queixo, pensativo. Por que a sombra da outra ainda permanecia no local? Seria algo magico, ou algo real com uma explicação logica?
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Primeiro vamos ver a marca no chão, na praça da igreja... provável que fique no caminho ate a casa do menino! Melhor não descartarmos pista nenhuma, irmãzinha.”

    **

    COM DAN BAI, DANNA E JU-LONG

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Pelo amor de Deus, Clair! Eles falam nossa língua! Falaram com a Velha!
    Clair arregala os olhos, surpreso.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Mesmo? Acho que estava prestando atenção em outra coisa… E nao fale assim da Lady Craige, Danna. Seus modos!”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Desculpa meu irmão, ele é maluco. Achamos ele no lixo. Eu sou Danna! Ele é Clair.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Sim, eu sou Clair e ela é Danna! E não acreditem que fui achado no lixo, esta é uma expressão regional, que quer dizer algo bom. Hmm, droga, não posso mentir... apenas ignorem isto.”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    - Somos Oradores e paramos nesta cidade pra descansar, mas... – Danna calou-se, como se estivesse por falar demais. Olhou Clair, meio tensa. Sabia que ele que gostava de fazer as apresentações.
    Danna sabia o perigo que corria, e logo parou de falar. Clair guardou o sopapo para depois.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Sim, somos Oradores, enciclopédias vivas de conhecimento, espalhando as luzes nas sombras. Eliminamos o mal com palavras e armas.”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    – De qualquer forma, o que vocês fazem aqui?
    Sua irma Danna podia ter muitos defeitos, mas uma boa qualidade era que tinha um modo direto, sem rodeios. A situação pedia por isto. As missões estavam ficando cada vez mais difíceis, sendo que na ultima os irmãos somente haviam sobrevivido por obra do acaso. Pelo tempo que namorou com Chun-Li, Claire sabia das habilidades marciais do povo oriental, e eles poderiam ser uteis para eliminar o monstro que aterrorizava a vila.
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Sim, desculpe a forma direta da minha irmã, mas existe um mal assolando este local... Monstros vem atacando as vilas, e o perigo aumenta a cada ameaça. Não sei porque motivo estão aqui, mas conheço o povo oriental, e sei que vocês são valentes e lutadores. Esta cidade corre perigo, e gostaria de saber se podemos contar com sua ajuda?”

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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Gelatto Sáb Set 30, 2023 10:35 am

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    DAN BAI

    Dan Bai não esperava que os Belmonts eram tão difícieis assim de se achar. Talvez nem existam mais, sucumbiram para as criaturas trevosas. Mesmo com o apoio de Ju-Long, Dan Bai sabe que o melhor nunca é nutrir esperanças.

    Sobre os dois soldados que não retornaram da torre do sino, Dan Bai conclui que isto merece sua atenção imediata, mas seria preciso um pouco mais de informações.

    Eram tempos difíceis para a humanidade. O medo os fazia viver sob julgo do que quer que seja que espereite pelas sombras. Cabia a poucos como Ju-Long e, agora, Dan Bai, lutarem contra os inimigos da humanidade.

    Já dentro da estalagem, as feições e vestes dos dois viajantes causavam estranheza e imaginação fértil nos presentes. Dan Bai entende esta reação, pois a estranheza deles quando os recebia no Oriente pelo Caminho da Seda era a mesma. A diferença era que aqui havia um terror sob a população.

    Acomodados na mesa com uma moça de pouco pudor e um rapaz de sorriso fácil, Dan Bai é enganado pela natureza exibicionista do rapaz, acreditando que ele falava o idioma da China, mas, em um tom como se os dois viajantes fossem inéptos verbalmente, logo ele explica que não fala e Dan Bai apenas suspira.

    -"Eu entendo seu idioma sim! Só não entendo esta mania de vocês tentarem falar no nosso idioma só para nos agradar!"

    De forma polida, Dan Bai responde os comentários da moça de cabelos negros quando ela expõe para o rapaz de sorriso fácil a inutilidade dele tentar se mostrar em um idioma que não compreende.

    -"Você tem uma percepção de mundo melhor que aparenta, jovem dama! Somos estrangeiros, viemos de longe do Oriente pelo Caminho da Seda. Aprendi um pouco do idioma destas terras durante nossa viagem, apesar de meu amigo aqui já conhecer este e outros idiomas há mais tempo!"

    -"Desculpe meus modos. Sou Dan Bai e este é Ju-Long!"
    - fazia um cumprimento cobrindo o punho direito com a mão esquerda logo à frente do peito.

    -"Você disse que são Oradores, correto? Talvez o destino tenha sorrido para nós hoje! Temos alguns negócios nesta cidade que demandam certa cautela! Mas antes, gostaria de saber se já ouviram falar dos Belmonts?"

    Então o rapaz Claire solta o verbo. Dan Bai não sabe se é a bebida falando mais alto ou se ele está se exibindo para as demais moças do local.

    Dan Bai toma um gole da cerveja servida prontamente pela senhora Craige antes de continuar.

    -"Bem direto! Confesso que estava receoso em manter este tipo de conversa! Pois bem, temos o mesmo objetivo! Ouvimos que algo trevoso assola esta cidade. Talvez seja o mesmo que estamos rastreando desde nossa terra natal, talvez seja outra coisa. Independente disso, estamos aqui para ajudar."

    -"Ouvi que vocês Oradores mantém a tradição oral! Eu respeito esta tradição! Há muito na sabedoria das palavras que desconhecemos e devemos aprender com o passado para termos um futuro melhor!"

    -"Acabamos de chegar na cidade e do pouco que descobrimos, há muitos pontos de interesse para serem investigados. Talvez se compartilharmos informações possamos nos unir contra esta ameaça. Mas eu tenho uma condição. Antes de tomarmos qualquer ação ofensiva contra este ser, eu preciso saber se é o mesmo que estamos rastreando. Temos um interesse particular nesta... criatura!"
    , Dan Bai faz uma pausa antes de forçar a última palavra. Não se sentia bem em taxar sua esposa desta forma, mas precisava evitar desconfianças.
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    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Empty Re: Castlevania - O Fremir do Crepúsculo

    Mensagem por Zireael Dom Out 08, 2023 7:50 pm

    - Que que foi, maninho? – Danna diz com um sorriso implicante quando Claire reclama de seu arroto. Levanta os ombros quando Clair chama sua atenção. Se comportava como se não tivesse entendido porque o irmão ficou tão bravo com um simples arroto.

    -Você já fez pior! – disse uma Danna bêbada enquanto fazia cara de tristeza. As meninas que antes conversavam com Claire colocaram uma mão na frente da boca, impressionadas com os modos nada “ladylike” de Danna.

    Já diante da afirmação de Claire, as beldades concordaram com a cabeça diante da afirmação de que ele e a irmã iriam investigar mais a fundo. Sem a mínima vontade, Danna aproxima-se de Claire enquanto as duas levantavam-se para ir embora.

    - Tá... Vamos ver essa terra revirada. – Danna dizia com os braços cruzados e ainda tonta. – Podemos depois ver o tal filho da Santana. Aliás, quem será essa mulher? Vivem falando da coitada e ela nem tá aqui pra se defender.

    As beldades já estavam se preparando para sair, levantando-se. Joanna amparava Flora e ambas iam na direção da saída. Elas ergueram os olhos e olharam com curiosidade para os dois viajantes que acabaram de entrar e estavam sendo recebidos por Lady Craige. Danna, observadora como era, acompanhava as meninas com os olhos e não deixou de reparar nos viajantes.

    Danna ouviu de longe a conversa de ambos. Não conseguiu captar nenhum detalhe, mas entendia que ambos conseguiram se comunicar com a Velha.

    Já para Dan Bai, sua entrada na taverna não tinha sido da maneira mais discreta. Uma maneira que talvez preferisse. O monge ao seu lado, impassível, assistia os aldeões saírem quando ambos haviam entrado no local.

    - Não se preocupe. Eles não estão saindo por culpa nossa. – Ju-Long levou um susto com a batida de porta que um deles deu. – Eu acho...

    Mais duas moças delicadas e bonitas passam. O barulho da porta sendo fechada com força é novamente ouvido.

    Acompanhados dos poucos olhares dos que ainda restavam e se levantavam para ir embora, Dan Bai e Ju-Long sentam à mesa do rapaz simpático e da mulher de cabelos negros. Ela, sem pudor, os olha de cima a baixo, e o jovem de sorriso aberto arrisca falar alguma coisa com Dan Bai em seu idioma pátrio.

    - Claire, pelo amor de deus! Eles falam nossa língua! – a jovem de cabelos negros havia dito ao homem de sorriso fácil. Ela pede desculpas aos dois viajantes e depois se apresenta, assim como o irmão: Danna e Clair.

    - Ele quis ser gentil apenas. Espero que não tenha incomodado. Meu irmão sempre é assim. – Dan Bai pôde perceber que Danna partiu em defesa do irmão assim que julgou que o mesmo tivesse sido “ofendido”. Ju-Long deu um meio sorriso.

    Porém, essa defesa não durou muito tempo. Ela revirou os olhos quando Clair disse não ter percebido que Dan Bai e Ju-Long falavam a língua deles:

    - Você só prestar atenção no que não deve! Deveria ter reparado que eles falam nossa língua! Cadê seus sentidos de caçador de demônios?

    Ju-Long entreolhou Dan Bai. Esses eram os respeitáveis Oradores?

    - Oradores... Então estes são os Oradores. – ele disse mais a si mesmo do que para qualquer um. Bem.... Não pôde pensar que esperava algo mais... austero.

    Já Danna parecia ainda se divertir com o fato de Clair tentar explicar o que ela quis dizer com “achado no lixo”:

    - Hehehe... Mentir é pecado!

    Mas logo, Clair tomou a dianteira e explicou a missão do Orador e o que estavam fazendo ali. Ainda um tanto cambaleante, ela concordou com a cabeça diante das afirmações de Clair e logo sentou-se novamente na cadeira. Ela ia pegar uma cerveja, mas recolheu a mão. Achou melhor maneirar. Vai que fazia algo feio na frente de dois jovens diferentes.

    Porém, sua postura mudou e ela arregalou os olhos de leve. Engoliu em seco e encostou-se na cadeira. E ela arqueou uma sobrancelha diante da pergunta de Dan Bai.

    -...... – ela olhou para Claire de rabo-de-olho, esperando que ele respondesse sobre os Belmont. Ela olhou na direção de Dan Bai e depois, baixou os olhos. Era um assunto que poucos sabiam. Era... Quase um mistério.

    Dan Bai explica suas motivações e sobre uma criatura da noite que procuravam. Soluçando, Danna não esconde uma pergunta:

    - Por esse cuidado todo? O que é essa criatura que vocês estão atrás?

    Ju-Long abriu a boca para responder, mas fechou-a logo em seguida. Achou melhor deixar Dan Bai lidar com aquele tipo de coisa.



    De qualquer forma, Danna olhou Dan Bai e Ju-Long nos olhos, passando na frente do irmão:

    - Já pensaram onde vão investigar? – ela olhou o irmão, depois olhou os viajantes de novo. – Já que querem ajudar, eu digo. Estou com pressa de sair daqui!

    Ela bufou, irritada:

    - Sabem da Igreja? Pensamos em ir lá. – ela olha o irmão. – Não é, Clair? Tem uma terra batida lá que pode ser interessante.

    (Vou parar aqui para vocês jogadores terminarem as negociações! Vou avançar após esse final de conversa!)
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    Mensagem por Hellkite Seg Out 09, 2023 5:27 pm



    CLAIREMONT LOVELACE

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Claire11

    **

    Claire sabia que sua irmã era dura de lidar, mas mesmo assim ele amava ela, e sabia como convence-la a fazer as coisas. Depois de combinarem seu plano de verificar a terra revirada e depois irem ver o filho de Santana, tiveram o encontro com os chineses.

    Para variar Danna denegriu sua imagem, mas Claire não ligou para isso, estava acostumado.

    Dan Bai tinha suas duvidas sobre Belmont.
    -"Você disse que são Oradores, correto? Talvez o destino tenha sorrido para nós hoje! Temos alguns negócios nesta cidade que demandam certa cautela! Mas antes, gostaria de saber se já ouviram falar dos Belmonts?"

    Danna olhou para Claire, que tinha em sua memoria as lendas de um passado glorioso e trágico. Clair olha para o horizonte (ou melhor em direção em que deveria estar o horizonte), suspira e acena a cabeça.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Sim, os Belmonts... O nome dessa família atravessa as décadas e as paragens ocidentais, alcançando postos longínquos. Se hoje podemos estar sentados em uma taverna conversando, isto se deve aos Belmonts. Caçadores de demônios, espíritos e todo o tipo de seres das trevas, mantiveram a humanidade a salvo com sua bravura e dedicação. Eu vi, ou melhor, eu praticamente vejo seus feitos, suas habilidades magistrais com as espadas e chicotes, atingirem o inimigo e produzirem ferimentos mortais, naqueles que se consideram imortais.”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    “Resumindo...”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Nós, oradores, batalhamos em inúmeros conflitos ao lado dos Belmont, e com isto adquirimos muito conhecimento e expertise no trato com as criaturas das trevas... Embora eu não saiba a localização, sei que existe uma biblioteca enorme e um arsenal poderoso, que poderia nos ser útil na nossa luta contra o mal. E tudo teria corrido bem, não fosse a existência de um ser vampírico maligno e poderoso ocidental, que através de seus planos nefastos dizimou boa parte da família Belmont! É lamentável, mas é verdade, meus amigos... a batalha foi lutada com valentia, mas ao final o mal prevaleceu, e os Belmont desvaneceram.”

    Danna estava meio que impaciente, urgindo seu irmão e os chineses a saírem de la.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    “Sabem da Igreja? Pensamos em ir lá. Não é, Clair? Tem uma terra batida lá que pode ser interessante....”

    Claire acena com a cabeça. Ele gostava da parceria com a irmã, ela que mantinha as coisas andando.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Sim, o som das badaladas já soou, o que indica que o mal já esta agindo! Não vamos perder tempo, aqui não faremos nada além de falar e beber... bem, não é uma ma ideia, mas temos um trabalho a cumprir e uma cidade a salvar!”

    Dan Bai mostra um interesse especial pela criatura, que poderia ser a mesma que eles estão perseguindo.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Vamos investigar juntos... Se for a mesma que esta procurando, tanto melhor, informação é parte vital se nós queremos ser bem-sucedidos! Atacaremos somente se voce decidir que devemos. Palavra de Orador!”
    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_dan10
    “Palavra de Orador!”

    Claire verifica se suas armas estão bem afiadas e põe sua mochila nas costas, sentido seu peso considerável. Gostava de estar preparado, então carregava uma porção de coisas que poderiam ser uteis, mesmo que a primeira vista não parecessem ser.

    Ele se volta para Lady Craige, e lhe lança um beijo a distancia.

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  Th_cla10
    "Muito obrigado, taberneira! Obrigado por nos acolher, e ore por nós!”

    Claire abre a porta e se lança ao frio externo! Estava animado por mais esta aventura!

    ?
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    Mensagem por Gelatto Ter Out 31, 2023 8:53 am

    Castlevania - O Fremir do Crepúsculo  279654
    DAN BAI

    Se não fosse a preocupação atual de Dan Bai, ele estaria horrorizado pelos modos grosseiros de Danna. Acredita que ela nunca via conseguir se casar. só de pensar em casamento, já lhe vem a saudade e a imagem de uma Yue Bai jovem, bela, e vestida de noiva.

    Seus devaneios são quebrados com o hálito de cerveja barata vindo da mesma garota quando ela se dirigia a falar com ele e Ju-Long. Dan Bai responde a Ju-Long quando ele comenta sobre os Oradores:

    -"As histórias muitas vezes exageram nos fatos, meu amigo. Só assim os trovadores conseguiriam algum ganho. Lembre-se daquele provérbio: 'A reputação de mil anos pode ser determinada pelo comportamento de uma única hora'."

    Então Claire começa a contar a história dos Belmont, parece que adotou um modo automático, como se estivesse lendo um livro, mas não um livroi físico, masu m livro dentro de sua mente. Seria sinal da tão famosa tradição oral dos Oradores?

    Dan Bai se entristece pelo destino desta majestosa família, mas saber da existência de uma biblioteca perdida lhe chama a atenção. Acredita que lá poderia encontrar uma forma de reverter a condição de Yue Bai. Mas não era o momento disso, havia outros assuntos mais urgentes por agora, assunto este insistido por uma Danna impaciente.

    -"Agradeço pela oferta e a aceitamos de bom grado! Temos objetivos semelhantes e confesso que a experiência do ocidente será melhor para nós no momento. Acredito que o dito poço esteja no caminho até a Igreja, não custa nada passar de lá antes!"

    Dan bai se levanta, deixa algumas moedas chinesas na mesa antes de se retirar junto com seus novos aliados, mas até onde podia confiar neles se Yue Bai estivesse envolvida?

    O calor reconfortante da estalagem dá lugar ao frio que os saudou quando chegaram na vila.
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