BERLIM ORIENTAL 1980
Em 1949, depois da derrota do Nazismo - e início da guerra fria - a Alemanha foi dividida em 2 áreas de influência, de um lado a Alemanha ocidental mantida oficialmente pelos Estados Unidos, Inglaterra e França e do outro pelos Países Soviéticos URSS.
Antes da construção do muro é estimado que cerca de 3 milhões de pessoas conseguiram cruzar as suas fronteiras, porém algumas pessoas com medo de abandonarem seus negócios e propriedades acabaram se tornando “prisioneiras” do governo soviético
Em Berlim a capital do país foi delimitado uma fronteira virtual de influências; antes de 1961 existia uma fronteira na cidade que era proibida ser ultrapassada e monitorada pela polícia dos dois lados; porém, o lado oriental constrói o muro em uma madrugada em 1961 para impedir a circulação de pessoas e de mercadorias de um lado a outro da cidade. Esse muro Antifaschistischer Schutzwall “muro de proteção contra o fascismo” transforma a cidade em dois setores diferentes. Um lado que se manteve capitalista e com a cultura alemã mais ou menos intacta, embora com a cicatriz da associação com o regime nazista e outro lado o oriental onde as autoridades - indicadas pelo governo da URSS tinham a missão de apagar a cultura não somente do nazismo mas também da Alemanha anterior à ascensão do Reich.
Berlim Ocidental (capitalista) tornou-se um reduto fechado em um mundo soviético. A distância de um grito - porém proibida.
A ideia da história é pegar personagens (de preferência jovens) presos nesta vivência dividida, morando na Berlim Soviética e tendo acesso a histórias contadas tanto do pré-guerra quanto do mundo ocidental. Próximo e distante ao mesmo tempo
Cultura:
O comunismo era ensinado oficialmente como uma forma de controle e remédio para os excessos do capitalismo, porém a população “importava” em segredo, livros, discos e mesmo roupas do outro lado da área de influência soviética. Conforme a guerra fria avançava, era mais raro essa troca cultural.
As Igrejas em um primeiro momento foram fechadas e a religião proibida, porém as autoridades faziam vista grossa para a religião deixando as pessoas em paz para proferirem seus credos contanto que nenhuma denúncia de subversão fossem feitas.
As escolas eram todas estatizadas e seguiam cartilhas produzidas na URSS e traduzidas para o alemão, as crianças eram estimuladas a pertencerem a grupos de estudos da juventude
Conforme os anos 50 e 60 foram passando as empresas e fábricas foram nacionalizadas e depois disso a propriedade privada. Os representantes do parlamento e das prefeituras eram indicados pelo bloco soviético e funcionavam apenas como marionetes do governo central.
Os jovens da Berlim/GDR sabiam que logo do outro lado do muro nomes como Iggy Pop e David Bowie faziam shows modernos e utilizavam drogas abertamente no palco e nos estúdios. Mesmo a música que eles tocavam próximo o suficiente para serem ouvidas era proibida pelo governo.
O tráfico de drogas mudou de mãos, antes as drogas que chegavam pelo ocidente começam a chegar pelo oriente médio via Afeganistão-URSS ou pela China.
A contracultura e cultura punk começam a ter um surgimento real no lado comunista, porém ideias anarquistas ressurgem antes por via de textos de filósofos anteriores à guerra. Ao contrário do anarco-comunismo do Ocidente, os ideais anárquicos que circulavam pelo GDR eram divergentes “da esquerda” mais próximos dos autores do século anterior.
A música pop era prevalente na Alemanha no início dos anos 60, o rock and roll era conhecido embora não frequente e a população jovem frequentava clubes de música e boates. Nos anos 50 surgem as grandes bandas de pop e de Rock os Beatles causam furor no ocidente, porém do outro lado do muro de Berlim e os discos ou gravações destas bandas eram consideradas perigosas pelo governo, sendo formalmente proibidas em 1965. O governo da GDR cria um selo musical para formar e distribuir bandas, que eram cópias das bandas famosas do ocidente foram criadas com letras para promover a glória do socialismo. O Amiga Records. Mesmo a maneira correta de dançar essas músicas era completamente orientada pelo estado e formalizada em manuais escritos e distribuídos.
Outras formas de arte como a literatura, pintura e escultura se tornam mais homogêneas quando artistas tem medo de postar algo que possa ser considerado escandaloso pela gigantesca estrutura burocrática do governo, artistas hoje famosos como Ticha citam que produziam quadros para serem exibidos apenas para um grupo seleto de amigos de confiança. Modernismo, avant-garde e tudo que podia ser associado à cultura pop era sujeito a um escrutínio pesado do estado antes de poder ser publicado ou exposto. Não esquecendo que vários artistas e escritores sumiram sem deixar rastro.
Neste ambiente relacionado às artes que eu tenho idéia de iniciar o jogo
Em 1949, depois da derrota do Nazismo - e início da guerra fria - a Alemanha foi dividida em 2 áreas de influência, de um lado a Alemanha ocidental mantida oficialmente pelos Estados Unidos, Inglaterra e França e do outro pelos Países Soviéticos URSS.
Antes da construção do muro é estimado que cerca de 3 milhões de pessoas conseguiram cruzar as suas fronteiras, porém algumas pessoas com medo de abandonarem seus negócios e propriedades acabaram se tornando “prisioneiras” do governo soviético
Em Berlim a capital do país foi delimitado uma fronteira virtual de influências; antes de 1961 existia uma fronteira na cidade que era proibida ser ultrapassada e monitorada pela polícia dos dois lados; porém, o lado oriental constrói o muro em uma madrugada em 1961 para impedir a circulação de pessoas e de mercadorias de um lado a outro da cidade. Esse muro Antifaschistischer Schutzwall “muro de proteção contra o fascismo” transforma a cidade em dois setores diferentes. Um lado que se manteve capitalista e com a cultura alemã mais ou menos intacta, embora com a cicatriz da associação com o regime nazista e outro lado o oriental onde as autoridades - indicadas pelo governo da URSS tinham a missão de apagar a cultura não somente do nazismo mas também da Alemanha anterior à ascensão do Reich.
Berlim Ocidental (capitalista) tornou-se um reduto fechado em um mundo soviético. A distância de um grito - porém proibida.
A ideia da história é pegar personagens (de preferência jovens) presos nesta vivência dividida, morando na Berlim Soviética e tendo acesso a histórias contadas tanto do pré-guerra quanto do mundo ocidental. Próximo e distante ao mesmo tempo
Cultura:
O comunismo era ensinado oficialmente como uma forma de controle e remédio para os excessos do capitalismo, porém a população “importava” em segredo, livros, discos e mesmo roupas do outro lado da área de influência soviética. Conforme a guerra fria avançava, era mais raro essa troca cultural.
As Igrejas em um primeiro momento foram fechadas e a religião proibida, porém as autoridades faziam vista grossa para a religião deixando as pessoas em paz para proferirem seus credos contanto que nenhuma denúncia de subversão fossem feitas.
As escolas eram todas estatizadas e seguiam cartilhas produzidas na URSS e traduzidas para o alemão, as crianças eram estimuladas a pertencerem a grupos de estudos da juventude
Conforme os anos 50 e 60 foram passando as empresas e fábricas foram nacionalizadas e depois disso a propriedade privada. Os representantes do parlamento e das prefeituras eram indicados pelo bloco soviético e funcionavam apenas como marionetes do governo central.
Os jovens da Berlim/GDR sabiam que logo do outro lado do muro nomes como Iggy Pop e David Bowie faziam shows modernos e utilizavam drogas abertamente no palco e nos estúdios. Mesmo a música que eles tocavam próximo o suficiente para serem ouvidas era proibida pelo governo.
O tráfico de drogas mudou de mãos, antes as drogas que chegavam pelo ocidente começam a chegar pelo oriente médio via Afeganistão-URSS ou pela China.
A contracultura e cultura punk começam a ter um surgimento real no lado comunista, porém ideias anarquistas ressurgem antes por via de textos de filósofos anteriores à guerra. Ao contrário do anarco-comunismo do Ocidente, os ideais anárquicos que circulavam pelo GDR eram divergentes “da esquerda” mais próximos dos autores do século anterior.
A música pop era prevalente na Alemanha no início dos anos 60, o rock and roll era conhecido embora não frequente e a população jovem frequentava clubes de música e boates. Nos anos 50 surgem as grandes bandas de pop e de Rock os Beatles causam furor no ocidente, porém do outro lado do muro de Berlim e os discos ou gravações destas bandas eram consideradas perigosas pelo governo, sendo formalmente proibidas em 1965. O governo da GDR cria um selo musical para formar e distribuir bandas, que eram cópias das bandas famosas do ocidente foram criadas com letras para promover a glória do socialismo. O Amiga Records. Mesmo a maneira correta de dançar essas músicas era completamente orientada pelo estado e formalizada em manuais escritos e distribuídos.
Outras formas de arte como a literatura, pintura e escultura se tornam mais homogêneas quando artistas tem medo de postar algo que possa ser considerado escandaloso pela gigantesca estrutura burocrática do governo, artistas hoje famosos como Ticha citam que produziam quadros para serem exibidos apenas para um grupo seleto de amigos de confiança. Modernismo, avant-garde e tudo que podia ser associado à cultura pop era sujeito a um escrutínio pesado do estado antes de poder ser publicado ou exposto. Não esquecendo que vários artistas e escritores sumiram sem deixar rastro.
Neste ambiente relacionado às artes que eu tenho idéia de iniciar o jogo