por O CASTELO DA ÁRVORE
Meistre Aelfric hesitou por um momento, seus olhos voltando-se para Lorde Runceford em busca de aprovação para falar. Lorde Runceford acenou com a cabeça, indicando que ele poderia prosseguir. Aelfric então deu um passo à frente, sua voz carregada de preocupação e incerteza:
- Meu senhor, não sabemos quantos dragões participaram do ataque. As informações que chegaram até nós são fragmentadas e caóticas. E quanto às casas dornesas... nenhuma é conhecida por possuir dragões, nem sequer um.
Um silêncio pesado caiu sobre o salão, seguido por murmúrios de confusão e alarme. Os lordes trocaram olhares preocupados, tentando compreender a gravidade da situação.
Vaegon, percebendo a crescente inquietação entre os lordes, ergueu a voz novamente para restabelecer a ordem:
Após a fala de Vaegon, o silêncio no salão foi rapidamente preenchido pelo som de murmúrios e sussurros entre os lordes. Cada um parecia pesar as palavras do príncipe e considerar as novas ordens. As expressões variavam entre preocupação, determinação e aprovação.
Lorde Carlyle Stonecrab foi o primeiro a falar:
- Príncipe Vaegon, entendo a necessidade urgente de reforçar nossas defesas. Minhas forjas trabalharão sem descanso para produzir as balestras necessárias. Lorde Ironcock, conto com sua experiência em estratégias de defesa para posicionarmos as balestras de maneira eficaz.
Lorde Jeremy Ironrock, com sua expressão dura, assentiu:
- Concordo, Lorde Stonecrab. Nossos recursos serão usados para garantir que cada canto da ilha esteja protegido. Vaegon, tenha certeza de que faremos o possível para que nossos territórios se tornem uma fortaleza contra qualquer ataque aéreo.
Lorde Runner Riverwyne, ágil e sempre pronto para agir, levantou-se em seguida:
- Minhas embarcações estarão prontas para patrulhar as fronteiras externas. Transformaremos nossos navios em batedores equipados com balestras, prontos para interceptar qualquer ameaça. Os rios e mares ao redor da Árvore estarão sob nossa constante vigilância.
Lorde Seadric Starsea, sempre afável e preocupado com o bem-estar da Árvore, acenou positivamente:
- Meus barcos pesqueiros podem facilmente se disfarçar e atuar como batedores. Vamos retirar os brasões e misturá-los entre os pescadores comuns. Estaremos atentos a qualquer movimentação suspeita.
Lorde Stan Stellvine, com sua postura marcial, bateu a mão no peito em um gesto de lealdade:
- Minhas tropas estarão em alerta máximo, Príncipe Vaegon. Os melhores homens da Árvore estarão prontos para defender nossas terras contra qualquer invasão. Treinaremos incessantemente para garantir que nossa defesa seja impenetrável.
Lorde Gregor Cork, com seu sorriso amigável, acrescentou:
- Estou disposto a colaborar de todas as formas possíveis. Minhas redes de comércio serão postas a serviço da Árvore. Se houver necessidade de recursos adicionais, farei o possível para fornecê-los rapidamente.
Lorde Gilbert Goldwyne falou por último:
- Príncipe Vaegon, minha rede de contatos estará trabalhando incessantemente para obter informações sobre os dragões e seus cavaleiros. Vamos descobrir quem está por trás desse ataque e quais são suas intenções. Nossa sobrevivência depende disso.
Vaegon, com a confiança e a determinação de um líder nato, começou a delinear a próxima fase de seu plano. Os lordes, ainda absorvendo a gravidade das notícias e das ordens anteriores, escutavam atentamente, prontos para agir conforme as instruções do príncipe.
Vaegon olhou então para o meistre Aelfric:
O meistre Aelfric, já preparado, respondeu com seriedade:
- Príncipe Vaegon, embora não tenhamos conhecimento de casas dornesas com dragões, faremos uma busca minuciosa em nossos registros. Qualquer informação relevante será trazida ao seu conhecimento.
Vaegon fez uma pausa, permitindo que todos absorvessem as informações antes de continuar com a parte final de seu discurso.
Lorde Stan Stellvine, sempre focado na segurança, foi o primeiro a se pronunciar:
- Príncipe Vaegon, sugiro que aumentemos a vigilância não apenas nas fronteiras, mas também nas áreas internas. Devemos estar preparados para qualquer eventualidade.
Lorde Runner Riverwyne, sempre prático, acrescentou:
- Concordo com Lorde Stan. Podemos utilizar nossos batedores não apenas no mar, mas também em terra, para garantir que não sejamos pegos de surpresa.
Lorde Seadric Starsea, pensando nas rotas comerciais, sugeriu:
- Príncipe Vaegon, se permitirmos que nossos comerciantes continuem suas rotas, podemos usar isso a nosso favor para obter informações sobre possíveis alianças de nossos inimigos. Nossos mercadores podem ser nossos olhos e ouvidos.
Lorde Carlyle Stonecrab, focado na estabilidade, comentou:
- A união da Campina é essencial. Se conseguir o apoio de Torralta e Jardim de Cima, nossa posição será fortalecida. Devemos garantir que nossos aliados estejam prontos para agir quando necessário.
Lorde Jeremy Ironrock, sempre direto, acrescentou:
- E devemos estar preparados para agir com rapidez assim que tivermos a informação. A retaliação deve ser decisiva.
Com isso, a reunião se concluiu, e os lordes começaram a se dispersar para executar as ordens e preparar suas defesas. Vaegon sabia que os próximos dias seriam cruciais, mas com a Árvore unida ao seu lado, ele estava determinado a prevalecer.
Nos dias que se seguiram à reunião, a Árvore se transformou em um reduto de atividade e preparação. Os lordes, seguindo as ordens de Vaegon, mobilizaram suas forças e recursos para reforçar as defesas da ilha.
Lorde Carlyle Stonecrab e Lorde Jeremy Ironrock, trabalhando juntos, supervisionaram a construção de balestras ao longo da costa e nas ilhas menores. Ferreiros e carpinteiros trabalhavam dia e noite, construindo as poderosas armas e instalando-as em pontos estratégicos. Os navios de guerra da Árvore também foram equipados com balestras, transformando-os em fortalezas móveis capazes de enfrentar dragões no ar.
Lorde Runner Riverwyne moveu seus navios para patrulhar as fronteiras externas da Árvore. As embarcações rápidas de sua frota navegavam constantemente, mantendo um olhar atento sobre possíveis invasores. Os barcos pesqueiros de Lorde Seadric Starsea, disfarçados como simples embarcações comerciais, também patrulhavam as águas, prontos para reportar qualquer atividade suspeita.
Lorde Stan Steelvine treinou seus melhores homens, preparando-os para qualquer eventualidade. As guarnições estavam em alerta máximo, prontas para defender a Árvore contra qualquer ameaça.
Enquanto as defesas eram reforçadas, Vaegon e seus aliados trabalharam para descobrir a origem do ataque.
Lorde Gilbert Goldwyne utilizou sua rede de contatos comerciais para buscar informações sobre os dragões que atacaram Três Torres. Mensageiros viajavam por toda a Campina e além, trazendo de volta fragmentos de informação e rumores. Os mercadores de Goldwyne, sempre atentos, ouviram e repassaram qualquer sussurro sobre os dragões. A notícia do que ocorrera em Três Torres estava se espalhando, mas os boatos e rumores eram muitos e contraditórios. Os dragões não eram uma visão muito rara naqueles dias de força Targaryen renovada, e nem todos nos Sete Reinos apreciavam os enormes monstros voadores.
O meistre Aelfric e seus assistentes vasculharam os registros e arquivos, buscando qualquer menção de dragões em Dorne. Embora nenhuma casa dornesa fosse conhecida por possuir dragões, Aelfric encontrou relatos antigos de dragões selvagens avistados nas regiões montanhosas do sul ou escondidos sob a areia do deserto. Essa informação, embora vaga, sugeria que os dragões poderiam ter sido capturados e treinados recentemente. Mensageiros relataram avistamentos de dragões nas fronteiras de Dorne, e rumores indicavam que uma aliança secreta poderia estar sendo formada entre alguns senhores dorneses. Havia especulações de que os dragões poderiam ter sido adquiridos através de uma aliança com magos ou alquimistas exilados. Um batedor enviado para Três Torres retornou com uma história terrível. Ele descreveu as ruínas e o cheiro de queimado, mas também mencionou ter visto bandeiras que não reconheceu. No entanto, os padrões sugeriam uma aliança de casas menores, possivelmente unidas sob um líder carismático.
VILA VELHA
Vaegon sabia que a união da Campina era crucial para sua reivindicação ao Trono de Ferro e para enfrentar a ameaça dos dragões. Então, ele voou para Torralta e Jardim de Cima em seu dragão, Saphirion, para se encontrar com os lordes Hightower e Tyrell.
Vaegon chegou a Vila Velha montado em seu imponente dragão. A cidade, uma das mais antigas e importantes de Westeros, estava em plena atividade quando a sombra de Saphirion passou sobre suas ruas e casas. Os cidadãos de Vila Velha, pouco acostumados com a presença de dragões, ainda assim pararam para admirar a criatura majestosa que pousava suavemente nas proximidades da imponente Torralta, a sede da Casa Hightower.
A presença de Vaegon foi anunciada com antecedência, e Lorde Baelor Hightower, o terceiro de seu nome, junto com sua família e guarda pessoal, estava esperando para recebê-lo. Quando Vaegon desceu de Saphirion, foi saudado por um grupo de cavaleiros e servos, que se ajoelharam em respeito.
Lorde Baelor, um homem de meia-idade com uma presença digna e olhos que revelavam uma mente afiada, aproximou-se com um sorriso cortês.
- Bem-vindo à Torralta, Vaegon Targaryen. É uma honra recebê-lo aqui em Vila Velha.
Ao seu lado estava sua filha Malora, famosa por sua inteligência e curiosidade.
Vaegon foi conduzido através dos portões da Torralta, uma construção que impressionava por sua altura e solidez. Os salões eram amplos, decorados com tapeçarias que contavam a história da Casa Hightower e de Vila Velha. Vaegon notou a presença de muitos livros e pergaminhos, refletindo a reputação dos Hightower como patronos do conhecimento.
Após um breve período de descanso e preparação, Vaegon foi convidado para um banquete de boas-vindas no grande salão da Torralta. A mesa estava repleta de iguarias locais, vinhos finos e pratos que mostravam a hospitalidade dos Hightower. O salão estava decorado com velas e brasões da Casa Hightower, criando uma atmosfera de calor e bem-vinda.
Durante o banquete, Lorde Leyton e Vaegon trocaram cortesias e discutiram questões superficiais antes de abordarem os assuntos mais sérios. A filha de Baelor mostrou grande interesse nas histórias de Vaegon sobre seus feitos e sua reivindicação ao Trono de Ferro.
Após o banquete, Vaegon e Lorde Baelor se retiraram para uma sala mais privada, onde poderiam discutir assuntos importantes sem interrupções. O ambiente era mais austero, com mapas e livros estratégicos espalhados pela mesa.
Lorde Baelor falou, seu rosto sério.
- Estou ciente dos ataques. A destruição de Três Torres e a dizimação da Casa Costayne são tragédias. Como podemos ajudar a Árvore nesse momento de crise?
Vaegon expôs suas preocupações e estratégias, explicando a importância da união das casas da Campina. Lorde Baelor ouviu atentamente, fazendo perguntas pontuais e oferecendo conselhos sábios.
- A Casa Hightower está disposta a apoiar a Árvore. Disponibilizaremos tropas e recursos para reforçar suas defesas e qualquer ofensiva necessária. Além disso, Vila Velha, como um centro de comércio, pode ajudar a obter informações cruciais sobre os movimentos de nossos inimigos. - disse Lorde Leyton, mostrando seu comprometimento.
Ao final da reunião, Vaegon sentiu que havia estabelecido uma base sólida para a aliança com os Hightower. Ele agradeceu a hospitalidade e o apoio de Lorde Baelor, prometendo manter uma comunicação constante sobre os próximos passos. Quando Vaegon deixou a Torralta, montado novamente em Saphirion, sentiu-se fortalecido pela promessa de apoio de uma das casas mais poderosas e respeitadas da Campina. A recepção calorosa e a aliança forjada em Vila Velha eram sinais promissores para sua jornada ao Trono de Ferro.
JARDIM DE CIMA
A chegada de Vaegon a Jardim de Cima foi marcada por grande pompa e cerimônia, refletindo a importância da visita do herdeiro Targaryen. Jardim de Cima, com seus exuberantes jardins e arquitetura impressionante, estava adornado de forma ainda mais esplendorosa do que o habitual, sinalizando o respeito e a hospitalidade dos Tyrell.
Lorde Mack Tyrell, com seu físico robusto e expressão amigável, estava à frente da comitiva de recepção. Ele usava vestes luxuosas em verde e dourado, as cores da Casa Tyrell, e trazia um sorriso caloroso. A seu lado, Lady Valerie Tyrell, sua esposa, estava igualmente bem vestida, com um manto verde adornado com bordados dourados de flores, representando a rica herança de sua casa. Seus olhos atentos e graciosos examinavam cada detalhe da chegada de Vaegon.
Ao lado de seus pais, estavam Willian Tyrell, o herdeiro de Jardim de Cima, com sua postura ereta e aparência nobre, apesar da perna ferida que o obrigava a usar uma bengala ornamentada, Sor Gareth Tyrell, com seu porte marcial e ares de cavaleiro, e Sor Lucas Tyrell, conhecido como o Cavaleiro das Flores, exalando juventude e vigor, suas roupas refletindo seu status e prestígio.
Margareth Tyrell, a encantadora e astuta jovem dama da casa, estava um pouco à frente, destacando-se com seu sorriso cativante e vestes elegantes que realçavam sua beleza natural. Ela se aproximou de Vaegon com uma graça inata, curvando-se levemente em respeito.
Mack Tyrell deu um passo à frente para cumprimentar Vaegon pessoalmente, sua voz ressoando calorosa e acolhedora:
- Seja bem-vindo a Jardim de Cima, Príncipe Vaegon. É uma honra receber um Targaryen em nossa casa. Espero que sua estadia aqui seja confortável e proveitosa. Estamos ansiosos para discutir como podemos ajudar em suas causas e fortalecer nossos laços.
Após as saudações formais, a comitiva de Vaegon foi conduzida para dentro do castelo, onde uma grande festa estava preparada em sua homenagem. A comida era abundante e deliciosa, os jardins estavam em plena floração, e a música e dança enchiam o ar de alegria.
Após as festividades iniciais em Jardim de Cima, Vaegon foi convidado a uma reunião privada com Lorde Mack Tyrell em uma das elegantes salas de estar do castelo. A sala era ricamente decorada, com tapeçarias vibrantes, móveis luxuosos e uma mesa de madeira maciça sobre a qual repousava um mapa detalhado de Westeros. Mack Tyrell, um homem robusto com um ar de bonomia cautelosa, estava sentado à cabeceira da mesa, aguardando a chegada de Vaegon.
Mack Tyrell começou a conversa com um tom diplomático, mas reservado:
- Príncipe Vaegon, estamos vivendo tempos incertos e turbulentos. Embora reconheçamos a legitimidade de sua reivindicação ao Trono de Ferro, a segurança e prosperidade da Campina são minhas maiores prioridades. Preciso de garantias de que aliar-me a você trará mais estabilidade do que risco. Quais ações você propõe, Vaegon? E como pode garantir que não seremos alvo de represálias dos outros pretendentes ao trono? Precisamos de mais do que promessas. O que me diz sobre o ataque a Três Torres? Como podemos estar certos de que seus inimigos não nos veem como um alvo a ser eliminado?
Depois de muita conversa, o acordo foi selado, e Vaegon e Mack Tyrell apertaram as mãos, marcando o início de uma poderosa aliança que prometia mudar o destino de Westeros.
VINHA DO FOGO
Vaegon estava exausto após semanas de viagens e reuniões, mas a sensação de progresso o revigorava. Ao descer de seu dragão em Vinha do Fogo, ele foi recebido por meistre Vincent, que se aproximou rapidamente com uma expressão grave no rosto. Segurando um rolo de pergaminho lacrado, Vincent fez uma reverência antes de falar.
- Príncipe Vaegon, recebi uma mensagem urgente de Porto Real.
A carta era de Gard Targaryen.
OFF: @DariusNovadek, pode responder cada cena separadamente como quiser.
- Meistre, você disse dragões, quantos eram? E alguma casa dornesa é conhecida por possuir mais do que um dragão?
Meistre Aelfric hesitou por um momento, seus olhos voltando-se para Lorde Runceford em busca de aprovação para falar. Lorde Runceford acenou com a cabeça, indicando que ele poderia prosseguir. Aelfric então deu um passo à frente, sua voz carregada de preocupação e incerteza:
- Meu senhor, não sabemos quantos dragões participaram do ataque. As informações que chegaram até nós são fragmentadas e caóticas. E quanto às casas dornesas... nenhuma é conhecida por possuir dragões, nem sequer um.
Um silêncio pesado caiu sobre o salão, seguido por murmúrios de confusão e alarme. Os lordes trocaram olhares preocupados, tentando compreender a gravidade da situação.
Vaegon, percebendo a crescente inquietação entre os lordes, ergueu a voz novamente para restabelecer a ordem:
- Esse ato impuro não ficará assim, mas diferentemente de nossos inimigos, agiremos com honra e inteligência.
- Primeiro, é obvio que o ataque singular a casa Costayne teve como alvo meu meio-irmão Melkor, que apesar de não ter se declarado, poderia ser um aspirante ao trono de ferro. Os dorneses provavelmente o viram como uma ameaça e o tiraram de jogo antes mesmo do jogo começar. Isso quer dizer que eu posso ser o próximo alvo.
- Então devemos reforçar nossas defesas. Nosso terreno insular só nos permite sermos atacados por duas maneiras: Por água ou por dragões.
Então começa a delegar suas funções:
- Lorde Stonecrab e Lorde Ironrock, deverão tabalhar juntos para a confecção de balestras, como nossa "defesa anti-aérea", devemos construir varias delas na extensão litorânea da ilha, e nas ilhas menores também. Quero também que essas balestras sejam acopladas em nossos navios, inclusive os rápidos návios de Lorde Riverwyne. Se tem uma coisa que os dragões inimigos devem temer, é voar nos territórios da Árvore.
- Lorde Runner Riverwyne, deve a partir de agora mover seus navios para a patrulha de nossas fronteiras externas, serão nossos "batedores aquáticos", e nos avisarão com antecedência de qualquer ataque. Lorde Starsea, retire os brasões de seus barcos pesqueiros, e podem servir de batedores também, se passando por simples plebeus pescadores.
- Lorde Stan, prepare seus melhores homens e ficaremos em alerta!
- Alguém tem mais alguma sugestão em relação a nossa defesa?
Após a fala de Vaegon, o silêncio no salão foi rapidamente preenchido pelo som de murmúrios e sussurros entre os lordes. Cada um parecia pesar as palavras do príncipe e considerar as novas ordens. As expressões variavam entre preocupação, determinação e aprovação.
Lorde Carlyle Stonecrab foi o primeiro a falar:
- Príncipe Vaegon, entendo a necessidade urgente de reforçar nossas defesas. Minhas forjas trabalharão sem descanso para produzir as balestras necessárias. Lorde Ironcock, conto com sua experiência em estratégias de defesa para posicionarmos as balestras de maneira eficaz.
Lorde Jeremy Ironrock, com sua expressão dura, assentiu:
- Concordo, Lorde Stonecrab. Nossos recursos serão usados para garantir que cada canto da ilha esteja protegido. Vaegon, tenha certeza de que faremos o possível para que nossos territórios se tornem uma fortaleza contra qualquer ataque aéreo.
Lorde Runner Riverwyne, ágil e sempre pronto para agir, levantou-se em seguida:
- Minhas embarcações estarão prontas para patrulhar as fronteiras externas. Transformaremos nossos navios em batedores equipados com balestras, prontos para interceptar qualquer ameaça. Os rios e mares ao redor da Árvore estarão sob nossa constante vigilância.
Lorde Seadric Starsea, sempre afável e preocupado com o bem-estar da Árvore, acenou positivamente:
- Meus barcos pesqueiros podem facilmente se disfarçar e atuar como batedores. Vamos retirar os brasões e misturá-los entre os pescadores comuns. Estaremos atentos a qualquer movimentação suspeita.
Lorde Stan Stellvine, com sua postura marcial, bateu a mão no peito em um gesto de lealdade:
- Minhas tropas estarão em alerta máximo, Príncipe Vaegon. Os melhores homens da Árvore estarão prontos para defender nossas terras contra qualquer invasão. Treinaremos incessantemente para garantir que nossa defesa seja impenetrável.
Lorde Gregor Cork, com seu sorriso amigável, acrescentou:
- Estou disposto a colaborar de todas as formas possíveis. Minhas redes de comércio serão postas a serviço da Árvore. Se houver necessidade de recursos adicionais, farei o possível para fornecê-los rapidamente.
Lorde Gilbert Goldwyne falou por último:
- Príncipe Vaegon, minha rede de contatos estará trabalhando incessantemente para obter informações sobre os dragões e seus cavaleiros. Vamos descobrir quem está por trás desse ataque e quais são suas intenções. Nossa sobrevivência depende disso.
Vaegon, com a confiança e a determinação de um líder nato, começou a delinear a próxima fase de seu plano. Os lordes, ainda absorvendo a gravidade das notícias e das ordens anteriores, escutavam atentamente, prontos para agir conforme as instruções do príncipe.
Em segundo lugar, devemos descobrir de quem se originou os ataques, e se alianças já estão sendo feitas. Não vou voar até Três Torres, será justamente o que querem que eu faça. Vamos usar de nossos contatos, e mandar batedores ao entorno do castelo destruído, algum sobrevivente poderá nos ajudar a descobrir o autor do ato.
Vaegon olhou então para o meistre Aelfric:
Meistre, vamos listar todos os dorneses montadores de dragão que conhecemos.
O meistre Aelfric, já preparado, respondeu com seriedade:
- Príncipe Vaegon, embora não tenhamos conhecimento de casas dornesas com dragões, faremos uma busca minuciosa em nossos registros. Qualquer informação relevante será trazida ao seu conhecimento.
Vaegon fez uma pausa, permitindo que todos absorvessem as informações antes de continuar com a parte final de seu discurso.
E em terceiro lugar, retaliação! Assim que soubermos quem realizou o ataque, realizaremos nossa retaliação, mas ainda assim de maneira inteligente. Partilharei meus planos com vocês assim que descobrirmos quem realizou os ataques. No momento, se nossas terras não forem atacadas nos próximos dois dias, voarei para Torralta e para Jardim de Cima, a Campina deve se manter unida, e devemos lutar juntos!
Os lordes assentiram, mostrando apoio ao plano de Vaegon. O ar estava carregado de um senso de propósito renovado, cada lorde pronto para contribuir da melhor forma possível.
Lorde Stan Stellvine, sempre focado na segurança, foi o primeiro a se pronunciar:
- Príncipe Vaegon, sugiro que aumentemos a vigilância não apenas nas fronteiras, mas também nas áreas internas. Devemos estar preparados para qualquer eventualidade.
Lorde Runner Riverwyne, sempre prático, acrescentou:
- Concordo com Lorde Stan. Podemos utilizar nossos batedores não apenas no mar, mas também em terra, para garantir que não sejamos pegos de surpresa.
Lorde Seadric Starsea, pensando nas rotas comerciais, sugeriu:
- Príncipe Vaegon, se permitirmos que nossos comerciantes continuem suas rotas, podemos usar isso a nosso favor para obter informações sobre possíveis alianças de nossos inimigos. Nossos mercadores podem ser nossos olhos e ouvidos.
Lorde Carlyle Stonecrab, focado na estabilidade, comentou:
- A união da Campina é essencial. Se conseguir o apoio de Torralta e Jardim de Cima, nossa posição será fortalecida. Devemos garantir que nossos aliados estejam prontos para agir quando necessário.
Lorde Jeremy Ironrock, sempre direto, acrescentou:
- E devemos estar preparados para agir com rapidez assim que tivermos a informação. A retaliação deve ser decisiva.
Com isso, a reunião se concluiu, e os lordes começaram a se dispersar para executar as ordens e preparar suas defesas. Vaegon sabia que os próximos dias seriam cruciais, mas com a Árvore unida ao seu lado, ele estava determinado a prevalecer.
Nos dias que se seguiram à reunião, a Árvore se transformou em um reduto de atividade e preparação. Os lordes, seguindo as ordens de Vaegon, mobilizaram suas forças e recursos para reforçar as defesas da ilha.
Lorde Carlyle Stonecrab e Lorde Jeremy Ironrock, trabalhando juntos, supervisionaram a construção de balestras ao longo da costa e nas ilhas menores. Ferreiros e carpinteiros trabalhavam dia e noite, construindo as poderosas armas e instalando-as em pontos estratégicos. Os navios de guerra da Árvore também foram equipados com balestras, transformando-os em fortalezas móveis capazes de enfrentar dragões no ar.
Lorde Runner Riverwyne moveu seus navios para patrulhar as fronteiras externas da Árvore. As embarcações rápidas de sua frota navegavam constantemente, mantendo um olhar atento sobre possíveis invasores. Os barcos pesqueiros de Lorde Seadric Starsea, disfarçados como simples embarcações comerciais, também patrulhavam as águas, prontos para reportar qualquer atividade suspeita.
Lorde Stan Steelvine treinou seus melhores homens, preparando-os para qualquer eventualidade. As guarnições estavam em alerta máximo, prontas para defender a Árvore contra qualquer ameaça.
Enquanto as defesas eram reforçadas, Vaegon e seus aliados trabalharam para descobrir a origem do ataque.
Lorde Gilbert Goldwyne utilizou sua rede de contatos comerciais para buscar informações sobre os dragões que atacaram Três Torres. Mensageiros viajavam por toda a Campina e além, trazendo de volta fragmentos de informação e rumores. Os mercadores de Goldwyne, sempre atentos, ouviram e repassaram qualquer sussurro sobre os dragões. A notícia do que ocorrera em Três Torres estava se espalhando, mas os boatos e rumores eram muitos e contraditórios. Os dragões não eram uma visão muito rara naqueles dias de força Targaryen renovada, e nem todos nos Sete Reinos apreciavam os enormes monstros voadores.
O meistre Aelfric e seus assistentes vasculharam os registros e arquivos, buscando qualquer menção de dragões em Dorne. Embora nenhuma casa dornesa fosse conhecida por possuir dragões, Aelfric encontrou relatos antigos de dragões selvagens avistados nas regiões montanhosas do sul ou escondidos sob a areia do deserto. Essa informação, embora vaga, sugeria que os dragões poderiam ter sido capturados e treinados recentemente. Mensageiros relataram avistamentos de dragões nas fronteiras de Dorne, e rumores indicavam que uma aliança secreta poderia estar sendo formada entre alguns senhores dorneses. Havia especulações de que os dragões poderiam ter sido adquiridos através de uma aliança com magos ou alquimistas exilados. Um batedor enviado para Três Torres retornou com uma história terrível. Ele descreveu as ruínas e o cheiro de queimado, mas também mencionou ter visto bandeiras que não reconheceu. No entanto, os padrões sugeriam uma aliança de casas menores, possivelmente unidas sob um líder carismático.
VILA VELHA
Vaegon sabia que a união da Campina era crucial para sua reivindicação ao Trono de Ferro e para enfrentar a ameaça dos dragões. Então, ele voou para Torralta e Jardim de Cima em seu dragão, Saphirion, para se encontrar com os lordes Hightower e Tyrell.
Vaegon chegou a Vila Velha montado em seu imponente dragão. A cidade, uma das mais antigas e importantes de Westeros, estava em plena atividade quando a sombra de Saphirion passou sobre suas ruas e casas. Os cidadãos de Vila Velha, pouco acostumados com a presença de dragões, ainda assim pararam para admirar a criatura majestosa que pousava suavemente nas proximidades da imponente Torralta, a sede da Casa Hightower.
A presença de Vaegon foi anunciada com antecedência, e Lorde Baelor Hightower, o terceiro de seu nome, junto com sua família e guarda pessoal, estava esperando para recebê-lo. Quando Vaegon desceu de Saphirion, foi saudado por um grupo de cavaleiros e servos, que se ajoelharam em respeito.
Lorde Baelor, um homem de meia-idade com uma presença digna e olhos que revelavam uma mente afiada, aproximou-se com um sorriso cortês.
- Bem-vindo à Torralta, Vaegon Targaryen. É uma honra recebê-lo aqui em Vila Velha.
Ao seu lado estava sua filha Malora, famosa por sua inteligência e curiosidade.
Vaegon foi conduzido através dos portões da Torralta, uma construção que impressionava por sua altura e solidez. Os salões eram amplos, decorados com tapeçarias que contavam a história da Casa Hightower e de Vila Velha. Vaegon notou a presença de muitos livros e pergaminhos, refletindo a reputação dos Hightower como patronos do conhecimento.
Após um breve período de descanso e preparação, Vaegon foi convidado para um banquete de boas-vindas no grande salão da Torralta. A mesa estava repleta de iguarias locais, vinhos finos e pratos que mostravam a hospitalidade dos Hightower. O salão estava decorado com velas e brasões da Casa Hightower, criando uma atmosfera de calor e bem-vinda.
Durante o banquete, Lorde Leyton e Vaegon trocaram cortesias e discutiram questões superficiais antes de abordarem os assuntos mais sérios. A filha de Baelor mostrou grande interesse nas histórias de Vaegon sobre seus feitos e sua reivindicação ao Trono de Ferro.
Após o banquete, Vaegon e Lorde Baelor se retiraram para uma sala mais privada, onde poderiam discutir assuntos importantes sem interrupções. O ambiente era mais austero, com mapas e livros estratégicos espalhados pela mesa.
Lorde Baelor falou, seu rosto sério.
- Estou ciente dos ataques. A destruição de Três Torres e a dizimação da Casa Costayne são tragédias. Como podemos ajudar a Árvore nesse momento de crise?
Vaegon expôs suas preocupações e estratégias, explicando a importância da união das casas da Campina. Lorde Baelor ouviu atentamente, fazendo perguntas pontuais e oferecendo conselhos sábios.
- A Casa Hightower está disposta a apoiar a Árvore. Disponibilizaremos tropas e recursos para reforçar suas defesas e qualquer ofensiva necessária. Além disso, Vila Velha, como um centro de comércio, pode ajudar a obter informações cruciais sobre os movimentos de nossos inimigos. - disse Lorde Leyton, mostrando seu comprometimento.
Ao final da reunião, Vaegon sentiu que havia estabelecido uma base sólida para a aliança com os Hightower. Ele agradeceu a hospitalidade e o apoio de Lorde Baelor, prometendo manter uma comunicação constante sobre os próximos passos. Quando Vaegon deixou a Torralta, montado novamente em Saphirion, sentiu-se fortalecido pela promessa de apoio de uma das casas mais poderosas e respeitadas da Campina. A recepção calorosa e a aliança forjada em Vila Velha eram sinais promissores para sua jornada ao Trono de Ferro.
JARDIM DE CIMA
A chegada de Vaegon a Jardim de Cima foi marcada por grande pompa e cerimônia, refletindo a importância da visita do herdeiro Targaryen. Jardim de Cima, com seus exuberantes jardins e arquitetura impressionante, estava adornado de forma ainda mais esplendorosa do que o habitual, sinalizando o respeito e a hospitalidade dos Tyrell.
Lorde Mack Tyrell, com seu físico robusto e expressão amigável, estava à frente da comitiva de recepção. Ele usava vestes luxuosas em verde e dourado, as cores da Casa Tyrell, e trazia um sorriso caloroso. A seu lado, Lady Valerie Tyrell, sua esposa, estava igualmente bem vestida, com um manto verde adornado com bordados dourados de flores, representando a rica herança de sua casa. Seus olhos atentos e graciosos examinavam cada detalhe da chegada de Vaegon.
Ao lado de seus pais, estavam Willian Tyrell, o herdeiro de Jardim de Cima, com sua postura ereta e aparência nobre, apesar da perna ferida que o obrigava a usar uma bengala ornamentada, Sor Gareth Tyrell, com seu porte marcial e ares de cavaleiro, e Sor Lucas Tyrell, conhecido como o Cavaleiro das Flores, exalando juventude e vigor, suas roupas refletindo seu status e prestígio.
Margareth Tyrell, a encantadora e astuta jovem dama da casa, estava um pouco à frente, destacando-se com seu sorriso cativante e vestes elegantes que realçavam sua beleza natural. Ela se aproximou de Vaegon com uma graça inata, curvando-se levemente em respeito.
Mack Tyrell deu um passo à frente para cumprimentar Vaegon pessoalmente, sua voz ressoando calorosa e acolhedora:
- Seja bem-vindo a Jardim de Cima, Príncipe Vaegon. É uma honra receber um Targaryen em nossa casa. Espero que sua estadia aqui seja confortável e proveitosa. Estamos ansiosos para discutir como podemos ajudar em suas causas e fortalecer nossos laços.
Após as saudações formais, a comitiva de Vaegon foi conduzida para dentro do castelo, onde uma grande festa estava preparada em sua homenagem. A comida era abundante e deliciosa, os jardins estavam em plena floração, e a música e dança enchiam o ar de alegria.
Após as festividades iniciais em Jardim de Cima, Vaegon foi convidado a uma reunião privada com Lorde Mack Tyrell em uma das elegantes salas de estar do castelo. A sala era ricamente decorada, com tapeçarias vibrantes, móveis luxuosos e uma mesa de madeira maciça sobre a qual repousava um mapa detalhado de Westeros. Mack Tyrell, um homem robusto com um ar de bonomia cautelosa, estava sentado à cabeceira da mesa, aguardando a chegada de Vaegon.
Mack Tyrell começou a conversa com um tom diplomático, mas reservado:
- Príncipe Vaegon, estamos vivendo tempos incertos e turbulentos. Embora reconheçamos a legitimidade de sua reivindicação ao Trono de Ferro, a segurança e prosperidade da Campina são minhas maiores prioridades. Preciso de garantias de que aliar-me a você trará mais estabilidade do que risco. Quais ações você propõe, Vaegon? E como pode garantir que não seremos alvo de represálias dos outros pretendentes ao trono? Precisamos de mais do que promessas. O que me diz sobre o ataque a Três Torres? Como podemos estar certos de que seus inimigos não nos veem como um alvo a ser eliminado?
Depois de muita conversa, o acordo foi selado, e Vaegon e Mack Tyrell apertaram as mãos, marcando o início de uma poderosa aliança que prometia mudar o destino de Westeros.
VINHA DO FOGO
Vaegon estava exausto após semanas de viagens e reuniões, mas a sensação de progresso o revigorava. Ao descer de seu dragão em Vinha do Fogo, ele foi recebido por meistre Vincent, que se aproximou rapidamente com uma expressão grave no rosto. Segurando um rolo de pergaminho lacrado, Vincent fez uma reverência antes de falar.
- Príncipe Vaegon, recebi uma mensagem urgente de Porto Real.
A carta era de Gard Targaryen.
Aos cuidados de Vaegon Targaryen,
Saudações,
Eu, Gardyus Targaryen, herdeiro presumido do Trono de Ferro, escrevo-lhe com a mais alta urgência para convocá-lo à Fortaleza Vermelha, em Porto Real. Notícias inquietantes chegaram a meus ouvidos sobre os recentes ataques de dragões que devastaram localidades dos Sete Reinos.
Esses eventos são de grande preocupação para toda Westeros, e é imperativo que discutamos as implicações e ações a serem tomadas. Sua presença é requisitada para que possamos, juntos, entender melhor a situação e formular uma resposta apropriada.
Como filho do rei Beltran Targaryen e montador de dragão, sua perspectiva e conhecimentos são essenciais para estas deliberações. Espero que entenda a gravidade da situação e a necessidade de sua cooperação imediata.
Sua presença é esperada na Fortaleza Vermelha dentro de dez dias a partir do recebimento desta mensagem. Confio que fará os preparativos necessários para uma viagem segura e expedita. A segurança de nosso reino e a estabilidade de nosso futuro podem depender das decisões que tomaremos nos dias que virão.
Que a paz e a sabedoria dos deuses novos e antigos estejam com você.Atenciosamente,Gardyus TargaryenHerdeiro do Trono de FerroFortaleza Vermelha, Porto Real
OFF: @DariusNovadek, pode responder cada cena separadamente como quiser.
