Ataques em Hongari
Hongari, o Reino dos Halflings, não é conhecido por suas oportunidades de aventuras — tampouco por ter tantos problemas considerados válidos por aventureiros. Os habitantes são pacatos e dificilmente têm problemas maiores do que o preço da erva-de-fumo ou quanto tempo falta até a próxima refeição. Mas, às vezes, a falta de noção pode causar problemas… A Enseada dos Selakos é uma região ao norte do reinado, um balneário com praias de areias cintilantes e um mar tranquilo. Os selakos, criaturas que dão nome à região, raramente atacam banhistas e pescadores. Aqui, os halflings aproveitam o verão e os banquetes de peixes e frutos do mar, especialidade das aldeias de pescadores. Uma dessas aldeias, Vila Marim, é um desses locais e é o palco de vários ataques que vem acontecendo recentemente.
Nas últimas noites, a Vila Marlim vem sendo atacada por monstros saídos do mar — o que era extremamente incomum para a região. Eram incursões rápidas que causaram poucos danos materiais, mas que encheram de medo os corações halflings de toda aquela região. Sendo pacíficos e sem treinamento algum de combate, os aldeões não sabiam como lidar com tal ameaça e sequer sabiam que tipo de criatura estavam enfrentando — se questionados, são demônios marinhos. Por isso, aventureiros se faziam necessários e pedidos de ajuda são enviados por mensageiros, além de ter chegado até mesmo a Gazeta do Reinado as noticias sobre esses ataques.
O clima de Hongari é agradável, temperado e ideal para atividades pastoris — algo que os halflings aproveitam ao máximo por coincidir com seu estilo de vida. As estações são bem demarcadas, com frio e chuvas no inverno e bastante sol no verão. O reino é extensivamente florestal e é um dos maiores reinos não-humanos do Reinado. As Colinas dos Bons Halflings se situa na Lança de Hyninn, mas há outras formações de colinas pelo reino, bem como campinas e planícies. Na região próxima à Triunphus, há alguma atividade vulcânica — algo pouco sabido por muitos moradores do continente, que nunca tinham visto um vulcão na vida — e os moradores da área já haviam se acostumado com o local e como detectar os sinais de que estava para ter uma erupção; sabe-se de pelo menos um vulcão inativo na região. Mesmo assim, há sempre uma ameaça de que ele volte sua atenção a superfície e envie sua fúria aos mortais para lhes punir por alguma coisa ou outra.
Talvez fosse onde a sua viagem foi mais afetada, porque aquele terreno não era muito propício para a caminhada em mais de um trecho. Por ter muitas colinas, isso reduzia a metade os deslocamento de Lorsan por não ser muito fácil se deslocar por aquele tipo de local. Por sorte, as colinas não eram tão altas quanto montanhas e não havia nenhuma mudança de temperatura, quantidade de oxigênio no ar ou qualquer outro pequeno detalhe similar. Via alguns halflings pela região, viajando entre vilas ou mesmo dentro das mesmas. Até chegou a ver a encontrar um mascate — um vendedor itinerante que viajava de vila em vila — no caminho, que lhe indicou para ir até a Vila de Serenata depois de sugerir que havia alguma coisa muito estranha em Vila Marlim.
Tinha conseguido um guia para lhe levar até o local, por desconhecer a região e ainda não ser muito acostumado a andar por ermos como aquele. Em meio a sua viagem, havia conhecido um mascate acompanhado por um mercenário humano que não falava nada — supostamente, era mudo. Com o homem, havia obtido algumas informações extras, além de uma série de fofocas sobre a região em que estava agora. Entre inutilidades diversas — como o aumento do preço do quilo da erva-do-fumo e as últimas escapadas amorosas de Madame Stefania —, ele finalmente dispensa uma informação útil para o monge:
— E se acha que as coisas estão difíceis em Sempre-Verde, você devia é saber o que está acontecendo em Vila Marlim! Um rapazola todo mal-ajambrado ficou me amolando para ir até lá com o Mudo, pra resolver algum problema que estão tendo com ataques de monstros. Onde Nimb já se viu; monstros em Hongari? Marah nos proteja!
A voz do homem era até um pouco exaltada enquanto falava, ficando ligeiramente aguda quando mencionou Nimbi e descrente quando perguntou sobre monstros no local. Era perceptível, porém, que Ribombo realmente acreditava em Marah, sendo um devoto da divindade como era tão comum aos halflings. Como a maioria deles era pacifista, fazia muito sentido que o culto a Marah fosse o mais comum para os moradores. Outra deusa que provavelmente deveria ser comum entre eles era Lena, deusa da vida e também relacionada a fertilidade e colheitas.
Ambos chegaram ao centro da vila, uma área com terra batida e destinada aos eventos comunitários diversos realizados pelos habitantes do local. Havia uma bela estátua de Marah no centro da vila, feito de mármore branco e esculpida por um artesão muito talentoso. Também fazia as vezes de um poste de notícias e um ponto de encontro, seja para habitantes ou aventureiros. Aproveitando toda a comoção causada por sua chegada, um halfling de calças no meio das canelas, pele queimada de sol e um cheiro forte de peixe sai correndo da taverna próxima. Ele corre em direção ao elfo e o tiefling, abraçando as pernas do tiefling choramingando.
— Porfavorporfavorporfavorporfavor senhor aventureiro preciso de ajuda porfavorporfavorporfavorporfavor…
• A distância entre Valkaria e Hongari é, pelos meu cálculos, de aproximadamente 1.750km e o seu deslocamento durante uma semana se dedicar apenas a viagem gira em torno de 126km até 252km por semana. Para isso, vamos considerar:
• Para o seu deslocamento, eu considerei o padrão de 36km de deslocamento por dia — são 8 horas de viagem, cada uma com aproximadamente 4,5km percorridos — e multipliquei por 7 — os dias da semana.
• O terreno e clima da região não permanece todo igual — há florestas e colinas pelo caminho que afetam seu deslocamento —, além do clima lhe atrapalhar com chuvas em algumas áreas ou um verão forte que reduz as horas que você dedica ao deslocamento. Nesses dias, serão considerados apenas 126km por dia — todo o deslocamento é reduzido a metade.
• Dessa forma, considerei que se deslocaria a média dos dois deslocamentos, que seria 189km por semana, para termos uma estimativa mais aproximada. Isso faria que a viagem durasse quase sete semanas. Se facilitar para você, são 46 dias de viagem em uma contagem total de dias.
• Eu sei que demora as viagens no RPG e, infelizmente, mundo medieval é essa belezinha e uma simples viagem pode levar semanas ou meses. Em vista disso, compre um cavalo para reduzir esse tempo de deslocamento.
Nas últimas noites, a Vila Marlim vem sendo atacada por monstros saídos do mar — o que era extremamente incomum para a região. Eram incursões rápidas que causaram poucos danos materiais, mas que encheram de medo os corações halflings de toda aquela região. Sendo pacíficos e sem treinamento algum de combate, os aldeões não sabiam como lidar com tal ameaça e sequer sabiam que tipo de criatura estavam enfrentando — se questionados, são demônios marinhos. Por isso, aventureiros se faziam necessários e pedidos de ajuda são enviados por mensageiros, além de ter chegado até mesmo a Gazeta do Reinado as noticias sobre esses ataques.
Lorsan
O ranger havia lido na Gazeta sobre os ataques e havia ficado bastante curioso sobre tais ataques. Motivado, principalmente, por curiosidade sobre o que ocorria, Lorsan decidiu ir até o local para ver o que estava acontecendo. O caminho de Valkaria até a cidade era longo e demorado, levando muito mais tempo do que ele gostaria para alcançar o local. Passou por campos de terras férteis com grama verde que variava de alturas com caminhos de terra batida, florestas com trilhas desgastadas que iam sendo - em alguns pontos - tomadas pela natureza, colinas e outros tantos terrenos... Uma variedade que deixava cada trecho do Reinado sendo único e digno de alguma atenção. Até mesmo os cheiros eram muito variados: terra molhada, folhas se decompondo em uma floresta úmida, flores silvestres e grama em campos verdes...O clima de Hongari é agradável, temperado e ideal para atividades pastoris — algo que os halflings aproveitam ao máximo por coincidir com seu estilo de vida. As estações são bem demarcadas, com frio e chuvas no inverno e bastante sol no verão. O reino é extensivamente florestal e é um dos maiores reinos não-humanos do Reinado. As Colinas dos Bons Halflings se situa na Lança de Hyninn, mas há outras formações de colinas pelo reino, bem como campinas e planícies. Na região próxima à Triunphus, há alguma atividade vulcânica — algo pouco sabido por muitos moradores do continente, que nunca tinham visto um vulcão na vida — e os moradores da área já haviam se acostumado com o local e como detectar os sinais de que estava para ter uma erupção; sabe-se de pelo menos um vulcão inativo na região. Mesmo assim, há sempre uma ameaça de que ele volte sua atenção a superfície e envie sua fúria aos mortais para lhes punir por alguma coisa ou outra.
Talvez fosse onde a sua viagem foi mais afetada, porque aquele terreno não era muito propício para a caminhada em mais de um trecho. Por ter muitas colinas, isso reduzia a metade os deslocamento de Lorsan por não ser muito fácil se deslocar por aquele tipo de local. Por sorte, as colinas não eram tão altas quanto montanhas e não havia nenhuma mudança de temperatura, quantidade de oxigênio no ar ou qualquer outro pequeno detalhe similar. Via alguns halflings pela região, viajando entre vilas ou mesmo dentro das mesmas. Até chegou a ver a encontrar um mascate — um vendedor itinerante que viajava de vila em vila — no caminho, que lhe indicou para ir até a Vila de Serenata depois de sugerir que havia alguma coisa muito estranha em Vila Marlim.
Eldarion
A viagem era difícil e demorada, durando mais de um mês para ser concluída. Por sorte, não era raro para o homem grandes esforços físicos devido ao treinamento como monge e como guerreiro. Devido a isso, por mais extenuante que fosse, não era realmente muito ruim para ele toda aquela viagem. Podia até mesmo aproveitar toda a viagem e paisagem que o envolvia — era muito diferente de tudo o que havia visto até aquele momento. Tinha muitas colinas, planicies e campos cheios de vida e um clima pacífico que lhe recordava seu tempo de monastério. Até mesmo o tempo de viagem, por mais longo que fosse, lhe era agradável.Tinha conseguido um guia para lhe levar até o local, por desconhecer a região e ainda não ser muito acostumado a andar por ermos como aquele. Em meio a sua viagem, havia conhecido um mascate acompanhado por um mercenário humano que não falava nada — supostamente, era mudo. Com o homem, havia obtido algumas informações extras, além de uma série de fofocas sobre a região em que estava agora. Entre inutilidades diversas — como o aumento do preço do quilo da erva-do-fumo e as últimas escapadas amorosas de Madame Stefania —, ele finalmente dispensa uma informação útil para o monge:
— E se acha que as coisas estão difíceis em Sempre-Verde, você devia é saber o que está acontecendo em Vila Marlim! Um rapazola todo mal-ajambrado ficou me amolando para ir até lá com o Mudo, pra resolver algum problema que estão tendo com ataques de monstros. Onde Nimb já se viu; monstros em Hongari? Marah nos proteja!
A voz do homem era até um pouco exaltada enquanto falava, ficando ligeiramente aguda quando mencionou Nimbi e descrente quando perguntou sobre monstros no local. Era perceptível, porém, que Ribombo realmente acreditava em Marah, sendo um devoto da divindade como era tão comum aos halflings. Como a maioria deles era pacifista, fazia muito sentido que o culto a Marah fosse o mais comum para os moradores. Outra deusa que provavelmente deveria ser comum entre eles era Lena, deusa da vida e também relacionada a fertilidade e colheitas.
Para Ambos
O mar de colinas do reino se estende até onde a vista alcança por quase toda a viagem, o que cria até mesmo uma sensação de que parece não se deslocar muito. As trilhas são simplórias e de terra batida, mas mantidas com cuidado, com arbustos floridos e a ocasional sombra bem-vinda de uma árvore. Havia acabado de chegar a uma das muitas vilas do reino, chamada de Vila da Serenata. É uma vila típica: pequenos casebres de madeira com telhados de sapé, ocasionais tocas de famílias mais ricas, incrustadas nas próprias colinas, bem como uma abundância de comidas, bebidas e bom humor. Crianças halflings chamam os adultos para verem a chegada dos “grandalhões” que vinham de duas entradas diferentes, e algumas ficam apenas observando, maravilhadas.Ambos chegaram ao centro da vila, uma área com terra batida e destinada aos eventos comunitários diversos realizados pelos habitantes do local. Havia uma bela estátua de Marah no centro da vila, feito de mármore branco e esculpida por um artesão muito talentoso. Também fazia as vezes de um poste de notícias e um ponto de encontro, seja para habitantes ou aventureiros. Aproveitando toda a comoção causada por sua chegada, um halfling de calças no meio das canelas, pele queimada de sol e um cheiro forte de peixe sai correndo da taverna próxima. Ele corre em direção ao elfo e o tiefling, abraçando as pernas do tiefling choramingando.
— Porfavorporfavorporfavorporfavor senhor aventureiro preciso de ajuda porfavorporfavorporfavorporfavor…
- Mapa de Hongari:
Informações
• A distância entre Valkaria e Hongari é, pelos meu cálculos, de aproximadamente 1.750km e o seu deslocamento durante uma semana se dedicar apenas a viagem gira em torno de 126km até 252km por semana. Para isso, vamos considerar: