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    Zahariel

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    Mensagem por vontheevil Qui Ago 15, 2024 5:46 pm

    PRIMEIROS RIFFS

    22 de setembro de 500*


    O sol estava apenas começando a se erguer, lançando um brilho esbranquiçado que começava a derreter as notas sombrias da neblina que se mantinha presa entre os montes nessa época do ano ao redor de Llin-y-Fan. Era o início do equinócio de outono, um dia de equilíbrio entre luz e escuridão, celebrado com reverência pela comunidade local. Em um pequeno bosque sagrado, não muito distante da vila, os druidas e os aldeões se reuniam para uma cerimônia tradicional, agradecendo pelas colheitas e pedindo por um inverno ameno.

    Gwydion ap Cadell, vessel do Serafim Zahariel, estava entre os participantes, conduzindo a cerimônia com um misto de respeito e introspecção. O ar estava carregado com o aroma da terra úmida. As ervas queimadas nas fogueiras sagradas emitiam notas complementares à melodia do sol rompendo a neblina, enquanto os cânticos em uma língua ancestral reverberavam entre as árvores. Os aldeões vestiam mantos cerimoniais, e o pequeno círculo de pedras ao redor da clareira soava uma energia antiga.
    Uma jovem, com cabelos dourados e vestes simples, caminha até o centro do círculo carregando uma cesta de trigo recém-colhido. Ao redor dela, os outros participantes entoam cânticos de gratidão, suas vozes mesclando-se ao som suave das folhas movendo-se com a brisa matinal.
    Enquanto a jovem coloca o trigo em um altar de pedra ao centro do círculo, os outros derramam ao seu redor vinho e leite, símbolos de vida e fertilidade, numa oferenda para que o próximo ciclo traga prosperidade. A energia do lugar é palpável, um misto de reverência e esperança, que ressoa com as fibras da própria terra.

    Enquanto a cerimônia prosseguia (misturando cantos celtas com orações em latim), Gwydion sentiu uma leve pulsação de poder ao seu redor. Era como se o próprio mundo estivesse respirando em sintonia com a celebração, e naquele momento, ele percebeu que estava recebendo o seu ponto de essência diário, um presente que fluía da conexão espiritual que ele compartilhava com a terra e os céus.

    Mas não foi só isso que ele percebeu. Algo perturbava a tranquilidade daquela manhã — uma presença sutil na sintonia que parecia estar em ressonância com a sua essência, mas de uma forma que o deixava inquieto.

    Role Percepção para tentar identificar a origem dessa sintonia.

    *vou usar o calendário moderno porque é mais fácil
    (rolagem de 3 dados, os dois primeiros determinam se há sucesso e o 3o determina a qualidade do sucesso ou falha)
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    Mensagem por Nazamura Sex Ago 16, 2024 11:47 am

    Gwydion
    Gwydion ap Cadell
    Vessel do Serafim Zahariel
    O primeiro raio de sol atravessava a pequena janela de madeira, projetando uma faixa dourada de luz sobre o chão de terra batida. Gwydion ap Cadell, vessel do Serafim Zahariel, abriu os olhos lentamente, despertando do sono com a familiar sensação de paz que a natureza lhe oferecia. Sua choupana era simples, construída com pedras e madeira local, coberta por um telhado de palha. O interior era modesto, mas funcional, refletindo sua vida de druida e conselheiro espiritual para a comunidade.

    No canto, uma pequena lareira de pedra ainda emanava o calor residual da noite anterior, e uma mesa de madeira rústica estava coberta com rolos de pergaminho, ervas secas e instrumentos rituais. As paredes eram adornadas com ramos de carvalho e amuletos celtas, símbolos de proteção e sabedoria.

    Gwydion se sentou na beirada de sua cama, sentindo o frescor matinal que entrava pela janela entreaberta. Ele ainda se lembrava dos sonhos da noite anterior, fragmentos de tempos passados, onde ele caminhava ao lado de Aurora, sua antiga companheira. A lembrança de Aurora, com seus cabelos loiros e olhos hipnotizantes, sempre trazia um misto de sentimentos. Ele não a via desde que havia descido à Terra, mas suas memórias ainda eram vivas, como brasas sob as cinzas.

    "Por que você cedeu, Aurora? Ainda poderíamos estar juntos, lutando por algo maior... Mas agora, seu caminho eu desconheço. E eu..."

    Com um suspiro, ele se levantou e caminhou até um baú de madeira ao lado da lareira. O baú continha seus artefatos e, ao abri-lo, Gwydion pegou cuidadosamente o Anel de Proteção, um simples anel de prata que brilhava com uma luz suave, capaz de reduzir o impacto de qualquer ataque físico. Ele deslizou o anel em seu dedo, sentindo a familiar sensação de segurança que ele proporcionava. Ao lado do anel, estava o Amuleto de Sabedoria, que ele colocou ao redor do pescoço, o toque frio do metal aquecendo-se rapidamente em sua pele.

    Por fim, Gwydion pegou sua espada bastarda celta, uma lâmina longa e ligeiramente curva, gravada com runas antigas que canalizavam sua determinação. Ele a prendeu na bainha, sentindo o peso familiar contra seu corpo. A espada era tanto um símbolo de seu dever quanto uma ferramenta letal contra qualquer inimigo que ousasse desafiar a ordem que ele protegia.

    Ao sair da choupana, Gwydion foi saudado pelo frescor do outono. O ar estava repleto do cheiro de folhas caídas, úmidas pelo orvalho da manhã. As árvores ao redor estavam adornadas com folhas em tons de dourado e vermelho, balançando suavemente com a brisa. Ele começou a caminhar em direção ao local da celebração, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios ao ver as crianças correndo pelos campos, rindo e brincando com as folhas que voavam ao vento.

    Os aldeões já estavam despertos, preparando-se para o dia especial que marcava o equinócio de outono. Gwydion acenou para alguns deles, recebendo sorrisos calorosos em troca. Ele sempre foi respeitado e, em muitos aspectos, amado pela comunidade que protegia. Enquanto caminhava, Gwydion aproveitou para contemplar a beleza tranquila do outono. A estação sempre o tocava profundamente, um lembrete da transitoriedade da vida, mas também do ciclo eterno de renascimento.

    Quando Gwydion chegou ao pequeno bosque sagrado, os preparativos para a cerimônia estavam quase completos. O círculo de pedras, antigo e cheio de poder, estava limpo e decorado com símbolos sagrados e oferendas de grãos, frutas e flores. O som de cânticos celtas, entrelaçados com orações em latim, já ecoava suavemente pelo ar.

    Gwydion se aproximou do centro do círculo, sentindo a energia do lugar crescer em intensidade. Ele se preparava para guiar a cerimônia, mas ainda mantinha sua mente alerta, atento a qualquer sinal de distúrbio. Enquanto os aldeões começavam a se reunir, Gwydion respirou fundo, sintonizando-se com a natureza ao seu redor. Sentia-se em paz, mas também ciente de que a paz verdadeira era rara em tempos como esses.

    Ele aguardou o início formal da celebração, sentindo a essência começar a fluir para ele, como sempre acontecia nesses momentos sagrados. Tudo parecia em ordem, mas uma parte de sua mente, aquela que sempre esteve em alerta desde que Aurora deixou sua vida, começou a se inquietar. Algo estava... diferente, mas ele não conseguia identificar o que.

    E foi nesse momento, enquanto sentia o poder espiritual preencher seu ser, que ele percebeu uma leve distorção na harmonia daquele lugar sagrado. Uma perturbação quase imperceptível, mas que fez com que sua atenção se aguçasse. Algo ou alguém estava interferindo naquele momento sagrado, e ele sabia que precisaria investigar.
       
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    Mensagem por vontheevil Sáb Ago 17, 2024 11:49 pm

    O céu ainda estava tingido de azul profundo quando Zahariel, em sua forma como Gwydion ap Cadell, sentiu a suavidade do ponto de essência penetrar em seu ser. A energia fluía dentro dele, vibrando como uma corda de harpa recém-dedilhada, ressoando em harmonia com a batida do seu coração. As estrelas no firmamento ao desaparecer com a nova luz do sol de outono pulsam ao ritmo dessa nova força, como se cantassem em uníssono com a melodia oculta do universo. Porém essa energia que invade o corpo do Serafim soa nos mesmos tons em uma outra figura no círculo.
    Uma figura vagamente familiar. No meio do círculo, entre os dançarinos e cantores, estava um bardo que Zahariel reconheceu imediatamente. Seu nome era Elathan ap Lyr, um bardo tocava suavemente uma harpa antiga, cujas notas ecoavam pelo campo, cada som tão preciso quanto o movimento das estrelas.
    Ele estava cercado pelos fiéis que celebravam a antiga tradição celta. A cerimônia da colheita acontecia no limiar do dia, um ritual em honra ao equinócio de outono, onde a terra agradecia aos seus filhos pela abundância do ano. O fogo central crepitava, as chamas dançando em sincronia com os cânticos que preenchiam o ar, uma composição viva e vibrante de vozes humanas misturadas com o sussurro do vento através das árvores.
    A presença de Elathan não era por acaso. Algo na maneira como ele dedilhava as cordas, uma melodia com tons de tempo e paciência, chamava a atenção de Zahariel, sintonizando-o com algo mais profundo no ritual. A essência que Zahariel havia absorvido parecia ressoar em harmonia com a música de Elathan, como se a própria melodia estivesse guiando seu foco. Seus sons circulavam ao seu redor inquietos, diferentes dos sons do Serafim que soavam austeros e limpos.

    Enquanto observava, Zahariel viu Lady Gwladys aproximando-se do círculo com uma ânfora de vinho a mão, ela derrama um pouco de vinho sobre o fogo ritual que crepita em notas agudas - uma cena digna do velho testamento ou de magias celtas antigas. Ela era uma visão encantadora, envolta em mantos de linho fino, seus cabelos dourados escuros caindo em ondas suaves sobre os ombros. Seus olhos, verdes como esmeraldas, refletiam a luz do fogo, brilhando com um misto de devoção e algo mais profundo, algo oculto. Ao seu lado, segurando a mão da mãe, estava sua filha Gwenllian, uma jovem que herdara a beleza etérea da mãe. Gwenllian tinha olhos azuis cristalinos muito claros, e sua presença irradiava uma energia suave e gentil, como uma melodia de flauta flutuando sobre o vento.

    Aos poucos, mais figuras se revelavam sob a luz do fogo. Homens e mulheres, camponeses e nobres, todos unidos por uma mesma canção, por um mesmo propósito. Eles dançavam e cantavam em perfeita harmonia, cada movimento e cada nota se entrelaçando numa tapeçaria viva de fé e tradição. Foi então que Zahariel percebeu uma dissonância sutil na sinfonia ao seu redor. Algo não estava em harmonia com o restante, uma nota fora do lugar, uma vibração diferente que contrastava com o fluxo natural do ritual. Seus sentidos celestiais aguçados captaram a mudança, e ele soube que algo estava errado.
    O bardo Elathan, apesar de sua presença aparentemente pacífica, parecia atento demais ao redor. Seus olhos, por um breve momento, cruzaram com os de Zahariel, como se ambos estivessem sintonizados no mesmo acorde dissonante.

    Zahariel sabia que precisava descobrir a fonte daquela dissonância. A presença do bardo era uma peça do quebra-cabeça, mas havia mais. Ele fechou os olhos por um momento, focando sua percepção, tentando captar a origem daquela nota errada na sinfonia celestial.
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    Mensagem por Nazamura Seg Ago 19, 2024 8:49 am

    Gwydion
    Gwydion ap Cadell
    Vessel do Serafim Zahariel
    O som da harpa de Elathan ap Lyr flutuava pelo ar como um sussurro de antigas memórias, cada nota ressoando em perfeita harmonia com o universo, exceto por aquela dissonância que Zahariel não podia ignorar. O Serafim, em sua forma como Gwydion ap Cadell, fechou os olhos por um breve momento, sintonizando-se mais profundamente com a melodia oculta que permeava o ritual. A essência que há pouco penetrara em seu ser agora parecia inquieta, como se estivesse sendo puxada por uma força contrária.

    Zahariel abriu os olhos e fixou seu olhar em Elathan. A familiaridade daquele bardo, o jeito com que ele dedilhava a harpa e a intensidade com que observava os arredores, faziam Zahariel suspeitar que havia mais na música do que aparentava. A verdade parecia se esconder entre as notas, e o Serafim sabia que precisava entender o que estava acontecendo.

    Com passos calmos e decididos, Gwydion se aproximou do círculo onde Elathan tocava. Ele manteve sua postura serena, mas sua voz carregava um tom de curiosidade e leve preocupação quando falou: "Elathan ap Lyr, sua música sempre foi capaz de tocar a alma... mas hoje, há algo em sua melodia que ressoa de forma diferente, como se as cordas estivessem sintonizadas com outra intenção. O que se passa? Sinto que há mais do que a harmonia usual nesta canção."

    Ele observou atentamente o bardo, buscando captar qualquer sutil mudança de expressão ou reação que pudesse revelar a verdade por trás daquelas notas. Zahariel não precisava de respostas diretas; a verdade se manifestava nas mais pequenas nuances, e ele sabia que uma simples palavra ou um olhar desviado poderia lhe dar mais pistas do que um discurso elaborado.

    Depois de ouvir qualquer resposta que o bardo pudesse dar, ou de absorver o silêncio que se seguisse, Zahariel deu um passo para trás e fechou os olhos novamente. Desta vez, ele se concentrou profundamente, canalizando sua essência celestial e ativando sua percepção aguçada, na tentativa de captar qualquer perturbação na Sinfonia ao seu redor. Zahariel deixou que a luz divina que permeava seu ser se expandisse, procurando por dissonâncias, ressonâncias e a presença de outras forças celestiais ou demoníacas que pudessem estar interferindo naquele ritual.

    Ele buscava não apenas identificar a origem da dissonância, mas também compreender sua natureza e intenção. Enquanto fazia isso, o Serafim manteve sua conexão com a terra e o céu, utilizando todas as suas habilidades para garantir que a verdade prevalecesse e que qualquer ameaça fosse revelada antes que pudesse causar dano.
       
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    Mensagem por vontheevil Seg Ago 19, 2024 10:03 am

    Elathan ap Lyr, o bardo, pausa por um momento, os dedos ainda tocando levemente as cordas de sua harpa, enquanto seus olhos encontram os de Zahariel. Há um brilho enigmático em seu olhar, e ele responde, a voz ecoando como um murmúrio no vento, cheia de metáforas e camadas de significado.

    —Ah, Gwydion — começa ele, usando o nome mortal de Zahariel — o vento hoje sopra de uma direção diferente, mais rápido do que antes. As velas que antes navegavam calmamente na água inflarão com uma força nova, impelindo navios e corações para terras desconhecidas. Um reino novo talvez esteja à vista, surgindo com a rapidez de um cavalo mágico, tão ligeiro que mal se vê a poeira levantada em seu rastro.

    Ele sorri enigmaticamente, suas palavras carregadas de subtexto, enquanto continua
    — E com essa pressa, as lâminas talvez se cruzem, aço contra aço, como trovões ao longe anunciando a tempestade. O campo de batalha pode ser este chão sagrado, onde outrora só flores e paz residiam. Talvez, apenas talvez, haverá um dia em que os povos se curvarão diante deste dragão... ou erguerão armas, recusando-se a seguir o ritmo ditado por outros.

    Ele inclina a cabeça, a melodia da sua harpa se tornando mais baixa conforme o ritual vai acabando
    — A melodia da mudança sempre ressoa de forma diferente, Gwydion. Talvez seja a pressa de algo grande, ou talvez apenas uma dissonância passageira. Só o tempo dirá. Estamos acompanhados nesta Aurora.

    A cerimônia se encerra e a madrugada se transforma em manhã, e a névoa ao redor do círculo de pedras começa a dissipar-se, revelando mais claramente as figuras que participaram do ritual. A maioria mulheres, mas todas as pessoas pertencem à sinfonia da localidade. Lady Gwladys, com sua presença etérea e cabelos cor de cobre, continua absorta em seus próprios pensamentos, enquanto a jovem Gwenllian, com olhos que refletem o mesmo brilho intenso da mãe, segue ao lado dela. Ambas agradecem gentilmente as pessoas ao redor e cumprimentam a todos, inclusive você e o bardo.Todos se dispersam, algumas pessoas em conversas sussurradas, outras em silêncio contemplativo. O bardo Elathan ap Lyr permanece por um momento mais longo, observando o horizonte com um olhar distante, antes de desaparecer entre as árvores, sua harpa pendendo das costas como um companheiro leal.

    A nota de dissonância permanece sutil, mas presente, não em alguém que estava ali, mas próxima, como uma corda discretamente mal afinada soando em um acorde maior
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    Mensagem por Nazamura Qua Ago 21, 2024 10:55 am

    Gwydion
    Gwydion ap Cadell
    Vessel do Serafim Zahariel
    O som da harpa de Elathan diminuiu gradualmente, como se cada nota estivesse sendo levada pelo vento que carregava suas palavras enigmáticas. Zahariel, ainda como Gwydion, manteve os olhos fixos no bardo, absorvendo cada metáfora e tentando ler as intenções ocultas por trás delas. O brilho enigmático no olhar de Elathan sugeria que ele sabia mais do que dizia, como sempre.

    Zahariel esboçou um leve sorriso, um misto de compreensão e cansaço. "Você sempre fala com dubiedade, não é, meu amigo? Como se as respostas estivessem escondidas nas entrelinhas, aguardando para serem descobertas." Sua voz carregava uma leve ironia, mas também um respeito pelo papel que Elathan desempenhava — um guardião de segredos, talvez um arauto das mudanças que estavam por vir.

    Zahariel assentiu ao sorriso do bardo, aceitando o jogo de palavras, mas mantendo-se atento à mensagem subjacente. Havia um aviso nas palavras de Elathan, e Zahariel sabia que precisava estar preparado.

    Enquanto a cerimônia se encerrava, Zahariel observou Lady Gwladys e sua filha Gwenllian se moverem pelo círculo, cumprimentando os outros participantes com gestos gentis e sorrisos serenos. As duas estavam absortas em seus próprios pensamentos, talvez alheias à tensão sutil que Zahariel sentia na Sinfonia ao redor. Ele devolveu o cumprimento delas com um aceno respeitoso, mas não deixou de perceber a forma como elas pareciam distantes, como se algo as estivesse puxando para um mundo interior que ele ainda não conseguia ver.

    Os outros participantes começavam a dispersar, alguns em conversas sussurradas, outros em silêncio contemplativo. Zahariel observou enquanto o bardo Elathan, após um último olhar para o horizonte, desaparecia entre as árvores, sua harpa pendendo das costas. Ele permaneceu por um momento mais longo, observando a cena ao seu redor com um misto de atenção e introspecção.

    Com a névoa se dissipando e o círculo de pedras se esvaziando, Zahariel fechou os olhos, permitindo-se sintonizar mais uma vez com a Sinfonia. A dissonância que ele sentira desde o início da cerimônia ainda estava ali, sutil, mas persistente, como uma corda mal afinada que ameaçava desestabilizar o acorde maior. Ele sabia que essa perturbação não vinha de alguém presente, mas estava próxima — um presságio de algo por vir.

    Determinando a necessidade de investigar, Zahariel começou a caminhar ao redor do círculo, os sentidos aguçados em busca de qualquer sinal que pudesse revelar a origem daquela dissonância. Seus olhos, embora focados no terreno à sua frente, estavam igualmente atentos às energias ao seu redor. Cada passo que ele dava era acompanhado de um esforço consciente para entender o que causava a perturbação, e como ele poderia restaurar a harmonia antes que fosse tarde demais.
       
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    1º Concurso :
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    2º Concurso :
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    Zahariel Empty Re: Zahariel

    Mensagem por vontheevil Qui Ago 22, 2024 11:03 am

    Zahariel desceu a colina suavemente, com a melodia da manhã ainda ressoando em seus ouvidos, enquanto o eco distante do ritual se desvanecia. A luz suave do amanhecer se filtrava através das árvores, lançando sombras dançantes sobre o caminho que levava de volta à vila de Llin-y-Fan.

    Ao se aproximar da trilha principal, ele começou a notar algo estranho na harmonia natural do lugar. Carros de boi, normalmente usados para transportar mercadorias da vila ou para as épocas de plantação e colheita, estavam se movendo na direção oposta, vazios. A batida surda das rodas de madeira no solo seco soava como uma nota fora de lugar.

    O primeiro carro que encontrou era conduzido por Gareth ap Mabon, um jovem robusto e de ombros largos, conhecido por sua voz grave e risonha nas noites de festa. Porém, hoje, sua expressão estava ausente, os olhos fixos à frente, como se a música do mundo ao redor não lhe alcançasse os ouvidos. A carreta balançava levemente, Gareth passa por Zahariel/Gwidion sem emitir um cumprimento.

    Mais à frente, Cerys ferch Gwyn, uma mulher alta e de semblante sereno, conduzia outro par de bois. Seus cabelos longos e grisalhos balançavam ao vento, mas havia algo inquieto em seus olhos. Mesmo na simplicidade do ato, ela mantinha uma cadência meticulosa, como uma musicista que conhece bem a partitura, mas não gosta da música.

    O anjo nota que os carros seguiam na mesma direção: o pequeno círculo de pedras, um lugar que geralmente era evitado, exceto em dias de grandes cerimônias. A visão dos veículos vazios movendo-se naquela direção, em vez de transportarem colheitas ou mercadorias, criou uma nota de alerta na mente de Zahariel.
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