por Elminster Aumar Sáb Set 05, 2015 6:57 pm
Eu li todos os artigos. Tem algumas coisas interessantes, mas como o Belial disse, muitas vezes o "NÃO" além de necessário, é completamente condizente com a situação. Mas de fato não tem coisa mais frustrante do que jogar um jogo sem caminhos alternativos, onde segue sempre a linha que o mestre estabeleceu. O improviso tem que estar presente sempre, e isto dá para fazer até mesmo em plataformas como esta aqui, que teoricamente permitem um tempo grande pros jogadores e mestre pensarem bastante antes de postarem.
Em minha experiência de mesa, as cenas mais divertidas e que ficaram mais na minha memória foram as que saíram completamente fora do roteiro. Por exemplo, uma vez um demônio estava perseguindo o meu grupo há umas três sessões de jogo, e todo mundo temia a criatura. Ela era enorme, apavorante, nitidamente poderosa. Ninguém queria enfrentá-la. Mas uma hora chegou o momento do combate. Logo na primeira rodada, um dos personagens disparou contra a criatura, obtendo um '20', seguido por outro '20' na confirmação. O mestre pediu pro jogador rolar de novo o dado, e ele de novo tirou um número alto, confirmando o sucesso critico mortal (variação de regra de D&D).
O mestre poderia ter inventado qualquer resistência do monstro para evitar a sua morte, ter bolado alguma característica para mantê-la viva e assim dar o prosseguimento à batalha que prometia ser épica. Só que ele não interferiu nisso, e o demônio que todos temiam (e com razão, pois era realmente muito poderoso) foi morto por um único tiro. Não deu tempo do demônio sequer atacar o grupo, mostrar uma de suas armas, nada. Se a batalha tivesse ocorrido, por mais épica que pudesse ser, ela certamente não teria sido tão impactante como esta cena surpreendente.
Ou seja, o mestre às vezes precisa sacrificar um super vilão que ele construiu, junto com as horas gastas pra fazer a ficha, para que ele deixe a cena ocorrer do jeito que ela se apresenta, e não do jeito que muitas vezes ele quer.
PS: essa parte "O ladino roubou o cajado do seu grande vilão sem ele perceber?", me lembrou o episódio da Andariel com o Capitão Sinistro, apesar dela ser uma bruxa, e não uma ladina.