A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
- Vinah
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- Mensagem nº1
A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Tópico destinado aos jogadores da campanha "Contos do Estranho: Patrulha da Noite - RPG". Os acontecimentos daqui ocorrem no mesmo universo que a outra campanha, mas a história pode ocorrer em períodos temporais diferentes para que não atrapalhe a adaptação dos dois jogos. Este tópico é usado como local de posts do jogador Ferghus Mormont.
- Vinah
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- Mensagem nº2
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Ferghus Mormont - Hitoshura
Ferghus Mormont se encontrava nos aposentos pessoais do comandante da Torre Sombria, o qual era um dos três castelos ainda ocupados pela Patrulha da Noite. O quarto não era nada espantoso, mas Ferghus podia notar que ser o comandante havia seus benefícios. O frio intenso da Muralha não penetrava aquele quarto, e havia até mesmo uma leve sensação de calor proporcionada por uma lareira bem alimentada em um dos cantos do quarto. O ar naquele momento estava preenchido com o aroma de especiarias, pois o intendente pessoal do comandante havia preparado uma de suas bebidas quentes para ele. No entanto, bastava olhar para o próprio comandante para perceber que o cargo estava atolado em políticas.
Sor Denys Mallister era um homem velho, seus olhos eram azuis acinzentados e seu rosto era adornado por uma longa barba branca. Ele praticamente não tinha cabelo e seu rosto apresentava rugas em demasia. À primeira vista, Sor Denys Mallister era um homem frágil, mas seus movimentos indicavam que tratava-se de um homem diferenciado. Isso e o fato dele já estar no comando por cerca de 33 anos. De fato, seus movimentos eram dotados de um ar de experiência. O comandante estava em pé, vestido com roupas pretas, tais como todos os irmãos da Patrulha. Ele estava com um olhar perdido, como se estivesse pensando em suas próximas palavras. Suas mãos acariciavam um pedaço de pergaminho que estivera lacrado há poucos minutos. Ferghus podia ver que a cera havia sido marcada com um corvo, indicando que a pessoa que a enviara era também da Patrulha. Em um certo momento, Sor Denys Mallister fixou o olhar em Ferghus, e então começou a dizer:
- Torre Sombria... sim, esse é um bom nome para esse castelo. - Ele fez uma pausa, passando a mão em sua barba espessa. - Nós já temos problemas suficientes em nossas costas, e ainda precisamos resolver os problemas de outros castelos. - Ele olha para a carta, dando a entender q se referia ao assunto contido nela. - E no entanto, não podemos simplesmente recusar ajuda, ou eles simplesmente mandarão menos homens para cá. E como ficaremos vivos então, com um grupo de homens cada vez menor? - Sor Denys Mallister não dava tempo para que Ferghus respondesse, de modo que o velho homem continuasse a falar sem ser interrompido. - É por isso que o chamei aqui Ferghus, preciso de um homem com seus atributos para resolver essa situação.
Sor Denys Mallister se movimenta para mais perto de Ferghus, como se não se importasse sobre as histórias que contavam sobre o Mormont em questão.
- Lorde Jeor, o Senhor Comandante da Patrulha da Noite, me enviou um pergaminho relatando sobre algo preocupante. Recentemente, ele atribuiu uma tarefa de reconhecimento da região à Benjen Stark, e o mesmo está desaparecido. Benjen é um ótimo sobrevivente, de modo que há suspeita de que ele tenha sido atacado e esteja incapaz de voltar para esse lado da muralha. Não, eu não quero que você o resgate, isso é problema do Senhor Comandante e seus homens de Castelo Negro. - Denys Mallister fez uma pausa, e então suspirou lentamente. - Essa situação, apesar de não ter a ver conosco, me trouxe um certo desconforto, pois temos um grupo que também saiu para reconhecimento, mas que até agora não retornou. O grupo é liderado por Qhorin Meia-Mão, e o objetivo dessa patrulha era ir até a Garganta em um dos nossos postos de observação, a fim de verificar sobre a movimentação de possíveis selvagens. A missão que lhes foi atribuída era simples, e deviam ter retornado há cerca de duas semanas atrás. É o meu desejo então saber onde se encontra Qhorin Meia-Mão ou descobrir o porquê dele não ter retornado até agora. É por isso que preciso de você, preciso de um homem com a sua coragem, tenho certeza que você saberá inspirar coragem a um grupo de homens que lhe fornecerei para concluir tal objetivo.
Sor Denys Mallister ficou olhando para Ferghus, esperando sua reação.
- Informações:
- O personagem sabe que Qhorin Meia-Mão é um dos homens mais habilidosos e experientes de Torre Sombria. Além disso, ele ainda conhece sobre a fama de Benjen Stark de ser um patrulheiro excepcional e braço direito do Senhor comandante da Patrulha.
Ele também conhece algumas partes da Garganta, e sabe que lá é um desfiladeiro cujo centro encontra-se um rio chamado de Guadeleite, cujas águas possui um tom de branco leitoso.
- OFF:
- Eu não gosto de começar ao estilo taverna não, então pode interpretar esse primeiro post como quiser. Tipo, vc tava lutando, treinando, defecando quando foi chamado? Tava dormindo? Não tava fazendo nada e quer começar o post de onde eu comecei? Tu que sabe, deixo ai o primeiro post com você p brincar com seu novo personagem e se divertir = )
Dúvidas?
- hitoshura
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- Mensagem nº3
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº4
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Ferghus Mormont
O comandante da Torre sombria escuta pacientemente o que Ferghus diz, e após alguns segundos de silêncio, ele sorri. Quando começa a falar, o comandante possui um tom de voz de quem está satisfeito.
- É exatamente de um homem como você que eu preciso Ferghus. Não vê como você é perfeito para empreender tal missão? - Denys Mallister acaricia o pedaço de pergaminho. - Não há nada nessa carta, nenhuma informação útil além do desaparecimento de Benjen. E também, Qhorin não recebeu nenhuma missão paralela. Ele devia retornar ao castelo assim que fizesse a varredura na Garganta. E essa falta de informações me preocupa muito. É por isso que você é perfeito para o cargo. Deixe-me lhe explicar. - Mallister faz um pequena pausa, mas logo começa a falar novamente. - Essa missão exige um homem capaz de obter as respostas, um homem que não se deixe quebrar pelas adversidades. O que você encontrará pelo caminho? Eu não sei, e por isso vou te mandar, pois sei que independente do que aconteça, você trará uma resposta para mim. Se encontrar selvagens pelo caminho, faça eles falarem. Se por acaso Qhorin houver nos traído, certamente um selvagem poderia lhe dizer, afinal, Qhorin é um homem conhecido, tanto aqui como entre os selvagens. Apesar de ser improvável, talvez você tenha razão. Talvez Qhorin tenha nos traído e esteja agora com os selvagens. - Mallister faz um aceno com a mão, como se aquela possibilidade fosse nula. - Não importa, sei que ao mandar você, todos os homens estarão protegidos. Veja bem, eu não vejo sentido em mandar outro homem menos capaz, arriscando assim mais um grupo de homens. Nós já temos patrulheiros perdidos em grande número, seria pouco cauteloso da minha parte se mandasse um grupo fraco lá para fora. Quanto aos homens que lhe acompanharão, eu já os escolhi, e todos foram informados que você será o líder. No momento, não vejo outro nome se não o seu, para realizar tal objetivo.
Nesse momento, o intendente pessoal do comandante adentra ao local, trazendo consigo um jarro repleto de vinho. Ele sorri para o capitão, mas evita olhar para Ferghus. O comandante então pega dois copos que estavam em uma pequena mesa, estendendo-o para o intendente, que os completa em seguida. Sor Denys Mallister então estende um dos copos para Ferghus, e ao mesmo tempo, ordena que o intendente saia.
- Lá fora, aonde o desconhecido espreita a cada légua, onde o frio drena as energias de um homem, é preciso de alguém corajoso. Você pode não se considerar um bom líder, mas aqui estamos, perto do fim do mundo, e os outros homens se alegrarão em saber que alguém como você os lidera. Tenho fé em você Ferghus, e creio que essa será uma boa oportunidade para ganhar fama entre a patrulha. Mesmo aqui, ainda há espaços para pequenas regalias para um homem que se prove um verdadeiro lutador. Irá amanhã cedo, antes que o sol nasça. Seus homens lhe aguardarão perto do portão. Alguma dúvida em relação a sua missão Ferghus? Se não, está dispensado. Uma boa refeição o aguarda antes de você partir.
Não havia indícios de mentira ou de ocultamento por parte de Denys Mallister. A maneira como ele dizia, os gestos, tudo parecia que ele havia informado tudo o que se sabia sobre o caso.
- hitoshura
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- Mensagem nº5
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº6
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Ferghus Mormont
Sor Denys Mallister começou a dizer os nomes de forma impassível, sem demonstrar nenhum alteração de humor.
- Waymar Royce, Tom Caolho e Stein. - O comandante fez uma pausa, gesticulando que aquilo era tudo. - Não dispomos de muitos homens, mas sei que terá nomes agradáveis em mão.
Os nomes que foram ditos foram associados rapidamente por Feghus, eram em si, homens duros. Stein era um dos seus amigos, o qual lhe ensinara a grande arte do esfolamento. Já Waymar Royce era um homem pequeno e de mãos ágeis, antigamente fora um ladrão famoso nas terras nortenhas, mas que fora capturado pelos Karstark ao tentar roubar uma grande quantidade de cavalos. Era um homem sem poder de luta, mas sua inteligência e sua perspicácia o fizeram dele um ótimo rastreador na Patrulha da Noite. Por último, Tom Caolho, uma espécie de incógnita. Tom era um homem se aproximando da morte, seu rosto exibia uma grande cicatriz de espada, a qual havia lhe retirado a visão de um dos olhos. Tom mancava ao andar, mas isso parecia não interferir quando o assunto era uma luta de espadas. Tom era um exímio lutador. O que não se sabia porém, era do seu passado. Alguns homens da patrulha diziam que Tom fora um dos grandes cavaleiros aliados aos Targaryen, outros diziam que Tom não passava de um criminoso barato. O que quer que falassem, Tom jamais se pronunciava a respeito.
O caminho até a torre do Meistre Mulin foi percorrido rapidamente, e logo Ferghus se viu em meio a entrada de uma sala que estava repleta de papéis espalhados e de alguns frascos com substâncias coloridas. Meistre Mulin era um homem velho, e seu rosto frequentemente ficava vermelho devido ao esforço que fazia. Ele estava escrevendo alguns papéis quando notou a presença do gigante Mormont em sua porta. Meistre Mulin ficou parado, esperando que o "Urso" se manifestasse.
- hitoshura
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- Mensagem nº7
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº8
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Ferghus Mormont
Meistre Mullin, ao ouvir o que Ferghus tinha a dizer, apontou para uma série de livros que estava em uma estante, dando destaque a um mapa. A estante estava em péssimas condições, e mais ainda os livros que se encontravam no local. As capas estavam surradas, alguns livros pareciam conter apenas um número reduzido de páginas, além de haver centenas de páginas espalhadas de modo alheio por todo estante. No entanto, nada daquilo importavam foi fácil para Ferghus achar o pedaço de pergaminho que o velho indicara. O pergaminho estava enrolado com uma fina tira de couro, e ao que tudo indicava, tratava-se de um mapa. Quando pegou o mapa e se virou novamente, Ferghus viu o Meistre Mullin esperando em frente a uma mesa de madeira, segurando em uma das mãos um pequeno livro com a capa preta.
- Traga-o aqui Ferghus. - Quando Ferghus fez, Meistre Mullin esticou o mapa em cima da mesa e cravou-o na madeira com o auxílio de três pequenas adagas. O mapa tinha como conteúdo a localização da Garganta, assim como vários outros detalhes da região. Havia representado toda cadeia de pedras que devia ser transposta para chegar ao Guadeleite, assim como os dois postos avançados que a Patrulha possuía no local. Havia também algumas marcações quase totalmente apagadas pelo tempo, mas que ainda era possível ver traços do que um dia fora algum desenho. O mapa em si era muito bem detalhado, e certamente serviria muio bem para a tarefa que deveria ser realizada. - Bom, vejamos. Aqui está o mapa da região, e de acordo com os últimos relatos dos patrulheiros, esse local já foi campo de encontro com alguns selvagens. Veja bem, não que isso seja frequente, mas alguns selvagens tentam dar a volta na muralha usando o Guadeleite, então sempre houve uma pequena probabilidade de encontrar selvagens no local. Porém, não temos em nossos arquivos nenhum relato que possa confirmar que há uma tribo instalada no local.
Meistre Mullin deu um pequeno sorriso, e então desprendeu o mapa, enrolando-o e entregando-o a Ferghus Mormont.
- Infelizmente isso é tudo Ferghus, a Patrulha nunca teve interesse muito grande na Garganta, é uma pena, uma vez que é um local tão próximo de nós.
Meistre Mullin fez um aceno com a cabeça, como se estivesse dando um "boa sorte" para Ferghus fazer o que estivesse planejando. Ele não disse mais nada, pois estava visivelmente ficando intimidado com a presença do gigante ali na sua frente.
- Spoiler:
- Não fiz o mapapara não atrasar ainda mais o jogo, já que eu preciso de uns dois dias para faze-lo. Então, daqui a pouco eu mando um mapa da região, ok?
- hitoshura
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- Mensagem nº9
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº10
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Não demorou muito e Ferghus chegou ao setor onde concentrava-se alguns dos construtores da patrulha no momento. O local era o pátio onde se realizava os treinamentos de luta, mas naquela hora os construtores pareciam estar fazendo alguma alteração em um dos cantos do pátio.
Um grupo de três homens faziam amarrações em pedaços de madeira e pedra, e um outro parecia supervisionar o trabalho. O homem na liderança viera de Castelo Negro, e Ferghus ainda não sabia o seu nome. De qualquer maneira, foi fácil identificar que ele estava em posição de comando, uma vez que bradava ordens de tempos em tempos para o grupo atarefado de construtores.
Um grupo de três homens faziam amarrações em pedaços de madeira e pedra, e um outro parecia supervisionar o trabalho. O homem na liderança viera de Castelo Negro, e Ferghus ainda não sabia o seu nome. De qualquer maneira, foi fácil identificar que ele estava em posição de comando, uma vez que bradava ordens de tempos em tempos para o grupo atarefado de construtores.
- hitoshura
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- Mensagem nº11
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº12
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
O pedido de Ferghus gerou curiosidade e estranheza por parte dos construtores, mas logo tais coisas dissiparam-se, uma vez que Ferghus possuía uma expressão ameaçadora. Sendo assim, Ferghus finalmente se encontrava próximo de iniciar sua tarefa. Antes do final do dia, o grandalhão teve a sua disposição uma boa refeição, e logo a manhã chegou.
Havia sido uma noite chuvosa, e assim que o dia começara havia inúmeros pontos de gelo espalhados pelo chão. Agora o gelo quebrava-se em vários pedaços quando Ferghus Mormont caminhava. O peso do "Urso" simplesmente triturava qualquer vestígio de gelo, e por isso, seus passos eram firmes naquela manhã. O gigante já estava totalmente preparado para partir, pois assim que acordara a primeira coisa que fez fora justamente organizar seus pertences. Uma vez que houvesse atravessado a muralha, não havia retorno. A missão teria que ser realizada, mesmo que Ferghus ou qualquer membro do seu grupo esquecesse algo providencial.
Enquanto Ferghus caminhava para um dos portões principais do castelo, ele podia ver e sentir as condições do tempo. O vento era gelado, e as vezes um grande sopro passava por seu rosto. O céu estava totalmente encoberto de nuvens, e algumas pareciam prontas para serem descarregadas. Até mesmo para o Mormont era fácil antecipar que o tempo não seria nada agradável naquele primeiro dia de viagem. Certamente, havia uma grande probabilidade de nevar, mas nada que alguém nascido no norte não possa suportar.
O caminho do alojamento onde Ferghus dormira até o portão principal foi feito de modo rápido, e logo o Mormont pôde ver que seus companheiros já o esperavam na base do portão. Os três homens estavam alheios a chegada de Ferghus, pois pareciam presos em uma peleja verbal. Stein parecia visivelmente irritado com alguma coisa, exibindo um sorriso amarelado enquanto discutia com Tom Caolho em alto e bom som. Já Waymar Royce estava em um canto, esfregando as mãos sem parar, seu olhar indicava que estava nervoso sobre o que poderia acontecer, mas que mesmo assim, independetemente do que acontecesse, ele parecia já ter decidido que não entraria na briga.
- Seu filho de uma puta! - Stein gritava com agressividade, ameaçando a partir para cima de Tom Caolho. O velho Tom, por sua vez, não parecia se intimidar com as bravatas que Stein fazia e apenas encarava o Bolton com um olhar frio. - Quem vai cavalgar sou eu! Mê dê a merda desse cavalo logo ou eu vou te esfolar quando você menos esperar.
Tom mantinha-se sempre quieto, mas Ferghus podia perceber que apesar da aparente falta de reação de Tom, havia uma certa ameaça. O modo como as pernas de Tom estavam posicionadas, o braço direito levemente contraído pronto para alcançar a espada presa em suas costas. Tom exibia uma guarda atenta, e se Stein decidisse avançar contra ele, certamente o velho patrulheiro levaria a melhor.
O primeiro a perceber a chegada de Ferghus foi Tom, que lançou um olhar neutro para o gigante. Assim que Ferghus já havia se aproximado bastante, Stein e Waymar também perceberam a chegada do capitão daquela expedição.
Não demorou muito e Stein já sorriu ao ver a presença do Mormont. Sua risada ecoou em frente ao portão.
- Diga para ele Ferghus, diga que esse cavalo que ele segura é meu. - Stein claramente relaxou o corpo, como se tivesse certeza de qual decisão Ferghus tomaria.
Ferghus já perto dos seus homens, podia ver claramente agora porque eles se encontravam naquele estado. Para uma comitiva de 4 homens, o senhor comandante da Patrulha havia disponibilizado apenas dois cavalos para que eles se deslocassem. Isso é, dois homens teriam o privilégio de cavalgar, enquanto dois teriam que andar a pé. Um dos cavalos estava amarrado no portão, e em sua sela estava uma espécie de cesto, o qual era o produto do pedido de Ferghus aos construtores. Esse cavalo estava sozinho, o que dava a certeza que era o cavalo que seria destinado ao próprio Ferghus. Já a outra montaria estava com Tom Caolho, e ele segurava as rédeas do cavalo com uma das mãos.
Enquanto os homens esperavam a reação de Ferghus, um forte vento chocou-se nos homens, trazendo o frio e uma única certeza, o tempo iria piorar durante aquele dia.
Havia sido uma noite chuvosa, e assim que o dia começara havia inúmeros pontos de gelo espalhados pelo chão. Agora o gelo quebrava-se em vários pedaços quando Ferghus Mormont caminhava. O peso do "Urso" simplesmente triturava qualquer vestígio de gelo, e por isso, seus passos eram firmes naquela manhã. O gigante já estava totalmente preparado para partir, pois assim que acordara a primeira coisa que fez fora justamente organizar seus pertences. Uma vez que houvesse atravessado a muralha, não havia retorno. A missão teria que ser realizada, mesmo que Ferghus ou qualquer membro do seu grupo esquecesse algo providencial.
Enquanto Ferghus caminhava para um dos portões principais do castelo, ele podia ver e sentir as condições do tempo. O vento era gelado, e as vezes um grande sopro passava por seu rosto. O céu estava totalmente encoberto de nuvens, e algumas pareciam prontas para serem descarregadas. Até mesmo para o Mormont era fácil antecipar que o tempo não seria nada agradável naquele primeiro dia de viagem. Certamente, havia uma grande probabilidade de nevar, mas nada que alguém nascido no norte não possa suportar.
O caminho do alojamento onde Ferghus dormira até o portão principal foi feito de modo rápido, e logo o Mormont pôde ver que seus companheiros já o esperavam na base do portão. Os três homens estavam alheios a chegada de Ferghus, pois pareciam presos em uma peleja verbal. Stein parecia visivelmente irritado com alguma coisa, exibindo um sorriso amarelado enquanto discutia com Tom Caolho em alto e bom som. Já Waymar Royce estava em um canto, esfregando as mãos sem parar, seu olhar indicava que estava nervoso sobre o que poderia acontecer, mas que mesmo assim, independetemente do que acontecesse, ele parecia já ter decidido que não entraria na briga.
- Seu filho de uma puta! - Stein gritava com agressividade, ameaçando a partir para cima de Tom Caolho. O velho Tom, por sua vez, não parecia se intimidar com as bravatas que Stein fazia e apenas encarava o Bolton com um olhar frio. - Quem vai cavalgar sou eu! Mê dê a merda desse cavalo logo ou eu vou te esfolar quando você menos esperar.
Tom mantinha-se sempre quieto, mas Ferghus podia perceber que apesar da aparente falta de reação de Tom, havia uma certa ameaça. O modo como as pernas de Tom estavam posicionadas, o braço direito levemente contraído pronto para alcançar a espada presa em suas costas. Tom exibia uma guarda atenta, e se Stein decidisse avançar contra ele, certamente o velho patrulheiro levaria a melhor.
O primeiro a perceber a chegada de Ferghus foi Tom, que lançou um olhar neutro para o gigante. Assim que Ferghus já havia se aproximado bastante, Stein e Waymar também perceberam a chegada do capitão daquela expedição.
Não demorou muito e Stein já sorriu ao ver a presença do Mormont. Sua risada ecoou em frente ao portão.
- Diga para ele Ferghus, diga que esse cavalo que ele segura é meu. - Stein claramente relaxou o corpo, como se tivesse certeza de qual decisão Ferghus tomaria.
Ferghus já perto dos seus homens, podia ver claramente agora porque eles se encontravam naquele estado. Para uma comitiva de 4 homens, o senhor comandante da Patrulha havia disponibilizado apenas dois cavalos para que eles se deslocassem. Isso é, dois homens teriam o privilégio de cavalgar, enquanto dois teriam que andar a pé. Um dos cavalos estava amarrado no portão, e em sua sela estava uma espécie de cesto, o qual era o produto do pedido de Ferghus aos construtores. Esse cavalo estava sozinho, o que dava a certeza que era o cavalo que seria destinado ao próprio Ferghus. Já a outra montaria estava com Tom Caolho, e ele segurava as rédeas do cavalo com uma das mãos.
Enquanto os homens esperavam a reação de Ferghus, um forte vento chocou-se nos homens, trazendo o frio e uma única certeza, o tempo iria piorar durante aquele dia.
- hitoshura
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Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº14
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Stein pareceu arrasado quando ouviu Ferghus dizer que o cavalo deveria ser montado por Tom, e não por ele. O Bolton, mesmo incomodado com a decisão do grandalhão, apenas fez um aceno de concordância com a cabeça. Era claro que Stein não queria entrar em uma briga com Ferghus, ainda mais na frente de Tom. Dessa forma, Stein apenas lançou um olhar frio a Tom, como se dissesse que aquilo não havia acabado ali. Tom, por sua vez, continuou inquebrável, mantendo sua mesma posição ameaçadora de antes. O clima continuou até que o portão começasse ser aberto, e logo o peso do inicio da tarefa se alastrou sobre os homens.
Ferghus viu o momento que Stein abriu o portão da muralha, dando-lhe uma visão de um túnel em péssimas condições que dava acesso ao mundo para-la-da-muralha. A grade de ferro estava enferrujada e havia inúmeras adagas de gelo presas no ferro. O portão ressoou com grandes estalidos ao ser aberto, como se lutasse contra a vontade de Stein de abri-lo. O túnel era mal feito, havia inúmeras pedras de tamanho irregular, e o chão não estava em melhores condições., mas a largura era suficiente para que dois homens passassem ao mesmo tempo. Nada daquilo de fato importava, pois em questão de segundos, o grupo emergiu do outro lado.
A visão do lado de fora revelava um grande espaço em branco, onde existia apenas neve. Essa grande extensão "limpa" de neve era fruto do suor da Patrulha da Noite, pois os homens continuamente eram mandados dia após dia para derrubada de árvores, afim de que a defesa da muralha não ficasse comprometida. No entanto, Ferghus podia ver vários pontos onde algumas arvores avançavam, criando uma cobertura para possíveis atacantes. Um pouco depois dessa faixa, começava em si a floresta. Os pinheiros ocupavam posição central na visão, uma vez que seus tamanhos e suas folhas pintalgadas de branco chamavam a atenção de qualquer homem. Dentro dessas florestas de pinheiros nada mais era visto, deixando em aberto para as mentes dos homens. Bem ao fundo, Ferghus podia ver o início de algumas formações rochosas no lado oeste do cenário, onde ficava claro que tratava-se do início da Garganta.
O primeiro na fila era o Waymar Royce, e ele parecia tranquilo ao guiar o grupo, uma vez que agora a paz havia voltado a reinar. Sim, a paz estava de volta, pois agora Stein parecia afetado pelo peso de sua tarefa e Tom parecia considerar que a ameaça havia mudado, agora ele vasculhava com os olhos em busca de selvagens, mesmo que ainda estivessem em campo aberto. Não demorou muito e o grupo finalmente chegou a floresta.
Os primeiros pinheiros que foram encontrados estavam afastado uns do outro, mas apenas alguns passos depois, o grupo já se via cercado de pinheiros e outras árvores de grande porte. Finalmente, a floresta selvagem estava ao redor de todo o grupo. Foi Waymar Royce que quebrou o silêncio.
- Agora estamos oficialmente na terra dos malditos selvagens. - Waymar passou a ponta do língua nos lábios. - Não vai demorar muito e esteremos na Garganta, talvez cerca de 1/4 de dia caminhando se não nos atrasarmos.
- É bom saber disso, não me agrada muito esse clima frio desta floresta. - Tom disse com um sorriso no rosto, algo que era raro de se ver. Ele conduzia perfeitamente o cavalo em meio a neve, demonstrando maestria nessa perícia.
Quando Tom falou sobre o frio, Ferghus percebeu que ali dentro da floresta, a temperatura realmente parecia muito mais fria do que deveria estar. No entanto, pelo menos não havia nenhum vento gelado batendo em seu rosto constantemente, uma vez que as árvores bloqueavam grande parte dessa brisa. De resto, não havia sinal de nada fora do comum, apenas uma grande floresta coberta pela força da neve. Então, o grupo seguiu caminhando por mais alguns minutos floresta adentro, e de repente um dos membros da comitiva soltou um alerta.
- Olhem isso! - Waymar Royce disse com a voz em tom baixo, apontando para uma das árvores que estava a alguns metros da frente do grupo.
Ferghus podia ver a árvore de onde estava, e percebeu de imediato que havia algo agarrado em sua casca. Aparentemente era um tecido preto, a qual estava agarrado na árvore de alguma forma. Waymar ficou assustado, esfregando as mãos e olhando exaustivamente para Ferghus. Stein riu, como se aquilo não tivesse importância alguma. Já Tom esquadrinhou todo o cenário a sua volta com os olhos. Enquanto cada um reagia de uma forma diferente, apenas uma coisa era consenso, todos esperavam a palavra do capitão da comitiva, Ferghus Mormont.
Ferghus viu o momento que Stein abriu o portão da muralha, dando-lhe uma visão de um túnel em péssimas condições que dava acesso ao mundo para-la-da-muralha. A grade de ferro estava enferrujada e havia inúmeras adagas de gelo presas no ferro. O portão ressoou com grandes estalidos ao ser aberto, como se lutasse contra a vontade de Stein de abri-lo. O túnel era mal feito, havia inúmeras pedras de tamanho irregular, e o chão não estava em melhores condições., mas a largura era suficiente para que dois homens passassem ao mesmo tempo. Nada daquilo de fato importava, pois em questão de segundos, o grupo emergiu do outro lado.
A visão do lado de fora revelava um grande espaço em branco, onde existia apenas neve. Essa grande extensão "limpa" de neve era fruto do suor da Patrulha da Noite, pois os homens continuamente eram mandados dia após dia para derrubada de árvores, afim de que a defesa da muralha não ficasse comprometida. No entanto, Ferghus podia ver vários pontos onde algumas arvores avançavam, criando uma cobertura para possíveis atacantes. Um pouco depois dessa faixa, começava em si a floresta. Os pinheiros ocupavam posição central na visão, uma vez que seus tamanhos e suas folhas pintalgadas de branco chamavam a atenção de qualquer homem. Dentro dessas florestas de pinheiros nada mais era visto, deixando em aberto para as mentes dos homens. Bem ao fundo, Ferghus podia ver o início de algumas formações rochosas no lado oeste do cenário, onde ficava claro que tratava-se do início da Garganta.
O primeiro na fila era o Waymar Royce, e ele parecia tranquilo ao guiar o grupo, uma vez que agora a paz havia voltado a reinar. Sim, a paz estava de volta, pois agora Stein parecia afetado pelo peso de sua tarefa e Tom parecia considerar que a ameaça havia mudado, agora ele vasculhava com os olhos em busca de selvagens, mesmo que ainda estivessem em campo aberto. Não demorou muito e o grupo finalmente chegou a floresta.
Os primeiros pinheiros que foram encontrados estavam afastado uns do outro, mas apenas alguns passos depois, o grupo já se via cercado de pinheiros e outras árvores de grande porte. Finalmente, a floresta selvagem estava ao redor de todo o grupo. Foi Waymar Royce que quebrou o silêncio.
- Agora estamos oficialmente na terra dos malditos selvagens. - Waymar passou a ponta do língua nos lábios. - Não vai demorar muito e esteremos na Garganta, talvez cerca de 1/4 de dia caminhando se não nos atrasarmos.
- É bom saber disso, não me agrada muito esse clima frio desta floresta. - Tom disse com um sorriso no rosto, algo que era raro de se ver. Ele conduzia perfeitamente o cavalo em meio a neve, demonstrando maestria nessa perícia.
Quando Tom falou sobre o frio, Ferghus percebeu que ali dentro da floresta, a temperatura realmente parecia muito mais fria do que deveria estar. No entanto, pelo menos não havia nenhum vento gelado batendo em seu rosto constantemente, uma vez que as árvores bloqueavam grande parte dessa brisa. De resto, não havia sinal de nada fora do comum, apenas uma grande floresta coberta pela força da neve. Então, o grupo seguiu caminhando por mais alguns minutos floresta adentro, e de repente um dos membros da comitiva soltou um alerta.
- Olhem isso! - Waymar Royce disse com a voz em tom baixo, apontando para uma das árvores que estava a alguns metros da frente do grupo.
Ferghus podia ver a árvore de onde estava, e percebeu de imediato que havia algo agarrado em sua casca. Aparentemente era um tecido preto, a qual estava agarrado na árvore de alguma forma. Waymar ficou assustado, esfregando as mãos e olhando exaustivamente para Ferghus. Stein riu, como se aquilo não tivesse importância alguma. Já Tom esquadrinhou todo o cenário a sua volta com os olhos. Enquanto cada um reagia de uma forma diferente, apenas uma coisa era consenso, todos esperavam a palavra do capitão da comitiva, Ferghus Mormont.
- hitoshura
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Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
A voz de Ferghus Mormont se elevou em meio ao silêncio da floresta. A resposta para sua ordem levou alguns segundos até que pôde ser ouvida. Tom Caolho retirou a espada que estava presa em suas costas, Stein também empunhou a sua espada e observou toda a floresta, e Waymar Royce esfregou as mãos antes de retirar de sua capa uma pequena adaga gasta mas afiada. O rastreador do grupo olhou para Ferghus antes de se mover em direção a árvore, como se estivesse temeroso sobre o que podia acontecer. Essa rebeldia não durou muito, a visão de Ferghus se preparando para uma possível batalha foi o suficiente para trazer novamente a tona o senso de dever de seu companheiro.
Waymar então avançou devagar, caminhando com cuidado em meio a neve. Cada passo dele parecia ser calculado, e após longos segundos, Waymar já estava bem próximo da árvore. Atrás dele, seguia o próprio Ferghus e depois Tom Caolho, o qual havia desmontado do cavalo e agora caminhava com dificuldade em meio ao terreno. Stein havia ficado mais atrás, mostrando no rosto um ar de displicência.
Em algum momento, o grupo chegou exatamente em frente a árvore. Não havia nada de anormal, nenhuma armadilha ou algo do tipo que estivesse visível. Inclusive, Tom Caolho deu a volta na árvore, buscando alguma visão de algo que poderia tentar surpreende-los. Assim que esse pequeno perímetro de segurança foi finalizado, enfim o grupo pôde observar o que estava preso na árvore. Havia um tecido preto e gasto, quase encoberto por uma camada de gelo, preso na árvore por uma pequena adaga feita de osso e com o punho feito de alguma pele de animal.
Waymar Royce suspirou nervosamente, Stein continuou mais afastado do grupo e Tom continuou em seu estado de prontidão.
Waymar então avançou devagar, caminhando com cuidado em meio a neve. Cada passo dele parecia ser calculado, e após longos segundos, Waymar já estava bem próximo da árvore. Atrás dele, seguia o próprio Ferghus e depois Tom Caolho, o qual havia desmontado do cavalo e agora caminhava com dificuldade em meio ao terreno. Stein havia ficado mais atrás, mostrando no rosto um ar de displicência.
Em algum momento, o grupo chegou exatamente em frente a árvore. Não havia nada de anormal, nenhuma armadilha ou algo do tipo que estivesse visível. Inclusive, Tom Caolho deu a volta na árvore, buscando alguma visão de algo que poderia tentar surpreende-los. Assim que esse pequeno perímetro de segurança foi finalizado, enfim o grupo pôde observar o que estava preso na árvore. Havia um tecido preto e gasto, quase encoberto por uma camada de gelo, preso na árvore por uma pequena adaga feita de osso e com o punho feito de alguma pele de animal.
Waymar Royce suspirou nervosamente, Stein continuou mais afastado do grupo e Tom continuou em seu estado de prontidão.
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- hitoshura
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Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº18
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
A análise daquele pano demorou longos segundos, os homens ficaram em silêncio enquanto tentavam notar ou descobrir algo a mais naquela cena. Inclusive Ferghus, o qual se esforçava para descobrir o que aquilo significava, porém, depois de quase um minuto, nada mais foi revelado por aquele tecido. Enquanto Tom e Waymar ainda se esforçavam para decifrar aquilo, Ferghus notou algo mais a frente. Bem no limite de sua visão na floresta, ele avistou um novo tecido fincado em outra árvore. E de quebra, ainda notara outra coisa. Se ele caminhasse para o pano recém descoberto, ele precisaria apenas caminhar reto para chegar até lá.
- hitoshura
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Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
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- Vinah
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- Mensagem nº20
Re: A Patrulha da Noite - Ferghus Mormont
Os membros do grupo ficaram surpresos com a descoberta de Ferghus. Waymar Royce ficou nervoso, olhando para os lados e esfregando as mãos exaustivamente. Tom parecia pronto para dizer alguma coisa, mas assim que abriu a boca, Stein começou a falar.
- Isso não deve ser nada. Deve ser alguma brincadeira qualquer dos lenhadores da patrulha ou então alguma sinalização que eles fazem. Talvez eles pretendam cortar essas merdas qualquer dia desses. - Stein deu de ombro. - Não vamos perder tempo com bobagens.
Tom ameaçou a protestar, mas ele deu de ombros, e acenou com a cabeça para Ferghus que eles poderiam prosseguir. Dessa forma, Waymar Royce foi caminhando na frente, e o pequeno grupo seguiu a frente com a formação anterior. Em poucos segundos, a floresta mudou, e todo o vestígio dos panos já tinha sido engolido pela vegetação. O grupo caminhou por longos minutos, e cada vez mais se encontravam cercados por árvores altas. Não havia quase nenhum som além da neve sendo remexida pelos pés dos integrantes do grupo e de algumas animais escondidos em lugares desconhecidos. Em certo momento, Waymar Royce disse que estava chegando ao primeiro ponto de observação da patrulha.
Logo mais a frente, o grupo avistou um sinal de trilha que havia sido escondida pela neve, Ferghus pôde localizá-la pelo formato e a disposição com que as rochas estavam ordenadas. De acordo com o mapa, a garganta tinha seu início ali, fazendo com que as rochas brotassem do chão em forma de espigas. O caminho seguiu-se sem imprevisto, e logo a margem rochosa da Garganta apareceu com um tom vivo, uma série de rochas nuas que delimitavam uma margem de uma longa descida. Ali perto da margem, grandes pinheiros pareciam ganhar espaço a medida que avançavam. Finalmente depois de uma jornada exaustiva, o grupo de homens de negro avistaram o casebre que tanto chamavam de refúgio ou ponto de observação avançada. O local em que estava localizado era um pequeno bosque cercado por grandes pinheiros e algumas árvores mortas, mas a grande característica do lugar residia no abraço estranho de uma árvore esbranquiçada.
Era um represeiro, e ele parecia vivo e triste.
O tronco principal era grosso e levemente esbranquiçado. Os braços retorcidos do represeiro pareciam reivindicar toda aquela extensão. O local parecia mais calmo, como se estivesse presente em outra região. Isso no entanto não significava muita coisa, o frio ainda era imponente e poderia facilmente drenar a vida de um homem despreparado. A árvore parecia chorar gotas de uma seiva avermelhada que se concentravam em irregularidades na madeira, - a qual formavam estranhos olhos repletos de sentimento, o que despertava a sensação de estar sendo observado -, escorriam lentamente pela casca maciça da árvore. Os Deuses Antigos exalavam sua presença de uma forma impressionante naquele local.
Em meio a todo esse cenário místico, localizado quase no limite dos braços do represeiro, havia um pequeno casebre de madeira caindo aos pedaços. A madeira era velha e uma parte da fauna local parecia reivindicar aquela casa para si, o teto estava inclinado para um dos lados, parecendo que ia desabar com o acúmulo de neve durante uma nevasca antiga. Era um refúgio precário mas vital, comumente utilizado pelos irmãos da patrulha da noite em boa parte das estações. A porta estava trancada, mas como a luz do dia começava a definhar, era possível ver que uma fonte de luz estava sendo usada dentro do casebre, uma vez que a parte debaixo da porta estava levemente quebrada, possibilitando uma vista antecipada do que poderia aguardar lá dentro. Alguém estava ou estivera usando o abrigo naquele dia.
- Isso não deve ser nada. Deve ser alguma brincadeira qualquer dos lenhadores da patrulha ou então alguma sinalização que eles fazem. Talvez eles pretendam cortar essas merdas qualquer dia desses. - Stein deu de ombro. - Não vamos perder tempo com bobagens.
Tom ameaçou a protestar, mas ele deu de ombros, e acenou com a cabeça para Ferghus que eles poderiam prosseguir. Dessa forma, Waymar Royce foi caminhando na frente, e o pequeno grupo seguiu a frente com a formação anterior. Em poucos segundos, a floresta mudou, e todo o vestígio dos panos já tinha sido engolido pela vegetação. O grupo caminhou por longos minutos, e cada vez mais se encontravam cercados por árvores altas. Não havia quase nenhum som além da neve sendo remexida pelos pés dos integrantes do grupo e de algumas animais escondidos em lugares desconhecidos. Em certo momento, Waymar Royce disse que estava chegando ao primeiro ponto de observação da patrulha.
Logo mais a frente, o grupo avistou um sinal de trilha que havia sido escondida pela neve, Ferghus pôde localizá-la pelo formato e a disposição com que as rochas estavam ordenadas. De acordo com o mapa, a garganta tinha seu início ali, fazendo com que as rochas brotassem do chão em forma de espigas. O caminho seguiu-se sem imprevisto, e logo a margem rochosa da Garganta apareceu com um tom vivo, uma série de rochas nuas que delimitavam uma margem de uma longa descida. Ali perto da margem, grandes pinheiros pareciam ganhar espaço a medida que avançavam. Finalmente depois de uma jornada exaustiva, o grupo de homens de negro avistaram o casebre que tanto chamavam de refúgio ou ponto de observação avançada. O local em que estava localizado era um pequeno bosque cercado por grandes pinheiros e algumas árvores mortas, mas a grande característica do lugar residia no abraço estranho de uma árvore esbranquiçada.
Era um represeiro, e ele parecia vivo e triste.
O tronco principal era grosso e levemente esbranquiçado. Os braços retorcidos do represeiro pareciam reivindicar toda aquela extensão. O local parecia mais calmo, como se estivesse presente em outra região. Isso no entanto não significava muita coisa, o frio ainda era imponente e poderia facilmente drenar a vida de um homem despreparado. A árvore parecia chorar gotas de uma seiva avermelhada que se concentravam em irregularidades na madeira, - a qual formavam estranhos olhos repletos de sentimento, o que despertava a sensação de estar sendo observado -, escorriam lentamente pela casca maciça da árvore. Os Deuses Antigos exalavam sua presença de uma forma impressionante naquele local.
Em meio a todo esse cenário místico, localizado quase no limite dos braços do represeiro, havia um pequeno casebre de madeira caindo aos pedaços. A madeira era velha e uma parte da fauna local parecia reivindicar aquela casa para si, o teto estava inclinado para um dos lados, parecendo que ia desabar com o acúmulo de neve durante uma nevasca antiga. Era um refúgio precário mas vital, comumente utilizado pelos irmãos da patrulha da noite em boa parte das estações. A porta estava trancada, mas como a luz do dia começava a definhar, era possível ver que uma fonte de luz estava sendo usada dentro do casebre, uma vez que a parte debaixo da porta estava levemente quebrada, possibilitando uma vista antecipada do que poderia aguardar lá dentro. Alguém estava ou estivera usando o abrigo naquele dia.