Sankar & Lorra- Melroc/ Makavalli Killuminati

A cauda vermelha do cometa era visível até mesmo durante o dia, impregnando todo o cenário com um tom de carmesim. Seria o sol ou o cometa que cruzava o céu que havia dado aquele tom avermelhado à areia? Ali, nos territórios que cercavam o castelo sede da casa Nassam, a areia quente havia ganhado uma cor mais forte. Seja qual for o motivo daquele fenômeno, a beleza enigmática que pairava no céu era um imã para os olhares curiosos dos espectadores.

Parados em frente ao portão principal do castelo, se encontravam duas figuras conhecidas da casa Nassam. Um deles era o Sor Salazar Nassam, lorde da casa Nassam de Salão do Portão do Inferno; ao lado encontrava-se Sankar Nassam, o qual possuía a alcunha de "Coração Negro", um nome que havia sido devidamente conquistado por uma série de façanhas cruéis durante sua vida. Os dois homens assistiam a passagem do cometa em meio ao clima árido de Dorne. O rosto que o lorde apresentava era de alguém que estava com temor dentro do coração, mas ele ficou em silêncio por um longo tempo antes de falar o que lhe preocupava.

- Você acha que tem algum significado? - Ele dizia se referindo ao cometa. - Eu acredito que novos tempos virão, mas ainda não sei ao certo se isso será algo bom ou ruim. Estou cansado, cada dia que passo me sinto mais fraco. Chegará um dia que você terá que comandar essa casa Sankar. Estará pronto para isso?

O lorde ficou em silêncio, contemplando seu filho ao invés do cometa. De relance, os dois homens, tanto pai como filho, avistaram alguém se movendo pelo deserto infértil que cercava o território. Dali de onde estavam, não era possível distinguir de quem se tratava, mas era claro que a nova figura que se movia pelas areias era formado por um homem e um corcel, o trote característico indicava que era um corcel tipicamente de Dorne, algo que a família Nassam conhecia muito bem.

Sankar cerra os olhos para protege-los do sol enquanto observa o cometa vermelho e pensa na pergunta de seu pai.Lembranças vêem a sua mente, lembranças de relatos da Lua Negra que ocorrera sob seu nascimento e do mau agouro pelo qual os servos acreditavam que isso representava.
Dando de ombros, responde com seu sarcasmo habitual:

- Não é à mim que o senhor deve perguntar. Fale com seus servos, eles parecem entender de significados. - Ainda observando o cometa, Sankar complemente - Mas não é todo dia que se vê um cometa desses.

Sankar volta os olhos para seu pai enquanto ele se lamenta. E rapidamente responde:
- Eu estou pronto meu pai, é a Casa que não está preparada para o meu comando.

Mesmo sem esperar a resposta do seu pai, Sankar nota o cavaleiro e tenta reconhecer se o cavalo é um dos corcéis de sua casa.

- Vamos entrar meu pai. Parece que uma de suas perguntas está prestes a ser respondida - Dizia se referindo a existência de um significado da passagem do cometa - E seja qual for a resposta, que seja dada debaixo de uma boa sombra.

O velho Sor Salazar Nassam concordou quando o herdeiro havia dito que esperassem perto de uma sombra. A saúde do lorde estava cada vez pior, sol em demasiado só iria piorar tudo. O próprio meistre da casa havia dito que o lorde devia manter-se afastado do calor e do sol. Como em um transe, Salazar falou consigo mesmo, mas foi alto o suficiente para que o herdeiro o ouvisse.

- O meistre me pede para me manter longe do calor, mas o que um homem pode fazer em meio aos Portões do Inferno? - Ele fez uma pausa, recuperando-se enquanto andava ao lado do filho para uma sombra que fora projetada pelo arco principal do portão. Lá no deserto, a figura se aproximava cada vez mais. - Sankar, nossa casa sempre estará preparada para um Nassam governar. Lembre-se de nossos ancestrais. Não há motivo para se preocupar, você tem se mostrado sábio. - Ele apoiou-se nos ombros do filho, o corpo do velho era pesado e se tornava cada vez mais incapaz de se cuidar sozinho. - O nosso sangue queima, e isso nos levará a galgar cada vez mais alto. Pode um homem que é repleto de calor dentro de si ficar parado? Não, nós nascemos para governar filho. É o meu desejo que você assuma a casa Nassam em breve.

Os olhos do velho estavam secos, mas o semblante era de quem estava levemente emocionado. Duro emocionalmente, o velho lorde da casa havia sido forjado em meio a muitas intempéries, rara era as vezes que ele demonstrava tal sentimento como naquele dia. Foi então que após esse momento familiar, a figura que cavalgava rumo ao castelo dos Nassam pôde ser reconhecida.

Príncipe Oberyn Martell cavalgava em um corcel de areia da mesma cor que a areia. Ele estava com uma cota de malha simples e vestia um pano na cabeça para espantar o calor. Quando ele chegou perto do portão e da dupla, ele exibiu um sorriso matreiro e desceu do corcel com um rápido pulo cheio de destreza. Príncipe Oberyn abriu os braços e disse com uma voz alegre:

- Sankar! O Coração Negro! É uma honra te ver novamente, ainda mais em uma situação tão peculiar em que vivemos. - Ele olhou para o céu e depois para o herdeiro e depois para o lorde da casa. - É uma honra visitar os Portões do Inferno Sor Salazar Nassam. Gostaria de conferenciar com seu filho. - Após o gesto de cabeça do lorde da casa, Oberyn continuou. - Creio que o cometa seja um sinal para agir! É por isso que vim aqui, tenho uma proposta a lhe fazer.

Spoiler:

Sankar escutava o velho pai com atenção enquanto o levava para a proteção de uma sombra.

- Sim meu pai, talvez o senhor tenha razão. - Sankar levou as palavras de seu pai muito a sério, o lema da casa Nassam é o que moveu seus descendentes e nunca deve ser negligenciado.

Olhando para o rosto de seu ancião, Sankar entendeu que seu pai logo partirá. Não estava acostumado a vê-lo demostrar seus sentimentos, homens do Portão do Inferno conheciam o rigor do deserto e a serem irresolutos frente as adversidades, seu pai não era diferente. Salão do Portão do Inferno deverá ter um novo senhor mais rápido do que Sankar imaginava.

Seus pensamentos são interrompidos quando reconhece o cavaleiro que se aproxima e se alegra ao ver aquele olhar selvagem e confiante mais uma vez.

- A honra é toda nossa, meu senhor - Sankar fala abrindo seus braços e fazendo uma reverencia ao príncipe - Porque não me mandaste um corvo avisando da tua chegada? Poderia preparar uma recepção digna de teu nome.

Sankar se perguntava: O que faria o príncipe vir pessoalmente aos confins dos desertos de Dorne? Era seu amigo de longa data, mas duvida que tinha vindo por saudades.

- Parece que assuntos urgentes o trazem, meu senhor. Venha, vamos conversar em nosso salão privado. - Sankar chama um dos criados - Cuide do corcel de Vossa Alteza e mande nos trazer água, vinho e comida.

Enquanto guiava o Príncipe para dentro do castelo de sua casa, Sankar olhou para o céu de relance e pensou que deveria prestar mais atenção nos sinais a sua volta e no que os Sete planejavam para ele.

O salão do castelo era decorado com o brasão da família, mostrando todo o orgulho da casa diante das tradições que possuía. O corcel negro em um campo de fogo representava todo o orgulho de perseverar mesmo diante do clima intrépido de Dorne. As colunas que sustentavam a casa eram talhadas com figuras diversas. Era um salão rico, um local que fora preparado por anos para adquirir tal beleza. Quando Sankar e o príncipe Oberyn chegaram ao salão, encontraram a mesa principal repleta de alimentos diversificados, assim como uma bacia de madeira que continha água.

Oberyn não esqueceu as formalidades, caminhando com respeito atrás do anfitrião da casa. Quando a Víbora Vermelha chegou próximo a bacia de água, ele enfiou as mãos e retirou o excesso de areia que estava encrustada em sua pele. A água suja foi derramada no chão, mas o príncipe agora estava limpo. Ele sentou-se assim que Sankar permitiu.

- Sankar, não quero tomar muito do seu tempo, mas o que me trouxe aqui é relevante para nós dois. Eu o considero como um amigo, mesmo que as outras pessoas considerem você como um excêntrico sem coração. - Oberyn riu, era claro que ele se referia a crueldade de antigamente de Sankar. A amizade dos dois fora forjada em termos diferente da maioria, pois Oberyn também era um tanto excêntrico com seus gostos. - Pensando nisso, pensei que nossas famílias poderiam se tornar mais próximas. - Ele deu uma risada. - Não, não estou falando de um romance.

Nesse momento uma serva com a pele curtida pelo sol entrou no salão, servindo um vinho proveniente de Essos para os dois. Oberyn sorveu em grande quantidade no primeiro gole. Assim que ele encheu a taça novamente, ele continuou.

- Você sabe que meu pai é um homem de tradições. É difícil inserir uma nova família em sua graça, mas creio que tenho uma boa proposta para você. Como você sabe, a guerra se aproxima até mesmo de Dorne, por isso convenci meu pai a se preparar para a guerra. Gostaríamos de formalizar um acordo com vocês, o que você acha de fornecer corceis para os aliados de Dorne? Pagaremos um bom ouro por sua ajuda. - Oberyn fez uma pausa, tomando outro gole de vinho e mordendo uma fruta avermelhada. - Isso não é tudo, um mero contrato não seria motivo suficiente para que eu viesse até aqui. Quero sua ajuda em algo pessoal, algo que será perigoso e mortal.

Mesmo sendo o anfitrião, Sankar só se sentou a mesa no momento que o Príncipe Oberyn estava pronto para faze-lo também. Um sinal de respeito, pois seu convidado era seu senhor.

Quando o Príncipe comenta sobre seu modo cruel de ser, Sankar ri junto com o Príncipe - Eu, ... sem coração, ... jamais! Diga-me meu senhor, quem profana o meu nome que eu o esfolarei vivo. - Ele diz isso como se não se importasse com a opinião da maioria - Mas deixando as brincadeiras de lado: agradeço meu senhor, sua amizade me será sempre preciosa.

Sem dar importância à presença da serva que está servindo o vinho, Sankar comenta - Que pena não ser um romance, tenho dois filhos ainda crianças e logo terei que procurar por casamentos vantajosos para eles. Pensei que meu Príncipe estava aliviando-me deste fardo. - Ele bebe um gole do vinho e completa - Mas me diga, o que realmente o traz ao Portão do Inferno?

Sankar ouve com atenção a proposta de seu senhor enquanto termina de beber sua taça de vinho. Ele se levanta, pega o jarro de cima da mesa, completa de vinho a taça de seu senhor e enche a sua taça mais uma vez.

- Meu príncipe, será uma hora prestar tal serviço à Dorne. Me orgulho em dizer que nosso cavalos são os melhores Corceis da Areia do reino, com uma linhagem que remete aos poderoso cavalos roenares. - Sankar retorna ao lugar que estava sentado e completa - Ainda não sou senhor de minha casa, portanto, preciso do aval de meu pai, mas duvido que ele se oponha a tal honraria, principalmente se firmarmos um bom contrato de negócio.

Sankar sabe que um contrato desse porte irá trazer grande riqueza à sua casa, sem falar no favorecimento que poderão ter por fornecer o cavalo de guerra Dornês.

- Agora, quanto ao seu problema pessoal, venho ao lugar certo - Sankar ergue sua taça em homenagem ao Príncipe Oberyn- Minha lança estará sempre à seu serviço. Diga-me senhor, o que quer de mim?

OFF:

A Víbora Vermelha continuou a falar após um longo gole de vinho, se uma pessoa conhecesse o príncipe naquele momento, certamente acharia que o deserto estava cobrando seu preço, mas Sankar sabia que Oberyn era um homem de muita sede.  

- Eu desejo a paz no reino, mas para isso, creio que você concordará que essa guerra deve ser sanada. Mas quem seria capaz de parar tal guerra? Dorne? Nós iríamos ganhar, mas temo que meu irmão demore demais a agir. - O príncipe claramente estava falando da guerra que envolvia Robb Stark, Renly Baratheon, Stannis e os Lannister. Nesse momento, Oberyn se entregou a uma raiva descomunal, suas palavras eram destiladas como um veneno. - Nós não podemos permitir que os malditos Lannister escapem sem sofrer a nossa justiça! - Ele tentou se acalmar, ficando em silêncio por alguns segundos. - Acredito que os únicos capazes de parar toda essa matança seriam os Targaryen, é uma pena que todos estejam extintos. Ahhh, os Targaryens, o que me diz sobre eles? Acredita que eles dariam um rei melhor para o reino como antigamente?

Sankar sabe do ódio que o Oberyn possui pelos Lannisters após o assassinato de sua amada irmão nas mãos daqueles oportunistas traidores.

- Meu senhor, sua vingança será saciada quando os Lannisters forem empalados em nossas lanças.

- Muitos ainda se lembram do tempo em que os Targaryen eram os senhores de Westeros, a honra daquela casa é lendária. Se alguém tem direito ao trono de ferro são os Targaryen que foram roubados pelo Usurpador.

- Mas os Targaryen não foram extintos, os filhos do Rei louco ainda vagam por agum lugar em Essos. E sempre ouvimos boatos sobre a linhagem dos Blackfire ter algum descendente vivo, Talvez os mercenários da Companhia Dourada saibam alguma coisa.

Sankar vai até a janela com sua taça na mão e observa a movimentação dos criados no pátio de Salão do Portão do Inferno - De qualquer forma, para Dorne entrar na guerra, precisamos do aval do Príncipe Doran, como ele não quer a guerra, então precisaremos forçá-lo.

- Os dragões podem viver no continente de Essos, como é conhecido por alguns de nós, mas o que eu tenho a lhe dizer é uma informação muito mais importante que essa. - Oberyn pareceu perdido em lembranças. - Uma de minhas filhas, Obara Sand, foi enviada a porto real ao lado de uma ladra, conhecida como Víbora Platinada. - O jeito como Oberyn se referiu a Víbora platinada mostrava que ele possuía uma certa feição por aquela figura. - Mandei-as com o intuito de descobrir o paradeiro de Gregor Clegane e também de me informar o que acontecia dentro da cidade controlada por Tywin Lannister. No entanto, elas acabaram separando-se, mas sozinha, Obara Sand foi capaz de descobrir algo muito mais valioso. A ladra conhecida como Víbora Platinada, nada mais é do que uma alcunha para esconder sua verdadeira identidade, seu nome verdadeiro é Lorra Targaryen. Isso ainda se trata de uma suposição, mas um homem que busca a justiça deve trabalhar com todas as possibilidades. É ai que você entra meu caro Sankar, percebe como eu nunca poderia ir até Porto Real nesse momento? Certamente eu seria seguido em todos os locais que eu decidisse ir, de modo que essa não é uma possibilidade válida. - Ele inclinou-se para mais perto de Sankar, os olhos de Oberyn fitavam o Nassam dos portões do inferno de um jeito intenso. - Convenci o príncipe Doran a se mover para a guerra, mas de início, não lutaremos contra os leões. Nós nos juntaremos a eles. Quero que você vá a Porto Real, quero que represente Dorne nessa pantomina. O que você tem que fazer é muito simples, encontre a Targaryen e a tire daquela cidade repleta de veneno.

Sankar ouve as palavras de seu senhor com espanto. Se isso for verdade, Acabaria com as pretensões de qualquer outro que deseja o Trono de Ferro. Uma Targaryen em Westeros! Em Porto Real! Um lugar perigoso para qualquer dragão.

E vê muito perigo em uma aliança com as Terras Ocidentais. Tywin Lannister é astuto e traiçoeiro, um inimigo perigoso para estar de seu lado. Mas não questiona seu senhor, os Príncipes de Dorne devem saber o que fazem.

- Irei imediatamente, meu senhor. Se isso for verdade, ela será muito importante para a nossa causa, mas no momento corre muito perigo.

- Mas preciso de mais informações, meu príncipe:

- Como não à conheço, preciso saber quais são as suas feições? Tem alguma característica marcante?

- Devo procurá-la pelo acunho de Víbora Platinada ou ela usa algum outro nome?

- Tens alguma ideia de seu paradeiro ou de onde foi vista pela ultima vez?

- tem alguém de nossa confiança que pode me dar algum suporte?

As perguntas são feitas conforme o Príncipe vai respondendo.

OFF:

Hahaha, Blz.

Teste de Astucia (Lógica) = 5 + 1B

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6 , 6 , 5 , 1 , 2 , 1

- Não se preocupe quanto a aparência dela, não será difícil identificá-la caso você a encontre. Ela possui um corpo esguio, cabelos prateados, mas que as vezes podem ser pintados com outro tom, sua face é marcada por uma cicatriz, dando-lhe uma beleza diferenciada.

Spoiler:

As explicações de Oberyn Martell fizeram com que a imagem de Lorra Targaryen ficasse gravada na mente de Sankar. O príncipe então continuou a falar.

- Ela foi vista na última vez em Porto Real, em uma taverna que dividia com minha filha Obara. Não se sabe para onde ela foi, mas considerando a sua vocação de ladra, acredito que ela esteja envolvida com algo grande. Infelizmente, Obara não é dotada de tato social, de modo que não me resta outra escolha a não ser te enviar para lá Sankar. Com isso, Obara o apoiará e poderá te fornecer ajuda dentro da cidade se necessário, mas temo que o sucesso da situação dependa apenas de você. Obara pode ser encontrada na Taverna Ganso Depenado, mas tenha cuidado em procurá-la, você representará Dorne na cidade dos leões.

Sankar então teve um lampejo de lógica, sua mente astuta foi capaz de entender um pouco dos planos da Víbora Vermelha. Parecia que Oberyn Martell estava arriscando uma aliança fajuta com os Lannister, afim de salvar a única Targaryen que restava no continente. Não só por ser benevolente, mas a Víbora Vermelha parecia impelida a restaurar a dinastia Targaryen, até mesmo quem sabe casar com a mulher. Era uma maneira de tomar Westeros para si ao mesmo tempo que faria justiça aos seus antepassados. O jogo que fazia era perigoso, mas o poder costumava atrair os homens para locais como aquele.
Agora, ao que parecia, Sankar seria lançado em meio a tramas que mudariam o destino do continente.

Oberyn voltou a falar.

- Isso não é tudo, salvar a Targaryen é apenas uma das coisas que planejo para nós. No entanto, isso você só irá descobrir quando chegar lá. Não nos resta muito tempo.

A maneira como ele havia falado sugeria que tinha algo maior ainda do que o que fora falado, era como se o príncipe acreditasse que Sankar poderia fazer muito mais coisas que bancar o benevolente herói dos Targaryen.

Spoiler:

Apesar de não gostar de entrar em uma campanha destas sem um plano de fuga, Sankar viu nos olhos de seu Senhor e irmão a importância de se ter agilidade no assunto. Pensou que uma fuga possa ser planejada de Porto Real, assim que conhecer melhor seu "campo de batalha". Obara pode ser muito útil nesse sentido.

- Meu senhor, irei imediatamente à Porto Real, darei a minha vida para trazer a Targaryen até Dorne.

Como representante de Dorne, Sankar irá precisar provar que suas intenções são verdadeiras e que estará em Porto Real a mando dos Príncipes Martell como representante diplomático.

- Precisarei de um passe diplomático para indicar que estou representado nosso Reino. Talvez uma carta conduta com o lacre de seu selo já seja o suficiente. Não se preocupe, não o usarei de forma leviana. Alias, se terei que negociar com Tywin Lannister, tenho que saber quais são os termos que devo negociar e o que Dorne estará disposta a ceder para que um compromisso possa ser firmado.

Sankar, chama um de seus servos e manda preparar dois Corcéis da Areia para a viagem, os mais rápidos disponíveis - Um Nassam sem Cavalos não é um Nassam! - Complementa.

Se despede de seu senhor, dá as os boas notícias à seu pai sobre um contrato importante de fornecimento dos Corcéis dos Nassam para o reino e avisa que precisará viajar com urgência. Se despede de sua esposa e de seus dois filhos dizendo que voltará em breve, mesmo não sabendo se poderá cumprir essa promessa.

Pega sua lança, feita em castelo, assinada e decorada pelo mestre armeiro da casa Nassam. Lustra sua armadura e pega um escudo sem seu o brasão, pois a discrição será essencial para a sua missão. Veste seu manto com capuz cinzento e enrola seu turbante vermelho na cabeça, peça fundamental para sobreviver no deserto.

Sankar está pronto, mas espera até que o sol baixe para poder viajar no entardecer, onde a temperatura não está tão quente e o frio noturno do deserto ainda não chegou.

Quatro longas semanas, esse foi o tempo necessário para que Sankar Nassam se encontrase em Solarestival. Os dias em que passou cavalgando com seu corcel de areia foram árduos, enfrentando o sol sempre abrasador de Dorne e as temidas tempestades de areia, responsável por matar homens experientes e resolutos. Seja qual fosse a fama que o deserto possuía, o sangue quente do Nassam havia lhe ajudado a sobreviver. Foi assim que ele cruzou todo o deserto, manchado de areia e com a pele seca pelo sol, mas logo ele adentrou a um caminho que conectava Dorne com a Terra da Tempestade, o Caminho do Espinhaço. Durante o caminho, foi visível a mudança do ambinte. Se outrora era pura areia quente, agora era pedras pontiagudas e escarpas rochosas ao seu lado, até mesmo o céu ganhara um tom acinzentado, como se ameaçasse derrubar uma chuva sem precedentes em cima de Sankar.

Não houve muitos incidentes durante o trajeto, de modo que o Caminho do Espinhaço deu lugar ao ponto de encontro de três regiões. Solarestival era o ponto em que se encontrava, um local que fora erguido aproximadamente entre Dorne, a Campina e a Terra da Tempestade.

A noite já havia caído e o corcel parecia cansado, o que fez com que Sankar montasse seu pequeno refúgio perto da estrada. Nada mais era que uma simples fogueira e um punhado de grama para o corcel e para suas costas. Os pertences de Sankar estavam no chão, dentro de alforjes, incluindo a carta de Oberyn, assim como seus conselhos escritos dizendo que Sankar poderia tomar qualquer decisão por Dorne enquanto residisse em Porto Real. Sankar estava deitado perto de uma parede arruinada pelo fogo, mas dali onde ele estava, era possível ter a ideia geral das ruínas de Solarestival, afinal, era uma história famosa no continente.

"Um grande incêndio eclodiu no castelo em 259DD, e foi um sério golpe à Casa Targaryen. O fogo deixou o castelo arruinado, e resultou na morte do Rei Aegon V, seu filho mais velho e herdeiro, o Príncipe Duncan, e do Senhor Comandante da Guarda Real, Sor Duncan, o Alto. Por vezes, a tragédia é contabilizada como uma tentativa de trazer os dragões de volta, ao tentar chocar antigos ovos com fogovivo. "

A tragédia Targaryen ainda podia ser sentida em todo o local, paredes estavam desmoronadas e negras. A parte principal do castelo ainda parecia estar um pouco mais conservada, um grande salão sem teto e alguns corredores irregulares ainda podiam ser vistos.

Foi quando Sankar ouviu um barulho pela estrada, primeiro era um som tímido, mas logo quatro figuras apareceram bem ao longe. Eram quatro homens montados em cavalos, indo em direção a onde Sankar se encontrava.

Spoiler:

Sankar ouve o som dos cavaleiros se aproximando, está sozinho, em desvantagem numérica e em território perigoso. Acha prudente se esconder e avaliar melhor a situação.

Pega sua Lança e o alforge que contém a carta de Oberyn e seus conselhos escritos, se esconde entre os escombros para tentar avaliar melhor a situação e reconhecer algum Brasão.

OFF:

Teste de Furtividade

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4 , 5 , 2

Teste de Astúcia (Memória) Motivo: Reconhecer alguém ou algum brasão dos cavaleiros que se aproximam.

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3 , 4 , 3 , 4 , 2

Sankar consegue se esconder com facilidade atrás de uma parede tombada, foi preciso que o dornês ficasse agachado para poder utilizar aquele lugar como esconderijo. Ao que tudo parecia, os cavaleiros não haviam escutado e nem visto nada.

Foi difícil vizualizar e lembrar do brasão que estava costurado na cota de malha dos cavaleiros, mas logo o conhecimento veio a tona. O simbolo da casa era uma erva crescendo e duas espadas a defendendo, a cor de fundo era verde e os desenhos brancos. Se tratava da casa Meadows, cujo lema era " Nada nos impedirá de crescer!". Os Meadows serviam aos Tyrell, sendo uma casa em ascensão naquela guerra.

Um homem cavalgava um pouco na frente, claramente se tratando do líder do pequeno grupo. Era um homem de meia idade, um pouco mais velho que Sankar. Ele não era muito alto, o corpo do homem era magro e as feições resplandeciam uma certa confiança. A cota de malha que ele trajava tinha sinal de desgaste e a espada parecia suja de alguma coisa, o qual não era visível daquela distância.

O grupo continuava em direção aonde Sankar havia montado o pequeno acampamento. Em certa altura, eles avistaram o corcel de areia e ficaram parados no meio da estrada, o líder do grupo parecia falar alguma coisa com os outros três homens.

Spoiler:

Agachado, Sankar caminha até estruturas mais altas loga atrás dele. Lá sob a luz da lua, esconde seu alforge e espera até que os cavaleiros tomem uma atitude.

Já é noite e até mesmo esses cavaleiros terão que descansar nas proximidades. Se tentarem roubá-lo, Sankar irá fazer-lhes uma rápida visita na calada da noite.

A construção mais alta que Sankar encontrou era uma espécie de salão tombado. As paredes ali estavam mais negras que todas as outras, mas no chão ainda era possível ver figuras que representavam a dinastia Targaryen. Desenhado no centro do salão, havia um grande dragão com as mandíbulas abertas, expelindo fogo em direção a uma cidade. Embaixo do dragão, homens saudavam e festejavam diante da demonstração do poder da criatura. Quase apagado, havia uma figura que estava montada em cima da fera, mas era impossível que Sankar reconhecesse quem era tal pessoa.

A luz da lua batia diretamente sobre Sankar, iluminando todo o salão com uma beleza que só podia ser encontrada no palácio arruinado de Solarestival. O tempo se passou assim, os quatro cavaleiros se dividiram, sendo que cada um seguiu para um lado. Eles pareciam ter pressa, algo que foi originado devido a visão do corcel de areia do dornês. Apesar da pressa, cada um parecia olhar mais o chão do que para os lados, um homem inclusive havia revirado uma pedra no chão.

O líder do bando foi para a direção em que Sankar estava, este era o que mais apresentava uma certa ganância em vasculhar o chão, revirando grandes blocos de pedra e se tornando frustado por não achar o que estava procurando. Ele levaria apenas alguns minutos para chegar onde Sankar estava. Foi nesse momento que Sankar sentiu seu pé tocar em algo no chão, fazendo com que se desequilibrasse, o objeto que fora o algoz de Sankar estava quente e era liso como uma rocha polida. De relance, Sankar não conseguiu identificar o que era.

Spoiler:

teste de agilidade -1D

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5 , 5