- Aparência e imagens:
Um grupo de rapazes, de rostos familiares inclusive, alguns frequentadores da Templation, observavam de longe, quase que inertes, aquela pintura viva da varanda, duas medusas trocando olhares que captavam a atenção dos incautos que lhe lançassem o olhar.
A pintura, primeiramente descrevia, Ingrid, uma linda mulher morena de cabelos negros e de claros olhos castanhos, únicos que contrastam com suas feições mais escuras, debruçada sobre as hastes de ferro, fumava descontraidamente, sendo este um fato raro e provavelmente, um indicativo da seriedade daqueles tempos.
Ainda assim, sua presença de macho alfa, era bem amenizada pelos seus traços e beleza feminina, junto a isso um corselet de couro deixava apenas seus braços e um comportado decote a mostra, os quais atraíam olhares dos vivos jovens que apreciavam aquela visão das curvas, não só aquela, bem como das calças de linho que torneavam aquele corpo bem generoso e que terminava em botas bem detalhadas, tudo preto, cumpriam bem o dever de esconder os numerosos músculos e realçar os traços femininos.
A outra, era o glamour da pintura, Ginger, contrastava pelo seu colorido, ao contrário do monocromático preto, adotado por sua mestra, seus segredos eram cobertos por um comportado vestido azul ao estilo tomara que caia, da Richards, brincos em forma de coração, vermelhos como seu batom, junto a isso uma larga jaqueta masculina de couro, que lhe fora dada e um salto ao estilo bota, completavam o estandarte da pintura.
Essa era menina de poucas sardas em seu rosto, de fato, o charme naquela paisagem, formosa e graciosa, ela sorria, alegre, admirando sua companheira, sua mestra, ao seu lado, seu cabelo ruivo e seus olhos muito verdes, por vezes, também seguiam o mesmo caminho de outros vivos, percorrendo as curvas e segredos da mulher ao seu lado.
Ginger andava em seu ritmo serelepe, quase como uma criança, feliz pelo nome de sua mestra ser um "Abre-te, sésamo"; uma palavra mágica, mística. Seguia o gangrel, acompanhando lado a lado e por vezes suas costas, por vezes os olhares se encontravam quando o gangrel virava seu rosto para aferir se Ginger ainda estava o acompanhando, Ginger sempre correspondia, deixando sem graça.
Em determinado momento daquele labirinto de semi-escuridão, o gangrel, ditava o caminho do último corredor antes de se despedir, fugindo dos últimos olhares daquele belo rosto.
-Obrigado, fofo! Depois me procura na Temptation!
Ginger seguira o corredor e por fim virara na dita esquina,
"-Errei o caminho...não é aqui mesmo...reto e vira!" pensava virando seu pescoço e fazendo os movimentos do caminho percorrido com a mão de seguir reto e depois virar com os dedos.
"- O que esse cainitas estão fazendo aqui!?...Bem ainda tinha uma porta..."
-Olá! Aqui é o gabinete do justiçar!? Espero não ter me perdido..., dando de ombros e olhando para os lados, tendo a certeza que esse era o caminho indicado pelo Gangrel, seu jeitinho inocente, junto com voz e lindo rosto completavam a cena.