por Aythusa Qui Out 11, 2012 11:43 am
(Beijamim)
A jovem olha assustada para ele, temendo com o que pudesse acontecer com ela.
Sem dizer nada ela pega a corda e procura amarrar suas duas mãos com auxílio da boca, mas tem dificuldade.
As cordas ficam claramente frouxas ela olha para Beijamim e diz, desta vez num idioma comum para que o jovem a entendesse:
- Não tenho magias como você, não sei me amarrar direito... Afinal o que quer comigo?
Ela olha para os olhos frios do clero. Seu olhar era de medo, mas sua voz era firme.
(Tuffo, Arzamarr, Gurion e Tarcio)
Arzamarr esquece por um momento onde estava. A velha era cativante e eles nem perceberam a situação em que estavam. Já com um pedaço de pão na boca e com a mão no copo com vinho, o anão desperta do transe em que estava com a ação de Gurion.
Tossindo, tentando engolir o pão depressa, ele diz, vendo Tuffo saindo para falar com o homem:
- Me esperem! Não me deixem aqui.... - dá outra mordida no pão e um longo gole no vinho.
Tuffo beija o rosto da senhora que olhava fixa o nada.
Os olhos da velha enchem de lágrima do nada e, assim que fecham a porta saindo da casa pelos fundos, ela senta na cadeira e começa um choro saudoso e visivelmente doloroso, resmungando:
- Meu lindo filho... um guerreiro... morreu a tantos anos...
De fato seu filho já morrera e ela sempre procurava tratar as "visitas" como se ele ainda vivesse e fosse um eterno e leal amigo deles. Parecia que diminuia a dor.
Após chorar um pouco ela guarda a mesa que pôs e fica na sala, próxima a porta de entrada da casa, chorando baixinho e resmungando.
O armoreiro e ferreiro se vira para Tarcio, balançando a espada para sentir seu peso longe do capaz, sem nenhuma ação agressiva:
- Isto importa rapaz... por isto está aqui para ter as armaduras e armas.. – diz ele calmamente – Está com muita pressa, seus amigos nem chegaram... Que tal comer alguma coisa? Já é muito tarde para ir pegando as armas e indo rumo à guerra... precisa se alimentar e descançar...
Ele é interrompido pelo súbito surgimento de Tuffo falando-lhe sobre seu filho. O velho fica fitando-o mas, um guerreiro honroso não padece na frente de convidados do rei, ele picarreia recompondo a postura e a voz, e diz aos três que chegaram:
- Pode guardar minha chave no mesmo local que a encontrou. Está lá a mais tempo que deve ter de vida... Esperando.... Muito bem. Todos os que precisam de armas e armaduras podem vir comigo! Vejo que estão com pressa e não os farei perder mais tempo...
Ele entra numa espécie de barraco que existia nos fundos da casa. O barraco era um pouco escuro mas com iluminação suficiente para poderem visualizar as armas e as armaduras que estavam espalhadas por várias bancadas e até penduradas na parede. Eram todas maravilhosas e, por um momento, sentiram-se no paraíso dos guerreiros e a guerra pareceu mais próximo e certa do que já estava.
- Podem escolher sem pressa e com cuidado... A arma escolhe seu usuário, sintam o que a armadura diz à vocês... Sei que tem pressa, mas escolham com calma.
Ele senta em uma cadeira ao lado de uma mesa que continha várias poções e pergaminhos, dentre outras coisas, e observa os aventureiros fazerem suas escolhas.