Setembro, 01 de 1991, Hogwarts - Londres Na Torre da Corvinal os alunos contemplavam toda a novidade do Salão Comunal com um misto de animação e cansaço. Já era bem tarde e precisariam se aprontar para dormir em breve para as aulas matinais.
Eireann trocou mais algumas palavras com o seu irmão e decidiu seguir a monitora. As duas cruzaram por detrás da estátua de Rowenna e subiram um lança de escada. A escada subia em espiral até o topo da torre, intercalada por 7 “espaços” que davam abertura para um breve corredor que conduzia à porta do dormitório.
O corredor que se seguiu quando Eireann desceu no primeiro descanso da escada, conforme orientado por Elizabeth que continuou a subir as escadas até o quinto andar, mantinha a mesma decoração do salão comunal, com a variação de tons de azul, com luzes em tons acobreados que lembravam levemente a iluminação amarelada seguidas de tochas, piso elegante e com um ou outro detalhe nas paredes com a imagem da águia de Rowenna, animal da casa da corvinal.
A porta do banheiro ficava no corredor, a direita, pouco antes da porta do dormitório.
A gêmea O'Byrne atravessou a porta de madeira rústica e elegante se deparando para o seu dormitório.
Haviam camas de dossel, com lençóis, colchas e cobertas com as cores e símbolo da casa, assim como as cortinas presas na parte superior do dossel, para que a aluna tivesse privacidade quando se deitasse, uma mesa de cabeceira ao lado de cada cama dos alunos, com uma gaveta, e as malas na frente da cama.
Os pertences de Eireann estava na cama mais próxima da porta e, não demorou muito, ela viu que Luna Lovegood já estava arrumando suas coisas na cabeceira da cama próxima à janela, com a vista maravilhosa para o campo de Quadribol e O Lago.
Erin pegou rapidamente o seu kit de limpeza que estava dentro de seu malão e passou longos minutos limpando tudo o que estava ao seu alcance – mesmo que tudo estivesse visivelmente limpo e bem cuidado, mesmo assim a menina não conseguiu conter seu impulso perfeccionista.
Após tudo pronto, ela pegou uma muda de suas roupas e se dirigiu até o banheiro do lado de fora do quarto. O banheiro era inundado por espelhos, a pia era toda elaborada com gesso branco, com torneiras de cobre, e os boxes eram de um tom leve e tranquilo de azul. O piso era um mármore claro, com desenhos em ondas de cor cobre tão suave que lembrava um bege-brilhante no meio do branco.
Em resumo: até no banheiro estava óbvio o bom gosto da fundadora.
Após se lavar, escovar os dentes, e se vestir, Eireann se aconchegou em sua casa, mas não fechou suas cortinas. Percebeu que o quarto ficaria assombrosamente escuro se a fechasse.
Eireann possuia fobia leve de escuro e procurou garantir que houvesse algum facho de luz entrando no quarto para conseguir adormecer sem mergulhar em seu medo.
Por sua sorte aquela era o último dia da Lua Cheia e, do alto daquela torre, a luz da lua entrava na janela deixando o quarto bem iluminado.
Mas Eireann sabia que não teria aquela sorte todas as noites. Puxou Dagda, seu gato, para bem perto de si e sussurrou para que ela o protegesse durante toda a noite.
- OFF:
Shamps, nas pŕoximas noites vamos fazer umas rolagens para descobrir se ela vai sucumbir à fobia dela ou não, ok?
O mesmo serve para os impulsos perfeccionistas e a compulsão por limpeza dela.
No caso desses dois últimos, vou pedir testes em vários momentos do dia dela, ok?
~*~
Setembro, 01 de 1991, Hogwarts – LondresElliot por sua vez estava exausto demais para fazer qualquer coisa além de dormir.
Enquanto todos os alunos seguiam para o quadro de avisos ou se aninhando nas poltronas para conversar sobre a escola ou sobre o verão que passaram, Elliot seguiu para o outro lado, seguindo sonolento até os seus dormitórios.
Seguiu um caminho parecido que Eireann. Passou por detrás da estátua de Rowenna, subiu um andar das escadas em espiral, cruzou o corredor passando pela porta do banheiro masculino e adentrou o dormitório.
As camas em dossel estavam lá, assim como a mesa de cabeceira e seus pertences aos pés de cama. Sua cama era uma bem afastada da porta, bem ao canto da parede que havia a janela.
Sem prestar muita atenção no que fazia, Elliot se dirigiu à sua cama fechando as cortinas azuis. Estava exausto e cheio de preguiça e, fazendo um último esforço, tirou suas vestes jogando-as desajeitadamente dentro do seu malão, sacou seu pijama, enfiou-se nele e se jogou na cama fechando a outra cortina.
A escuridão o banhou e ficou ali ouvindo o vento uivar na torre, como uma doce canção de ninar. Tinha muita coisa para pensar, muito o que esperar, mas estava a beira do sono e não conseguia se concentrar em nada…
Lentamente ele mergulhou em seus sonhos e seu úlltimo pensamento foi o de como aquelas cortinas eram oportunas para fugir da grande quantidade de alunos.
Estava feliz.
- OFF:
Thalion, vamos explorar a Preguiça do personagem ok? Esses “esforços extras” que você faria – ou não – serão decididos em testes, ok?
~*~
Setembro, 01 de 1991, Hogwarts – LondresJohn Titor ainda se perguntava o que estaria fazendo na Corvinal. Enigmas combinava com sua amiga Anne, ela sempre fora muito inteligente e certamente se animaria todas as vezes que a parede cuspisse uma nova pergunta para entrar nos dormitórios. Por que ela não estava ali com ele? Talvez o chapéu tivesse caducado com tantos anos…
John ouviu os avisos dos monitores, olhou os seus horários de aulas e fez uma nota mental de quantas vezes se encontraria com seus dois melhores amigos durante a semana e enquanto muitos calouros se enfileiravam para olharem os livros dispostos no salão comunal, ele foi até a janela e ficou lá olhando a vista do alto da torre.
A noite era clara e conseguiu ver os campos lá embaixo. A lua cheia o ajudava bastante para apreciar a vista. Via o movimento tranquilo da água dO Lago, olhou despreocupado o campo de Quadribol, via a orla da Floresta, negra como as trevas…
Ficou ali um tempo extraordinariamente longo e desnecessário. De repente o efeito anestésico que toda a magia na escola causou começou a passar e sua preocupação com os seus pesadelos voltou a assombrá-lo. Teria ele pesadelos horríveis? Teria previsões calmas sobre as aulas e o jantar do dia seguinte? Teria ele a sorte de ter apenas sonhos, sem nada demais neles? E se tivesse apenas sonhos tranquilos… ele saberia que não significariam nada?
Suspirou. Não tinha muito o que fazer, teria que descobrir na marra como seriam seus sonhos durante os anos em Hogwarts. E, sem ter muito mais o que fazer, seguiu o mesmo caminho que Elliiot percorrera antes dele, subindo as escadas em espiral, e entrou no seu dormitório.
John avistou seus pertences na frente da cama ao lado da de Elliot – que ele não sabia que era Elliot quem estava dormindo ali, pois as cortinas estavam todas cerradas e não ouvia nada além da respiração do menino dormindo do outro lado.
Arrumou suas coisas, colocou algumas coisas na cabeceira, trocou de roupa e depois se enfiou na cama, fechou as cortinas e adormeceu.
John estava caminhando em um corredor escuro, cheio de teias de aranha e sujeira, como se não fosse habitado há muito tempo. Todos os archotes que poderiam iluminar o lugar estava empoeirado, apagados, nas paredes.
Ele continuou a caminhar. Viu a estátua de um bruxo careca, com longas vestes, um corvo aninhado em seu ombro, com os braços postos fantasmagoricamente abertos, como se fosse agarrá-lo a qualquer instante.
Caminhou depressa. Não queria estar ali. Não podia estar ali. Poderia ser pego… Virou em vários corredores e se viu na frente de uma porta. Desesperado para conseguir atravessá-la, tentou abri-la, mas não conseguiu. Estava trancada e ele, frustrado….~*~
Setembro, 01 de 1991, Hogwarts – LondresOwen se atentou apenas a ouvir os monitores, ver o mural de avisos, se despedir de sua irmã e ir para o seu quarto. Não quis conversar com ninguém, parte porque estava exausto e parte porque não queria passar mais tempo longe de seu gato Donn.
Subiu as escadas em espiral indo para o seu quarto. Lá encontrou com Titor e notou que mais alguém já estava dormindo, pois as cortinas do dossel já estavam cerradas.
Assim que surgiu ouviu o ronronado de Donn se aproximando e enlaçando em suas pernas. Era um gato muito amoroso que realmente amava Owen, que o alimentou prontamente.
Nem Owen e nem Eireann haviam se espantado com a riqueza dos dormitórios, visto que moravam no que se assemelhavam a um castelo dos trouxas, provindos de uma família extremamente rica e poderosa. Por isso, Owen não ficou espantado com o luxo extravagante do quarto. Simplesmente foi até a sua cama, de frente para a de Titor, arrumou algumas coisas, pegou uma muda de roupas limpas para dormir, lavou-se e se trocou.
Se enrolou em sua cama, onde Donn já estava aninhado em um dos travesseiros macios, fechou as cortinas e adormeceu.
~*~
Setembro, 02 de 1991, Hogwarts - Londres Um barulho despertou Titor na manhã seguinte. O gato de alguém havia subido em uma das cabeceiras e derrubaram um amontoado de livros arrumados que dispuseram ali.
John sentou-se na cama e viu que Elliot já estava terminando de se arrumar para descer e tomar o café da manhã, enquanto Owen estava com um gato emburrado nos braços totalmente vestido e pronto, e falava alguma coisa para o gato antes de soltá-lo e revelar um uniforme novo, de primeira mão, cheio de pelos de gato.
No quarto das meninas, Eireann já acordara, se arrumara, alimentara seu gatinho e estava ansiosa para o primeiro dia de aula.