por Edu Qua Dez 07, 2016 4:31 am
- Falou tá falado minha cara - disse Abrazân de forma Jovial.
Os dois assim partiram do Hall de descanso e voltaram para a estrada. Agora o sol lentamente já ia se pondo no horizonte. Iam caminhando até que num ritmo rápido e a estrada lhes dava uma leve sensação de estar descendo.
Passaram por outro Hall como tinha lhe informado o comerciante no anterior, sempre tinha um prédio daqueles quando a estrada atravessava um córrego. Foram três até finalmente poderem enxergar as luzes da cidade de Ostelor. Podiam ver assomar-se no horizonte as muralhas imponentes, elas no momento ganhavam um tom alaranjado devido ao por do sol. A luz natural do já morria no horizonte.
- Ótimo chegamos antes de ser noite por completo - afirmou Abrazân enquanto caminhavam rumo a cidade.
Andaram mais ou menos uns 2 ou 3 quilômetros até chegar aos pés das muralhas e de frente aos portões de madeira maciça de dez metros de altura. Ali naquele lugar no limite da cidade humana Alcarinqüe viu o quanto os humanos diferiam dos elfos. Ao contrario das habitações elficas aquele lugar não era vivo e muito menos algo feito para facilitar a natureza seguir o seu curso, mas muito pelo contrário era feito para dificultar. Era claro que existia vida ali assim com a propria natureza, mas ela estava contida, silenciada, mudada e controlada.
Abrazân indicou para ela a porta aberta no grande portão e foi seguindo junto com Alcarinqüe até lá.
- Demos sorte,logo logo irão fechar o portão e só iriamos poder entrar na cidade amanhã com o nascer do sol.
Os dois passaram pelo pequeno portal em comparação ao grande já fechado. Os guardas que usavam peitorais de bronze e camisões acolchoados por baixo ficaram olhando para dupla enquanto passavam. Os homens a serviço da cidade trocaram olhares mas não tomaram nenhuma atitude. Por onde caminhavam era uma grande rua pavimentada, dos dois lados existiam bosques que se estendiam por mais alguns metros até a área urbanizada começar de fato. Eles nem eram de perto comparados a mata de Valagalen.
Chegaram a área urbanizada e Alcarinqüe pode ver que as habitações humanas era totalmente contrarias ao proposito daquelas dos elfos. Eram fechadas e de pedra ou terra cozida (alvenaria). Muitas tinham grandes janelas e a maioria estava aberta, afinal, era verão e fazia muito calor. Existia muito barulho, vozes e cheiros de todos ao tipo bons e ruins.
Passaram por uma pequena ponte sobre um córrego extremamente poluído e seguiram até uma praça. Ali parecia ter um mercado, mas as estruturas dele já tinha sido desmontadas, provavelmente iriam ser remontadas na manhã seguinte.
Abrazân parou e olhou por um momento rapidamente apontando com a mão.
- Lá, ali fica a minha casa - Disse ele já começando a andar.
Atravessaram a praça e entraram numa pequena rua, ali haviam portas para todos os lados que dava para casas humanas coladas uma nas outras. Eram vários sobrados todos eles tinham as paredes pintadas de branco, alguns a tinta caía, outros não. Andaram mais um quarteirão até chegarem na morada de Abrazân. Ela não era pequena como as anteriores, tinha dois andares, janelas grandes com cortinas brancas.
Assim que chegaram uma menina que não devia ter mais do que cinco anos veio correndo na direção de Abrazân.
- Papai! - veio gritando ela - Trouxe uma boneca feita por anões para mim? Trouxe,trouxe? - perguntava ela animada.
- Dessa vez não, querida mas trouxe alguém que você vai gostar de conversar - Disse ele pegando a garotinha nos braços e levantando ela até a altura do seu peito - Lembra das historia de elfos que eu contava para você? Ela é elfa, olha,olha as orelhas pontudas.
A garotinha que tinha cabelos castanhos escuros iguais aos do pai arregalou os olhos observando Alcarinqüe.
- Oooh - exclamou ela surpresa - Ela é uma daquelas rainhas que vieram do mar a muito tempo atrás? Ga-ga-gagadiel era o nome dela,papai.
Abrazân ri com a tentativa da sua filha em falar Galadriel e também por causa da conclusão que chegara.
- Não, não querida. Alcarinqüe é o nome dela e ela mora na floresta de Valagalen. Vamos para dentro, lá conversamos melhor com a Gagadiel - respondeu o homem carregando a garotinha para dentro da sua casa.
Alcarinqüe o seguiu e também entrou na casa do seu companheiro. Logo que adentraram uma mulher morena de longos cabelos negros veio descendo a escada de pedra da sala. Ela parou bem de frente a Abrazân. Inicialmente estava sorrindo, mas viu a elfa que o acompanhava e o sorriso sumiu.
- Que bom que você voltou para casa meu amor. Fiquei preocupada, você ficou quase um ano fora quase perdeu o aniversario de Azrâindil - Disse a mulher o abraçando e o beijando.
- Eu já vou explicar a você o que aconteceu, deixa eu primeiro a apresentar a convidada que eu trouxe - Falou ele se virando para Alcarinqüe - Nilûphêl, essa é Alcarinqüe filha de um amigo elfo meu que veio visitar a cidade de Ostelor. Decidi chamar ela para ficar aqui enquanto permanecer na cidade. Alcarinqüe essa é Nilûphêl minha esposa - indicou ele a mulher morena - e essa no meu colo é minha pequena flor do mar, Azrâindil - terminou ele fazendo cocegas na barriga da sua filha.
A garotinha soltou um risada gostosa e se agitou toda. A elfa estava numa sala razoavelmente ampla com três sofás de estofo de couro, um encostado em cada parede. Entre um dos moveis e a quina de uma das paredes tinha uma estante de madeira com alguns livros nela. Na quarta parede sem móvel, uma escada de pedra com corrimão de madeira subia para o segundo andar.