Prólogo: Darvannel, A Sombra Fantasma

Darvannel era um gnomo com grandes habilidades que fizera grandes feitos durante sua vida, embora, talvez, seus maiores feitos foram as amizades que conseguiu ao longo de sua vida. Ter um amigo era ter um porto seguro em cada lugar.
Descobriu sua verdadeira vocação com sua liberdade. Aventurou-se muito e trabalhou várias vezes como mercenário conquistando grandes títulos e sendo muito bem reconhecido. Hoje, em Melvaunt, busca algum serviço ou indício de um. Ele caminhava pela praça da cidade procurando alguma pista de onde encontrar alguém interessante o suficiente para conversar, e encontra próximo de um beco, um rapaz que parecia comercializar alguns itens diferenciados dos comuns... Ele decide se aproximar do homem que estava recostado na parede. Ao se aproximar o homem diz:

- Psssiuu.. Hey, pequenino...venha cá... Tenho algo que pode ser perfeito para você bem aqui...

Ele vasculha os bolsos com uma das mãos, chama Darvannel com a outra enquanto olha ao redor para ver se os guardas da cidade não estariam na praça naquele momento.

Spoiler:

O homem percebe que o gnomo estava embrigado e então tenta se aproveitar para estorquir algumas moedas a mais...

- Não importa de onde sou, mas sim o que eu tenho aqui comigo... Venha entre aqui e lhe mostrarei minhas mercadorias...

O homem começa a andar, vira em um corredor estreito e entra em uma casa com o letreiro escrito algo que o gnomo não identificou.
Logo na porta havia um corvo mal encarado, o lugar era pouco iluminado mesmo com o céu ainda querendo escurecer (fim de tarde). Haviam muitas pratileiras com tudo o que se podia imaginar: Poções estranhas, Pergaminhos com selos negros e vermelhos, objetos de todos os estilos, tamanhos e cores.
O lugar era pequeno e tinha uma "aura" um pouco estranha, que deixava qualquer um desconfortável. Mas a curiosidade de descobrir sobre os ítens sempre fora muito forte...

O homem se adianta ficando sempre próximo do pequeno rapaz.

O homem via o gnomo falar sem parar, parado e sem expressão nenhuma.
Ele tira o seu capuz revelando olhos avermelhados e o resto do corpo com as escritas (tatuagens).Era completamente careca.

Ele apenas dá as costas à Darvannel e pega uma caixa empoeirada da pratileira mais alta. Era uma caixa relativamente pequena, com desenhos em alto relevo que lembravam uma flor de liz, no entato eram dourados e a cor de fundo era negro, que mesclava com o alto relevo dourado criando um degradê entre as cores e os vãos do desenho.

O homem apenas segura a caixa an frente do gnomo, sem abri-la, e diz:

- Nesta caixa tem o ítem ideal para você e apenas cobrarei o preço de um favor...

Ele encara o jovem sem nenhuma expressão no rosto.

O homem diz, sem mover o braço:

- Somente quem aceitar o ítem que está aqui poderá abrir a caixa. Há uma aura que a protege... Seus favores são caros, mas isto aqui é raro, pequenino...

Ele olha para os olhos dele e diz:

- Então temos um acordo? Lhe dou até um brinde, se desejar...

- Sim, um brinde... O brinde pode ser qualquer coisa do tamanho de um anel daqui de dentro da loja. O favor não é nada mais que uma simples entrega para um ser em outra cidade. Tenho meus negócios aqui e não posso me dar ao luxo de ir entregar e deixar minhas reliquias sem supervisão.

Ele faz uma pausa e diz:

- Meu nome tem tanta importância assim? Pois bem, pode me chamar de Sussurro Sombrio, pequenino. É assim que sou conhecido aqui.

O homem sai de perto de Darvannel levando consigo a caixa dizendo:

- Lamento, mas três anéis deste poder é um preço que eu não pago, por mais que entrega seja de suma importância...

O homem pára no instante que o pequeno "Sombra Fantasma" o chama. Assim que ele ouve o que o rapaz tinha a dizer ele se vira retirando um de seus anéis e se aproxima de Darvannel:

- Este é um anel único para você pequeno, saiba usar e poderá ter milagres no entanto se não tiver sorte poderá ficar em situações embaraçosas...

Dito isto o homem, sem demonstrar nenhuma expressão, pega a mão de Darvannel e coloca o anel eu seu dedo proferindo algumas palavras que o gnomo não compreendeu. Nada demais aconteceu ao não ser um vento súbito dentro do lugar.

Ele então abre seus olhos e encara o jovem com um sorriso, lhe entrega a caixa e uma carta com um celo de vela derretida vermelho e dourado:

- Vá até Phlan e entregue isto à um homem com uma serpente e cicatriz na face do lado direito. Assim que entregar a carta ele lhe dirá como abrir esta caixa. O recipiente dela é o seu pagamento...

Era fim de tarde e as ruas da cidade começava a ficar cheia de pessoas e as tavernas locais estavam se enchendo e podia-se ouvir de longe os bardos cantando e se divertindo.

Assim que Darvannel saiu do pequeno lugar em que fechou negócio com o Sussuro Sombrio, o homem ficou olhando para ele sem se mover e sem expressao, coloca novamente o capuz e some de vista.

Darvannel caminha por entre as estradas movimentadas e econtra uma taverna bem animada que lhe chama a atenção pelo nome "Cerco Perdido".
Assim que ele entra corre para sentar-se na única mesa que estava vazia e, por acaso, era o lado mais movimentado da taverna. Mulheres dançavam, homem pulavam dançando enquanto cantavam as cantigas com cervejas nas mãos.
As mulheres jovens e belas que trabalhavam no local faziam marabarismos com as bandejas de pedidos para que elas são fossem ao chão.

Darvannel caminha brincando e "causando" em todas as mesas da taverna, sua alegria era cativante e logo estava cercado de novos amigos. Ele já sabia onde ficava a cidade para onde iria, mas precisava saber de alguns detalhes.

Todos que cruzavam com ele e trocavam duas palavras já era motivo do pequeno gnomo fazer algumas perguntas sutis e diretas e, em pouco tempo, havia conseguido as informaçõe que queria, embora tenha lhe custado ficar embriagado.

Descobriu que caminhando pela costa beirando Thar chegaria no horário do almoço do quarto dia de viajem a pé. Infelizmente não havia previsões de caravanas partindo de Melvaunt nos próximos dias, então não lhe restava escolha.
O caminho era perigoso, como tudo era afinal no Mar da Lua, mas nada que o gnomo já não tivesse passado em suas aventuras anteriores.
Pelo o que ouviu de lá, o Clérigo de Tyr da pequena Vila era o mais sabido das coisas de lá, mas estranhamente ninguém soube dizer seu nome. Alguns diziam que era conhecido como "Lamina Justa", mas ninguém pode confirmar isto. Aparentemente tinha vários nomes.
Ao falar de Sussurro Sombrio muitos mudaram de assunto, mas houve um homem em especial que lhe disse que ele era um grande sábio das sombras e sua palavra deveria ser ouvida como verdade e seus conselhos tratados como lei. Era um homem mal, sim, mas não era cruel. Suas magias eram espalhadas aos quatro ventos e, rumores diziam, que ele estava à procura de um escolhido, um alguém sufientemente astuto a ponto de mudar o destino...

Após conseguir as conversas, Darvannel estava sentado no colo de uma bela barda, loira de olhos esverdeados e de um corpo que era a cobiça da noite.

A barda ri graciosamente para o pequenino e fica admirada com a história que contou de Baravar. Ela dá um beijo no gnomo e o leva até seu quarto.
Lá dentro havia mais uma mulher. Logo que ela entrou trancou a porta do quarto e levou Darvannel até a cama. O deixou sentado lá e começou a beijar a outra jovem que estava no quarto. Ela era uma ruiva lindíssima de contornos monumentais, lábios grossos e um olhar esverdeado penetrante e cheio de malícia. Não demora muito para que as duas estivessem seminuas no quarto se beijando e compartilhando carícias enquanto Darvannel apenas as observava, sem espaço para participar da "brincadeira".