A noite estava escura e tempestuosa do lado de fora da mansão onde o jovem estava. Uma parte dele parecia saber onde estava, mesmo que sua parte consciente não parecia saber onde exatamente estava - mas também o lugar não chegava a ser totalmente estranho para o coreano. O lugar cheirava a mofo, sangue e... morte. O ar parecia trazer grande tensão e estava gélido, além de muito úmido - uma consequência da chuva. A sensação de que era olhado estava ali, mas naquele hall de entrada, abandonado e meio destruído pelo tempo, apenas o jogador estava presente. A única fonte de iluminação eram os relâmpagos lá fora e uma lanterna que o rapaz carregava. Mesmo que não fosse a melhor do mundo, dava mais iluminação ao ambiente do que seu celular seria capaz e andar no escuro em um ambiente estranho não era... saudável.
A água começava a entrar pela porta caída, vinda do pátio. Provavelmente empoçaria no meio do recinto, que era mais baixo que o restante. Ele se virou e foi para uma porta a esquerda de quem entrava, abrindo a porta e indo parar em um corredor com cordas amarradas em vigas de madeira. No final, havia um espelho grande e sujo, cuja luz da lanterna se refletia. Seus passos ecoavam no piso da casa e ao chegar na escada, uma voz em seu ouvido sussurrou o nome dele. O hálito de alguém, cheirando a menta, se fez sentir em sua nuca. Sobressaltado, olhou para trás, para cima e para os lados, mas tudo estava vazio. Sozinho. Sua respiração estava ofegante e ele duvidava de sua sanidade. Agora ir até aquela casa havia sido uma péssima idéia.
Forçou-se a continuar e foi para a próxima sala, que tinha uma escada que levava ao andar de cima. Uma mulher de quimono branco manchado de alguma coisa que lembrava sangue seco - ou talvez fosse mesmo sangue seco - e cabelos negros longos e lisos estava parada no meio do cômodo. Uma franja ocultava seus olhos, impedindo que o rapaz os visse. Sua mente demorou a processar que a figura era translúcida e sua voz, quando soou, era no mínimo assustadora. A origem certamente não era humana, com toda a certeza.
-- Tola criança humana, entrando aqui sabendo o que aguardava-o. Sua alma agora é minha. -- A mulher riu. Uma risada insana e terrível. Um dia talvez ela e sua risada fosse bonita, tal como sua voz pudera ter sido, mas agora eram monstruosas. A certeza de que não sairia dali jamais - mesmo morto - apoderou-se dele. Aquele era seu fim? Ele acreditava que sim.
O pro-jogador acordou em sua cama na gaming house. Seus companheiros ainda estavam na sala conversando e, bem, a tempestade não havia sido fruto de sua imaginação.
A água começava a entrar pela porta caída, vinda do pátio. Provavelmente empoçaria no meio do recinto, que era mais baixo que o restante. Ele se virou e foi para uma porta a esquerda de quem entrava, abrindo a porta e indo parar em um corredor com cordas amarradas em vigas de madeira. No final, havia um espelho grande e sujo, cuja luz da lanterna se refletia. Seus passos ecoavam no piso da casa e ao chegar na escada, uma voz em seu ouvido sussurrou o nome dele. O hálito de alguém, cheirando a menta, se fez sentir em sua nuca. Sobressaltado, olhou para trás, para cima e para os lados, mas tudo estava vazio. Sozinho. Sua respiração estava ofegante e ele duvidava de sua sanidade. Agora ir até aquela casa havia sido uma péssima idéia.
Forçou-se a continuar e foi para a próxima sala, que tinha uma escada que levava ao andar de cima. Uma mulher de quimono branco manchado de alguma coisa que lembrava sangue seco - ou talvez fosse mesmo sangue seco - e cabelos negros longos e lisos estava parada no meio do cômodo. Uma franja ocultava seus olhos, impedindo que o rapaz os visse. Sua mente demorou a processar que a figura era translúcida e sua voz, quando soou, era no mínimo assustadora. A origem certamente não era humana, com toda a certeza.
-- Tola criança humana, entrando aqui sabendo o que aguardava-o. Sua alma agora é minha. -- A mulher riu. Uma risada insana e terrível. Um dia talvez ela e sua risada fosse bonita, tal como sua voz pudera ter sido, mas agora eram monstruosas. A certeza de que não sairia dali jamais - mesmo morto - apoderou-se dele. Aquele era seu fim? Ele acreditava que sim.
O pro-jogador acordou em sua cama na gaming house. Seus companheiros ainda estavam na sala conversando e, bem, a tempestade não havia sido fruto de sua imaginação.