Phlan - Taverna "Nove Encontros"

A drow fica um pouco surpresa com a reação da mulher. Talvez achava que ela teria uma reação melhor dissesse pra ela " limpa logo isso tudo ai no chão sua vadia" ao invês de ter sido carinhosa e cordial. Uma pena. Ela se levanta e olha silenciosamente o homem chegar bater a na sua mesa e ameaçar ela. Sem sentir medo algum ela responde:

- Um valentão, tentando mostrar sua força e coragem contra uma vil e maligna criatura sentada num canto da taverna. Entendo você, sua necessidade desesperada de exercitar os musculos o faz ameaçar, até uma pessoa que não pareça hostil. Olha eu não quero nenhum tipo de confusão, porque você não salva esse entusiasmo pra proxima vez hein? - Diz ela pro Homem.

A drow observa o Gnomo subir na mesa com dificuldade e ri.
- Magia, eu?- gargalha - Não sei magia não, pequenino. Minha arte é outra.

O Homem via-se no meio com um machado no pescoço sendo notóriamente ameaçado por um anão, um gnomo gritando barbaridades encima da mesa e uma drow encarando-o, no entanto o homem confiava em suas habilidades e logo não cede à intimidação.

- Escutem, aqui não é casa de rameira para ficar subindo nas mesas expondo-se. E guarde seu machado, pois aqui também não é um campo de batalha para empunhar armas. Não sei quem são ou de onde vieram, mas uma drow não é bem-vinda em uma taverna da superfície e sabem bem disso, digam o motivo de sua vinda ou partam antes que algo pior aconteça à todos.

O homem dizia com firmeza. Era nítida sua força de vontade para acalmar-se e não expulsar todos a força dalí apenas pelos insultos que fizeram, pois acima de sua vontade de colocar cada um ali em seu devido lugar estavam normas e condutas que ele tinha que seguir, senão pagaria um preço mais alto que a cabeça dos três ali valeriam.

Bradur guarda seu machado pois notara na voz do sugeito que parecia ser alguém de bem e apenas estava se deixando levar pela aparência da "jovem" drow.

Assim ele guarda seu machado e diz:

-É evidente que não estamos considerando este lugar como casa de rameira, pergunte ao nosso amigo Lofar o Taverneiro. A mulher apenas se assutou com a minha amiga aqui. Ela não fará mal algum, estamos aqui para cumprir um serviço de entrega, apenas isso. Hummm, farei mais do que me pede se concordares em uma coisa...[/b]

O anão agora para na frente do guerreiro tentando olhar nos seus olhos e diz:

[b]-Convido você, se fores uma pessoa de bem como suspeito, a se sentar conosco em nossa mesa e ouvir nossas histórias e então tomar suas conclusões a respeito de mim, meu amigo Darvannel e minha companheira de viagens e aventuras de muitos anos Zaketrin. COmo eu disse, a senhorita atendente apenas se assustou, isso é comum, ela não faria mal algum a nenhuma atendente ou qualquer pessoa do bem que aqui está.

Era evidente a sinceridade estampada nos olhos Castanhos de Bradur, ele então aguarda a resposta.

-E aí o que me diz?

O goblin observa a situação ainda sentado...Serviço de entrega?...pensou ele desconfiando enquanto olhava ainda mais atento para a conversa. Xanub observa a situação e espera o desenrolar das coisas.

O mago olhava quase sorrindo aquela cena, era divertido ver o desenrolar de uma situação tão esdruxula.

Ele entendia o lado do homem, drows sempre foram uma ameaça frequente em Faerun, mas haviam indivíduos que fugiam à essa regra. Raros, mas haviam. E a jovem era uma, ele podia perceber até pela forma como ela respondia.

O homem se manteve firme ante à intimidação dos companheiros dela, e as coisas pareciam se acalmar. Aqueles dois eram bem inconsequentes, puxar armas e esbravejar grosserias, eles querem realmente uma matança? A drow e o homem, por sua vez, tiveram reações mais razoáveis. Mas isso não importa mais, a situação estava se resolvendo..

Talvez pela tensão que estava havendo nenhuma das atendentes tenha ido até ele, então ele novamente faz sinal para alguma delas, levemente irritado, e não pode deixar de pensar. Diabos, uma cena como essas e eu não tenho nem um bom vinho para poder degustar..

Lofar vê que a situação não estava das melhores então ele mesmo decide se aproximar do grupo com uma garrafa de vinho na mão.

Ele era um pouco mais baixo que Bradur e visivelmente mais gordo que ele. Tinha longas barbas negras com anéis de metal com canecas de cerveja espumante desenhados neles.

Ao andar fazia um barulho de canecas se debatendo. Estavam presas em seu cinto cerca de 6 canecas grandes de metal, pois facilitava seu trabalho na taverna.

Ele passa pela mesa do rapaz que havia solicitado uma bebida pela segunda vez e, ao se aproximar da mesa, ele diz:

- Desculpe, mas minhas funcionárias ficaram amedrontadas com nossa, han.... convidada.

Ao finalizar o diálogo ele decide ir junto da mesa, põe a mão na perna do gnomo o olhando severamente para que decesse da mesa, pousa a outra mão no ombro de Bradur e diz, encarando o homem:

- Não queremos problemas, em minha taverna qualquer um que paga é bem-vindo e trato todos como iguais, não importa a patente aqui dentro, general... Por favor, os deixe.

O homem se endireita, recompõe-se, deixa algumas moedas pagamento pelas bebidas e sai da taverna, sem dizer uma palavra se quer.

Bradur vendo o desfecho da situação percebe que o dito General havia deixado a taverna e com isso puxa uma cadeira e senta-se ao lado da Drow e puxa mais duas cadeiras dizendo:

-Vamos Lofar, beba uma cerveja conosco aqui! Ainda quero ouvir umas histórias desse Gnomo invocado cujo nome é Darvannel. Aliás fale com suas funcionárias para ficarem tranquilas, não terão problemas conosco aqui.

- Pode deixar rapaz, avisarei as moças! A taverna está cheia tenho que trabalhar! Não posso ficar papeando...

Ao dizer isso ele sai para atender outra mesa.

- Bem já que tudo se resolveu, porque você Lofar e você gnomo não se sentam aqui na mesa. Pra conversarmos e contarmos historias - Fala ela sorrindo e fazendo o gesto pra se senteram.

Hartigan foi abordado pelo taverneiro que tentou explicar a razão da demora. Não que aquilo fosse o suficiente, ele ainda estava sem o vinho, mas tornava menos amarga a espera.

"Como eu havia previsto, o caso se resolveu. Pela maneira que o taverneiro falou com o homem ele deveria ser um militar. Seria do exército ou um mero miliciano?"

Hartigan se pegou pensando demais novamente e riu, ele pensava demais em coisas sem importância.

Ele então se inclinou um pouco e falou o suficiente para ser ouvido na mesa ao lado. - Que bom que tudo se resolveu bem. Você tem bons companheiros, Milady. Inconsquentes. Mas ainda assim bons companheiros. - Ele dizia com um sorriso amigável no rosto. - Gostaria de poder brindar à amizade de vocês, mas ainda não me serviram uma bebida sequer. - Ainda sorrindo, mas franziu levemente a testa olhando para as atendentes.

Hartigan era jovem e bonito, de cabelos loiros e olhos verdes. Mas o rosto trazia olheiras profundas e um ar de cansaço que superava as poucas duas dezenas de anos que o jovem humano tinha.

Ao terminar a frase, uma das mulheres que passava servindo as mesas pegou uma garrafa de vinho e um recepiente à altura do pedido e serviu Hartigan.
Enquanto servia-lhe a bebida, sorria docemente enquanto dizia:

- Isto não voltará a acontecer, não se depender de mim. Qualquer coisa que desejar mais, me procure. Sou Stella, Brilho da Aurora e, ao contrário de minhas colegas, não temo ninguém que entre "Nos Nove Encontros".

Ao terminar a fala, ela sorri e vai junto ao balcão, senta-se cruzando as pernas encarando Hartigan.
Era uma jovem de uns 22 anos, tinha longos cabelos dourados e olhos azuis penetrantes. Sua pele lembrava o pêssego de tão bela, lisa e levemente rosada.


Hartigan ainda aguardava a resposta da drow, com quem falara a pouco.

Bradur ouve o comentário do companheiro da mesa ao lado e ao ver que a senhorita o dava bola e acabara de serví-lo ele diz:

-Pronto, agora poderá juntar-se a nós e brindarmos juntos a amizade e companheirismo! Ho ho ho. Aliás, pelo que conheço de mulheres aquela ali tá gamadinha em você ein? Qual o seu nome mesmo? Diz dando um tapa nas costas do sujeito.

Logo em seguida começa a ouvir a história do Gnomo.
-DUAS?! Interrompe Bradur.

Então continua a ouvir a história e enfim diz, gargalhando:

-Boa?! Não é uma boa história e sim ótima! Adorei! Hohoho...Melhor ainda deve ter sido pra você mesmo ein, chamaria você de o Pequeno-Grande Garanhão! Hohoho. Ouviu essa Zake? Tome cuidado ein?! Poderá não resistir aos encantos do nosso novo amigo Darvannel, o Gnomo arrazador de corações.

Mentira ou verdade era uma ótima história isso não poderia se negar. Era evidente que naquele momento a mesa deles era a mais animada da taverna.

Hartigan sorriu após ouvir as palavras de Stella. - [/b]Muito bom saber, bela Stella. No momento estou a trabalho, mas adoraria vê-la de novo mais tarde. - E acompanhou a jovem com o olhar.

Ele ouviu as palavras do anão, companheiro da Drow, sorriu e estendeu o cálice. - [b]Então, um brinde à amizade e ao companheirismo! - Tomando um farto gole. - É o que parece, mestre anão. Mas o trabalho me impede de desfrutar desses prazeres no momento. - Ele tomou mais um gole e encarou a jovem Stella por alguns instantes, tinha um olhar cafajeste e maldoso. Ele estava se divertindo ali, algo que não pensava realmente que iria ocorrer, e que não fazia a muito tempo. - Me chamo Hartigan, Jonathan Hartigan. E você? - Diz enquanto se levanta e estenia a mão ao bem humorado anão.

Acabou ouvindo a história do gnomo se se engasgou quando ouviu que o mesmo havia desfrutado dos prazeres de duas mulheres ao mesmo tempo. Tossindo um pouco e, ainda sorrindo. - A juventude é algo realmente impressionante. Tens o vigor de um anão, jovem...Darvannel, é esse o seu nome, não? - Disse amistoso ao colega da

Bradur então primeiramente responde a Darvannel ainda enxugando o canto dos olhos lacrimejados com a barba por causa da gargalhada:

Ho...ho...Ahh...A Zaketrin veio cumprir uma missão aqui e eu estou a acompanhando. Só me divertindo, não recebi nenhum trabalho que me interessou por enquanto.

Quando vê o jovem se levantar ele o contém e diz, apertando sua mão com força:

-Não precisa se levantar companheiro! Me chamo Bradur, Guerreiro do Clã Ur, nascido e criado nas pedras do Salão de Mitral.

Nesse instante seu olhar se perdeu um pouco e a saudade de sua casa veio forte, e antes que a tristeza chegasse ao seu olhar e mudasse o sorriso que ainda pousava em sua face ele diz, desviando mais uma vez sua atenção:

E vocês o que vieram fazer aqui? Disse que está a trabalho, que trabalho seria esse?

- É jovem Hartigan, Bradur é um grande companheiro. Bem, se eu contasse isso lá em Szin Morcane, aonde eu vivi boa parte da minha vida antes de vir pra cá, ninguem acreditaria - A drow para por um momento e ouve a historia da noite de Darvannel e gargalha - Duas? E não eram mulheres gnomos tambem. Interessante, desculpe o preconceito mas nunca achei que um gnomo teria o equipamente necessario pra isso hahaha. Me chamo Zaketrin.

Ela estendo a mão para Darvannel e Hartigan.