Prólogo - Dytron Targaryen

Com a caça parada sob meus olhos, não consigo mais voltar atrás. Faço dois sinais simples com as mãos, sinalizando para Draco o que ele deveria fazer: dar a volta pelas árvores e se preparar para atacar o javali mais próximo na nuca, como era de seu costume fazer para se alimentar, assim que recebesse meu sinal.

Me movimentando com cuidado, tento me posicionar de uma forma melhor em meio ao gramado escuro, enquanto procurava por uma abertura para atacar.

Ao ouvir um rápido assovio, o lobo pularia, seguido por mim, com minha lança em mãos.

Observações:

Após receber uma investida, recuo rapidamente, sacando a Lança de Javali que estava amarrada em minhas costas.

– Vamos ver isso fazer jus ao nome.

Parto novamente contra o mesmo javali, enquanto Draco muda seu alvo para o que havia lhe atacado.

Observações:

Sinto uma ligeira sensação de conquista ao observar o corpo do animal no chão, que é interrompida pelo grunhido de Draco. Ao me virar para o som, consigo ver meu companheiro sendo atacado pelo outro javali e não penso duas vezes antes de partir para cima do animal.

Segurando a lança para baixo com ambas as mãos, dou um curto salto antes de alcançar o suíno, tentando atingi-lo nas costas para o prensar contra o chão.

Observações:

Com a caçada completa, volto para o açougue, deixando na entrada do estabelecimento de Bob ambas as cabeças de Javali. Em seguida retorno a minha casa perto de Crofters Village, carregando Draco em meus braços para poupa-lo do trabalho de caminhar.

Limpo os ferimentos do lobo, faço ataduras leigas e o deixo a descansar com direito a jantar uma das carcaças, enquanto guardava a outra para uma necessidade futura.

Não demoro muito para tomar banho e aguardar a próxima coisa interessante acontecer, com um copo de cerveja em mão. Dias de caça sempre me deixavam animado e, mesmo com os machucados, poderia sempre dizer "o que não me mata me deixa mais forte". Não posso fingir que a situação de Draco não me preocupa, espero apenas que fique melhor logo, fazia um certo tempo que não nos aventurávamos assim. Bom, sei que ele pensa do mesmo modo que eu.

Ao ouvir uma pessoa batendo em minha porta, chamo por Draco, fazendo o lobo ir para meu quarto se esconder. Provavelmente era apenas Bob, mas vários clientes já haviam aparecido em minha porta pedindo por briga, então pego uma lança comum, que ficava ao lado da porta, junto com outros armamentos que costumava levar comigo e peço por uma identificação.

– Quem está ai? Do que precisa?

Ao perceber a voz feminina, abro a porta, ainda com minha lança em mãos, porém agora de forma passiva, sem tentar parecer ameaçador, mas ainda querendo dar uma sensação de "imagem forte" para a mulher.

– Presto muitos serviços, madame, do que exatamente precisa?

Olho de cima para baixo a mulher, ela realmente parecia desesperada. Meu semblante se torna sério e minha voz, rígida.

- Olha, eu realmente adoraria te ajudar, mas você veio procurar por um serviço, preciso lhe perguntar se deveria esperar alguma recompensa.

Tento soar o mais verdadeiro possível. Realmente me preocupava com a vida do homem, mas coisas como essa acontecem o tempo todo em Westeros, não podia simplesmente me arriscar por um desconhecido, nem mesmo com a empatia que costumo ter.

- Espere um pouco, por favor.

Volto para dentro de casa, recolhendo todos os pertences que normalmente levo comigo dentro de minha mochila, colocando-a em minhas costas, sobre as lanças ali amarradas. Vou até Draco e faço carinho em sua cabeça.

- Já volto por você, amigo. Só tente não se meter em encrenca enquanto eu estiver fora, você já ta bem ferrado.

Novamente do lado de fora da minha casa, fecho a porta e me dirigindo dirijo a mulher mais uma vez.

- Você tem algum pertence dele? Algo que eu possa usar para encontra-lo? Me considero um bom rastreador, mas seria realmente de grande ajuda algo para facilitar o trabalho.