Talvez fosse um pouco de inocência de Aimee, achar mesmo que conseguiria subtrair algo de um Garou, principalmente de um Senhor das Sombras, mas talvez sequer ele tenha notado a tentativa, era difícil dizer diante da avalanche de leves acontecimentos que ocorreram após ela começar a tentar.
Ao sair do estabelecimento, Yuri caminhou até o outro lado da rua, onde seu carro estava estacionando, uma BMW preta aparentemente conversível, ele tinha as chaves na mão e apertou o alarme que destravou as portas, em momento algum Aimee o viu olhar para trás. Sua mão alcançou a maçaneta do carro, no instante em que a Parente parou entre ele e o automóvel. Vagarosamente, o Senhor das Sombras tirou a mão da maçaneta, os olhos indo na direção de Aimee e depois para o jornal que ela segurava.
Eram todas possibilidades, Yuri achava – em verdade era como via o mundo na maior parte do tempo, possibilidades – talvez fosse meio pragmático da sua parte, mas era assim que as coisas funcionavam para ele. Ali fora, longe da proteção de paredes, ele parecia mais sério e menos propenso a brincadeiras e provocações. Tinha plena consciência da situação em que estava se metendo: Ele era um Senhor das Sombras, um Ahroun, um guerreiro e um estrategista. Aimee era uma Presas de Prata e se alguém – qualquer alguém – que não devesse os visse ali, tão próximos, parecendo tão, tão íntimos… Alguns jogos não podem ser jogados a luz do dia, ele sabia muito bem disso.
Yuri deu um passo para trás, muito suave e muito discreto, exterminando aquela proximidade de ambos, seus olhos voltaram para o jornal e depois para Aimee. - Geralmente costumo ter razão. – Respondeu e discretamente Yuri olhou em volta, atentando-se ao ambiente, as pessoas que passavam. Não gostava de se sentir exposto, propenso a ser pego. - Se você quer ir para a minha cama. – Ele começou, direto ao ponto, era melhor, era mais rápido e geralmente mais eficaz. Brincadeiras não iam tirar o que ele queria saber de Aimee e ela parecia propensa a manter tantos jogos quanto ele conseguisse conceber. - Eu posso levá-la lá, para falar a verdade, seria um verdadeiro prazer. – Afirmou e agora olhou para ela de novo.
- Mas a senhorita O’Shea quer algo, todos nós queremos, afinal. E não tenho certeza se esse algo me envolve tão diretamente quanto a senhorita está tentando me fazer acreditar que é. Então porque não ir direto ao ponto? Temos duas opções aqui, senhorita O’Shea. Uma: você entra no carro e nós andamos por aí, eu evitando minha família, a senhorita aparentemente evitando a sua. Bebemos, comemos, conversamos e no final do dia teremos mais duas opções: você fica ou você vai. E a sua segunda opção é: você fica, eu entro no carro e vou embora. Seguimos nossos caminhos. – Pausa, olhada para trás, Sasha já deveria ter notado que eles tinham saído.
- Fato é, não é bom para você ser vista comigo, não é bom para mim ser visto com você. Entende nosso problema? – Finalizou, ele se curvou para Aimee, repetindo o movimento da cafeteria, mas dessa vez não deixou os rostos se encontrarem. - Só tenho que adverti-la.- Começou naquele sussurro. - Não tenho nada para você ganhar. – E se afastou de novo, mantendo-se frente a ela, mas não exatamente próximos.
A velha que cuidava do lugar tinha saído e deixado ambos a sós. As chaves para o quarto que Aimee ocupava estavam no balcão. Liam notou como Sienna parecia apreensiva, mas tentou focar-se no que tinha em mãos agora.
- Sim, essa mesma. É de fato estranho isso, vou tentar contato com uma das duas. – Avisou, pegando o celular para começar a fazer as ligações. - Claro, a chave está ali. Pode ir tranquila.
Liam ficou no saguão, para fazer as ligações.
[…]
As escadas levaram Sienna para um corredor pequeno, mas bem iluminado e ornamentado. Com fotografias de paisagens e coisas do tipo. As chaves em sua mão indicavam um numeral para uma das portas. Tudo era muito simples em vários aspectos, mas agradável.
O quarto em si era pequeno: uma cama, uma mesa e o banheiro. Pelo visto a camareira já tinha passado pelo lugar, pois os lençóis tinham sido trocados, o banheiro limpo e tudo arrumado. Não haviam malas ali, ou qualquer coisa muito grande.
Sienna deu uma olhada por todo o lugar, não existiam muitos traços da irmã por ali, mas ela pode encontrar uma coisa ou outra como alguns adornos que a irmã usava para prender os cabelos. No banheiro porém, Sienna teve mais sorte: pode encontrar um amontoado de papéis provavelmente esquecido pela camareira; eles estavam bem molhados e amassados, mas ela pode notar ao pegá-los que se tratava – ou se tratou um dia – de um mapa, e com alguma dificuldade pode ver que era um mapa de um dos pontos turísticos, onde era possível fazer uma trilha…
Tinha chovido noite passada. Aquilo indicava que Aimee tinha ido até a trilha e voltado… Mas e depois?
Ao sair do estabelecimento, Yuri caminhou até o outro lado da rua, onde seu carro estava estacionando, uma BMW preta aparentemente conversível, ele tinha as chaves na mão e apertou o alarme que destravou as portas, em momento algum Aimee o viu olhar para trás. Sua mão alcançou a maçaneta do carro, no instante em que a Parente parou entre ele e o automóvel. Vagarosamente, o Senhor das Sombras tirou a mão da maçaneta, os olhos indo na direção de Aimee e depois para o jornal que ela segurava.
Eram todas possibilidades, Yuri achava – em verdade era como via o mundo na maior parte do tempo, possibilidades – talvez fosse meio pragmático da sua parte, mas era assim que as coisas funcionavam para ele. Ali fora, longe da proteção de paredes, ele parecia mais sério e menos propenso a brincadeiras e provocações. Tinha plena consciência da situação em que estava se metendo: Ele era um Senhor das Sombras, um Ahroun, um guerreiro e um estrategista. Aimee era uma Presas de Prata e se alguém – qualquer alguém – que não devesse os visse ali, tão próximos, parecendo tão, tão íntimos… Alguns jogos não podem ser jogados a luz do dia, ele sabia muito bem disso.
Yuri deu um passo para trás, muito suave e muito discreto, exterminando aquela proximidade de ambos, seus olhos voltaram para o jornal e depois para Aimee. - Geralmente costumo ter razão. – Respondeu e discretamente Yuri olhou em volta, atentando-se ao ambiente, as pessoas que passavam. Não gostava de se sentir exposto, propenso a ser pego. - Se você quer ir para a minha cama. – Ele começou, direto ao ponto, era melhor, era mais rápido e geralmente mais eficaz. Brincadeiras não iam tirar o que ele queria saber de Aimee e ela parecia propensa a manter tantos jogos quanto ele conseguisse conceber. - Eu posso levá-la lá, para falar a verdade, seria um verdadeiro prazer. – Afirmou e agora olhou para ela de novo.
- Mas a senhorita O’Shea quer algo, todos nós queremos, afinal. E não tenho certeza se esse algo me envolve tão diretamente quanto a senhorita está tentando me fazer acreditar que é. Então porque não ir direto ao ponto? Temos duas opções aqui, senhorita O’Shea. Uma: você entra no carro e nós andamos por aí, eu evitando minha família, a senhorita aparentemente evitando a sua. Bebemos, comemos, conversamos e no final do dia teremos mais duas opções: você fica ou você vai. E a sua segunda opção é: você fica, eu entro no carro e vou embora. Seguimos nossos caminhos. – Pausa, olhada para trás, Sasha já deveria ter notado que eles tinham saído.
- Fato é, não é bom para você ser vista comigo, não é bom para mim ser visto com você. Entende nosso problema? – Finalizou, ele se curvou para Aimee, repetindo o movimento da cafeteria, mas dessa vez não deixou os rostos se encontrarem. - Só tenho que adverti-la.- Começou naquele sussurro. - Não tenho nada para você ganhar. – E se afastou de novo, mantendo-se frente a ela, mas não exatamente próximos.
A velha que cuidava do lugar tinha saído e deixado ambos a sós. As chaves para o quarto que Aimee ocupava estavam no balcão. Liam notou como Sienna parecia apreensiva, mas tentou focar-se no que tinha em mãos agora.
- Sim, essa mesma. É de fato estranho isso, vou tentar contato com uma das duas. – Avisou, pegando o celular para começar a fazer as ligações. - Claro, a chave está ali. Pode ir tranquila.
Liam ficou no saguão, para fazer as ligações.
[…]
As escadas levaram Sienna para um corredor pequeno, mas bem iluminado e ornamentado. Com fotografias de paisagens e coisas do tipo. As chaves em sua mão indicavam um numeral para uma das portas. Tudo era muito simples em vários aspectos, mas agradável.
O quarto em si era pequeno: uma cama, uma mesa e o banheiro. Pelo visto a camareira já tinha passado pelo lugar, pois os lençóis tinham sido trocados, o banheiro limpo e tudo arrumado. Não haviam malas ali, ou qualquer coisa muito grande.
Sienna deu uma olhada por todo o lugar, não existiam muitos traços da irmã por ali, mas ela pode encontrar uma coisa ou outra como alguns adornos que a irmã usava para prender os cabelos. No banheiro porém, Sienna teve mais sorte: pode encontrar um amontoado de papéis provavelmente esquecido pela camareira; eles estavam bem molhados e amassados, mas ela pode notar ao pegá-los que se tratava – ou se tratou um dia – de um mapa, e com alguma dificuldade pode ver que era um mapa de um dos pontos turísticos, onde era possível fazer uma trilha…
Tinha chovido noite passada. Aquilo indicava que Aimee tinha ido até a trilha e voltado… Mas e depois?