No Caminho - Aventurando-se!

Xanb simplesmente se afasta para não assustar a moça, não que ele esteja preocupado com ela, mas para que o Anão pudesse obter as informações que ele disse que ela sabia era necessária viva. Xanub queria sim ter informações úteis mais em seu interior ele torcia para que ela não fosse tão útil e sua fala antes de curá-la quando disse que ela seria inútil seria validada para ele passar na cara do anão sua razão.

[off: Perdoa Aythusa, achei que tivesse postado aqui já! o.o]

Hartigan ouvia as palavras de Stella com atenção. - Sim, duplas seriam melhores. O pequenino precisa estar sob observação até que saibamos como romper os encantos que o afligem. - Ele dizia, tranquilo.

Estava atento à noite ao seu redor e à mulher. Ainda não sabia o que esperar dela, e esperava verdadeiramente que ela não esteja escondendo mais nada deles.

- Sim...é um reino corrupto. Não devemos confiar em qualquer outro..confiar em nós mesmos já está difícil. E quanto às leis...você já viu quanta importância eu dou a elas. - Ele comentou em seguida, olhando para o rosto dela.

Ele deixava ela conduzir a conversa. - Não se preocupe, eu te ajudarei com os itens em Onda Tresh. - Hartigan estava bem calmo aquela noite, deveria ser o cansaço.

Por fim, ele ouviu a pergunta da mulher e não mudou muito sua expressão. Ele não seria a melhor pessoa a responder isso, apesar de seus momentos de razão e de sua vasta sabedoria, ele perdia o controle muito facilmente, era explosivo e se deixava levar pelo momento.

Ele ficou um bom tempo pensando na pergunta, e a visão de sua mulher em coma não saia de sua mente. Infelizmente, também era perturbado pela imagem do seu relacionamento que florescia entre ele e Stella.

Ele realmente nunca tinha dado atenção àquela pergunta e começava a analisar a situação.

"Eu não deixaria minha esposa por nada, mas, ao mesmo tempo, não me privaria de qualquer prazer enquanto ela está distante. Sim, eu fui infiel, e todo aquele que for desleal, é também infiel, mas não necessariamente todo infiel é desleal. Só é traição se eu tiver que esconder dela." - Pensou.

Então, Hartigan se imaginou contando tudo para ela, e a reação que ele esperava não seria das melhores. Talvez ela o deixasse, e imaginá-lo foi doloroso, e pela primeira vez Jonathan pensou que teria algo a esconder de sua esposa, o que o perturbou. Seu rosto ficou vermelho e ele rangeu os dentes, não por culpa da barda, mas pela constatação óbvia do que poderia acontecer.

- Em que sentido? - Foi tudo que ele respondeu, já irritado, mas se controlando.

Geralmente as atitudes de Zaketrin eram cheias de segundas intenções e bastante maliciosas, porém pela primeira vez em muito tempo, a drow deu um sorriso inocente. Estava feliz por ver a menina que tinha resgatado acordar.

Ela estava deitada na cama ao lado da menina. Observou calada a jovem se encolher no canto da parede. Suas coisas, como a armadura e armas estava numa pilha junto com a mochila no chão proximo a cama. Não tinha qualquer arma ou objeto que pudesse fazer qualquer mal, vestia apenas a malha preta que usava por baixo da armadura.

Sentou na cama com as pernas cruzadas e olhou um cara caridosa pra a garota. Não tentaria ainda qualquer aproximação ou toque. Sabia que ela estava com medo, e ainda tinha um longa estrada pra percorrer até convence-la que não a faria mal algum.

Como toda estrada, ela não começa se você não der o primeiro passo. Então Zaketrin decidiu falar:

- Fico feliz que tenha acordado. Você realmente me deixou preocupada quando desmaiou no lago - Ela olha naquele instante pro anão que já tinha falado e continua - Bradur está certo, ninguem aqui lhe fará mal. Eu sei que a minha raça assusta, mas eu não sou como a maioria. Você poderia me dizer o seu nome? Me chamo Zaketrin.

A menina ouve Bradur e, tremendo e procurando algo que pudesse usar para se defender, diz:

- E-eu... sou Ly... Lyira... e, por favor nã-não me machuque... não s-sei de nada...

E olhava de olhos arregalados para Xanub enquanto ele se distanciava. Também encarava Zaketrin com um medo particular dela.
Lyira não respondeu nada, mas tremeu enquanto ouvia a drow falar.

* * *

Hartigan e Stella, por sua vez, estavam conversando alienados do que acontecia na cabana:

Stella o ouve, mas mantém o foco do que precisava ser conversado.
Quando percebe sua mudança de humor, ela respira profundamente, exausta, acreditando que ela eram quem o irritava, talvez instigado pelas palavras e acusações de Xanub. Afinal, ela não sabia o que se passava na mente do mago:

- No sentido de servidão... Há uma hierarquia serrada e delicada nos planos inferiores, Hartigan, mas até onde a lealdade vai quando há Poder em jogo?

* * *

Darvannel continuava dormindo, sozinho em outro aposento diferente dos outros companheiros na cabana.

Hartigan prestou atenção nas palavras dela e deixou de pensar em seu passado, o que melhorou um pouco o seu humor.

- Hmmmm. - Ele sonorizou. - Eu não acredito em subserviência. Acredito que em uma situação como essa que você está levantando, a lealdade não duraria muito. A menor oportunidade vai fazer com que esqueçam toda lealdade, hierarquia, tudo. Desde que eles possuam uma boa oportunidade. - Ele respondeu, mas logo ficou curioso. - Por que exatamente esse assunto? Discutir a lealdade de seres do abismo?

Bradur retira uma poção de ração para viagem e come logo em seguida estende o braço com a maior parte para a jovem:

-Lyira, certo...Você deve estar com fome, coma isso...Irá te fazer melhor Lyira. Sei que está assustada, mas agora você está segura conosco. Mas mesmo assim precisamos saber o que aconteceu com você para tentar ajudar outras pessoas. E evitar mortes desnecessárias de inocentes.

Bradur tentava conquistar a confiança da jovem e não descançaria enquanto não conseguisse.

Hartigan:

Stella parou um tempo para pensar e ponderar o que o mago dizia. Depois de um tempo ela decide responder:

- Lealdade é o que está em jogo aqui. Temos um demonio naquele anel e a melhor forma de lidarmos com ele é sabermos até onde pode ir a lealdade dele, bem como você mesmo disse... lealdade pode não durar quando se pode ganhar mais optando por outra coisa...

O mago começa a entender o que a conversa queria dizer. Aproveitando a distancia que estavam daquele anel, poderiam fazer algo para balancear a lealdade do demonio ali aprisionado perante o monstro que estava causando tudo aquilo naquela missão.

* * *

Bradur:

Lyira aceita a ração de viagem que Bradur a oferece e se aproxima um pouco dele, temerosa, sentando na cama enquanto comia compulsivamente.
Vendo isto, Zaketrin se prontifica a dar à ela o cantil que logo ela virou, quase esvaziando-o.

Depois de um tempo em silencio, a menina falava mais baixo, como se tivesse medo de alguém ouvir o que ela falava:

- Eu fui atacada, me ... me amarraram e.... disseram que eu sabia de alguma coisa e que... eu...

E voltou a chorar. Demorou mais uns longos minutos e Bradur recitava várias frases doces para acalmar a menina, Zaketrin também tentava, mas a menina temia-a demais para que fosse ouvida.

- Foram criaturas horríveis, eles me torturaram... tudo por uma tatuagem que eu... tenho...TINHA...

E levou a mão para onde tinha a maior possa de sangue, no abdomen, mais ao lado.

- Como eu não sabia o que eles queriam com a tatuagem, eles a arrancaram de mim... cortaram a minha pele e depois queimaram a ferida. Disseram que me queriam viva, eu não sei o porque....

Fez mais uma pausa olhando todos, assustada.

- Ainda dói...

Sussurrou mais para si mesma e voltou a chorar, comer e beber.

Hartigan enfim entendeu onde ela queria chegar, e deu uma risada sem graça.

- Bem, a "lealdade" dele pode ser comprada, eu acredito nisso. Eu não sei se isso poderia dar certo, mas acredito que seja melhor tentar do que deixar as coisas como estão. - Disse, se levantando, e começou a dar alguns passos e logo girou, estava andando de uma lado para o outro enquanto falava. - A questão é se poderemos confiar nele, pois a qualquer momento Darvannel pode ser dominado e nos atacar. Ou ele poderia chamar seus aliados novamente para fazê-lo. - Ele parou um instante e virou o rosto para ela. - Essa tática será um mero paliativo. O anel ainda deverá ser estudado, e seus poderes devem ser revelados. Se ele não for de nenhuma utilidade, devemos focar em um jeito de livrar o pequenino dele, e, por derradeiro, devemos destruir o anel e seu morador.

A drow apenas ouve em silencio o que Lyira dizia. Realmente a jovem tinha sofrido muito nas mãos daquelas criaturas. No momento teve a vontade de Abraçar a menina e não ligava pro fato dela ter medo dela. Só queria passar algum conforto, algum carinho pra ela.

Apesar de todo o jeitão meio safada e duronha que tinha, a drow as vezes tinha um coração mole. Só o anão seu amigo sabia disso. Ela avança com um rosto carinhoso na face e dá um caloroso abraço na jovem. Apoia a sua cabeça no seu ombro e fala:

- Já passou, agora ninguem vai mais machucar você. Enquanto estiver conosco estará segura, eu prometo.

Ela enxuga a lagrimas da menina com a mão e faz um delicado carinho na cabeça.

-Isso mesmo...Completa Bradur às palavras de Zake

Ele então pega algum pedaço de madeira ou qualquer coisa que se pudesse desenhar e entrega a jovem.

-Preciso muito que desenhe essa tatuagem que tinha aqui, nossos amigos saberão do que se trata e descobrirão porque estavam atrás de você. Assim poderemos pegá-los sem que eles machuquem mais ninguém. Pode fazer isso por mim?

Então o anão volta sua atenção para Zake e diz:
-Depois vou pedir ao Xanub para tratar as feridas dela mais um pouco, para que essa dor suma ou pelo menos diminua.

Ao ouvir a palavra tatuagem o Goblin que estava encostado na parede cerra os olhos e avança um passo para ouvir melhor, toda sua atenção estava voltada para a conversa.

"Enfim...parece que ela realmente foi útil..." Pensava ele.

-Desenhe a tatuagem, que talvez eu possa identificar o símbolo e seu significado, logo em seguida eu uso mais minha varinha em suas feridas...

Darvannel acorda com toda aquela conversa.

Ele se levanta e vai em direção a jovem e a reunião que estava ocorrendo ali. Ele estava descabelado, com os olhos entreabertos e com a cara inchada. Depois de um longo bocejo, ele diz para Bradur:

- E ai, perdi alguma coisa?

Hartigan:

Stella observa todos os movimentos do rapaz, se levanta também e complementa seu pensamento:

- Sim, concordo com você. Para estudar este anel precisamos de um segundo livro... que eu sei que está em uma tenda em Onda Tesh. Talvez precisaremos de mais uma demonstração de seu fogo para consegui-lo, Hartigan. Os comerciantes dessa região não são muito agradáveis...

Se aproxima um passo do mago e continua a falar:

- Precisamos tomar cuidado com Darvanel. Anaroth está quieta demais, o pequenino parece estar bem, apenas protegendo o item... Me preocupo quando ela se manifestar. Vamos, precisamos nos apressar, a noite está alta e deixamos todos naquela cabana... Mas antes de voltarmos, prefiro verificar os itens que me entregaram antes de chegarmos perto demais de Anaroth.

* * *

Bradur, Zakerin, Xanub:

Por mais que a Drow tentasse ser amiga de Lyira, a menina parecia ter repulsa dela. Na primeira tentativa de aproximação demasiada da guerreira, a menina corre e se esconde   atrás de Bradur, tremendo. Estava ajoelhada atrás do anão e pedia à ele para não deixar que ela a machucasse...

Depois ouve o anão pedir-lhe que desenhasse, bem como o goblin. Não se demora muito ela se afasta deles falando qualquer coisa em uma língua estranha. Bradur e Zaketrin não compreende, mas Xanub sabia que ela estava conjurando alguma magia...


Antes que o goblin pudesse agir ou avisar os demais, a jovem Lyira tem os olhos brilhando e faz um movimento brusco com a mão, levando um desenho em luz para todos os lugares do comodo.

Uma pequena magia de ilusão, mostrando repetidas vezes o símbolo da tatuagem dela, nas pareces.

Era o que parecia um mapa, indicando uma entrada dentro de uma colina. Havia runas e  outras coisas que deveriam ser analisadas com calma e tempo. Bradur, que tinha um pedaço de madeira podre e uma pedra, rabiscou o desenho o mais rapido que pôde, antes que ele desaparecesse e a menina caísse de joelhos, exausta.

* * *
Darvannel:

O ladino, mesmo em profundo sono em um outro comodo distante deles, desperta com os sussurros da conversa deles.
Ao entrar no quarto se depara com toda a cena da conjuração da menina, em resposta a sua pergunta não ouvida pelos demais.

Hartigan foi concordando com as palavras da mulher. - Não se preocupe, eu te ajudarei.

Então, segurou um comentário, deixou que ela falasse tudo. Por fim, antes dela começar a ver os itens, não se conteve. - Então, você quer outra demonstração do meu fogo, mulher? - Hartigan perguntou, maldoso.

Bradur olha para Xanub tendo a certeza de que ele estava certo...
Quando Lyira cai de joelhos Bradur vai até ela e a coloca na cama mais uma vez, tentando deixá-la confortavel novamente. Enquanto fazia isso ele diz:

-Pode identificar isso Xanub? Mas antes venha e use essa sua varinha nela para deixá-la bem melhor.

Assim, ele volta sua atenção pra jovem com um sorriso amarelo no rosto dizendo:

-Você consegue usar magias ein? Bem legal aquilo que você fez. Agora precisa descançar um pouco. Caso se lembre de mais alguma coisa que ache interessante em nos contar, ficarei muito interessado em ouvir.

Quando percebe que Darv estava no quarto ele pede:

-Zake, por favor poderia tirar o Darvanell do quarto um momento?

Zake com certeza havia percebido que Bradur não confiava nele e desde o ocorrido do anel essa confiança era infinitamente menor. Assim, ela sabia o porque do pedido.

Xanub desencosta da parede atento quando o gnomo adentra o quarto o goblin lança um olhar de desconfiando para o pequenino, logo em seguida Bradur o olha como se estivesse dizendo que estava certo e o Goblin não tem outra alternativa a não ser aceitar que realmente o anão estava certo, mas não fica calado:

-É...melhor do que nada...pelo menos informou alguma coisa, mas pensei que saberia mais...

Dito isso o goblin se aproxima da moça e para evitar perder mais tempo com ela se afastando com medo dele explica-a:

-Essa varinha vai curar seu ferimentos, vou toca-la mais uma vez e você vai se sentir melhor.

Ditoisso ele se aproxima da moça e a toca na cabeça com a varinha.

Hartigan:

Stella ouviu a pergunta e compreendeu de imediato qual era o fogo que ele falava.
Levou a mão lentamente acariciando sua barriga e descendo até as coxas, olhando para o mago com um sorriso no rosto e começava a sentir a temperatura de seu corpo aumentar com o seu toque e a pergunta do mago.

O que era aquilo? Fora tão bom assim que a jovem se encontrava desta forma com apenas uma pergunta? Era o que parecia.

- Temos tempo?


Foi o que conseguiu perguntar, sem tirar os olhos do mago à sua frente, com os olhos ardendo e um sorriso maroto em seus lábios.

* * *
Bradur e Xanub:

A menina estava exausta, parecia que estava debilitada demais para usar a magia como o fizera e acenou com a cabeça quando Bradur lhe falou sobre descansar.
Quando o Goblin se aproximou dela, estremeceu de medo e tentou fugir e resistir, mas estava cansada demais para lutar por muito tempo e cedeu logo, sentindo-se melhor.

Não demorou muito, deitou na cama velha e suja em que estava e adormeceu.
Zaketrin, depois do último surto de medo da menina, não estava mais na cama neste momento.

* * *

Zaketrin e Darvannel, façam as suas ações.

Zaketrin estava um pouco chateada com a reação de Lyira. Queira que ela pelo menos demonstrasse algum agradecimento ou sei lá. Não que a sua ação tinha sido motivada por alguma especie de interesse ou sei lá o que, mas sei lá queria que a menina não agisse de forma tão assustada assim.

Ela tinha ouvido o pedido de Bradur e ia afastar o gnomo por um tempo dali.

- Fique de olho na Lyira Bradur. Qualquer coisa me avise e se puder tente dizer a ela que eu não sou ameaça pra ela - Diz ela.

Antes de ir pra fora do quarto, ela tira a malha preta e a joga em cima da suas coisas que estavam no chão. Nua ela avança pro gnomo e o leva pra longe dali. Tentaria distrair ele ao maximo pra ficar longe daquele quarto.

Diante do comentario do anão, o gnomo não se mostra muito contente.

- EEEEII...que negocio é esse? Vocês tao tramando contra mim?

Assim que a drow se aproxima toda a atenção do gnomo é desviada. Seus olhos focam as curvas da drow e ele não resiste ao chamado da elfa.

No caminho ele ainda comenta com a drow: - Se você acha que esta me manipulando com seu sexo...pode acreditar que esta dando certo!