[[Claude & Benjen] Cortando Pontas Soltas

Vocês chegam ao escritório de Garvey e encontram uma recepcionista diferente da que os atendeu pela primeira vez. Ela era negra, usava um cabelo dreadlocks colorido e seus olhos pareciam dizer "Estou esperando você fazer uma gracinha para voar na sua garganta". Ela informa que o Sr. Garvey estava em uma reunião e logo atenderia vocês. Algum tempo se passa até que um grupo estranho desce as escadas rapidamente e se separa. 3 homens e uma mulher, todos muito diferentes um do outro, o que Bill estava tramando?

A loira que havia os atendido da primeira vez para no primeiro degrau e chama:

-O Sr. Garvey está pronto para recebe-los agora.

Vocês sobem a escada de madeira e o velho conhecido está no meio do corredor, ele anda a passos acelerados até vocês e diz:

-Claude! Benjen! Na hora certa! Esta ansioso para vê-los, estava sim. Venham, tem uma sala de reuniões nos fundos, vamos conversar lá atras.

Ao entrarem na sala, os dois homens percebem que as cadeiras estão desalinhadas, provavelmente o outro grupo havia se reunido ali também. Um copo vazio com uma marca de batom repousava ao lado do como de uísque de Bill.

-Bah, eu já bebi demais por hoje e não vou poder acompanhá-los, mas sintam-se a vontade para pegar o que quiserem do balcão ali atrás... Bem, vocês já se conhecem? Vocês sabem que eu trabalho apenas com times sem desconfianças entre si. Antes de começarmos os trabalhos, o que tem feito esses últimos meses?

Nikki:

E agora?:

Bill ri dos comentários de Benjen, mas fica meio constrangido com o silêncio de Claude. Ele sorri meio encabulado e diz: 
 
-É, tinha esquecido desse seu silêncio útil, porém constrangedor... Ah, meus rapazes, eu estava muito querendo achar algum motivo para colocar vocês juntos em um serviço. Benjen é um atravessador, ele sabe como é. Você fica pensando em todos os seus contatos e em relações que pode fazer com eles!  
 
O velho homem caminha até a porta e grita: 
 
-LeAnn, os charutos já acabaram? Não? Então traga a caixa para meu amigo aqui! 
 
Não sei se os rapazes acompanham as notícias, mas eu coordenei um assalto a uma joalheira há alguns meses. Foi um desastre completo, os três agentes morreram. O grupo que estava aqui antes de vocês até perguntou deles e eu tive que mentir para não os preocupar. A verdade é que existia um quarto integrante nesse grupo, ele conseguiu sobreviver e está por aí! 
 
Escutem, eu estou planejando algo grande, algo tão grande que eu vou poder finalmente me aposentar, e por isso eu não quero pontas soltas que possam incomodar. Se esse babaca abrir a boca para a polícia... não quero nem pensar na possibilidade.  
 
 A recepcionista loira aparece com uma caixa de charutos em uma mão e um isqueiro velho na outra. Bill coloca ambos na mesa. 
 
-O nome dele é Karl Strawn, aqui tenho uma foto dele. Benjen é bom em encontrar pessoas, Claude é bom em fazer com que pessoas nunca mais sejam encontradas. Eliminem esse problema para mim, rapazes, e eu os colocarei no grande golpe que tinha falado anteriormente. O que me dizem?

Karl Strawn:

Bill fala quase mecanicamente, como se fosse uma história que ele havia ensaiado dezenas de vezes em sua cabeça: 
 
-Bem, era um assalto a uma joalheira.  O grupo de 4 homens tinha um plano elaborado, os detalhes não são relevantes, o relevante é a saída.  O plano era se esconderem dentro de um carro em um caminhão cegonha, porém eles nunca chegaram ao caminhão. É sabido que dois integrantes do grupo morreram no tiroteio com a polícia (os idiotas não conseguiram sair a tempo e tiverem que abrir o caminho no meio de tiros). Porém, Strawn e Gabe conseguiram chegar ao carro e rumavam ao ponto de fuga quando se desviaram por algum motivo. 
 
Gabe foi abandonado na calçada de um hospital algumas horas mais tarde por um carro estranho, não resistiu os ferimentos e morreu pouco depois. Stawn desapareceu da face da terra, nenhuma informação por semanas até que um contrabandista me ligou e disse que estava sendo contratado para passar diamantes. MEUS DIAMANTES! ELE OS ROUBOU! ELE ESTÁ USANDO OS MEUS CONTATOS! 
 
Bill agarra o copo que estava encima da mesa e ameaça arremessá-lo na parede. Porém trava o movimento, respira fundo e parece contar até 10 mentalmente. Então diz com um tom de vós estranhamente calmo: 
 
-Então, como vocês podem perceber, isso não são apenas negócios. Eu o quero morto. Eu quero que ele saiba que eu estou por trás de sua morte.

Garvey sorri ao perceber que sua proposta foi aceita.  

-Tá certo, esse é o espírito! Sabe, Benjen, quando estávamos um contra o outro, eu pensava que esmagaria você. Compraria a cidade inteira para que você não tivesse a quem recorrer. Porém você conseguiu escapar. Eu o respeito por isso. É claro que você não me venceu, mas eu também nunca consegui vencê-lo.

Ele pega um papel, rabisca algumas palavras e entrega ao atravessador.

-Esse é o endereço, é um galpão esquisito próximo a um posto de gasolina em uma estrada que sai da cidade. Nosso contrabandista, Devan Polowski, é um cara que faz seus serviços usando caminhões legalizados, mas no meio de toda aquela carga lícita ele dá um jeito de esconder nossos produtos. Nunca me deixou na mão e acredito ser leal, afinal, ele não passou os diamantes de Strawn e ainda me ligou para avisar.

O homem velho para sua fala e parece se desconectar do mundo real, como se analisasse o desdobramento de situações futuras e então complementa:

-Sem querer me intrometer, vocês dois são especialistas no que fazem, mas eu recomendaria que Claude fosse junto ao galpão. Primeiramente porque ele pode encontrar a arma que precisa lá, temos produtos de qualidade no estoque. Além disso, um pouco de músculo extra não faz mal a ninguém... Mas é claro que isso é somente minha opinião.

A viagem era um pouco longa, eles tinham que se locomover até uma das saidas da cidade. Porém Claude conhecia bem a área e conseguiu evitar os incessantes engarrafamentos. O posto referenciado era uma decadência, o galpão, pior ainda. Era impossível suspeitar que era a base de operações de um dos maiores contrabandistas da região.

Estacionaram o carro em um local discreto. Caminharam pelo asfalto rachado. O calor desse era sentido mesmo através dos solados dos calçados, o Sol escaldava suas cabeças sem trégua.

O acesso era dado por uma porta lateral que dava em um ambiente parecido com uma loja. Um balcão separava o contrabandista dos compradores. Um ventilador de teto girava se balançando e rangendo, fazendo a sala abafada ficar com um ar detestável. Nenhum produto nas prateleiras, deviam estar estocados nos fundos.  

Antes mesmo de entrarem no recinto, é possível ouvir uma gritaria:

-O Patrão disse que queria o carregamento inteiro de armas esse mês! Por que está enrolando? Tá de palhaçada?

-Enrolando? Parece que seu Patrão se esqueceu de combinar com a polícia! 'ocê viu a quantidade de Blitz que estamos tendo na 53? Faça me o favor Zack, vá a merda!

Assim que a Claude e Benjen entram no recinto a discussão para. O contrabandista, calado, cumprimenta com um breve movimento de cabeça. O comprador se vira e fala:

-Qual é? Vieram cobrar desse palhaço também?

Zack (comprador):

Mattews (Contrabandista) :

Benjen efetuou 1 lançamento(s) de dados (d10.) :

8

+ 10 de Auto Controle

Zack não parece prestar atenção nas observações de Benjen, nem mesmo responde sua pergunta. Ele deixa o olhar divagar pela sala por algum tempo e então diz, com uma voz raivosa:

-Aí o seu filho da puta! Eu não te conheço, sacou? Se você sabe o meu nome é por que eu sou foda, porra!

Ele encara o atravessador, tentando encontrar um motivo para iniciar uma briga, porém DeMeo consegue se controlar e não cai na provocação do gangster. A tensão faz a sala parecer ainda mais quente, o ar era mais denso e turo parecia acontecer em câmera lenta.

Zack então tenta tirar Claude do sério, anda em passos vagarosos em direção a ele e grita:

-QUAL FOI MERMÃO? TA OLHANDO O QUE?

Visto que Speed também não estava afim de briga, o bandido sai chutando a porta e grita do lado de fora:

-Eu quero essas armas pra ontem! Você não quer que eu venha cobrar de novo.

Um silêncio pesado surge após a ira sem sentido de Zack. Passa algum tempo até que todos se acalmem. Mattews é o primeiro a falar:

-Não liguem para ele, estava com os sentidos deturpados, drogado como sempre... Então vocês são o novo pessoal do Bill? Ele me ligou, disse que viriam...  Você deve ser Claude, não é? Atrás daquela porta ali eu guardo as armas, veja se tem alguma coisa que você queira. Não se preocupe com o preço, Bill tem bastante crédito comigo.

Esse aí na foto deve ser o Strawn, não é? Bem, talvez o Bill tenha entendido errado. Esse cara nunca apareceu aqui, o que apareceu foram os diamantes. Ele não teve a coragem de aparecer pessoalmente, que veio foi um atravessador que disse que seu nome era Davies. Nunca tinha ouvido falar no sujeito, mas talvez você possa conhecer.

Jogadas:

Benjen efetuou 1 lançamento(s) de dados (d10.) :

2

+ 10+9 (Auto Con, Negociar)

"Uma metralhadora não seria nada ruim..."

INT 10 +Atenção/Notar 2
Claude Speedy efetuou 1 lançamento(s) de dados (d10.) :

2

Davies, esse nome não era estanho para Benjen. Era um atravessador vigarista, não seguia as "regras não escritas do trabalho". Não tinha o contato dele, o sujeito estava sempre se escondendo, havia muita gente no encalço do malandro.

Havia, porém, alguém que poderia ajudar nessa tarefa. Diziam por aí que esse Davies tinha roubado todo o lucro de um cozinheiro de metanfetamina e esse cozinheiro gostaria de "conversar" com o maldito, por isso estava monitorando-o, esperando uma oportunidade
.
Benjen abriu sua enorme lista de contatos e tentou achar o nome que procurava, um traficante menor havia lhe passado o contato, o atravessador sabia que seria útil um dia. Demorou um pouco até encontrar o nome: Olavo "Cook" Martins

[...]

Claude entra no depósito de armas abafado. Sem janelas, sem ventilação e apenas uma lâmpada incandescente com sua fraca luz amarela. As armas eram jogadas encima de mesas, guardadas sem critério nenhum em caixas de papelão. Provavelmente Mattews achava que tudo estava perfeitamente organizado na sua lógica maluca.
O homem tateou um pouco até encontrar o que procurava, uma AR-180 para uso civil. Não era a melhor das metralhadoras, mas foi o que conseguiu encontrar.

AR-180: