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Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
- Elminster Aumar
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Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
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Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
Sua segunda visita seria a lugares que não podia afirmar conhecer tão bem, mas que fazia se sentir menos distante da humanidade em si: os prostíbulos. Entrou sem intenções, olhando aos arredores, não tinha interesse nas jovens e tão pouco dinheiro para gastar com elas. Raven com seu olhar analítico, buscou tentar identificar a 'manda-chuva' do local e assim iniciar uma conversa, citando casualmente o nome de Cherry. Raven precisava de ajuda e bom, uma mão lava a outra e as duas lavavam o rosto.
Se sua pequena incursão 'diplomática' desse certo, solicitaria emprestado um vestido preto, sem muitos decotes ou enfeites, voltaria para buscá-lo em breve. O resto do tempo ela reconheceu terreno, como um predador costuma fazer. A maior das verdades era que não pretendia assassinar tão imediatamente o mandante: afinal precisava receber primeiro e não poderia ter certeza de tê-lo feito até conseguir contato com o velho em Caspia, mas descobrir o motivo e o mandante era algo que poderia fazer naquele instante.
A casa não lhe chamou atenção, era só outra casa de um homem pequeno que gostava de parecer grande. Todos os homens ricos, de certa forma pareciam agir desse jeito. Raven, pacientemente observou e além de observar, tentou encontrar mais informações sobre a viúva e a filha. Raven juntava pedaços e migalhas, para formar aquela trama e dar-lhe um fim o mais breve possível.
Ela retornaria ao prostíbulo afim de vestir-se. Raven tinha um corpo esguio, não haviam ali muitas curvas para chamar a atenção de homens quando vestia-se como uma moça. Fez questão de fazer o processo por si só: não gostava que lhe tocassem. Quando finalmente terminou, olhou-se no espelho com uma expressão vazia: não se reconhecia com aquele cabelo longo e negro solto caindo nos ombros como cascatas de piche, tão pouco com a maquiagem que lhe dava cor nas bochechas - está que precisou de ajuda das moças para aplicar - viu-se como uma boneca, um fantoche sem vida e sem necessidade de existência.
Quando finalmente deixou o lugar sendo Charlotte e não Raven, caminhou sem muito interesse pelas vielas até o tal ato fúnebre. Lá, fez plena questão de se misturar, de conversar e conseguir informações. Mas seu maior alvo por enquanto estava em identificar a viúva, porque em sua mente doentia, peças se juntavam uma a uma com as coisas que tinha ouvido até então.
- Elminster Aumar
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Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
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- Rosenrot
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Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
Não entrou em detalhes, mas tentou ser o mais clara possível no que pretendia e no que precisava. O mínimo que poderia fazer em troca era o que fazia melhor: amedrontar os idiotas que as destratassem.
Não prestou muita atenção nas pessoas durante seu trajeto até o local do velório. Usou o tempo 'perdido' na fila para traçar planos, para repensar as coisas até ali. Era bom poder perder-se dentro da própria mente, isolar-se de todo o barulho que as pessoas eram capazes de produzir.
Lá dentro, de outra maneira, parecia deslocada. Não sentia empatia por tudo que acontecia ali. Era algo tão irreal para si que se desconcertava constantemente. Perambulou como uma alma penada de um lado para o outro, analisando os presentes. Principalmente a viúva e a prole.
Andou mais um pouco para cá e para lá, até propositalmente conseguir aproximar-se da prole, em quem esbarrou de maneira teatralmente acidental, Raven sorriu para Anna - um sorriso vazio e desprovido de sentimento - fixou o olhar naquela por um instante, enquanto enfiava um pedaço de papel dentro da bolsa da moça. Caso fosse bem sucedida em sua pequena empreitada, Raven deixaria o lugar.
- Elminster Aumar
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Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
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- Luxi
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- Mensagem nº6
Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
A noite anterior tinha sido muito difícil. Quando se separaram, Anna teve tempo o bastante para o luto e ter memórias de seu pai em cada cantinho do quarto. Nem mesmo teve vontade de ligar música. Tudo parecia incompleto e confuso. Ela teve medo daquele encontro. E se sofresse um atentado? Mais do que isso, tinha medo que fosse uma emboscada que acabasse afetando Ratchford. Não aguentaria passar por isso duas vezes. No entanto, era a única possível pista que tinha e por isso deixou-se manipular daquela maneira, confiante da presença do guarda-costas.
Annalise saiu cedo de casa como o combinado e tinha tentando ser sóbria nas roupas, para não chamar tanto a atenção, como costumava fazer nas aventuras noturnas dos bares proibidos no período de adolescente rebelde sem causa. Agora não tinha mais de quem fugir das regras...
Suspirou, assentiu e então entraram no local. O humor da herdeira Belgarten oscilava. Agora um medo crescia dentro dela, especialmente após o aviso de Ratchford. Não tinha a menor ideia de onde esstavam se metendo. Era inocente de achar que sairiam em uma busca de vingança e teriam algum sucesso imediato. Não era como aqueles homens de duas caras dos Coletores.
Sentou-se à mesa e manteve um sorriso falso de baile da aristocracia na cara. Não estava nem um pouco a fim, de verdade, de viver um clima de festas, mas era como precisava lidar com tudo, afinal. Como era bom para aquelas pessoas ser só um cidadão comum...
Quantos ali de fato estariam comemorando? Anna juntou as mãos na mesa, impaciente e um pouco rancorosa. Não olhava para os lados, ao contrário, mantinha os olhos fixos em Ratchford, mantendo o teatro, embora por dentro estivesse nervosa.
- Rosenrot
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- Mensagem nº7
Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho
you'll be again
To mold like clay,
to break like dirt
To tear me up
in your sympathy
You were never meant
to belong to me"
Crestfallen - Smashing Pumpkins
A manhã começou como todas as outras começavam. Muito antes do sol nascer seus olhos estavam abertos. Olhava pela janela, sua mente fragmentada e atormentada pelos sonhos que lhe consumiam noite após noite. Alguns eram tão rotineiros que não lhe abalavam mais. Não necessitava dormir muito, talvez o corpo tenha se condicionado ao modo como a própria mente trabalhava. Olhou na direção do vestido que usará no dia anterior e todas as coisas que sentiu naquele dia retornaram a sua consciência. Havia algum real motivo para sua recém empreitada? O que queria provar? Aquela necessidade estranha de ter um desfecho lhe consumia, mas poderia ser facilmente sobrepujada por qualquer outro evento. Raven era uma criatura de momento, no final das contas. Achou então melhor parar de pensar. Vestiu-se, mesmo que faltasse algumas boas horas para seu pequeno encontro. Quando os primeiros raios de um sol surgiu, já estava na calçada do velho bordel; era estranho não carregar sua arma, por mais que não gostasse de usá-la, o peso parecia fazer falta, como uma nota ausente em uma música. Mas decidiu ignorar aquele detalhe e seguir com o que tinha que fazer. Talvez tudo acabasse naquele mesmo dia e poderia voltar para o buraco que chamava de lar. Já estava lá quando eles chegaram. Já estava lá há algum tempo e sentia-se extremamente consumido pelo tédio. Não existia nada em sua mesa porque nada naquele lugar lhe agradava. Às vezes tentava prestar atenção nas canções, mas era como acompanhar um trio de bêbados em linha reta. Raven não tinha vontade disso. Piscou, sua mente oscilando entre suas vontades e as vontades da sua fome. Levantou o olhar muito suavemente quando a dupla entrou e não esboçou reação alguma. Raven era uma criaturinha paranoica. E ficou por ali, apenas observando por um minuto ou dois. Precisava ter certeza de muitas coisas antes de agir: a principal delas era a de que não seria um alvo fácil. Então finalmente se levantou. Era uma figura estranha, ao seu modo. Nos seus 1.70 metros de altura. Com seu cabelo escuro feito breu preso numa trança única, seus olhos cor de ébano e seu rosto pálido, Raven era uma criatura estranhazinha. Quando sua mão enluvada puxou uma das cadeiras na mesa do casal e se sentou, era difícil - provavelmente impossível - para eles determinar se falavam com Ela ou com Ele. Raven os olhou muito rapidamente, antes de fixar os olhos em Anna, que talvez notasse a total ausência de qualquer expressão de sentimento em seu olhar. Era como observar alguém catatônico. A primeira coisa que passou na mente de Raven para se dizer foi quero minha arma de volta, mas não disse, ao contrário disso olhou em volta muito suavemente. - Se isso fosse uma espécie de armadilha, sentar perto da saída não seria tão proveitoso quanto parece. Qualquer idiota traria um segundo para ficar à porta, aguardando. Sempre sente perto das janelas e as quebre, se necessário. - Sua voz era outra incógnita. Impossível de decifrar. Lambeu os lábios, voltando a encarar Anna: não sentia nada. Talvez, por um instante, achasse que olhar o foco de tanto amor paternal lhe despertasse algo. Uma fagulha, um resquício de qualquer sentimento que não a necessidade constante da violência. Então um segundo pensamento lhe ocorreu; era provável que seu tipo não estivesse 'programado' para sentir essas coisas, afinal. - Eu fiz uma promessa ao seu pai. E tenho alguns motivos para crer que sua adorável madrasta mandou que o matassem. - De novo, lambeu os lábios. - A arma que ele usou era minha e eu pretendo cumprir minha promessa e achar o maldito ratinho que fez isso. Você vai me ajudar ou terei que fazer por mim? Direto ao ponto, era mais simples. Não tinha tempo para pequenas palavras e horas de consolo. Tinha um trabalho a fazer e o faria. Em momento algum Raven dirigiu seu olhar - ou palavra - para o homem na mesa. Seu interesse era total e absoluto em Anna. |