Nome: Kruashtron Tra (Tron)
Raça: Renegado
Resumo sobre o personagem: Kruashtron Tra era um anjo puro, que lutava pelo seu mestre, o senhor da Luz, qual sua voz parecia aos ouvidos de quem escutasse, como um coro uníssono que acalentava aqueles que precisavam. Seguia as ordens de Rafael acima de seus próprios pensamentos pois acreditava que ele, um dos arcanjos criados juntos ao senhor, era aquele que podia lhe guiar até algo que iria fazer sua existência, considerada divina pelas criaturas de barro que viviam na Haled, ter algum sentido. Passou incontáveis eras exercendo as ordens de seu senhor, fielmente, sem nem ao menos exitar ou colocar suas convicções perante as escolhas que enfrentava enquanto no campo de batalha em nome do arcanjo. Após o dilúvio, encontrou-se sozinho pela primeira vez em sua vida celeste. Rafael abandonara tudo e sumira sem deixar rastros e tudo que Tra fizera até então parecia vazio, sem valor. Sempre fora um servo em sua lealdade cega e, apenas diante de toda confusão que se instaurava no paraíso, chegara a duvidar de seu mestre. "Teria ele abandonado tudo por considerar não mais haver salvação para nós? O que fizemos até agora, meu senhor? Nada? Apenas enganação para fingirmos que tudo ia bem?". Pensamentos irados surgiram em sua mente que rogavam pragas para A Cura de Deus. Mas logo sua ira aquietou-se e, como um samurai que perdera seu mestre, tornou-se um Ronin, preso em uma vida desgraçada e desonrosa, sem poder ao menos cogitar cometer seppuku pois sua casta não lhe permitia. Optou pela reclusão, uma última saída, a espera infinita que lhe custara até os poucos pensamentos automáticos que possuía, sentado na grande sala de seu antigo mestre, vazia assim como seu corpo e mente até aquele dia. O dia em que a rebelião fora traída e a guerra começou, expulsando aqueles insurgentes para a Haled. Fora convocado pelo próprio Miguel para o julgamento, assim como todos os outros anjos, mas relutou em ir pois não via mais proposito naquilo. Porém, não tinha livre-arbítrio e seu sangue clamou, após muito tempo de quietude, para que fosse aquele local. Lá, escutou as acusações e sentenças proferidas pelo primeiro arcanjo contra os revolucionários que questionavam sua tirania e sentiu que, naquele momento uma pequena fagulha acendera dentro de si. Era uma vontade, algo que não sentia a muito tempo, mas não era contra Miguel, muito menos a favor dos ideais daqueles que estavam sendo julgados, Kruashtron queria ir atrás daquele que fugiu e levou consigo sua própria vontade de viver. Sem saber se iria entende-lo ou condena-lo, Kruashtron iria atrás de Rafael. Confessou, falsamente, fazer parte daqueles que iam contra o tirano e, junto a eles, fora mandado até o lar dos humanos, onde rumores diziam que era o refúgio de Rafael após seu sumiço. Lá iria viver e procurar, como um andarilho, apenas uma coisa: Seu antigo mestre. E talvez, lá, finalmente encontrasse um motivo para viver.
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Proposta aprovada. Seja bem-vinda ao jogo @Nimaru Souske! - GRUPO 01