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    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens

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    Mensagem por Scariottis Ter Jan 23, 2018 11:33 pm

    Aqui serão postadas as fichas dos PJs com seus respectivos backgrounds.

    As mesmas utilizarão apenas os livros Core de D&D 3.5, sendo eles:


    • PHB
    • PHBII
    • DMG
    • DMGII
    • MMI
    • MMII


    Os personagens são criados no Level 1, utilizando qualquer raça presente dos livros que seja jogável como PJ e que tenha LA 0.
    A distribuição de pontos é usando o sistema de Point-buy de 32pts do DMG e o gold inicial é o médio de cada classe.
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    Mensagem por Scariottis Qua Jan 24, 2018 10:14 pm



    Abdra Brand'la


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens 1d9654d1a989b7080b23bcda548b80aa

    Classe: Cleric 1
    XP: 250/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1429896

    Background

    Abdra Brand’la nasceu em um pequeno grupo nômade que se chamam de callys, poucas famílias exiladas de Gloria no começo de sua ascensão por diversos motivos. Sempre gostou do estilo de vida, o único que conhecia, de nômade, mas ele queria conhecer mais coisas além da pequena porção do Norte que eles andavam. A melhor parte da peregrinação era quando seu grupo passava por Sólon. Tantas coisas para ver, tantas coisas para perguntar, tantas coisas diferentes que não paravam de chegar. Abdra se sentia meio cheio.  

    O povo nômade depois de vários anos decidiram fazer um pequeno lugarejo na floresta ao leste de Sólon para finalmente criar um poucos de raízes, Abdra e outros poucos foram contra, mas a maioria tinha decidido ficar nessas terras, incluindo a sua família, então começaram a construir o vilarejo. Todos começaram a dividir as tarefas após a construção das cidades, Abdra optou por ser um caçador, ao menos poderia ir para lugares mais longe de onde estava. Abdra se sentia meio vazio.

    Mais tempo fora de onde vivia, Abdra clareava as ideias sempre em algum lugar novo pelas redondezas, longe o suficiente para se sentir melhor. Um dia e uma dessas andanças ele encontrou um humano vestido com roupas surradas olhando um mapa em sua e mão e coçando a cabeça, após tantos anos vendo alguma pessoa diferente de um elfo, sua curiosidade falou maior que sua prudência. Armado com seu arco perguntou ao humano quem ele era e o humano sem se preocupar muito falou “sou Maric um viajante em uma jornada”, depois de um tempo com algumas perguntas Abdra relaxou um pouco e começou a conversar com Maric e quando perguntou sobre a sua jornada Maric apenas respondeu “ não sei quando ou onde terminará, mas estou indo mesmo assim”. Abdra ficou maravilhado e confuso ao mesmo tempo, descobriu que Maric é um clérigo de fharlanghn e que a jornada era como se fosse parte de sua natureza, e olhando para o elfo e vendo ele maravilhado pergunta para ele “não gostaria de fazer a sua jornada?”.

    Após algumas horas de ter saído Abdra retorna e indo para sua casa, encontra com seus pais e fala que desde que tinham ficado lá naquele lugar algo dentro dele tinha sumido e que se ele ficasse mais tempo ali ele não aguentaria mais e assim decidiu sair em uma jornada, quando os pais perguntaram para onde ele estava indo, ele quase fora da casa, respondeu “eu não sei” com um sorriso que só quando criança ele tinha. E assim começou sua jornada, junto com Maric até Sólon e então se separariam.

    Abdra se tornara um fiel clérigo de Fharlanghn, durante seu tempo junto com Maric. Comprara um mapa para decidir por onde começaria, mas o que o fez querer ir para lá foi as conversas dos mercadores de Sólon de quão diferentes eram os Reinos do Oeste. Fechando o mapa e guardando-o em sua bolsa ele já sabia por onde começar.
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    Mensagem por Scariottis Qui Jan 25, 2018 11:35 pm



    Ethir Alistimatur


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens D6042ac18da3e467e867d2826811608d--half-elf-male-fantasy-rpg

    Classe: Beguiler 1
    XP: 300/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1471102

    Background

    Gritos e sangue em uma noite fria. Dentro de um pequeno e precário cortiço, perdido nas mazelas da grande cidade de Argos, uma mulher humana dava à luz, com a ajuda de sua própria mãe.

    O paradeiro do pai do bebê era desconhecido por ambas. Ele era um elfo que, de passagem pelos reinos humanos, conquistou e engravidou Evelyn, uma humilde artesã, e a grávida que agora estava em trabalho de parto. Iludira-se com as doces palavras e a sublime poesia do forasteiro; mas ele desapareceu poucas semanas depois de se envolverem pela primeira vez.

    Ainda assim, Evelyn manteve em seu coração a paixão por aquele que a abandonara. Por isso, resolveu homenageá-lo ao batizar seu filho com um nome élfico, o título que o pai usava para referir-se a si mesmo: Ethir. A humana não conhecia seu significado, mas gostava da sonoridade e da lembrança que lhe trazia.

    ***

    Ethir herdou a beleza élfica de seu pai, tornando-se, ao crescer, um atraente meio-elfo. Apesar disso, nutria um ódio à raça élfica como um todo, pois desprezava o que seu pai fizera com sua mãe, além de ter asco por todo aquele ar de superioridade que os orelhas-pontudas tinham. Também Evelyn amargurou-se após o nascimento de seu filho, e ensinara-o sempre a não confiar em ninguém, pois qualquer um poderia a qualquer momento golpeá-lo pelas costas.

    Com essa educação, Ethir percebeu que o único jeito de não ser golpeado por trás era ser ele mesmo o golpeador. Por isso, desde criança foi traiçoeiro; possuía uma lábia impressionante, capaz de convencer sua própria mãe, enganar seus companheiros e fazer amizade com quem quer que desejasse. Bastava pôr sua língua de mel em ação e dizer as palavras corretas, que o mundo estava aos seus pés.

    Essa habilidade não passou despercebida pelas guildas de ladrões que atuavam nas ruas de Argos, e, ainda jovem, Ethir foi abordado por uma delas. O rapaz aceitou a proposta de trabalhar para eles, mas com intenções ocultas; uma vez lá dentro, manipulava rixas internas e planejava golpes para deposição de líderes, ao mesmo tempo que se passava por aliado de todos (inclusive dos líderes depostos por influência dele mesmo). Sempre preferia resolver os problemas com uma boa dose de charme e persuasão, mas nem sempre isso era possível, e o meio-elfo não hesitava quando era necessário lutar ou matar, assassinando inimigos friamente.

    Ao atingir a maioridade, começou a perceber talentos mágicos nascentes. Curioso por essa nova ferramenta – extremamente conveniente, diga-se de passagem –, começou a explorá-la e a abrir novas possibilidades. Assim, roubava alguns livros e pergaminhos perdidos, especialmente em élfico (que ele teve que aprender por conta própria e pagando um ou outro viajante que conhecesse o idioma), para descobrir como aprimorar suas habilidades.

    Ocultou sua magia de todos, mesmo de sua própria mãe; pois as pessoas desconfiam do que não entendem, e ele não desejava despertar desconfiança. Apesar disso, usava feitiços em abundância, especialmente para encantar as pessoas sem que elas soubessem.

    Com sua lábia e sua magia a seu favor, além de uma inteligência acima do comum, não demorou muito até que se tornasse um poderoso e reconhecido criminoso. Passou a ter servos, espiões contratados que eram seus olhos e ouvidos espalhados pela cidade. Eles quase sempre eram gnomos ou halflings, pois as pequenas criaturas conseguiam facilmente passar despercebidas. Usava e descartava todos aqueles que lhe fossem úteis; segredos e favores eram sua moeda de troca.

    ***

    Com o tempo, Ethir começou a ficar entediado da vida em Argos. Já dominava uma parte significativa do contrabando na parte pobre da cidade, e mantinha alianças com os demais contrabandistas. Tinha subornado, encantado e assassinado guardas; as coisas estavam ficando um pouco repetitivas.

    Um dia, Mewghoah, uma de suas parceiras de crime, informou-lhe que conseguira roubar com sucesso um importante ferreiro da parte rica de Argos, obtendo um espólio de armas, armaduras e equipamentos. Mas, por isso, precisava fugir imediatamente da cidade, pois seria perseguida com afinco.

    O meio-elfo viu na situação a oportunidade que esperava. Rapidamente, espalhou mensagens pela sua rede de espiões para informar que estava deixando a cidade junto com a guerreira; alguns resolveram acompanhá-lo, outros ficaram para trás. Finalizou negócios pendentes, despediu-se de sua mãe, reuniu seus pertences e partiu junto com Mewghoah e outro parceiro de crime para Bardenville.

    Mas não ficaram muito tempo na vila; logo partiram em uma expedição para explorar a antiga Torre de Zysgmar, o lendário mago responsável pela Quebra. Para isso, treinaram mendigos desesperados, que não tinham nada a perder, tentando-os com falsas promessas de riquezas; levaram junto, também, os gnomos e halflings espiões de Ethir.

    Entretanto, assim que saíam da floresta em direção ao deserto que circundava a Torre, foram emboscados por um poderoso exército de orcs e goblinoides. A batalha foi sangrenta, e todos ou morreram ou foram deixados para trás no campo da batalha. Apenas os três líderes da carvana – entre eles, Ethir – foram capturados com vida e levados para Gan’Gardek, o perigoso território orc controlado por Zigzags.

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    Mensagem por Scariottis Sex Jan 26, 2018 12:46 am



    "Espectro"


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens GOPv3Se

    Classe: Rogue 1
    XP: 250/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1471125

    Background

    Poderia alguem simplesmente ter surgido no mundo sem um passado? Alguns acreditam que sim, pois simplesmente o recém nascido foi achado em um beco, cagado por sua mãe e solto no mundo, desde seu nascimento tendo que lutar para sobreviver. Foi encontrado por uma prostituta que passava pelo beco, mostrando um pingo de traço humano ao decidir cuidar dele, algo que se soubesse quem ele se tornaria poderia te-la feito mudar de ideia.

    Sua comida não era de graça, sua roupa não era de graça, seu amontoado de feno que chamava de cama não era de graça. Desde o momento que começou a andar, teve que fazer os serviços que sua criadora ordenava, se referindo a ele como "meu pequeno escravinho". Pegar coisas, levar coisas, abrir porta pros clientes. Quanto mais crescia mais complexas eram seus serviços em troca de migalhas de uma "vida".

    Ainda pequeno, quase chegando ao final da infância, um dos clientes de sua criadora acabou exagerando na diversão e ela acabou morta. O homem passou com ele terminando de se vestir, cuspindo no chão e dando um sorriso amarelo que lhe faltava dois dentes, dizendo que podia ir limpar a bagunça. Ao ver o corpo dela sem vida, não chorou, não gritou, não lamentou. Ela era só uma prostituta, alguém sem importância no mundo que não faria falta a ninguém. Mas ao começar a organizar as coisas, viu que o homem nem ao menos havia pago pelo serviço, não havia cumprido o acordo com ela e abusou do serviço que ela oferecia. Isso sim ele não perdoaria.

    Com uma pequena faca saiu as ruas, zanzando ate encontrar o homem em uma taverna. Esperou do lado de fora, no escuro onde se sentia mais avontade, aguardando pacientemente. Demorou um pouco, logo iria amanhecer, mas o homem saiu cambaleando, sozinho. O garoto se aproximou pelas sombras das caixas empilhadas e num movimento rápido deu um pequeno pulo para alcançar o pescoço do homem, fincando a faca. Nem olhou para trás, simplesmente saiu dali andando pelas sombras novamente, deixando o homem agonizar e morrer afogado no próprio sangue.

    Dois dias depois, ainda estava na casa da prostituta encerrando de limpar o local e ver o que ainda não havia vendido quando dois homens entraram, dando uma boa olhada no lugar e no garoto. Foi questionado sobre a morte e calmamente explicou tudo, inclusive que havia matado o homem por não ter pago pelo serviço. Os homens pareciam meio incredulos ao ver tal garoto, branquelo e de olhos azuis vazios como de um fantasma havia conseguido matar alguem da guilda dos ladrões tão facilmente. Sorte, um deles cochichou, enquanto o outro o convidou para fazer parte da guilda e ver se realmente foi sorte ou não.

    Ao longo dos anos, foi mostrando suas habilidades prestando os serviços, desenvolvendo um código de ética próprio, definindo seu proposito, diferente de sua antiga criadora que simplesmente fazia as coisas por ser uma vida fácil, ele sabia seu papel e via a importância de seu trabalho, contribuindo para todos, em especial Ethir, um meio-elfo que tinha uma ambição mais aflorada e que o tratava como uma "ferramenta útil", recompensando-o pelos seus serviços devidamente, além de perceber que o meio elfo estava contribuindo para limpar o lixo crescente dali.

    Houve o convite e nem questionou, aceitou prontamente a oportunidade da exploração e foram para a Torre de Zysgmar. Talvez os deuses tivessem outros planos, pois só assim pra descrever o infortúnio de se deparar com um exercito orc no meio do nada. Estavam vivos ainda, sendo levados, e esse era sem dúvidas o maior dos erros dos orcs, pois não faziam ideia do que estava para acontecer...

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    Mensagem por Scariottis Sex Jan 26, 2018 5:46 pm


    Flavius Steiner Germanus



    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens CccGokl

    Classe: Fighter 1
    XP: 275/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1470633

    Background

    Flavius Steiner nasceu em Argos por volta de 500 dQ, filho de Claudius e Valeriana Steiner, que serviam a Tiberius Germanus, nobre com certa influência na capital. Desde pequeno os observava e admirava, quando passavam pelas ruas de Argos, escoltando Lorde Germanus. Admirava também a Germanus, que sempre tratou seus pais com humildade, mesmo estes o servindo.

    Quando Flavius tinha 12 anos, perdeu os pais, acometidos por uma doença desconhecida, tendo sido acolhido por Lorde Germanus como seu protegido. Ele via certo potencial em Flavius, e assim que pôde, o colocou na Academia Militar de Argos, onde aprendeu a manejar diversas armas de combate, tendo tomado preferência pelo uso da alabarda, e também a observar o campo de batalha ao seu redor, se adaptando para tirar o máximo de proveito do mesmo.

    Flavius era imensamente grato por tudo que Tiberius fizera por ele, e se via no dever de assumir o lugar de seus pais. Assim, requisitou a Tiberius para que fosse transferido para a sua guarda pessoal, que assim o fez. Flavius Steiner Germanus, como passou a se chamar após ser acolhido por Tiberius, agora portava a insígnia da casa Germanus, como seus pais o fizeram muitos anos antes.

    Tiberius, mesmo não sendo o mais poderoso dentre os lordes de Argos, detinha influência suficiente para bloquear manobras políticas de lordes rivais. Não surpreendentemente, fizera inimigos no reino, alguns bastante poderosos, uma razão a mais para ter uma guarda pessoal.
    O ano é 526 dQ. Rumores de certa inquietude nas terras do Leste chegam a capital. A aparente paz que dominava o cotidiano de Argos começava a dar lugar à inquietude. Tropas começavam a se mobilizar, e reparos eram feitos nas muralhas. Na esfera política, o inverso ocorria. Uma súbita tranquilidade tomou conta. Teriam os lordes de Argos colocado suas diferenças de lado para lidar com a ameaça iminente? Lorde Germanus tinha certeza de que não. E sua confirmação veio com um de seus informantes, que lhe traziam péssimas notícias. Os lordes rivais de Tiberius haviam se reunido, às escuras, e seu nome foi repetido diversas vezes durante o encontro, sempre num tom raivoso.

    Sabendo o quão perigoso seria para ele e sua família permanecerem na cidade, optou por fugir para Sólon, onde tinha aliados que poderia ajudá-lo. Mas Tiberius não poderia utilizar o porto de Argos, pois sabia que seus rivais controlavam a área, e ir para lá em meio a ameaça iminente não seria uma boa ideia. Optou assim, por viajar para Bardenville. Tiberius conhecia Lucios, prefeito do vilarejo, e acreditava que ele podia ajudá-lo a chegar a Sólon.

    Tiberius planejava sair ainda naquela noite, e ao ser informado de sua decisão, Flavius propôs que fossem utilizadas duas carruagens para despistar quaisquer forças enviadas pelos lordes, uma indo para Bardenville, onde estariam Tiberius e sua família, juntamente com o resto de sua guarda pessoal, e outra em direção à Lumia, onde Flavius iria sozinho. Tiberius concordou com o plano, mas ordenou que a carruagem fosse largada na floresta ao norte de Lumia, e que Flavius removesse sua insígnia, de modo a não ser atacado por tropas dos lordes rivais e o libertou de seu juramento, não querendo o expor a mais perigos.

    Tudo fora feito como planejado, e Flavius agora se dirigia a Lumia, onde tomaria um novo rumo em sua vida.

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    Mensagem por Scariottis Sáb Jan 27, 2018 11:21 pm


    Holgen Rougecloak


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens IAN3hqP

    Classe: Sorcerer 1
    XP: 100/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1468995

    Background

    Nossa história começa em uma pequena fazenda nas terras do oeste, onde vivia uma feliz família Halfling, incluindo os irmãos Corlen e Holgen. Os dois irmãos eram melhores amigos, inseparáveis, e prometeram que sempre cuidariam um do outro. Como a maioria das boas histórias, o destino possui um gosto particular de transformar a felicidade em tragédia.

    Aconteceu no outono. Holgen, o irmão mais novo, foi atormentado por uma terrível doença. Diversos médicos e homens da fé foram chamados para atender o menino, mas nada que eles tentavam parecia surtir efeito. Dias se passaram em que Corlen foi obrigado a ver seu irmão morrendo um pouco de cada vez até uma determinada noite de tempestade, onde Corlen sabia que seu fraco irmão não resistiria até o nascer do sol. Desesperado, Corlen buscou uma medida desesperada.

    Roubando o cavalo mais rápido e com apenas um casaco para se proteger da chuva, Corlen cavalga apressado para a floresta nas redondezas. Vários contos haviam naquela região sobre a floresta das redondezas e sobre os seres que ali residiam.  Histórias para assustar crianças sobre homens que correm como lobos e bruxas que surgem da terra para puxar suas pernas, mas também havia a história de um antigo poço de pedra, que poderia realizar qualquer desejo. O jovem Halfling encontra esse poço e pede por ajuda, e algo dentro do poço responde.  A voz diz que poderia ajudar, por um preço. Ele fala sobre uma barganha, daquelas do tipo que você nunca deve aceitar, Corlen acaba aceitando.

    A tempestade termina, o sol nasce, e Holgen acorda milagrosamente curado. Ele sorrir ao ver deitado ao seu lado Corlen, seu querido gato de estimação. Seus pais chegam ao seu quarto e choram de felicidade ao ver que seu filho único não mais estava doente.  Anos se passaram depois daquela noite e Holgen realizou sua primeira magia, fazendo uma mesa brilhar quando estava muito escuro e as velas haviam acabado. Ele e sua família percebem que seus talentos mágicos seriam desperdiçados ali, e decidem que era a hora de Holgen sair da fazenda e seguir seu próprio caminho. Ao partir, o Halfling leva consigo seu gato Corlen, sentindo que algo os ligavam juntos, muito mais que uma simples relação de animal e dono.

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    Mensagem por Scariottis Seg Jan 29, 2018 12:05 pm


    Leonard Fairbreath


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens X6Wt1cz

    Classe: Paladin 1
    XP: 100/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1471741

    Background

    “Não há piedade, só há julgamento.”

    “Patience outlasts all.” You understand that it might take your
    entire life span to make a difference in the world—you don’t
    hurry, you persevere. You have the god-supported tenacity
    not to quit your tasks, once taken up.

    “Loyalty to true friends, vengeance to betrayers and foes.” You
    know that strength flows from solidarity, and solidarity only
    comes when all trust each other. Defeating the evils that
    plague the world is possible if all are loyal. Those who betray
    loyalty must be dealt with swiftly.

    Nascido na pacata cidade de Lumia, Leonard sempre morou com seu pai, sua mãe e seu pequeno irmão Jeremy. Desde os 8 anos de idade teve que se dedicar exclusivamente a ajudar sua mãe no sustento da família e cuidar de Jeremy, que tinha apenas 4 anos. Na cidade as coisas eram sempre muito paradas, o pai de Leonard não ficava muito em casa, passava semanas e até meses em expedições que ele chamava de “empreitadas”, segundo seu pai essas jornadas um dia cessariam trazendo assim a riqueza para a família; os olhos de seus filhos sempre brilhavam ao ouvir as nobres histórias de seu pai que até então era uma grande inspiração, entretanto a mãe dos dois irmãos não via dessa mesma forma e nunca havia falado nada a respeito.

    A mãe de Leonard era uma mulher alta e loira, os olhos cristalinos e traços élficos que com certeza a tornavam a mulher mais bela de Lumia e talvez até de Riviera. Desde sempre Leonard percebera que a relação da mãe com o pai não era das melhores, eles quase não se falavam quando em casa e a mamãe vivia com um rosto aflito, o que sempre intrigara o filho mais velho: por que que a mamãe vivia triste? Havia ele feito algo de errado? Será que não estava se esforçando o suficiente? Essas perguntas o deixavam aflito, essas perguntas levaria a catástrofe da vida de Leonard.

    O filho mais velho completara 15 anos, já era um adolescente, nada havia mudado. Sua mãe, seu pai, ainda viviam encobertos por mistérios indecifráveis, a revolta e a vontade de fazer justiça cresciam a cada dia da vida de Leonard motivadas pela angústia de ter crescido 15 anos sem ver o sorriso da mãe e pelo descaso que seu pai, homem que deveria amar aquela linda mulher, fazia. O filho preparou tudo, esperou seu pai voltar de uma de suas empreitadas, e o seguiria quando ele saísse na próxima.

    O dia chegou. Seu pai estava prestes a sair pela tarde, disse que dessa vez seria uma das últimas viagens, e que voltaria para trazer a paz de todos. Mentiras, tolo! Leonard esperou seu pai sair, pegou suprimentos e a antiga espada de seu pai, a chamada por ele de “desbravadora divina”. Então saiu dizendo a Jeremy e a sua mãe que ia pegar maçãs e foi, seguindo furtivamente os passos de seu pai, atravessou as florestas em direção ao sul floresta, onde haviam formações rochosas, era difícil seguir o passo de seu pai, ele conhecia bem o caminho, porém isso dava a vantagem de evitar encontros desagradáveis com animais. Então viu o pai adentrar no que parecia uma passagem secreta na rocha, o ouviu dizer “Tmy kdaav ao zmy jurqulw sudd wmas py zmy sih”(que futuramente entenderia significar “o sangue virgem irá mostrar-me o caminho”, Leonard decorou a frase, foi ao mesmo lugar e adentrou a pedra seguindo o rastro de seu pai.

    O cheiro de enxofre do lugar dava náuseas, era difícill enxergar diante da fumaça amarela que encobria todo o lugar, os olhos de Leonard ardiam e seu estômago pedia para colocar o que não tinha para fora. O cheiro foi aumentando e vozes conseguiam ser ouvidas ecoando pelas quentes paredes da caverna. Leonard andou até chegar em uma espécie de varanda de pedra, que dava de cara para um grande salão, a fonte da fumaça claramente era ali e agora ouvia-se o grito de uma mulher, uma mulher não, uma criança, vozes malignas ressonavam no lugar e Leonard usou seu último ato de coragem para olhar adiante, para ver o que se passava. Acreditem, até hoje deseja que nunca o tivesse feito.

    Uma donzela de aproximadamente 12 anos estendia-se em cima do que parecia ser uma cama de pedra, amarrada, cheia de cortes ao mesmo tempo que 4 criaturas vermelhas e com pequenos chifres dançavam e gritavam ao redor dela, mas isso não importava, a única visão que ele tinha era de seu pai. Na beira da cama de pedra enquanto passava a mão por debaixo da robe da pobre infeliz, o olhar era sádico, era a encarnação de tudo mais mau que já havia sido visto nesse mundo para o pobre garoto. As criaturas arranhavam com suas pequenas adagas a pele da linda menina e lambiam o sangue dela, enquanto o pai de Leonard se preparava para o ato libidinoso, abaixando suas vestes e rindo as custas do sofrimento daquela criança, ele estava perto, muito perto. “PAI, PARE!”, a gritaria da sala tombou em um profundo silêncio, um silêncio que gritava mais do que mil demônios para Leonard, não sabia de onde havia tirado a coragem necessária para que aquelas malditas palavras rasgassem sua garganta ecoando no que parecia ser um juramento de morte certa. O pai, ou o que restava de sua mente olharam para o filho, com um olhar que jamais vai sair das recordações, um olhar de ódio.

    Não demorou muito para que as criaturas se rastejassem até um ponto em que Leonard não mais tinha visão delas, ele estava morto. Não havia mais o que fazer, elas chegariam. Tudo foi ficando escuro, a fumaça foi cegando seus olhos até que dormiu. O despertar não foi agradável, não era um sonho e infelizmente nem um pesadelo. A primeira visão ao abrir os olhos fraquejantes foi do lugar em que se encontrava, era uma sala de pedra, iluminada por fracas tochas e o único som que se ouvia era de gotas caindo no frio piso rochoso, além do forte cheiro de sangue. Se via alguém, uma mulher. Pendurada em uma haste de madeira pelas mãos, a pele era rosada, os cabelos eram loiros, mas o vermelho do sangue não permitia ver ao certo quem era, não até despertar-se completamente e ver que era sua mãe, com o busto aberto, os seios rasgados e nua, sangue caia de todo seu corpo, pingava, escorria, ela se mexeu e olhou para Leonard e fez um último gesto, algo que parecia um pedido de desculpas, seus lábios dilataram-se e um sorriso foi a sentença de morte de sua progenitora, um sorriso que jamais ele esqueceria, o primeiro e o último. Ao olhar ao redor gritou JEREMY! ONDE ESTÁ MEU IRMÃO? Não demorou muito para que visse uma banheira na parede atrás dele, onde boiava um corpo de uma criança, não em água, mas em sangue. As lágrimas começaram a descer e cada porção de ar que entrava no ato de respirar era como facas descendo pelo diafragma, a dor era insuportável: ME MATEM! ME MATEM SEUS IMUNDOS! TERMINEM O SERVIÇO, DESTRUAM ESSA FAMÍLIA. Havia uma porta na sala e por incrível que pareça era a última coisa que fora percebida. O tempo passou, passou, até que finalmente a porta se abriu, o pai do infeliz atravessou a sala e chegou até o garoto pendurado, o examinou e lambeu o rosto do menino, então finalmente falou com uma voz vazia, uma voz fria - Viu filho? O prazer que nossa família pôde nos proporcionar? Não temos mais problemas, precisamos saborear o sangue daqueles que nunca foram corrompidos não acha ? - Leonard cuspiu na cara do ser que um dia chamara de pai, a reação não foi muito agradável, ele ficou furioso, e saiu com passo nervoso da sala, ouviu-se ele mexendo em algo e voltou, dessa vez com um grande chicote na mão, um chicote vermelho de sangue, rasgou a blusa do filho e começara a julgá-lo, a bermuda de pano havia sido encharcada de sangue, e as lágrimas haviam virado ódio nos olhos da pobre criança, que chorara a noite toda no escuro daquele lugar de merda.

    Acordara mais uma vez, porém acordara com uma luz, uma luz que vinha das brechas da porta e era cegante, não conseguia mais se distinguir a porta de tanto que brilhava e então cessou. Passaram-se segundos, o coração era a única coisa que Leonard ouvia até que com um forte estrondo a porta se abriu, um homem apareceu, carregando uma criança em seu ombro, não uma criança qualquer, mas a menina que havia sido abusada nas últimas horas e que Leonard teve desprazer de ouvir sofrendo enquanto tudo acontecia. Esse homem, com vestes cinzas e um símbolo que resplandecia dentro da sala o segurou no ombro e então mais uma vez, Leonard sucumbiu ao sono.

    Acordou, estava deitado em uma cama em um lugar lindo, as paredes brancas de mármore e a altura do lugar eram incríveis, pilastras resistentes erguiam todo o lugar e a luz penetrava no grande salão através de janelas redondas com vidraças que contavam histórias de poderosos guerreiros, então ouviu uma voz forte e rouca Você está bem? Sinto muito por não ter conseguido salvar sua mãe e seu irmão. Sua irmã está bem, apesar de estar muito machucada. A ânsia de vômito tomou conta do estômago de Leonard, - Eu não tenho irmã, senhor, acho que me confundiu talvez com outra pessoa, mas agradeço muito por você ter me salvado. – Essa menina é sua irmã. Sinto muito em ter que te contar isso, mas ela vem sido preparada desde seu nascimento para esse ritual, seu pai, ou o que restou dele, estava amaldiçoado por algo que infelizmente não conseguimos descobrir, e isso trouxe a destruição da sua família antes mesmo de vocês perceberem. Sinto muito por isso mais uma vez. O silêncio e o olhar vazio mais uma vez tomaram conta do local, até que a voz quebrou o silêncio -- Eu sou Rhodart, mão de Heironeous, e quero te ofertar a oportunidade se juntar a nós, cultuar o bem e a justiça e levá-la ao mundo. O que me diz? Não havia escolha se não aceitar, não tinha mais uma casa, não tinha mais dignidade, porém ainda existia um propósito: fazer justiça e descobrir o que havia acontecido. Esse era o propósito, destruir todos que fossem daquela índole, e fazer justiça perante o bem. Não haveria piedade para os corrompidos, só existiria o julgamento e ele não seria feito por Leonard, não, seria feito pelo seu deus, e não importa quanto tempo isso demoraria, a morte chegará para Leonard também, mas ele tinha certeza de que seus atos serão imortais e se perpetuariam por milênios até que o mal será finalmente destruído. – Sim, mostre-me o caminho, prometo tornar-me um servo do bem e da justiça.  

    Scariottis
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    Mensagem por Scariottis Ter Jan 30, 2018 10:31 pm


    Gunther, The Fangs Collector


    O Nascimento de uma Lenda - Fichas de Personagens K4vlQ8I

    Classe: Barbarian 1
    XP: 300/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1476126

    Background

    Gunther nasceu e viveu boa parte de sua vida em um lugar refugiado no meio de pedras e árvores, região a leste de Bardenville (Floresta entre Bardenville e o Deserto de Darasko), em uma tribo de nômades bárbaros chamada Ska'hzas. Essa tribo vivia da caça de animais grandes em regiões próximas, o que garantia bastante carne para o grupo todo. Alguns outros da tribo preferiam ir a Bardenville para servir como mercenários em questões envolvendo puramente briga em troca de mantimentos. Passavam o dia brigando entre si, ensinando um ao outro na prática como lutar e foi assim que Gunther aprendeu suas habilidades. O antigo lider da tribo, chamado de Grande Ska, era o mais forte e por isso treinou pessoalmente Gunther, pelo seu potencial e gênio forte, além do garoto ter certa perspicácia que não se encontrava nos outros membros da tribo.

    A tribo não era vista com bons olhos pelos povos que moravam perto das tendas e construções precárias de madeira que integravam aquele grupo barulhento e perigoso. Ninguém ousava se meter com eles, pois atacavam tudo e todos que se aproximavam dali.

    Anos mais tarde, enquanto Gunther (com 17 anos de idade) e outros 2 homens mais velhos da tribo saiam para caçar, foram atacados por 2 enormes monstros. Eles atacaram o trio repentinamente e vinham da mesma direção do local da tribo. Foi a luta mais dificil de Gunther, que conseguiu vencer, mas ao custo da vida dos outros dois homens que o acompanhavam... seu pai Zakila e seu irmão Trothos. Aquela tribo não era de cultivar sentimentalismos. A lei era ser mais forte a todo custo e respeitar os verdadeiros guerreiros. Mesmo com a morte das unicas pessoas da familia que conhecia (ja que as mulheres após parir e cuidar o filho até os 3 anos, são deixadas para trás, para ficarem com suas familias enquanto os homens partem em suas viagens ao redor do mundo com os outros membros da tribo), Gunther não se mostrou triste nem pesaroso. Ele voltou para casa, carregando as armas e a caça que pertenciam aos seus familiares. Ao chegar, viu que haviam muitos outros daqueles monstros, com garras e presas enormes, pelagem grossa, uma mistura de urso com leão. Esses seres apareceram na região e nela ficaram por um bom tempo. Gunther e os outros homens da tribo foram tentando afastar essas ameaças, mas o número do humanos diminuia cada vez mais. 1 ano depois de muita luta, Gunther mostrou aos demais da tribo que sabia liderar e da forma que fez, com certa sanguinolência e sem temor, os monstros foram finalmente vencidos. Mas agora eles estavam sem o líder da tribo, que sucumbiu ao ataque e dentre os 5 da tribo que sobraram, Gunther era o mais forte e por isso os outros 4 aceitaram que este os liderasse. Já que Gunther fez um enorme colar com as presas dos monstros que mataram, foi nomeado "Gunther, the Fangs Collector". Com seus 18 anos, ele já tinha muito sangue no olho, cicatrizes e vontade de matar. Já que ele havia vivenciado suas primeiras mortes, batalhas sangrentas... isso de certa forma o fascinava.

    Alguns anos depois, ele e seu pequeno grupo, andavam por ai. Ja haviam movido seu "acampamento" para as terras do Leste. Saiam explorando, furtando lugares, matando o que quer que o desafiem no caminho. Gunther quis viajar por essas Terras cheias de Orcs e outras coisas piores que isso, devido as histórias que ouviu em outras cidades que passou e as pessoas que ouviu falar. Falaram que as Terras do Leste abrigam grandes perigos e isso deixou o grupo muito empolgado. Pensavam nas riquezas, no banho de sangue, na fama que ganhariam, até mesmo em tomar o território. Na falta de noção, o grupo encontrou algo o qual eles mesmos não puderam lidar. No lado Leste de Riviera as coisas são piores ainda do que dizem. Do grupo de 5, apenas Gunther sobreviveu frente a armadilhas, monstros ainda mais terríveis e principalmente Orcs bárbaros, cujo poder sobrepujava o deles. Por Gunther ter resistido aos ataques, mesmo ele estando todo machucado, os orcs viram nele uma grande mercadoria... um escravo... na verdade, um escravo gladiador. Levaram-no para Gan'Gardek, uma vez que isso iria trazer muita diversão e dinheiro ao líder Zigzags.

    E por incrivel que pareça, Gunther gostou do lugar... procurou aprender algumas coisas observando outros gladiadores e seu principal deleite eram os momentos em que ele próprio lutava e se fazia vitorioso, banhado com o sangue dos rivais. Ele já está ali há meses, se divertindo e esperando a oportunidade de se tornar forte o suficiente para sair da condição de escravo para ser algo mais além disso.


    Scariottis
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    Mensagem por Scariottis Dom Fev 04, 2018 7:56 am


    Nar Vindraër


    Classe: Wizard 1
    XP: 0/1000
    https://www.myth-weavers.com/sheet.html#id=1478207

    Background

    Nar Vindraër era uma garotinha de belos cabelos negros e de grande olhos castanhos e curiosos que
    observavam a tudo e a todos muito atentamente. Filha de um mercador já dono de uma pequena fortuna, desde pequena Nar demonstrava sinais de que não seria feliz com uma vida de bordados ou negócios, ela estava sempre com seu irmão mais velho e seus amigos, e se encantava sempre que alguns cavaleiros cruzavam com ela.

    Sabendo que seria difícil lutar contra a vontade e teimosia da garota, seu pai a enviou, quando ela tinha 10 anos, para um Colégio Militar de St. Cuthbert. Depois de dois anos de estudo apenas acadêmico, Nar iniciou o estudo de esgrima, equitação, noções de combate e diversas outras coisas. Depois de mais dois anos, aos 14, Nar se tornou a escudeira de um paladino de St. Cuthbert, Tien Isgrem. Tien era um devoto fervoroso e incansável, sempre atrás dos mais simplórios batedores de carteira, até as pessoas sem escrúpulos que erguem mortos, queimam vilas e negociam com seres de outros planos, e foi em um combate contra uma dessas pessoas que a vida de Nar teve uma dura e drástica mudança.

    Tien estava seguindo o rastro de um conjurador há dias. O homem havia sacrificado uma vila inteira para realizar uma magia e, obtendo sucesso, o mago havia partido para prosseguir com seu plano doentio. Depois de ver os corpos chamuscados e sem rosto no que sobrara da vila, Nar preferiu não saber o que era. Semanas se passaram com Tien e Nar no encalço do mago quando os dois finalmente o encontraram nos esgotos de Argos, e foi nesse momento que a vida de Nar mudou.

    No calor da batalha, Tien conjurou uma magia para atacar o mago, que também tinha conjurado uma magia de seu próprio arsenal, mas algo deu errado. Era perceptível que o mago tinha mais energia dentro de si do que aquela com a qual estava acostumado e conseguia controlar, e que a magia que usou era mais poderosa que ele próprio, e o choque dessa energia negativa descontrolada com a energia positiva da magia de Tien criou fissuras na própria realidade que tragaram todos os que estavam ali.

    Quando acordou, Nar viu que ainda estava no mesmo lugar, mas de alguma forma tudo era diferente. Um lugar de sombras, sem cor ou luz, as lajotas no chão, antes apenas gastas, estavam agora trincadas ou completamente destruídas, não havia mais o esgoto correndo e a parede do outro lado estava destruída. A garota ficou encolhida por horas, tentando se aquecer do frio que fazia nesse lugar. Sem se mover, sem falar e até mesmo sem respirar direito, a garota não sabia o que fazer; pensava estar perdida para sempre e que encontraria naquele lugar seu fim. Buscando fundo na memória as aulas sobre os diversos planos de existência, Nar concluiu que aquele lugar deveria ser o Plano das Sombras ou talvez algum lugar pior, como a morada de algum deus maligno como Vecna ou Wee Jas. Com fome e sem conseguir resistir por mais tempo, Nar caiu no sono ali mesmo.

    Quando acordou estava faminta, mas não tinha coragem de procurar o que comer. Ela queria acreditar
    que logo viriam buscá-la e que não poderia ir muito longe. Nar ficou ali, apoiada em um muro e em uma esperança quase sem sentido, quando ouviu um barulho. Era um rato. Ele tinha o pêlo negro, os olhos amarelos e passava a alguns metros de Nar. A garota não pensou, pois foi a fome quem a fez saltar e agarrar o bicho com uma mão e quebrar seu pescoço com a outra. Depois de horas
    tentando em vão acender uma fogueira, Nar não agüentou mais e comeu o rato cru. A carne era amarga e seca, o sangue negro e o cheiro era forte e rançoso. A garota não se importou e devorou o animal.
    Em algumas semanas Nar não se importava mais com o gosto ou com o cheiro, e com um pouco mais de tempo ela já sabia as melhores formas de capturar os roedores.

    Depois de um ano sem sair dos corredores, Nar finalmente aceitou que ninguém viria resgatá-la e decidiu sair daquele lugar; explorar seu novo lar. A garota ficou espantada quando viu que estava em Argos, mas que tudo estava desolado, sem brilho ou cor. Algumas coisas não existiam mais, outras não estavam mais onde deviam estar. O céu era sempre negro, não havia estrelas, sol ou lua.

    Depois de tanto tempo nesse plano, Nar já não se incomodava mais com algumas coisas. Ela enxergava
    melhor no escuro e sua pele, apesar da falta de luz, ficou com o tempo mais escura. Nar teve a certeza de que aquele lugar era seu novo lar quando um das criaturas que tinha estudado – uma sombra, uma espécie de desmorto – se aproximou dela, mas não a atacou; ela era uma sombra agora.

    Dois anos se passaram. Nar vivia em uma comunidade de humanóides que tinham nascido naquele lugar e, apesar da falta que sentia de todos os seus antigos conhecidos, se sentia em casa. A falta de luz não a incomodava mais, sua pele já não tinha mais o tom claro a muito tempo e mesmo o frio não a incomodava mais. Aquele lugar agora fazia parte dela e nunca mais a abandonaria.

    Mais um ano se passou quando a vida de Nar sofreu novamente uma mudança. Tien, junto com alguns de seus companheiros, a encontraram. A alegria por vê-lo vivo foi tão grande quanto à recusa em aceitar voltar para ‘casa’. Nar não estranhava mais aquele lugar, aquele plano de sombras era o seu lar agora. Tien contou como seu pai sentia falta dela, e apesar dele e de seus companheiros terem visto como a garota havia mudado, estavam decididos em levá-la de volta para casa. Deram para ela um dia para se decidir. A saudade de sua família acabou vencendo as sombras agora impregnadas nela e garota
    decidiu voltar.

    A notícia da volta de Nar, a filha perdida, foi recebida com grande alegria, mas ninguém conseguiu disfarçar as expressões de surpresa ao vê-la. Seu pai foi o único que a abraçou antes de perguntar o que havia acontecido com ela. As semanas foram passando e Nar agora precisava se re-acostumar com seu próprio plano e com sua antiga casa. A luz, as cores, os cheiros e sons... Tudo era diferente, não eram apenas tons de cinza desbotados e sussurros. Nar se lembrava disso tudo, mas eram lembranças distantes, como se não fossem dela. Sua família também teve que se acostumar com sua aparência: a pele enegrecida, os olhos opacos, o cabelo tão negro que parecia a própria noite, além da frieza e
    falta de compaixão em certos momentos. Não que a bondade da pequena garota curiosa a tivesse
    abandonado, mas as sombras a esconderam em seu coração.

    Nar decide partir depois de alguns meses. Por mais que eles ainda se amassem, a garota não agüentava mais os olhares estranhos e desconfiados de estranhos, de alguns parceiros comerciais de seu pai, de seu irmão e de sua própria mãe. Depois de muito tempo pesquisando e falando com antigos e novos contatos, Nar descobriu a Cabala Eterna, um centro de estudos arcanos formado por pessoas que tiveram contatos profundos com outros planos. Era perfeito para ela. Despediu-se de sua família e
    partiu.

    Encontrar a Cabala em si foi uma tarefa árdua, mas convencer aquelas pessoas a aceitá-la como aluna foi muito mais simples. Apesar de seus estudos no Colégio Militar de St. Cuthbert não terem dado nenhum conhecimento sobre magia para Nar, a garota não era uma completa ignorante, e foi fácil convencê-los de que ela sobreviveu quatro anos em outro plano por causa de sua aparência, mas especialmente por todos os relatos e pela riqueza de detalhes em todos eles. Dois dias depois
    de encontrar a Cabala, a garoa começou seus estudos sobre magia. Dez anos depois Nar estava formada com louvor. Lendo tomos da Cabala Eterna, Nar soube que talvez exista uma antiga biblioteca nas terras do leste. Segundo os textos, ela pode conter alguns tomos arcanos, inclusive sobre o Multiverso – e o Plano das Sombras. A garota então não pensou muito e partiu para o leste em busca deste lugar; Nar quer saber mais sobre o mundo que a moldou e a transformou em quem é agora.

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