Julian Grenfell

O cheiro não é tão forte assim (não te lembra em nada as aulas de anatomia ou medicina legal) é só desconfortável e um pouco enjoativo
Se as pessoas tivessem sido atingidas por uma arma elas teriam largado os objetos que estavam segurando ou os agarrado convulsivamente
a maneira com que os corpos estão te lembra uma ilustração sobre os mortos do vulcão em pompeia, porém secos como múmias egípcias
e sem nenhuma lesão obvia indicando a "causa mortis"

Porém algo te chama à atenção

todos os corpos estão olhando para a mesma direção, mesmo em outras casas, a cidade inteira está paralizada e olhando para o nodeste

A cena é assustadora.

Tento analisar com a frieza característica, observo como posso os corpos, mas não percebo nada de especial, o mais esperado seria marcas de balas, mas não tem nenhum vestígio de tiro nas roupas. Os corpos já estão secos.

Minha análise era infrutífera, mas feita com rigos científico, até eu perceber algo bem fora do comum. Os corpos "olhavam" em uma direção.

Aquilo talvez fosse coisa da minha cabeça, talvez fosse fome, desidratação, a pressão do ar, não importa. Não quero ficar ali.

Saio para longe dos corpos, caminho alguns metros para longe da vila. Tento respirar o mais fundo possível. Aquilo foi muito mais do que eu esperava encontrar. Começo a ter dúvidas sobre minha viagem.

- Devo seguir em frente, minha curiosidade seria tão elevada assim? Acho que não. Por outro lado voltar seria perder tempo. O que fazer?

Levo a mão ao bolso buscando a moeda, eu faria o que sempre faço em momentos de dúvidas como essa.

Eu jogo a moeda para cima, se der cara eu sigo em frente, coroa, minha viagem termina aqui.

---

*Vou jogar um dado, simulando o arremesso de moeda de meu personagem, se der um número impar eu sigo em frente, par eu desisto da viagem e retorno.

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2

Coroa, eu retornarei para casa, não vim até aqui para me envolver em chacinas coletivas. O perigo parece ser muito para um médico curioso.

você pega a suas mulas e começa a seguir na direção oposta de por onde veio, a viagem segue sem intercorrências até a noite quando você esta cansado, preocupado com o que ocorreu e de mau humor pelo tempo perdido

Armo a barraca que possuo na área mais plana que encontro. Amarro as mulas, como e bebo algo.

- Agora é voltar para casa. Não vale a pena seguir viagem. Foi um erro vir aqui sozinho.

Aos poucos eu me convencia que a moeda me direcionara ao caminho certo, era isto que eu fazia, era isto que eu sempre fazia. Mas se eu não sabia as consequências de cada decisão, qual a diferença.

- Vou entrar em contato com Watson assim que chegar em Nova Delhi, este caso não morreu ainda, talvez eu retorne aqui com uma equipe inteira de militares. Valeu a aventura.

Olho para o caminho que ficou para trás, na direção da vila e dou uma gargalhada alto

- Hahaha, que loucura. Vou ter história para contar.

- Agora é hora de ir dormir.

Urino e algum canto qualquer e evacuo dentro de uma sacola plástica.

- Não posso fazer estas necessidades no chão como um animal. Eu sou um inglês. - mais uma gargalhada alta. - Ficar longe de todos até que tem suas vantagens, não preciso controlar meus impulsos

Você dessa vez tem um sono calmo, sem nenhuma sensação ruim, a impressão de que estava fazendo a coisa mais sensata te ajudou a descansar.
você acorda ja com o sol bastante alto, com a barriga roncando de fome. Fora da barraca um dia friom seco porém com o céu todo azul.

jogue uma PER

PER 13

Leafar efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 1 , 3

[quase acerto crítico]

onde a neve está quase ausente, meio derretida no chão úmido você nota uma pegada, calçado de sola lisa, e ao redor do acampamento vários pontos com uma ou mais pegadas, alguma pessoa esteve por ali enquanto você dormia, ou várias delas em silêncio total.
Suas mulas aparentam estar em ordem e olhando por cima nada seu foi tocado ou furtado

Eu continuo sendo monitorado, não gosto disso.

- O que eles querem afinal? Será que estão esperando eu ir embora? Se for isso, não vou falhar com eles. Mal vejo a hora de deixar estas montanhas.

Eu arrumo minhas coisas. Como o que tiver disponível e sigo viagem o mais possível, só queiro deixar aquele lugar para trás.

Você segue viagem percebendo que o caminho está fácil e tranquilo, você sente-se confortável viajando com a estrada cheia de marcações com as bandeirolas e locais conhecidos da tua vinda, depois de andar bastante você escolhe um lugar tranquilo e longe do vento gelado para fazer uma refeição e nota que existe uma quantidade grande de abutres voando baixo não muito longe de onde você está

Após a sensação de segurança ser maior eu me dirijo a este local tranquilo, não me importo com os abutres, apenas quero descansar um pouco. Talvez uma meia hora longe do vento.

Você se encosta para descansar e observandoa o longe repara que existe um pequeno templo pouco afastado da trilha com algumas estátuas, uns 600 metros de onde você está próximo a trilha que você segue

Eu deixo as mulas amarradas e sigo para este templo, apenas por curiosidade. Levo comigo minha mochila e principalmente a arma.

Você chega em um pequeno templo de pedra com 4 paredes cada qual com um símbolo típico da religião local em relevo

um arabesco ou um nó acima da porta
um peixe em uma das paredes
um vaso que pela imagem parece estar flutuando acima de uma vila na parede oposta a da porta
e uma concha na ultima parede.

Dentro cheiro de incenso e, olhando para dentro, você nota que a construção tem o teto vazado e nas paredes internas algo esta escrito nas pedras
vários símbolos diferentes
(jogue teu pesquisa com -2)

PESQUISA 12-2=10

Leafar efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

4 , 3 , 3

símbolos estranhos, geometria, matemática... algumas letras são nitidamente em tibetano e outras em alguma outra linguagem com linhas retas e curvilíneas porém não tão "organizadas" quanto o tibetano original
além disso desenhos de insetos e de humanos preenchem as paredes internas nos espaços entre os gráficos e escritos.

Eu me detenho observando o templo por um instante, ignorando toda a parte cultural do povo que reside na região eu me concentro no fato da estrutura de pedra de quatro paredes ser a proteção ideal contra o vento, meu objetivo era dar uma pausa de meia hora e ali era o local perfeito. Me encosto em um canto qualquer do templo, meu físico apresentava boa forma, eu poderia seguir adiante, mas meu psicológico dizia que podia descansar um pouco para evitar a fadiga, eu uso a mochila como apoio para as costas e fico ali. Observo com calma os desenhos nas paredes, eles me fazem recordar de uma palestra que havia assistido na faculdade, um antropólogo que já havia viajado para o oriente médio classificava certas culturas como inferiores baseando-se no tamanho do nariz do povo estudado, o idiota chegava a citar Darwin para justificar sua "ciência".

- Antropologia, conteúdo inútil - penso comigo.

Observando as escritas em um idioma estranho eu imagino que seja algo idiota como, "enterre seus mortos de bruço para ter uma colheita farta" ou...

- Caramba, será que aquela bizarrice na vila era um ritual - isto me faz ter um calafrio na espinha.

- Trinta minutos aqui, nada mais. - penso sem soltar a arma.

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*Vou postar no himalaia as segundas feiras. Isto me dá tempo de pensar com calma as características do meu personagem antes de escrever.

Você descansa pelo tempo proposto e deixa os olhos passearem pelas pedras enquanto isso.
O fato de ter duas ortografias diferentes te parece ser algo como uma tradução

vontheevil efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 4 , 3

[Quimica NH=15 - 7 no dado]

você repara que um dos símbolos geométricos não é um símbolo geométrico é uma molécula, aliás duas
um dos círculos com uma bolinha na periferia e outra no meio é um átomo de hidrogênio, assim como a outra com 16 bolinhas sendo 8 cheias e 8 vazadas no núcleo com 8 elétrons é um oxigênio o que justifica o 2 riscos em ângulo formando a molécula da água, e assim por diante, moléculas simples e comuns estão desenhadas pelas paredes, com algumas explicações em 2 línguas diferentes

Durante minha estada no templo observo as marcações sem compromisso, não havia nada demais nelas, pelo menos foi o que eu achava, mas a medida que encarei os símbolos buscando significados algo estranho e um pouco perturbador se revelou. Eram moléculas, represetações do nível mais avançando de ciência que a humanidade havia alcançado nestes mil e novecentos anos de calendário ocidental.

- Impossível?!... Não pode ser. - eu fico abismado, encantado, aterrorizado, todos estes sentimentos juntos enquanto dou gargalhadas sozinhas no templo. - Como? - No inicio achei que minha água estava contaminada com doses alcoolicas de qualquer coisa, mas eu havia passado horas estudando os mesmos símbolos na minha juventude, decorado cada traço e aquilo era a representação geométrica das moléculas, algumas básicas, algumas tão complexas que não me lembrava o que representava, embora conhecesse seus átomos isolados.

Fico refletindo o assunto por um tempo até perceber o óbvio, algum professor deve ter vindo até ali e trazido o conhecimento europeu, os garranchos que vi na parede foi o conhecimento adaptado, mas por quê? O que estes caras fariam com conhecimento básico de química?

Os trinta minutos passam e eu saio ao encontro de minhas mulas.