por Dycleal Dom Jun 24, 2018 1:11 pm
Liadrys está bastante concentrado quando chega o mago e sua apresentação o trouxe de volta a este plano da realidade e o druida olha no céu, o posicionamento das estrelas e decide que é hora de começar, olha para os presentes, nota a falta da clériga, mas respeita as particularidades de cada um e a necessidade de seus momentos e com um pigarro dá boa noite e diz: - Senhores e senhoritas, estamos em volta desta fogueira para um momento sagrado, sobre as bençãos de Silvanus e Mielikke vamos fazer uma cerimônia do Mak'Shin Mhora, que consiste em nos congraçar como irmãos e compartilhar uns com os outros de uma memória para que o nosso passado, compartilhado no presente, garanta o nosso futuro e após o último de nós fazer a sua oferta, iniciaremos um jantar ritualístico da fartura.
O draconato olha para cada um e diz: - Como representante do deus Silvanus e dirigente da cerimônia, eu devolverei ao deus, a primeira oferta, e agradeço pela presença dos companheiros, Calahal, Kss, Mika, Kenko e Talindra, que as bençãos dos deuses, os envolva enquanto estivermos juntos e unidos em propósito. Bem eu sou Liadrys e há dez anos atrás estava no meio do meu povo no norte, numa aldeia feliz e com minha mulher Zenebra e meus sete filhos e eu era um combatente na milícia quando o rei demônio de Volken, que era soberano sobre as terras onde habitávamos nos convocou para a guerra conta Vallys. O conselho dos anciões se reuniu e rejeitou a convocação, pois disseram que a guerra não era nossa o que toda a vila apoiou pois eramos um povo de coração bom, naquela vila e o rei era e ainda é a encarnação do mal e tudo o que o mal representa e como prova disto ele mandou seus melhores guerreiros e após três dias de resistência e muita morte ele levou cativo nossas mulheres e crianças e os velhos que sobreviveram. E nos falou que só veríamos nossos familiares vivos se nos juntássemos ao rei na guerra. Eramos trinta e dois sobreviventes e formamos um pelotão e nos foi dada uma tarefa suicida para poupar os soldados do rei e no combate com as forças de Vallys que conheci meu mestre, o Lorde Yjo.
Era visível a emoção de Liadrys, e que a pausa dada era para encontrar forças para continuar e após alguns momentos ele continua: - A luta foi justa e quando estávamos cercados e claramente derrotados, o Lorde Yjo com sua majestade, se levanta e nos propõe uma rendição justa e digna. Após aceitarmos as condições da rendição, ele amavelmente pergunta porque aceitamos lutar naquela missão suicida e revelamos a chantagem do rei. Neste momento vimos a tempestade no rosto do Lorde Yjo e ele perguntou se sabíamos onde estavam cativos os nossos parentes e dissemos que sim, mas que era impossível liberta-los pois era um forte com pelo menos mil guerreiros armados tomando conta e ele disse que a honra não tem limites e que era uma questão de honra e divida conosco que ele levaria seu exercito de duzentos e cinquenta homens e libertaria nossas famílias e assim se sucedeu, ele marchou contra aquele forte e depois de onze dias de luta dura ele derrotou o inimigo, porém lá ele não poupou ninguém pois não achou nenhum justo, só homens com o mal no coração.
Um novo espaço de tempo, o druida tomou para continuar sua narrativa e depois de algumas lagrimas rolarem dos seus olhos, ele continua: - As cenas que vimos estão gravados no meu coração para sempre, os cativos estavam nus e com fome, a maioria já morta e entre os mortos toda a minha família. Neste momento uma nova pausa e com a voz embargada continua: - O Lorde Yjo desesperado, curava os que nos braços da morte, ainda lutavam pela vida e providenciou alimentos e roupas para os sobreviventes famintos. Fez uma cerimonia para os mortos e consagrou aos deuses as sepulturas e confortou aqueles que tinham perdido os seus parentes, eu o abracei e disse que tinha perdido tudo e ele me convidou a segui-lo e que me ajudaria a encontrar a Paz, e como sempre, ele cumpriu com o que prometeu, hoje eu sou um druida e meu coração bate em paz e quando morrer, verei a face dos meus familiares nos reinos superiores. Para mim, apesar de mais jovem que eu, O Lorde Yjo é meu pai e me deu uma nova vida e salvou meu povo da extinção.
Ele enxuga as lagrimas e diz: - Bem, agora vocês tem um pouquinho de mim no coração, estou menos estranho para vocês e talvez, menos monstruoso e sorri, aliviando a tensão e continua: - Agora, espero que cada um de vocês me contem um pouco de vocês ou dividam uma memória conosco, esta aberta a fala.