Sala do Conselheiro da Defesa

-"É como o lorde Akmus disse, lorde Glim, meu marido não se encontra no momento. Ele está na cidade à procura de um local para fixarmos moradia. Estes dois são Mark e Heleonor, de Talin. Talvez estejamos tratando do mesmo assunto. O que lhe aflige, meu lorde?", diz Anya, apresentando os dois membros da comitiva de Talin.

[OFF: lembro que foi discutido durante a reunião do Conselho que os nobres de Valkeiskylä deveriam jurar lealdade ao rei de Vallys e ao Conselho de Valkeiskylä. Preciso saber, antes de responder, se isto aconteceu ou não. Se sim, se partiu do Conselho ou não. Eu não tenho o conhecimento do personagem, por isso, preciso desta informação./OFF]

Esta ordem convocando os maiores guerreiros das cidades não foi dada a vocês. E ainda não havia conselho até poucas horas.

Como poderiam ter convocado estas pessoas?

Anya bate as duas mãos sobre a mesa, se levanta da cadeira inconformada, e responde de forma ríspida ao Lorde da Moeda:
-"Como é que é? Meu marido não deu ordem alguma! Ele não é capaz de dar uma ordem deste nível sem... aff!"

Anya faz uma pausa, dá um suspiro, altera o tom da voz, e fala agora com mais calma.
"- Desculpe pelo meu tom! Estou um pouco cansada com tudo isso! A reforma desta sala, os acontecimentos em Talin, e agora mais esse problema! Se soubesse que a vida de esposa de um conselheiro da defesa fosse tão cansativa, teria seguido como mãe solteira.", se senta, dá um longo suspiro, e continua:

-"É fato que concordamos durante a reunião do Conselho de convocarmos os nobres da região para jurarem lealdade, mas nenhuma ação foi tomada por parte do Lorde da Defesa. Posso garantir isso.", e olha de soslaio para Heleonor e Mark.

O jovem guerreiro se preparava para falar alguma coisa, com o semblante bastante contrariado, mas ele é cortado com a entrada do outro conselheiro. Ele então recua e se silencia Akmus repara que ele fica mais reflexivo que a clériga que observava mas estava mais impressionada com o que ocorria do que qualquer coisa.

Assim que Lady Anya olha de forma desconfiada para os dois, Heleonor agora mais assustada com a reação da elfa.

- O prefeito está acometido de uma doença que deixa seu corpo cheio de feridas purulentas. Já tentamos vários encantamentos, poções, unguentos mas nada parece fazer efeito contra a doença. Quanto a ordem nos foi entregue a carta que está com Sir Phillip, ele a recebeu diretamente do prefeito.

Mark se limita a apenas assentir com a cabeça.

Akmus observa tudo um tanto perplexo, pior, ele não imaginou que o grupo que chegou a sala de seu conselho fossem os generais de Talin, pensava que eram guerreiros valorosos apenas. Eles abandonaram a cidade e vieram a esta suposta convocação e agora tudo se encaixava, Akmus não tinha se atentado ao fato de ninguém ter sido convocado, ele pesou que fosse uma convocação independente do Rei. Seu semblante muda e ele estava visivelmente irritado:

-Então vocês vieram para cá abandonando a cidade simplesmente por uma convocação!? TODOS vcs!? Eu costumo respeitar muito a ordem, mas numa situação como a que aconteceu agora é inadmissível que por uma convocação todos venham e abandonem a cidade. Vocês tem noção do que fizeram!? Há ordens que devido ao alto risco devem ser desobedecidas ou cumprida em parte, que viessem apenas dois ou no máximo três de vocês, esse tipo de irresponsabilidade é inaceitável!

Akmus se esforçava para manter sua postura controlada e educada, mas não tem muito sucesso. Ele soca a mesa, respira um pouco. Era visível sua preocupação e irritação.

Ele vira-se para Mark:

-Mark, porfavor, traga Sir Philip e esta carta para cá imediatamente! Eu tenho certeza que essa ordem não saiu daqui, vocês foram enganados pela inocência. Na guerra os inocentes são os primeiros a cair...Sugiro que depois disso pensem mais com a razão e esqueçam um pouco a emoção.

Akmus então vira-se para o Gnomo:

-Glim, que tipo de ataque foi feito a Talin? Mortos-Vivos? Globinóides? Demônios? Seu informante tem mais detalhes sobre esse ataque?

Anya permanece quieta, pensativa, controlando o raiva. Não podia ignorar o fato de que o autor deste logro pensou além do fato de conquistar apenas uma cidade. Ele conseguiu instaurar um pouco de instabilidade no conselho. Desconfia do ex-general de Volken. Se for ele, será um adversário difícil.

Akmus puxa uma das cadeiras, senta-se inclina sua cabeça apoiando-a por um tempo sua cabeça com a mão em sua teste, rapidamente ele passa as mãos em seus cabelos e parece coçar um pouco a cabeça olhando para o vazio:

-Creio que esta artimanha foi feita por Stormfire, ele já conseguiu o domínio da mina e com essa estratégia simples já tomou Talin, ele está se expandindo muito mais rápido do que imaginei, não temos muito tempo a perder e acho inclusive que devíamos resolver isso pessoalmente, obviamente nem todos os conselheiros devem ir para não cairmos no mesmo erro do grupo de Mark. No entanto, eu tenho confiança em muitos dos que estão aqui como a senhorita Anya, meus servos, Ugluk e Isladris, além é claro nos demais membros dos grupos dos conselheiros e nos próprios generais de Talin apesar dos pesares, creio que pelo menos lutar eles sabem não é?


Idagava Akmus com certo sarcasmo a Heleonor e Mark, caso ele ainda estivesse lá.

-O que me diz quanto a isso Lorde Glim, devem os 5 conselheiros partirem nessa missão?

Lyvio escreveu:-O que me diz quanto a isso Lorde Glim, devem os 5 conselheiros partirem nessa missão?

-"Desculpe interrompê-los, lordes, mas a seriedade da situação demanda rapidez, força e precaução. Eu mesma acredito que devemos ir com todo nosso poderio, com toda a força do Conselho dos Cinco. Entretanto, podemos ser vítimas da mesma artimanha que Talin sofreu. Se formos com todas nossas forças, podemos perder Valkeiskylä. Se formos com uma força inferior, podemos sofrer uma amarga derrota. Estamos em uma corda bamba e não consigo vislumbrar uma solução. Esse Stormfire não deve ser subestimado.", diz Anya, com sinceridade nas palavras e um pouco de cansaço na voz.

Mark permanecia na sala, parecia que buscava se controlar, Heleonor que já estava próxima a porta ainda tenta gesticular para ele mas ele responde ao conselheiro.

- Akmus... De onde lembro deste nome... Claro! Era um dos oficiais do Imperador Klaus e foi um dos primeiros ratos a fugirem do barco quando a guerra já era perdida. O que sabe desta terra? O que sabe de nós? Não somos um grupo, nem todos são oficiais de exército. Heleonor e os outros salvavam vidas, tentavam manter a cidade natal deles a salvo de Klaus e de Rayghan e sua guerra que só trouxe mazelas ao povo desta terra.

Ele passa a mão pelo rosto e cabelo.

- Eu caçava muitos como você Akmus. Também sou um campeão de um Deus, mas meu juramento é de vingar todos aqueles que trazem dor para os inocentes. Então não sou um homem de grupo, muito menos um líder. A grande maioria não teria estômago para fazer o que deve ser feito e minhas espadas gêmeas An e Antu servem a este propósito. Se fomos ludibriados, é porque nosso governo é falho e não consegue controlar o Caos que se instaura neste momento.

Ele dá um passo a frente na direção do conselheiro

- Estamos num pós guerra e os invasores conquistaram e foram implacáveis nestas terras durante a guerra destruindo tudo e todos que se opuseram a eles. Se eles enviam uma carta com o selo do Rei de Vallys nos convocando, o que deveríamos fazer? Atender o chamado. Se assim não o fosse, por que não estão em marcha.

Ele respira fundo e solta o ar de uma só vez.

- Acho que devem tratar com o Herói e não comigo. E mantenho minha posição de recusa ao posto de líder do que quer que seja.

Ele segue em direção a porta e desfere mais algumas palavras.

- Não se esqueçam conselheiros, haviam e ainda há pessoas tão fortes quanto vocês e algumas ainda mais fortes. O General Stormfire é um deles, como Akmus bem sabe. Que Tempus o Senhor da Guerra os ajude.

Akmus ouviu tudo com certa surpresa, ele era um autoridade alí e foi desrespeitado, porém, apesar do modo bruto Mark esclareceu mais certamente algumas coisas quanto a eles, não do jeito certo, através e uma conversa para conhecimento, mas numa discussão, talvez Akmus tenha se precipitado com seus pré-julgamentos, não sabendo exatamente quem era quem, no entanto a ultima frase de Mark foi a que desencadeou um incômodo a Akmus, o fato de Mark , pois aparentemente ele "lavou as mãos" quanto a situação.

-Um rebelde anti-sistema! Interessante... E por isso, você não vai agir para ajudar o povo de Talin? Geralmente rebeldes anti-sistema não costumam ser covardes, mas parece que eu estava enganado quanto a eles. Não estaria você indo contra seu próprio princípio? Fugindo daqueles que estão causando dor aos inocentes? E depois o "rato" que abandona o barco sou eu? Não preciso que Tempus me proteja, Hextor faz isso de modo muito mais eficiente...

Akmus se aproxima de Mark deixando seu rosto muito próximo ao dele encarando-o nos olhos por alguns segundos e com um sorriso sarcástico em sua boca.

-Se não quer ajudar, não atrapalhe, está dispensado!.

Akmus vira-se para os demais.

-Heleonor, você pode trazer a carta? Ou terei que ir pessoalmente fazer isso já que ao que parece quem deveria ajudar não parece disposto, espero que não pense assim.

Heleonor apenas gesticula afirmativamente para o conselheiro e sai sacudindo a cabeça em negativa. Mark seguiu logo atrás da clériga sem falar mais nada.

Surpresa, Anya presencia a cena, mas lhe faltam argumentos para o que foi dito.

Akmus encara Mark e Heleonor saiam e assim que ocorre ele balança a cabeça em sinal negativo visivelmente irritado:

-Quanta ousadia! Para a sorte dele não estamos no exército diretamente e muito menos ele está subordinado a mim, poi sua punição seria severa. De toda forma me desculpe senhorita Anya por esse constrangimento em sua sala, sei que tem muito a fazer. No entanto ele não pode contestar minha autoridade dessa forma e muito menos continuar se rebelando contra nossas decisões. Espero que ele não cause mais problemas. Já basta os que já temos.

O Tiefling encerrava suas palavraa olhando para Glim:

-Então lorde Glim, deseja falar algo? Fiquem a vontade até para me criticar quanto ao ocorrido, caso assim desejem.

Akmus ouve Glim atento, as palavras do gnomo soa até interessantes e inteligentes diga-se de passagem, mas tinhamos ainda duas coisas para Resolver: Encontrar os outros Conselheiros e analisar a carta.

-Lorde Glim, você tem habilidades para reconhecer algo se verdadeiro ou falso como a carta que Heleonor trará? Parece-me o tipo de coisa que alguém de comércio saberia discernir. Se sim, sugiro que espere, pois analisaremos ela e pessoalmente vamos procurar os demais conselheiros. Se não, concordo que vá cuidar de seus pertences e caso encontre algum dos conselheiros já explique a situação, depois eu também cuidarei disso e procurarei os demais.

Sei que já sabemos que é falsa, mas conhecendo Stormfire não acho difícil ele ter até conseguido atingir nosso rei de alguma forma...

Akmus balança a cabeça em sinal negativo e senta-se aguardando Heleonor.