Responsabilidades

A notícia chegara de manhã cedo e por isso, antes das 9h, Adônis estava diante do grande relógio do zodíaco, que como de praxe estava apagado. Isaeos de Altar, o acessor do Grande Mestre, desejava falar com ele. Levava sua armadura na urna em suas costas. Sabia que aquele tipo de chamado só tinha um motivo: uma missão. No exato momento que deu nove horas, o cavaleiro de prata apareceu, vindo da grandiosa Casa de Áries.

- Adônis de Andrômeda... - Sua mão se estendeu, entregando um pergaminho enrolado e selado com o símbolo do Grande Mestre. - ... O Mestre do Santuário confia-o uma missão importante. Visitar a cidade de Brandemburgo no Havel, no Sacro Império Romano-Germânico.

Sua fisionomia denunciava uma firmeza incontestável. - Neste lugar há um mal selado desde tempos imemoriais. O Grande Mestre acha que o selo está enfraquecido e por isso precisamos vigiá-lo. - Seu olhar penetrante caiu sobre Adônis como um martelo.

- Acha que pode dar conta disso sozinho? Decerto algum inimigo estará se dirigindo para lá mais cedo ou mais tarde. - Aguardou uma resposta do bronzeado.

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Demonstrando respeito a hierarquia, Adônis se ajoelhou no momento em que se apresentou ao cavaleiro de prata. Enquanto olhava para seu superior e escutava as ordens ele ia desenrolando o pergaminho entregue. Enquanto se levantava lentamente, o caveleiro afastava seus longos cabelos castanhos que lhe caiam pelo ombro, o seu olhar um pouco perdido encontrava o de seu superior e ele finalmente resolvia dizer algo.

- Acredito que não será problema. Uma missão concedida a um cavaleiro de bronze não deve ser nada extraordinária. - Adônis percebe que sua fala poderia ser considerada um pouco ofenssiva e olha rapidamente para o pergaminho buscando palavras para resolver sua insolência. - Bom, quero dizer, entendo a importância de todas as missões concedidas aos cavaleiros. Acredito que sou plenamente capaz de resolver o problema. - Enquanto dizia as palavras olhava diretamente nos olhos do cavaleiro de prata.

Por fim, Adônis resolve ler o pergaminho em toda sua extensão. Tinha a intenção de ennteder o que estava presetes a acontecer. Enquanto passava os olhos pelo pedaço de papel, Adônis esperava novas ordens ou opiniões do cavaleiro de prata. O cavaleiro tinha o desejo de ir de encontro com sua missão, mas não o faria enquanto não fosse liberado por seu superior.Para resolver a questão Adônis encara o cavaleiro novamente. - Acredito que estou pronto sim, gostaria de me dirigir a Brandemburgo o quanto antes. - Enquanto voltava a enrolar o pergaminho e guardá-lo, Adônis terminava a fala e se mantinha parado de frente ao seu superior, se mostrava pronto, porém não demonstrava ansiedade.

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- Na verdade, essa missão não deveria ser dada a um cavaleiro de bronze. A princípio não passa de uma inspeção, mas se houverem inimigos indo para lá, como suspeita o Grande Mestre, ela se tornará perigosíssima. - Isaeos não pareceu ficar ofendido com o que disse o cavaleiro de Andrômeda. Talvez ele fosse acostumado com o ego inflado dos jovens cavaleiros que ansiavam por uma oportunidade de provar o seu valor para si mesmo. Ou talvez ele apenas soubesse a real situação e a concretude da realidade fosse mais forte que qualquer comentários sarcástico.

- Porém, ainda temos pouquíssimos cavaleiros. A maioria dos cavaleiros de prata estão em outras missões no mundo e como a maioria das armaduras de ouro estão sem cavaleiros, não podemos desguarnecer o Santuário. O inimigo pode muito bem chegar até aqui. - Suas palavras eram calmas, apesar de exporem a situação delicada em que se encontrava o Santuário. Lendo o pergaminho, Adônis viu todas as instruções para chegar até Brandemburgo, bem como a localização exata de onde estava o selo. - Verifique o selo e então trate de proteger o local até que receba novas ordens.

O prateado assentiu com sua cabeça, confirmando que o jovem cavaleiro de Andrômeda havia entendido tudo. Virando as costas e voltando em direção à Casa de Áries, ele o liberou: - Pode ir.

Tudo bem u-u hahaha

Ouvindo com a tenção o que o cavaleiro de prata dizia, Adônis apenas aceita lentamente a pequena "bronca". Su rosto se fecha um pouco enquanto escuta sobre a falta de cavaleiros, seu pai era um deles também. A situação realmente parecia precária para o santuário e era o seu trabalho para fazer o melhor e manter a integridade do santuário. Finalmente depois todas as explicações de Isaeos estava na hora de ir. Conferindo uma última vez o pergaminho, Adônis, viu o cavaleiro se distânciando na direção da casa de Aries. Esperava estar de voltava no santuário e ver este cenário o quanto antes, apesar de se sentir honrado pelas missões apresentadas a ele, o cavaleiro de bronze preferia estar no santuário.

- Bom... espero não ter muitos problemas por aqui. - Ao chegar no local Adônis não fazia a menor menção de esconder sua persença ou o fato de que era um enviado de Atena. O orgulhoso cavaleiro caminhava até o local indicado no pergaminho e buscava pelas indicações escritas no mesmo. No mínimo sinal de desconfiança, Adônis ativaria a sua nevasca cósmica para se certificar de que nenhuma sombra estava a espreita. Caso encontrasse o local onde estava o tal selo, a primeira reação dele seria a de se sentar em algum local próximo ao selo e esperar. Esperava para ver movimentações suspeitas, tentava sentir cosmos incomuns e auras que não fossem de aliados.

A viagem de Adônis até Brandemburgo no Havel durou cerca de quatro dias. Logo que pôs os pés na cidadezinha fortificada, o cavaleiro de Andrômeda notou que seu destino não estava exatamente em Brandemburgo. Estava fora, nas florestas que rodeavam o norte da cidade. Tomou uma refeição e foi para o local indicado, sem perder mais tempo. O Santuário confiou nele aquela missão que, a priori, não deveria ser dada a um cavaleiro de bronze. Isso era significante.

Ao chegar na entrada da floresta, o bronzeado vestiu sua armadura de cor rosa. As correntes estavam enroladas em seus braços. Ataque e defesa combinados naqueles elos que poderiam ir até o infinito. E caminhando floresta a dentro, não fazia questão de esconder sua presença. Tudo parecia quieto e o som da floresta, que nunca é de silêncio absoluto, ocupava todos os espaços. Havia uma pequena trilha de pouco mais de um metro e meio de largura e o cavaleiro ia avançando por ela.

Imaginava que tipo de selo encontraria. Como herdeiro de uma dinastia de sacerdotes, Adônis entendia dessas coisas. Selos guardam algo poderoso, que não deve ser acessado e deve permanecer escondido. Refletindo sobre isso, notava que de fato, aquela era uma missão altíssima.

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