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    Dias inglórios Z

    kellmsa
    Cavaleiro Jedi
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    Mensagem por kellmsa Seg Jun 11, 2018 1:06 pm

    Que dia Maravilhoso, Rogério pensou feliz.

         Suas expectativas para aquele dia estavam altas.  Agora ele era o chefão, o poderoso que mandava na equipe de buscas.  Manoel tinha morrido três dias atrás.  Toda a zona Imperial havia ido no enterro de Manoel, ele era um sujeitinho  respeitado. Rogério esperava que fosse mais respeitado que Manoel, tendo até mais vantagens que seu antecessor. Depois disso, Fábio o líder da Zona imperial chegou mancando até ele com sua bengala desgastada e sua perna direita  inútil.  Conversaram rapidamente e depois do período de luto ficou ajeitado que ele ficaria com o cargo de Manoel.

        Ele deu um sorriso e coçou novamente a barba curta que começava a crescer novamente.

    - ô chefe - Mauricio um dos subalternos do seu novo grupo se aproximou - ô chefe. Achei uma coisa bacana ali na frente, tá ligado?

      Rogério que até então se encontrava encostado em um celta branco com mais dois homens do seu lado, apenas olhou para Mauricio.

    - Pode falar, Rapaz - Um dos homens que acompanhava Rogério falou por ele - O chefe tá ouvindo.

    - Achamos um condomínio daqueles chique ali pra frente, entendeu? Tá todo bloqueadinho, parece que não foi saqueado ainda, entendeu?  Ele tá prontinho só pra chegarmos lá e o limparmos. Rapaziada ficou lá na frente esperando enquanto eu voltava e te avisa, chefe.

       Que dia maravilhoso, Rogério pensou novamente com um sorriso enquanto se aproximava de Mauricio e dava dois tapinhas nas suas  costas.

    - Muito bem, vamos lá. Bom trabalho.

       Não demorou muito até todos entrarem no carro e Mauricio os segui  de moto. Chegar ao condomínio não foi difícil, difícil era perceber a estradinha que dava acesso ao lugar, bem escondido. Coisa de rico.  Os Rapazes já esperavam na entrada do condomínio, o condomínio era de luxo e estava fechado. Parou o carro olhando em volta. Condomínio Egito. Ele riu ao ler o nome, esses ricos filhos da puta estavam mortos, mas  quando vivos sabiam como aproveitar a vida.

      Rogério parou na frente do grupo e olhou a todos. Ele não era tão alto,mas olhava a todos com uma presença de espirito que até os mais altos olhavam de baixo para ele.

    - Parabéns a todos - Começou - Grande achado. Vamos entrar nesse condomínio com cuidado. Primeiro verificar se há  infectados e depois que limparmos o lugar, Vamos buscar itens. Remédios, comida, roupas, objetos pessoais úteis - Falou sério - E por favor, procurem camisinhas, parem de engravidar as moças do Refúgio - Falou em tom de brincadeira, sempre era bom dá uma aliviada na tensão dos rapazes antes de começar qualquer missão.

     Todos riram e ele também.


        O condomínio era uma área grande que abrangia lado e até uma mata com trilhas. Demorou cerca de  uma hora e meia até  reconhecerem o terreno e eliminar alguns poucos infectados que estavam dentro do condomínio.  Depois disso se reorganizaram novamente e começaram a revistar as casas. Dois homens em cada casa era o suficiente e  acelerava o processo de busca.  

    - Mauricio você vem comigo, meu rapaz  - Aquele garoto deveria ter cerca de 22 anos, mas para Rogério ele era uma criança, já que o mesmo tinha cerca de 40 anos. Rogério não era musculoso, tinha até uma barriguinha de Chopp. Mas o que lhe faltava de músculos, ele tinha de vigor e atitude. Mauricio, era franzino. Mas o Rapaz era pró ativo e era isso que Rogério gostava nele.


    - Puta de um casarão  - Mauricio disse olhando a mansão de três andares antes de entrarem - Esse caras sabiam como viver.

    -  Com o dinheiro dos outros, todos sabem viver - Rogério  comentou, já passando pela porta de entrada com cuidado e olhando em volta - Isso aqui não deveria ser casa de pouca bosta não. Politico, provavelmente.

    - Tô ligado, chefe. Bando de cuzão ladrão. Deviam cagar dinheiro o tanto que roubavam.

       Enquanto os dois  conversavam e olhavam o lugar, foram em direção a cozinha. Instintivamente cessaram as conversas e comentários. O corpo de Rogério ficou tenso, seus ouvidos mais alertas. Ele tinha ouvido algo ou foi apenas a tensão do momento? Mauricio foi até a cozinha e olhou em volta. Tudo limpo, ele indicou com um gesto de mãos. Assim que Rogério  começou a adentrar na cozinha,  seus olhos captaram um rápida movimentação no final do corredor.  Não era um infectado.Era uma pessoa, ele tinha certeza. Ele foi na direção do que viu com a arma pronta para qualquer coisa. Mauricio não disse nada, mas começou a segui-lo devagar.  Ele caminhou até o final do corredor e encontrou uma porta e a chutou de uma vez. Era a porra de uma despensa cheia de comida.  Ele sorriu. Embaixo de algumas prateleiras que não tocavam o chão, havia uma  pessoa encolhida. Era uma jovem. Cabelos longos, vestida com roupas minusculas e parecia tremer de medo.  

       Seu sorriso se alargou.

    - Ei - Ele chamou - Ei Caralho.

      A jovem levantou os olhos devagar. Ela estava morta de medo, Rogério pensou.  Mal conseguia se mover de medo. Ele se aproximou dela com um sorriso de orelha a orelha. Eles tinham uma tradição quando encontrava jovens e ele não poderia quebra-la. Não agora que estava no comando. Se ajoelhou para chegar mais perto da garota.

    -Bucetaaaa - Ele gritou a plenos pulmões  com um sorriso acompanhando o grito.

      Ele agarrou o cabelo da garota e puxou para trás para dá uma boa olhada no rosto da garota. Que dia Maravilhoso, pensou novamente empolgado.

    - Buceeee..

      Ele sentiu algo estranho. Por que  sua voz havia sumido de repente e não conseguia mais gritar? Sentiu uma coisa quente descendo a garganta.
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    Mensagem por kellmsa Seg Jun 11, 2018 1:07 pm

    Seu cérebro demorava segundo para entender isso tudo. Mas era apenas segundos que a jovem precisava. Ela segurou a faca com mais força e afundou na garganta daquele homem grosso e peludo que gritava a sua frente. Ela esfaqueou o máximo de vezes que pode antes que ele percebesse o que acontecia. Até ele cai na sua frente se afogando no próprio sangue. Ela se afastou do corpo rapidamente. Tinha sorte em ser tão ágil. Chutou o homem no chão que ainda lutava para respirar e consegui viver e pegou sua arma. Enquanto ele reunia forças para tentar agarra-la. Mas ela era bastante rápida.

    Susana passou por cima do corpo e parou. Fora da despensa um cara franzino olhava ara ela e seus olhos foram em direção ao corpo no chão. Ela engoliu em seco e não se mexeu.

    - Filha da puta - ele falou de repente sem avisar e atirou. Tudo ficou escuro.

    Mauricio não deu importância a moça no chão com metade de trás da cabeça com um enorme buraco. A bala na cabeça tinha sido certeira. Passou a mão na cabeça em desespero.

    - Merda - falou se aproximando - Merda - falou começando a ficar desesperado assim que olhou mais de perto o corpo do chefe no chão.

    Enquanto se desesperava ouviu algo atrás de si, no momento que se virou, sua cabeça ficou atordoada. Havia mais uma moça? Ele tentou levantar sua mão para atirar naquela filha da puta, mas não conseguiu. Ela levantou a mão novamente e ele sentiu novamente o impacto. Aquilo doía, mas ele não conseguia reagir. Suas forças começaram a se esvair.

    O corpo do rapaz na sua frente cambaleou, uma perna cedeu e no segundo seguinte a outra. Ajoelhado na sua frente, o corpo pendeu para frente por uns segundos e depois ele finalmente caiu para trás. Ela arrancou as duas chaves de fendas que havia acertado nos olhos do rapaz, talvez precisasse.

    Ela se manteve em silêncio apesar das lágrimas. Pegou o corpo de Susana e a abraçou. Ela não tinha tempo, já podia ouvir o barulho daqueles homens se aproximando e quando eles percebessem o que tinha feito, ela estava ferrada. Ela agarrou a arma na mão de Susana e do rapaz franzino. O medo dela gritou alto, já estavam na porta da casa. Ela tinha que fugir. não tinha como ter um plano para isso.

    Emília correu até a porta que dava para o grande quintal e apenas correu. Emília passou perto da área de churrasco e sentiu um impacto, sua perna queimou. Cambaleou. Ela olhou em volta desesperava por uma saída, mas não havia. Um dos homens já havia visto e até atirado nela. Um deles se aproximava correndo, ele não disse nada. Assim que ele se aproximou, acertou um soco no rosto dela e tudo ficou escuro.

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