- Para a maioria das pessoas, infelizmente, hoje é apenas mais um dia, mas para nós é o Samhain. É hoje que nós celebramos o nosso ano novo. Há muitos séculos, os druidas tinham apenas duas estações: o verão e o inverno, portanto hoje celebramos o fim do verão e o início da grande noite. - Sharghosk tinha assumido sua postura professoral, movendo a mão livre para dar ênfase a cada palavra que dizia - Claro que com os anos acabamos aceitando a divisão do ano em quatro estações, mas isso não quer dizer nada.
Kórdan puxa em sua memória e se lembra de ter lido, há muitos anos, sobre o Samhain em um antigo tomo que tinha folhas soltas e comidas pelo tempo. Samhain é uma palavra do idioma druídico e significa "sem luz" ou "fim do verão" ou, em uma explicação mais poética, "a noite em que o mundo mergulha na total escuridão". Sharghosk prossegue.
- O dia de hoje é atemporal, rapaz, atemporal e também muito delicado. Este é um dia que não pertence ao passado e não pertence ao presente e, mais importante, quando o fogo sagrado se acender, este será um dia que não pertencerá nem a este mundo e nem ao outro. Entende o que isto quer dizer, Kórdan? - Como de costume, Pele Branca não respondia suas perguntas como outros mestres, mas deixava que seu pupilo refletisse sobre o assunto. Depois de um longo momento em silêncio, Sharghosk retoma o raciocínio - E em um momento delicado como este, em que o véu que separa os dois mundos se torna tênue o suficiente para ambos vermos o outro lado, nós honramos e homenageamos a memória dos nossos antepassados, dos nossos entes que se foram. Ainda hoje, especialmente aqui no norte, é possível encontrar pessoas que preparam lareiras fartas e o prato preferido de um falecido marido ou filho, de uma finada esposa ou mãe, afim de agradá-los quando estes vierem se banquetear e se aquecer em seu antigo lar. Ainda hoje pessoas colocam velas na frente de suas casas ao anoitecer, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, de terra e de tradição. Estes últimos somos nós, Kórdan.
Lavyia, que tinha se aproximado para ouvir, pousou no ombro de Kórdan com o rosto apoiado nas mãos e os braços apoiados nos joelhos de inseto. Caninos estava deitado ao lado do druida e o grande urso deitado sob uma árvore.
- Esse dia significa a renovação mas, acima de tudo, é um momento para a introspecção, para a quietude da alma, Kórdan. Um dia onde, como tudo na vida, o fim representa o começo. - Depois da explicação, Sharghosk ficou quieto por um momento, encarando seu pupilo, e então riu - Acabei falando demais! Venha, Kórdan, me dê um abraço!
Kórdan puxa em sua memória e se lembra de ter lido, há muitos anos, sobre o Samhain em um antigo tomo que tinha folhas soltas e comidas pelo tempo. Samhain é uma palavra do idioma druídico e significa "sem luz" ou "fim do verão" ou, em uma explicação mais poética, "a noite em que o mundo mergulha na total escuridão". Sharghosk prossegue.
- O dia de hoje é atemporal, rapaz, atemporal e também muito delicado. Este é um dia que não pertence ao passado e não pertence ao presente e, mais importante, quando o fogo sagrado se acender, este será um dia que não pertencerá nem a este mundo e nem ao outro. Entende o que isto quer dizer, Kórdan? - Como de costume, Pele Branca não respondia suas perguntas como outros mestres, mas deixava que seu pupilo refletisse sobre o assunto. Depois de um longo momento em silêncio, Sharghosk retoma o raciocínio - E em um momento delicado como este, em que o véu que separa os dois mundos se torna tênue o suficiente para ambos vermos o outro lado, nós honramos e homenageamos a memória dos nossos antepassados, dos nossos entes que se foram. Ainda hoje, especialmente aqui no norte, é possível encontrar pessoas que preparam lareiras fartas e o prato preferido de um falecido marido ou filho, de uma finada esposa ou mãe, afim de agradá-los quando estes vierem se banquetear e se aquecer em seu antigo lar. Ainda hoje pessoas colocam velas na frente de suas casas ao anoitecer, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, de terra e de tradição. Estes últimos somos nós, Kórdan.
Lavyia, que tinha se aproximado para ouvir, pousou no ombro de Kórdan com o rosto apoiado nas mãos e os braços apoiados nos joelhos de inseto. Caninos estava deitado ao lado do druida e o grande urso deitado sob uma árvore.
- Esse dia significa a renovação mas, acima de tudo, é um momento para a introspecção, para a quietude da alma, Kórdan. Um dia onde, como tudo na vida, o fim representa o começo. - Depois da explicação, Sharghosk ficou quieto por um momento, encarando seu pupilo, e então riu - Acabei falando demais! Venha, Kórdan, me dê um abraço!