SteamBrasil World - Topico Principal

STEAM BRASIL

_______________________________________

Capitania de Itanhaem

A Capitania de Itanhaem é relativamente antiga, sendo Itanhaem a segunda cidade fundada pelos portugueses. Atualmente ela é comandada pela capitã-mor Mariana de Souza Guerra, uma mulher justa e corajosa, mas que vem enfrentando problemas em sua região, devido ao crescente movimento pro-escravagismo, os embates políticos com a Capitania de São Vicente e o conflito entre os urbanos e os indígenas. Além disso, relatórios foram feitos acerca de misteriosas aberrações que vem ameaçando os locais...

O dinheiro também é escasso, e não é possível mandar a guarda para resolver todos os conflitos, em todos os lugares.

E é ai que entram as Bandeiras.

**

O sol estava a pino em um ceu sem nuvens, e os membros da Bandeira da Cobra dagua estavam cansados. A trilha que levava até a vila de Nossa Senhora da Conceição estava em péssimo estado, com troncos caídos e arbustos avançando, e parecia que há muito tempo não havia sido cuidada pela Capitania.

Resolveram parar para descansar ao lado de um riacho de aguas cristalinas, aproveitando para matar a sede e refrescar o rosto. Os mosquitos estavam em grande numero, seu zumbido irritava.



Juca, o caiçara que tinha vindo ate a cidade de Itanhaem para pedir ajuda para a sua vila, estava com os pés no riacho e não parecia se incomodar com os mosquitos, vestindo apenas uma bermuda. O rapaz observava admirado os integrantes da bandeira, que para ele pareciam saídos de uma lenda indigena: a defensora da natureza Ayira, Angelo devoto de Guaraci, o capoeirista Ayanfe e a engenhoqueira Aurora.

“Ainda bem que Vossas Senhorias puderam vir! Mas devemos tomar cuidado... Estamos entrando na região dos Vaihape, os monstros... É por causa dos ataques deles que a gente ficou isolado da cidade!”

Vaihape! As misteriosas aberrações! Como a natureza podia suportar sua presença?

Uma nuvem surge no ceu claro, trazendo uma sombra que cobre a mata. Nuvem em ceu claro? Um aviso de Guaraci. Os sons dos cantos dos pássaros cessa um a um, e a unica movimentação nas folhagens é a do corvo mecânico voando por entre elas. Ele pousa em um galho de arvore e diz:

“Kraa! Kraa! Perigo, perigo!”

A mulher dos cabelos negros era quem estava mais distante dos demais membros do grupo, enquanto ela bebia das águas do riacho, aproveitando a sensação de frescor ao sentir a água percorrer por sua pele seca devido ao sol. Os olhos negros dela se fecharam, tentando ignorar os mosquitos enquanto pensava na situação da estrada. Aiyra normalmente não se importava com a natureza avançando e destruindo as trilhas para as cidades, mas aquela trilha parecia passar algo de estranho para a sereia.  

Ao ver o caiçara, Aiyra deixou um suspiro escapar dos lábios tingidos de rubro, se levantando com cuidado para não entrar na água, antes de encarar um ponto da água cristalina, e soltando um pequeno não para Potira, que devia estar curtindo o riacho até o caiçara chegar. Sabendo que a sua companheira não era um dos animais mais amigáveis, a sereia controlava apenas o suficiente para que Potira não se metesse em confusão.

“A quanto tempo os Vaihapes tomaram a região para si?” Aiyra pergunta, sentindo um arrepio percorrer por sua coluna. Seu ódio por essas aberrações só parecia aumentar a cada vez que enfrentava uma delas, e assim ela se virou lentamente, para olhar ao redor, seus olhos negros treinados buscando traços das criaturas ao seu redor.

Suas mãos se fecharam com força ao redor de sua lança, tentando discernir no canto dos pássaros dentre o canto mecânico da ave falsa de sua companheira e das palavras do mestiço. “Potira, fique atenta com as águas” Ela disse para a companheira. 

STEAM BRASIL

_______________________________________

Aproveitando a parada em frente do riacho, Angelo procura por ervas, encontrando por uma bela muda de babosas. Era gostoso sentir seu cheiro fresco.

- Que bom que nos procurou e não se preocupe, descobriremos o que acontece. O que mais tem de informação que pode nos ajudar?

“Nós da Vila de Conceição respeitamos a natureza, e já não enfrentamos mais ela. Só que os Vaihapes estão atacando os sítios, e o povo tem medo ate de fazer a colheita e tirar leite das vacas...”

- Malditas muriçocas. Vou fazer um espanta-mosquito para a próxima viagem - ela ouviu o caiçara falar sobre monstros e isso aguçou sua atenção - monstros? Fale mais sobre eles. Será que eu tenho algo para enfrentar essas coisas? - e fuçou nos bolsos de sua roupa e na bolsa.

“Estes Vaihapes... A natureza não gosta deles também... não são deste mundo... se as plantas pudessem gritar quando eles aparecem, elas gritariam...”

Aurora procura nos bolsos, e sente que somente tinham partes de equipamentos retirados de um ferro-velho. Sabia que poderia montar alguma coisa, mas teria tempo para isso?

Porém o breve momento de descanso da Bandeira da Cobra dagua é quebrado pelos avisos da mata.

Angelo saca a sua foice mechanika, e testa a ignição para faze-la produzir chamas.

- Melhor ficarmos atento, estamos nos aproximando do que buscamos.

Ayanfe faz seus preparativos, buscando a concentração necessária para se tornar uno com as divindades naturais e Iansã, para manifestar os poderes elétricos das tempestades. Ele sente a corrente passando pelo corpo e deixando arrepiados os pelos de seu corpo, ao mesmo tempo que em sua mente toca ritmado o som do berimbau. O capoeirista faz uma intrincada dança, e com os pes portando sua navalha elétrica mechanika, conjura sua proteção.
Off: Mage Armor. Defesa elétrica causa repulsão de ataques. +4 de armadura.

Ayira, que estava em seu elemento, estabelece uma comunhão mental com Potira, sua sucuri, e percebe que a mesma se encontrava agitada. Os animais silvestres podiam sentir a presença de entidades sobrenaturais, e a atitude de sua companheira era um bom indicativo de que uma ameaça estava próxima.

“A quanto tempo os Vaihapes tomaram a região para si?”

Juca da alguns passos para trás, olhando ao redor.

“Já faz uns dois meses, a trilha já não é mais segura... E pensar que depois da mata nos deixar em paz, teríamos um momento de sossego...”

A apreensão toma conta da filha de Iara, que aperta o cabo da lança até doer. Os pássaros já não cantavam mais. Potira da um sibilo, e aponta com a cabeça para o riacho, mais acima.

- Hmmm... curioso... - a moça olhou em volta quando a nuvem apareceu e os pássaros pararam de cantar - Perigo? Astro, de que lado vem o perigo? Quantos monstros são? - já preparando a espingarda.

Astro, o corvo mecânico, gira a cabeça 360 graus e bate as asas duas vezes. Parecia que tinha ganhado esse tique.

“Kraaa! Vem do norte... Pela agua... um só!”

Porem os sons das arvores caindo e passos retumbantes indicavam que este um só era perigo suficiente... Não demora muito, e logo ao olharem para o riacho acima, veem a figura da aberração... Ayira logo reconheceu a espécime... Era um Vaihape Monitor, de tamanho grande... Mas estranhamente estava desacompanhado de seus asseclas... O que teria acontecido?



A criatura volta sua cabeça sem olhos em direção dos heróis e da um rugido fantasmagórico, em uma frequência alta que chega a doer os ouvidos. Até a mata gritaria de medo, se tivesse boca e pulmões para faze-lo.

Off: Inicio de combate. Herois agem primeiro. Se quiserem rolar algum dado, façam no topico Roda da Fortuna.

A partir do sibilo de Potira, Aiyra solta um xingamento, antes de gritar para todos os companheiros para não se aproximaram tanto da aberração ou iriam acabar passando mal devido a força da criatura. Em uma tentativa de se colocar em uma posição mais favorável para atingir a criatura sem sofrer as consequências de estar tão próxima, Aiyra corre para uns 8 metros em direção da criatura, assobiando para Potira seguir ela. Usando uma árvore para suporte para se proteger, a sereia troca as armas de suas mãos, puxando seu arco junto das suas flechas, mordendo o lábio inferior, enquanto mirava na aberração e lançando a flecha dela.

Queria distrair a criatura para não avançar em cima dos companheiros, e se ela conseguisse distância suficiente, ela poderia utilizar as próprias plantas para conseguir prender a criatura em um lugar.

STEAM BRASIL

CAMINHO ATÉ NSA SRA DA CONCEICAO
_______________________________________

A aparição do Vaihape faz com que os herois se ponham a postos e ataquem.

Aiyra dá o seu aviso ao grupo sobre o efeito que o Vaihape tinha naqueles que se aproximavam dele e se prepara para pegar seu arco e a aljava que estava nas margens do riacho.

Aurora, que sente os seus ouvidos tinirem com o grito fantasmagórico do monstro, saca a espingarda que estava nas suas costas e segurando com suas duas mãos mira na criatura. A distancia era boa.

Off: 16.
BLAM. Ao mesmo tempo que sente o recuo da arma, a visão do sangue amarelo escorrendo e o guincho do monstro eram indicativos que tinha acertado.
Off: Dano. 4.

Angelo, com a pistola na sua mão direita, segue com um outro disparo.

Off: 9.
Seu tiro é certeiro, mas o curandeiro percebe que sua bala não teve a mesma potencia do tiro de espingarda da colega, não conseguindo atravessar o grosso couro.

Em meio aos disparos, a filha de Iara corre, e com o arco em mãos, puxa a corda e sente o deslizar da haste da flecha de madeira. A força com que puxava a corda era sobrenatural. Ela solta o dedo e a flecha voa.

Off 9.
A mesma finca fundo no peito do monstro, que da dois passos para tras.
Off: dano. 9. Dano total 13.

Ayanfe por sua vez, se energiza com a dança, fazendo a eletricidade em seu pé formar arcos. Seu golpe condensa a energia em uma esfera, que atinge o tronco de uma arvore ao lado do Vaihape.

Off: 4.

A aberração ulula, batendo suas varias mãos em seu próprio peito, a maneira dos gorilas africanos, fazendo as criaturas da floresta se recolherem. Um breve momento de tensão se espalha no ar.

Então ela se lança contra os heróis! Avança tal qual uma centopeia, serpenteando pelas aguas do riacho. Ao se aproximar, todos sentem aquilo que Aiyra tinha dito, a distorção na natureza provocada pela criatura, que afetava os sentidos e fazia o estomago embrulhar.

Spoiler:

Off: Save. AIYRA 11, ANGELO 2, AYANFE 1, AURORA 17
Off: Angelo e Ayanfe estao shaken.
Off: Vaihape gastou ação para se aproximar. Agora esta em melee. 3 dos heróis estao na frente, 1 na lateral.
Off: Descrevam suas estratégias para o combate inteiro. No proximo post vou avançar o combate em varias rodadas. Fiquem tranquilos que em perigo de morte eu paro o combate.

Devia ser o ódio que manteve a cabeça da filha da Iara no lugar, pois ela manteve a posição dela, mesmo com a sensação ruim. Flecha após flecha, Aiyra buscava atrair a atenção do vaihape em direção a ela. Com alguns passos para ela se ajustar, a sereia sentia cada movimento que fazia para disparar suas flechas, com os dedos cortando com a força que fazia para puxar a corda do seu arco, e com a flecha voando tão rápido cortando a lateral de sua bochecha.

No momento que percebeu que suas próprias flechas acabaram, ela voltou a pegar sua lança. Não iria se sentir bem com a situação, mas era melhor que aquela maldita aberração ficasse no lugar, ela berrou para os demais companheiros para se afastarem, dando poucos minutos para ela começar a recitar seu encanto. “Como auxiliou Tupã, eu lhe peço Jaci, que banha a alvorada, me ajude a prender este vaihape no lugar” Ela murmura o pedido novamente em tupi, castando sua magia Entangle.

STEAM BRASIL

CAMINHO ATÉ NSA SRA DA CONCEICAO

_______________________________________

Ayanfe sente os efeitos maleficos da criatura sobrenatural, e lança uma prece para Ogum para auxilia-lo na necessidade. Infelizmente seus braços e pernas estão imóveis, tornando-se uma presa fácil para o monstro.

Porém, vendo seu amigo paralisado pelo poder monstruoso, Angelo apela para os poderes ancestrais dos indígenas que o criaram, e invoca um papagaio colorido, que bate suas asas na cabeça disforme da criatura. A mesma fica intranquila, e desvia a atenção para o animal.

Isto da tempo para Ayanfe, que estimula sua raiva interior, sua raiva pelo seu próprio medo, e o capoeirista deixa este sentimento domina-lo e energiza-lo. Com isto ele consegue se mover e se afastar.

O monstro estapeia o ar e quando agarra finalmente o papagaio, o esmaga sem dó.

Trincando os dentes de ódio, Aiyra dispara suas flechas na aberração. Conhecendo a maneira de agir dos Vaihape, ela atrai sua atenção, para deixar o flanco do monstro desprotegido. Assim que o mesmo estava na posição correta, a filha de Iara canta para que as plantas aquáticas cresçam e prendam a criatura no local.

Aproveitando a oportunidade, todos os outros se lançam a um grande ataque.

Seguindo o ritmo da musica em sua mente, Ayanfe se esquiva dos braços do monstro, e ao se aproximar, numa saraivada de chutes conecta um, liberando o choque elétrico de sua navalha de pé. A mesma solta um rugido de dor. Angelo e Aurora vendo a abertura atiram com sua pistola e espingarda na cara do Vaihape com muita precisao, e sua cabeça desaparece, explodindo. De seu pescoço jorra um liquido amarelo, que derrama conspurcando as aguas do riacho. A criatura cai pesadamente para o lado, sem vida.

Off: Vitória! Todos ganham pontos de vida extra pela batalha!

Juca, que estava escondido atrás de uma rocha, começa a saltar de alegria.

“Nossa, nossa, nossa... senhora da Conceição! Voces conseguiram matar um Vaihape! Não a-cre-di-to! Vocês são demais! Então é assim que são os Bandeirantes!?”

"Estou bem, e os demais?" Aiyra responde Aurora, antes de assoviar para Potira sair das águas e não se contaminar com meleca de Vaihape. A índia encara o Vaihape, caminhando até ele, observando melhor e estudando o que havia sobrado da criatura. Odiava as aberrações, mas sabia que deveria continuar aprendendo mais sobre elas para ser mais precisa nos seus ataques, e o pior de tudo, ela ainda estava confusa do por que este vaihape estava sem seus asseclas.

Continuando a manter sua distância com o Juca soltando elogios, ela apenas verificou a posição do Vaihape, para pelo menos puxar ele para fora do riacho e não contaminar as criaturas áquaticas. Suspirando, ela mordeu a própria bochecha, antes de se voltar para os demais companheiros e pedir ajuda "Ayanfe, Angelo, Juca e Aurora, ajuda para tirar esse vaihape do riacho. Ele está sujando as águas" Ela pede não muito delicada em suas palavras, antes de agradecer as plantas que haviam segurado aquele bixo no local, mas que agora precisavam soltar ele para que eles conseguissem mover e não sujar mais elas.

"Esta não foi a primeira ou a última batalha contra um vaihape, temo que seus asseclas ou outros companheiros estejam ainda vagando as florestas, envenenando ela" a índia diz para Juca, quando ele se aproxima, o olhar dela tão frio quanto aquelas águas dos riachos. "Não é hora para celebrar, e sim tentar tirar essa aberração das águas de minha mãe, assim podemos prosseguir para resolver esse seu problema" Ayira termina, ignorando todo e qualquer tipo de elogio vindo de um homem, não se preocupando em ser gentil ou delicada na maneira que falava com ele.