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Com incredulidade e espanto, Hellen ouvia Zingner falar, mal acreditando em sua palavras. Barreiras para ela?
- Homem de pouca fé - disse encarando o gnomo - não existe lugar em que Hellen Moritz não possa entrar se ela quiser... seja por bem ou seja por mal - ela balançou a cabeça - eu vou pensar em algo. Mas... - cruzou o braço ao encarar seu anfitrião - se ela é subterrânea, você me parece o mais indicado para conseguirmos algo, afinal, você me disse que morava lá.
O sacerdote mostrou a imagem do cajado, ao que a ladra fez uma cara de nojo, sentindo o perigo que aquilo representava. A cada palavra de Zingner, ela ficava mais furiosa.
- Oras, Zingner! Quem parece que foi atingido pela demência foi você. Nem parece o líder que conheci a dias atras - ela apoiava as mãos na cintura - se passarmos por minha cidade, posso conseguir uma autorização ou uma infiltração com algum dos meus agentes. Mesmo tendo essa onda maluca, creio que nem todos foram atingidos. Não é possível que só eu esteja me movendo para acabar com essa loucura - a ladra bufava com fardo que começava a sentir sobre seus ombros - eu não posso barrar um mal maior sozinha, mas se for preciso... farei!
A ladra era humana também e sentia medo, claro, mas não podia se deixar abater enquanto houvesse um fio de esperança. Se ela desistisse fácil das coisas, ela não estaria na posição que ocupa hoje, líder de guilda e com grande influência. E ver o líder da guilda local naquele estado a irritava, no entanto, um certo brilho surgiu em seu olhar, um brilho de quem não deixa as oportunidades passarem. Se Zingner esmorecesse, ela poderia facilmente assumir sua guilda. Com esse pensamento em mente, ela resolve dar uma injeção de ânimo no colega para ver se ele saia daquela depressão que se abatia sobre ele. Ela acreditava que um líder jamais permitiria que seu império fosse tomado.
- Zingner, Zingner, Zingner - ela parou diante dele e o encarou com severidade - não me deixe assumir toda a situação, meu caro... você sabe que se eu assumir TUDO - ela frisou bem a palavra - não haverá mais volta. Por tanto, haja como o líder de guilda que você é e me ajude. Mexa esse seu traseirinho mixuruca ou você vai perdeu seu legado, e você sabe que eu consigo o que quero. Só não o faço agora enquanto você está em frangalhos porque creio que estamos juntos nessa - ela falou se abaixando para fica na altura dele - isso é um ultimato. Ou você toma jeito agora ou eu assumo tudo a partir de agora. Nós precisamos um do outro nesse momento - e se levantou voltando a encarar o estranho na sala, suspirando - vamos estudar as duas possibilidades de rota, porém está claro que tempo é o que não temos e o mar seria o melhor caminho, porém, acredito que em Lars-Verumdor teremos informações.
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