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João Almeida Santos - O transeunte
35 anos, homem, analista de sistemas(vulgo sem vida).

Passado:
Nasceu em São Paulo, seu pai e sua mãe eram pessoas atenciosas e calmas, eram classe média e moravam num prédio, conheceu uma tia que morreu quando tinha 15 anos, retirando isso nunca viu outro familiar seu, ele foi colocado em uma escola privada, teve seus amigos, suas confusões, seus problemas, seus romances, suas falhas e seus acertos, sua vida foi como a de qualquer outra criança, estudava menos que brincava, exceto nas provas finais, jogava jogos eletrônicos mas sempre preferia um futebol, gostava de trabalhos em grupo e odiava certos professores só pela matéria, nunca se destacou realmente em nada, sempre na média, parou na recuperação algumas vezes mas nunca repetiu de dano, não era atlético, mas tinha um físico bom até, foi crescendo assim, queria fazer engenharia mas não conseguiu uma vaga nas públicas, no final foi fazer ciência da tecnologia por falta de opções, se formou mas não se destacou e fez oque qualquer um faria, foi trabalhar.

Presente:
Ele trabalha muito, mal tem tempo para si mesmo e ainda menos com a academia que é importante para manter a saúde, algo bem prejudicado por ter que ficar escrevendo e revendo linhas de código por horas e horas. Sua mãe e pai estão velhos agora mas ainda vivos. Ele entendeu como a vida é, que tudo pode acontecer, mas que provavelmente não vai, que se tem dificuldades e momentos difíceis mas também tem momentos de glória. Ele tem um pequeno apartamento, um Face contendo um campo de "relacionamento: solteiro", um gato, um carro e só.

Identidade:
Homem com altura mediana, cabelo curto liso, normalmente de roupas normais, olhos escuros, cabelo preto.
Gosta de ver futebol e falar besteiras sobre política além de ir para a academia um pouco e jogar papo fora.
Trata todos normalmente, menos os seus superiores no trabalho, esses são tratados com muito respeito pois "manda quem pode, obedece quem tem juízo e quer manter o emprego"
Ele parece uma pessoa completamente normal, gosta do que os outros gostam, concorda com muitas opiniões comuns, já viveu bastante, mas no final, algo falta em sua vida, por fora ele parece um trabalhador estável apenas, mas por dentro tem algo que não sabe explicar, um vazio enorme, a verdade é que ele viu outros tentarem o seu melhor, superarem as expectativas, buscarem seus sonhos, mas ele não, ele superou coisas, mas nunca algo grande, nunca ficou surdo e fez o aprendeu linguagem labial e logo depois virou fotógrafo, nunca ganhou uma medalha, nunca explorou o mundo, nunca viajou para outro país, ele nunca foi DIFERENTE, mesmo não sabendo conscientemente, ele quer ser mais do que outro na multidão, ele quer que olhem para ele nem que seja com ódio, não é ser famoso ou rico, é simplesmente ser único! E assim toda noite ele dorme, vazio mas completo, sem motivações mas vivendo uma vida feita, buscando algo sem saber. Essa busca nele é tão forte que seu consciente não saiba, seu inconsciente busca isso com afinco fazendo que João supere seus limites para isso.

Vínculos:
Seus pais são dependentes dele para terem seus planos de saúde, ele paga suas compras, contrata a cuidadora, faz compania a eles quando pode.
Tem seu trabalho, que pode fazer até de casa no computador. Ganha dinheiro do trabalho mas tem uma certa reserva em sua conta bancária.

Valores:
"Manda quem pode, obedece quem tem juízo"
Pague oque lhe devem
Fique estável, não se arrisque (esse valor é especial vamos dizer assim, esse é o foco de João, porém esse valor se torna obsoleto baseado em: "Busque ser algo mais, nunca estagne" que é ativado sempre que uma oportunidade, necessariamente grande e única, é vista, nesses momentos João é levado por impulsos e quando se vê, ele já está tentando, e não para, apesar de se perguntar o motivo de ter feito isso depois, ele sempre vai até o final nesses casos.

Sonhos:
Ser reconhecido, não pelos outros, mas por si mesmo. Conseguir algo enorme, ou um conjunto de coisas pequenas, quer não ter mais esse vazio em seu coração.

Metas:
Viver normalmente, mas na primeira chance, largar tudo se necessário para ir em busca de relevância para o mundo, tudo buscando ser relevante para si mesmo.

ATRIBUTOS -20 pontos

FISICOS

. Força +0 (00)

. Destreza +0 (00)

. Vitalidade +0 (00)

MENTAIS

. Inteligência +1(-10)

. Carisma +0 (00)

. Sensibilidade +1 (-10)

VANTAGENS (-37)

. Propósito maior - Se destacar de alguma forma (ativado junto com No limite ou em situações em que por interpretação do jogador o personagem faz ações do "No limite" por conta própria) (pag 81) (adaptado: foi comprado 3 vezes todas do mesmo jeito, a ideia é fazer como se ele se esforsa-se do fundo do seu ser para conseguir algo) (-15)

. Talento instintivo (pag 92) (nível 1, -20)

. Idioma inglês - Fala com sotaque (-02)

. Idioma português - Materno (00)

DESVANTAGENS (+15)

. No limite(adaptado) (+15) (pag 151) (em vez de ser atos de combate, é qualquer ato que seja diferente do habitual e único, pode envolver coragem, força de vontade, insistência, ou qualquer outra coisa que pudesse fazer alguém se sentir especial)

PECULIARIDADES (+2)

. Embotado (+01)

. Enxerido (+01)

PERÍCIAS -10 pontos

.Condução(automóvel): +1 (-4) (médio)

.Operação de computadores: +2 (-6) (fácil)

João é um cara ordinário (sempre o foi), e de certa forma isso é o que sempre o incomodou, por mais que ele tivesse se esforçado na vida, jamais esteve em uma posição de destaque, desde as brincadeiras mais bobas até as situações de verdeira significância na vida. Enquanto era mais jovem, muitas vezes se revoltava, e vivia mal humorado por conta disso, e quando lhe perguntavam por que estava assim, não respondia, pois mal sabia o que dizer ... "as pessoas não entenderiam" pensava ele. No entanto, embora jamais tenha brilhado, também não se privou das diversões da vida, e dos prazeres da carne, ainda jovem 'perdeu o cabaço' com uma garota que conheceu na escola (uma feiura no senso comum, mas extraordinária na cama, como ele pôde ver), e vez ou outra, dando rolês com os amigos, experimentou bebidas, e drogas, apenas para matar a curiosidade (mas nada que o tenha fisgado profundamente), quando ele próprio olha para seu passado, ele pensa "bem, acho que não foi nenhum desperdício também..." Na vida adulta, após ingressar na faculdade, fez muitos amigos, e continuou na luta por ser alguém. Diante das insistentes ocasiões que provavam de novo e de novo que ele não seria alguém de destaque, meio que deixou para trás as questões e conflitos internos, tornando-se alguém mais relaxado, até conformado em certo nível, e passou a viver no piloto automático desde então, eventualmente metendo-se em festas e lugares agitados para esquecer problemas ou maus pensamentos quando surgem.

De um modo ou de outro, o estilo de vida assumido por João o levou a tornar-se um trabalhador meio robótico, e ter uma vida em grande nível monótona. Mesmo sendo capaz de cuidar dos pais idosos, e de si próprio sem a ajuda de mais ninguém, não se considera bem sucedido, algo fundo nele, ainda pede por mais, e embora não tenha coragem pra meter o pé no balde, jogar tudo pra cima, e ir loucamente em busca de seu sonho mesmo sem saber por onde começar, João prossegue com seu desejo interno de se sobressair, e vive sempre a espreita, muitas vezes desanimado, entediado, porém, com aquela rasa esperança, de que um dia, algo aparecerá, e sua vida em fim mudará.

.......

Hoje é um dia nublado na grande cidade de São Paulo, é final de janeiro de 2019, e este é mais um dia comum para João. Acordou cedo, pôs em dia a demanda do trabalho, saiu para repor combustível e dar uma lavada no carro, conversou com os pais, que devido a velhice, tem até dificuldades para se mover pela casa, necessitando de andadores, verificou os remédios, checou se a cuidadora apareceu para alimentá-los e ajudar com o banho, em fim, constatou de que estava tudo OK. Mais tarde, o tédio reinava, e João sentou-se e ligou a TV no canal de esportes, estava passando São Paulo vs. Palmeiras, e após alguns minutos, já com uma bacia de pipocas e um copo cheio até a boca de coca-cola, o telefone toca.