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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por antonio xavier Seg Dez 17, 2018 1:11 pm

    Ana estava caminhando junto a Victor e Dom Inácio em direção ao Almoxarifado, quando eles ouviram um tiro no andar de cima. A menina automaticamente olhou para o celular e viu que já eram 18:25, faltavam apenas alguns minutos para que Mel chegasse. Logo após bater os olhos na hora, viu que havia uma mensagem de Gerson. Tudo era explicado nela: era Antonio.

    Rapidamente, a menina responde a mensagem:

    Whatsapp: O inimigo é frágil ao fogo. Não esqueçam de seguir as orientações e a oração de Mel.

    Em seguida, ela levanta os olhos seguindo Victor e diz:

    "- Victor, os outros caçadores estão chegando. Como você disse, vamos até lá ajudá-los!"
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Guilix Seg Dez 17, 2018 3:12 pm



    Padre Inácio
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    ORA ET LABORA

    Depois de ouvir o estampido do tiro distante, me assustei. Talvez outras pessoas estejam no prédio. Talvez os outro caçadores já estejam chegando.
    Ana e Victor já haviam me antecipado. O soldado pedindo para que eu o seguisse e mantivesse a oração e a médium falando que eram realmente os outros caçadores. A essa hora, a reza já estava decorada. Mantive o celular com a vídeo-chamada aberta e a tocha improvisada na outra mão. Segui meus companheiros como eles haviam proposto.

    Seria muito frustrante se essa criatura conseguisse ferir algum de meus companheiros. Nós conseguimos nos proteger, seja por sorte, coincidência ou provisão divina, mas o primeiro embate, nós saímos vencedores.

    - Irmãos... digo... companheiros, ainda podem haver outros inimigos aqui dentro. Não sei se essas criaturas costumam andar sozinhas, mas precisamos manter a atenção.


    Antes de sair, me aproximei da doutora já falecida. Fiz uma breve oração pedindo para que Deus tenha piedade da alma dela e que perdoe seus pecados. foi quase uma extrema unção póstuma, nada convencional, mas aquela alma não merecia mais sofrimento depois daquela dor que tinha passado.

    - Podemos ir.





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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Mellorienna Seg Dez 17, 2018 5:33 pm






    Museu: Subsolos 2 e 1


    18h28min
    Almoxarifado | Galerias (Combate: Intervalo) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


    Municiados com novas provisões inflamáveis, em grande parte constituídas por inseticidas especiais anti-traças e removedores de tinta, Victor, Ana e Dom Inácio subiram devagar os degraus que conduziam ao 1º subsolo, onde puderam perceber que o rastro de destruição espalhado pela criatura era consideravelmente menor. Como se aquele monstro pudesse deter suas garras como foices - ou talvez mudar de forma.

    A Extrema Unção garantiu ao padre um pouco de paz de espírito, e o recitar constante da Oração aos Arcanjos do Pacto parecia realmente estar se tornando familiar. Ana havia instruído os demais, através do grupo, a igualmente orarem. Mel e Ace estavam em silêncio desde a última mensagem, mas em seu coração a jovem médium sentiu que era isso que deveria fazer. E que Mel estaria orgulhosa quando a encontrasse.

    Tudo dependia de serem encontrados com vida.

    Liderados por Victor, o trio cruzou o 1º subsolo, ouvindo ao longe o som da luta se aproximar. Gerson havia avisado que Antônio estava lutando contra a criatura no primeiro pavimento, às portas do Museu. Atentos à presença de qualquer outra coisa que se movesse, contudo em passo tão acelerado quanto possível, os três cruzaram as enormes galerias à meia-luz do museu deserto.

    E então chegaram ao saguão principal, onde puderam ver a criatura atacar Antônio mais uma vez!








    Museu: Externa


    18h28min

    Combate (4º Turno) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


    Gerson se aproximou do segurança do Museu, que por pouco não atirou no Caçador. O homem estava assustado, como era de se esperar, e a abordagem do gangster quase causou uma confusão. Porém, ele era um bom segurança. Desviando de Gerson, apenas disse:

    - Chame a Polícia você, cara, e depois dê o fora daqui. Nunca se sabe o que esses loucos podem fazer com uma arma na mão!

    Era evidente que o segurança pensava tratar-se de um roubo. E por isso continuou correndo em direção à porta, com um revólver em punho, pronto para defender o patrimônio cultural de Bela Vista...

    ... até que se deparou com a visão da criatura que Antônio combatia.

    Imediatamente o homem gelou no lugar. Seus olhos se arregalaram horrivelmente.

    Ao mesmo tempo, Mayane e Doc tinham nas mãos uma legista incrédula. Enquanto a psicóloga orava por contato com sua Mentora Espiritual, e Doc tentava proteger as duas tomando a dianteira, Ana Rita arquejava, em choque.

    - Mas que caralho é aquilo?! - a médica perguntou, agarrando o braço de Doc - Eu não quero saber porque vocês deram uma de hippies e desenharam na minha testa, MAS QUE CARALHO É AQUILO ALI? - a legista gritou, apontando freneticamente para a criatura.

    Absorta em suas orações, Mayane ouviu a voz de Ana Rita como se estivesse muito distante. A barreira entre o Plano Material e o Plano Espiritual estava anormalmente densa. A presença espiritual era tão baixa ao redor dela, que Mayane chegou a duvidar de que obteria resposta. Então, no fim de suas esperanças, ela escutou um sussurro conhecido, na reconfortante voz de Joana:

    - Repita em voz alta a oração de Alana Rafaela, criança. E marque a sua companheira com a Tríade da Virtude. A Marca de Eva é para você. Que o Pai guarde voc--- - a voz de Joana diminuiu até se perder, como espuma do mar dissolvendo na praia de um sonho.









    Museu: Primeiro Pavimento



    18h28min


    Combate (4º Turno) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


    Apesar da dor lancinante que sentia, o Caçador não se daria por vencido. Descarregando seu fuzil contra a criatura, Antônio viu o pente se esvaziar completamente diante do sorriso macabro da Cria das Trevas, que resvalou com suavidade irônica um única garra pelo braço do Caçador.

    Nesse instante, como se houvesse sido revirado pelo Demônio, Antônio sentiu a dor excruciante dos ossos de seu braço esquerdo se partindo - as pontas brancas e ensanguentadas rasgando a carne e emergindo da pele, em fraturas expostas de natureza macabra. Ainda mais terrível era a dor nas costelas que se partiram com um esmigalhar horrendo. O sangue que veio à boca do Caçador espumava pelo ar dos pulmões perfurados.

    O cântico distante da voz de Dom Inácio finalmente se fez ouvir, acima da risada diabólica da criatura, e Antônio soube que a ajuda estava a caminho. Ironicamente, as balas que certamente haviam perfurado o peito e todo o abdômen da criatura pareciam não ter deixado qualquer ferimento. Os pequenos buracos que ainda permaneciam fechavam-se com rapidez assombrosa diante dos olhos do Caçador, que sentiu que aquele movimento poderia ter sido seu último.







    OFF: @Ryan Schatner recebeu mais 2 níveis de Vitalidade de dano, e está Gravemente Ferido. Isso traz um modificador de -2 para suas ações subsequentes.

    A criatura está diante da porta, de costas para o trio que já estava no interior do Museu. A manobra de ataque não resultou em dano efetivo contra a criatura, devido ao poder dos Cainitas para absorver dano letal como se fosse dano por contusão.



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    Mensagem por antonio xavier Seg Dez 17, 2018 7:05 pm

    Ana chega no 1o pavimento próximo às portas do Museu e vê Antonio sendo atacado pelo inimigo, por aquela criatura da noite, que havia invadido o escritório e assassinado a Dra. Carolina Guerra. A menina fecha os olhos e se concentra na oração ensinada por Mel da Paixão.

    Ana Demiris acende sua flecha no fogo que estava com Dom Inacio e caminha em busca de um local para se abrigar, da maneira mais rápida que ela havia encontrado fazer. Assim, ela visualiza o inimigo mirando-o com seu arco e flecha: "Miguel, general do céu, que empunha a Chama sagrada"; a menina olha para o fogo em sua flecha e continua sua oração, sem emitir som, mas movendo os lábios.

    Quando ela emitiu mentalmente as últimas palavras da oração, "o sangue da Profecia os convoca para honrar o Pacto sobre a Espada da Aurora", Ana atacou com sua flecha, seus olhos fixos no inimigo e já a repetir a oração: "Arcanjos do Pacto, Miguel..."
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    Mensagem por Saskwatch Seg Dez 17, 2018 7:42 pm

    Acompanhando as mensagens de seus colegas, e visto que não tinha maneira de atear fogo no monstro, Gerson passou a ponta dos dedos na sola de sua bota, e com a fuligem desenhou o triangulo em seu pulso.

    Se aproximou rapidamente do segurança do museu, posicionando-se ao lado dele. Sacou a arma já mirando em direção à cabeça da criatura e bradou ao segurança:

    _ Parcero, vamo arrebentá com essa disgraça!

    Disparou, até acabarem as balas do tambor do revolver.
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    Mensagem por Padre Seg Dez 17, 2018 7:47 pm



    The Doc
    Maria Ivri.


    A cena era sem dúvida alguma inédita para Doc, numa circunstância normal teria se permitido ficar espantada com tudo o que acontecia, mas sentia-se responsável tanto por Mayane como por Rita, mas a situação dava indícios cada vez maiores de que piorariam, então não podia perder tempo e muito menos ficar impassível em relação a tudo. Rita segurava o braço da médica com força, apesar de compreensível, era desconfortável, dava pra notar isso na cara de Doc.

    Aquilo é a resposta pro terror que você estava vivenciando e agora nós vamos acabar com ele. — Virando-se então para Rita, entregava-lhe o seu celular que estava com a tela ligada na oração que Mel da Paixão havia lhes enviado. — Repita isso sem parar e mais importante, FIQUE AQUI! Se aproximar qualquer passo mais perto do que isso vai ser perigoso, eu prometo que volto pra te ajudar depois, se acalme doutora. Mayane, se estiver me ouvindo, por favor, cuide dela.

    Com um sorriso que poderia não transpassar tanta confiança quando Maria imaginava que passaria, ela se soltava e partia em direção a Antônio, o chamado e o dever de ajudar as pessoas era o que guiavam suas ações naquele momento, mesmo que não soubesse que fim aquela situação teria, precisava tentar.

    "Eu sei que não posso fazer muito, nem poder de fogo eu tenho, mas o que eu puder fazer, eu vou."

    Aquela altura apenas torcia para que recebessem alguma ajuda, não sabia exatamente o quão grave a ferida do rapaz era e o tempo poderia estar acabando.

    ANTÔNIO, SAIA DAI. — Gritava para o homem, quanto mais longe de criatura ele se encontrasse, melhor. No decorrer do caminho repetia a oração com uma voz baixa, era cética, mas com todo o ceticismo que tinha, não custava tentar. — Arcanjos do pacto, Miguel, general...

    Então, ao chegar até Antônio, ficaria abaixada pra evitar as balas de Gerson, e então tentava usar a distração causada por ele pra puxar Antônio pra longe daquela porta.

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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Guilix Seg Dez 17, 2018 9:14 pm



    Padre Inácio
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    ORA ET LABORA

    Balas, flechas, fogo, sangue e orações.

    Quando acordei essa manhã jamais imaginaria que estaria em um ambiente como esse. Parecia a cena final de um filme de ação dos anos 90. Só que eu não me lembro de nenhuma delas com um padre no final. Estou mais confiante pela primeira vitória, mas ainda não sou maluco. E ainda que fosse, prefiro sair voando em balões.

    Em meio a tantos tiros, eu não tive coragem de me aproximar da besta para tentar usar meu lança-chamas improvisado. Se eu não fosse atacado pelo monstro, poderia ser atingido por meus próprios colegas. Assim, eu não ia poder fazer muita coisa. Continuava orando em voz alta e nesse momento minha reza já tinha uma melodia gregoriana.

    Até que tive uma ideia.

    Pode parecer bem sem noção, mas na pior das hipóteses, nada vai acontecer.

    Peguei um dos frascos novos de removedor de tinta que eu tinha pego. Joguei alto na direção da fera na esperança de que algum tiro acertaria a embalagem, transformando aquilo em uma granada inflamável.

    - Victor. Acerta a lata!





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    Mensagem por Nazamura Seg Dez 17, 2018 9:28 pm



    a concentração de Mayane fora recompensada. Joana enfim conseguiu falar com ela.
    Joana escreveu: —  Repita em voz alta a oração de Alana Rafaela, criança. E marque a sua companheira com a Tríade da Virtude. A Marca de Eva é para você.  
    "Joana! volte!... Joana... ". Durou pouco, mas Joana logo se foi, deixando a psicologa emocionada e uma lagrima teimava em escorrer de seus olhos. Mayane então repete o que a Joana lhe falou para que Maria e Dr. Ana pudessem ouvir
     
    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Mayane15 
    - Maria, Ana, repitam comigo e em voz alta a oração de Alan Rafaela. Minha guia pediu para eu marca-la com a Tríade da Virtude e a mim com a marca de Eva.

    Mantendo ainda os olhos fechados, Mayane começa a repetir com profundo vigor e concentrada a oração em voz alta, o mais alto que conseguir, segurando a Dra. Ana pela mão para que ela repetisse tambem.

    - Arcanjos do Pacto. Miguel, General do céu, o que empunha a Chama Sagrada; Rafael, luz sobre o horizonte, o condutor do Sol, protegido do Leste; Uriel, ceifeiro, anjo da Morte. Uriel sombrio que vive nas trevas; Gabriel, gentil, sentado a esquerda do Pai, Gabriel, Senhor da Piedade; Daniel, arauto da Ira de Deus. O sangue da Profecia os convoca, para honrar o Pacto sobre a espada da Aurora
    Mayane continua repetindo com mais entusiasmo, mantendo-se de olhos fechados e vibrando firme em cada parte do seu ser. Ela reza com tanta devoção mesmo ao som das balas e dos urrados da batalha bem proximo a entrada do Museu onde elas estão
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    Mensagem por Immemorabili Seg Dez 17, 2018 9:47 pm

    Deixou parte do material com o padre, parte com Ana. E consigo, o isqueiro de antes, alguns papeis que encontrou de qualquer embalagem ou coisa, além dos materiais que pegou para si. No caminho, traria qualquer extintor de incêndio que encontrasse consigo. Não passou despercebido que a criatura parecia mudar de volta sua forma, ou evitar completamente a perda de controle de seu rastro de destruição. O que corroborava mais para a crença de que aquela coisa possuía uma noção do que estava ao seu redor e um tipo de sabedoria diferente de qualquer sapiente inculto. Talvez fosse uma questão de ordem x frenesi, ou algo assim?

    Por instinto, seguiu o caminho e ficou atento aos detalhes. Nenhum militar treinado jamais seria negligente com seus arredores, especialmente depois de um treino que o formara para lutar contra qualquer situação de desvantagem.

    Chegaram ao saguão principal e Victor derramou o removedor de tinta que tinha consigo em um "C" à frente do trio, acendendo um pequeno pedaço de papel e jogando no chão para incendiar aquele pequeno espaço. O bastante para que saltassem por cima, mas talvez desse algum sinal de hesitação à criatura. Franziu o cenho e preparou a mira de sua arma, ainda com a marca levemente ardida do triângulo em seu pulso esquerdo.

    Não recomendaria a tática do Padre, quando olhou para o lado, mas já era tarde demais para tentar alguma coisa. Um objeto grande como uma lata e a faísca no metal talvez fossem o bastante, ou talvez não. Mas não hesitaria em tentar. Empunhando-a, tentou atingí-la no ar, e depois tentaria atingir no chão quando batesse ali e fosse longe o bastante de qualquer um dos aliados, afetando a criatura. Por segundo, miraria nas pernas do inimigo como esperado, visando tirar seu equilíbrio e o ferir, antes de mirar na cabeça ou coração. Não podia deixar que ferisse mais pessoas. Não daquela maneira.

    - Padre, use o borrifador maior de inseticida com sua tocha, a pressão dará mais distância e menos espalhar; será o bastnate para tentar cercar a criatura ou danificá-la.
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    Mensagem por Mellorienna Seg Dez 17, 2018 11:40 pm





    Museu da Ordem Rosa Cruz


    18h31min
    Combate: Final - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -


    A criatura impunha-se, sinistra e aterrorizante, sobre o Caçador ferido. Ainda assim, nenhum dos que ali estavam presentes se abateu. À sua maneira, cada um integrou a grande máquina viva de caçada que um grupo de Vingadores do Sangue deveria ser: coesos, intrépidos e criativos. A Oração aos Arcanjos do Pacto elevava-se do saguão do Museu até a rua, onde Mayane segurava uma aterrorizada Ana Rita pelas mãos - que tropeçava nas palavras estranhas dirigidas a anjos cabalísticos.

    Com bravura, Antônio resistiu aos graves ferimentos que recebeu, colocando-se entre o monstro e a rua, impedindo a criatura de ganhar Bela Vista e vitimar possíveis inocentes. O dever era seu maior chamado à ação, e ele - que já mal se aguentava de pé - teria voltado a municiar a arma com os dentes se preciso, não fosse a pronta intervenção de Doc. A moça, indômita e heroica, correu para o companheiro ferido, diante da grande Besta demoníaca, e o agarrou, puxando para longe do combate. Quando foi que a criatura percebeu que tocá-la seria seu fim? Doc não saberia dizer, mas viu as garras como foices levantarem-se enquanto o monstro exibiu uma careta sinistra. Soube que ia morrer. E então o ataque se deteve, com uma expressão de surpresa - e terror! - cruzando a face inumana da criatura.

    Uma fração de segundo depois, a jovem médica viu a flecha incendiária atirada de dentro do Museu acertar a criatura em cheio, apagando-se no processo de cauterizar a carne putrefata e malcheirosa do gigante asqueroso. Doc não esperou para ver o que aconteceria: puxando Antônio consigo, tirou o companheiro da linha de frente, exatamente a tempo de abrir caminho para as balas que esquentavam o cano da Magnum .44 de Gerson. O segurança, ainda em estado de choque, apenas olhava atônito para a cena, balbuciando palavras ininteligíveis. Provavelmente Mayane teria algum trabalho com ele depois.

    Por sua vez, Gerson mirava a cabeça da criatura, que chegou a atingir mais de uma vez, vendo em absoluto desespero que os buracos dos tiros se regeneravam diante de seus olhos. Ainda assim, o Caçador continuou atirando: a façanha de Antônio - ainda que imprudente - havia inspirado a todos. Ao mesmo tempo que selou seus destinos diante da falta de alternativas. Era lutar ou morrer. E Gerson atirava com tudo que a pistola tinha, enquanto Victor fazia o mesmo de dentro do Museu.

    O ataque bem sucedido de Ana havia chamado atenção da criatura, obrigando o monstrengo a se virar na direção da barricada de fogo montada pelos Caçadores. A visão continuava a trazer medo para os olhos demoníacos, mas os três - que já haviam confrontado a Besta minutos antes - percebiam que havia algo diferente agora: um terror mais enraizado. A Oração aos Arcanjos do Pacto reverberava no quase canto gregoriano do padre, e a criatura espumou de ódio por sua bocarra horrenda, enquanto os tiros de Victor empurravam a criatura de volta à posição original, mesmo quando tentava avançar em direção ao grupo. O dano não era grande - e atirar na lata de spray não havia funcionado como esperado - mas Gerson atirava do lado de fora e Victor de dentro. A esperança de que eles talvez tivessem uma chance de aguardar mais reforços crescia para os Caçadores.

    Era nítido que o dano sofrido pela criatura era irrisório. Os tiros mal penetravam sua carne e esta já se regenerava. Entretanto, as balas de Victor pareciam impedi-la de mover-se livremente. E os tiros de Gerson causavam a distração necessária para que Doc, Mayane, Antônio, Ana Rita e o segurança estivessem em relativa segurança. Onde estava a Polícia? Em as suas orações, Mayane pensou em Mathias. Teria o capitão entendido a urgência de seu chamado? Ou, por tentar disfarçar as circunstâncias quando no IML, o policial não tinha realmente ideia da situação?

    Os minutos se passaram como horas. As mãos começavam a formigar do esforço, pouco acostumadas ao ritmo cadenciado das armas. Com exceção de Victor, ninguém ali tinha tanto treinamento assim. O estresse atingiu níveis preocupantes quando a munição começou a acabar - e a criatura mal apresentava qualquer sinal de luta. Do lado de fora, Doc lidava com as piores fraturas ósseas que já havia visto em sua carreira: simplesmente não conseguia acreditar que Antônio não tinha desmaiado de dor. O poder da adrenalina como painkiller era algo realmente assombroso. Mas a médica duvidava que o Caçador fosse voltar a empunhar uma arma tão cedo.

    E a arma de Victor emitiu um click surdo quando o último projétil deixou o pente. Do lado de fora, Gerson deu seu último tiro, que foi absorvido pela criatura como se fosse nada. Com uma perna muito levemente ferida na altura do joelho, perfurada em um ou dois pontos que se fechavam mais lentamente, o monstro sequer tinha chegado a sangrar. Ana ainda tinha suas flechas, e encaixou o arco com rapidez. Atirou algumas vezes quase a esmo, em desespero, vendo o gigante deformado se aproximar a passos lentos:

    - Você será a primeira a morrer, gado inútil. - a criatura rosnou, com os olhos cravados em Ana Demiris - Ninguém se interpõe entre o Dragão e s--- - o corpo da criatura balançou, sacudido pelo solavanco forte de tiros vindos da porta do Museu. Chamas azuis tomavam o corpo do monstro a medida que os estampidos eram traduzidos em balas cravadas em sua carcaça inumana, e o ser infernal urrou, virando-se em toda velocidade para o combate.

    Com o movimento do monstro, Victor, Ana e Padre Inácio viram a origem dos tiros: parado às portas escancaradas do Museu, com uma expressão de paz concentrada, Ace descarregava impiedosamente uma pistola contra a criatura, que se movia em velocidade contra ele. O Caçador tinha uma cruz em um tom escuro de vermelho-arroxeado na testa, pouco acima do espaço entre os olhos, cujas íris brilhavam ígneas como as labaredas do Inferno. O loiro nem sequer se moveu diante da aproximação do gigante. Pelo contrário. Para a surpresa de Ana e os demais, Ace sorria.

    E foi então que os jovens Caçadores souberam porquê.

    A visão era incrível de se ver: a criatura mortalmente ferida, coberta em chamas azuis, não buscava atacar Ace. A criatura queria fugir! Porém, antes que alcançasse o batente da porta, Ana, Dom Inácio e Mayane ouviram um eco às suas preces. E as dádivas do Senhor coroavam Mel da Paixão quando a mulher surgiu de trás do Caçador loiro, e girou no ar com uma espada nas mãos. O grito da criatura morreu de súbito quando, de um só golpe, a morena degolou o monstro. A carcaça deformada e duplamente sem vida atingiu o chão antes que os pés de Mel voltassem a tocar o mármore frio do Museu. Quase como se a Caçadora pudesse flutuar no ar.

    - ... a esquerda do Pai, Gabriel, Senhor da Piedade; Daniel, arauto da Ira de Deus. O sangue da Profecia os convoca, para honrar o Pacto sobre a espada da Aurora. - ela finalizou a Oração, fitando diretamente os três por trás da barricada de fogo com olhos completamente tomados de negro - O Pacto foi mais uma vez cumprido. Que banhe-se no Sangue do Amaldiçoado a Espada de Shai'tan. - dizendo isso, Mel desviou os olhos para a carcaça e perfurou com a lâmina o local onde o coração do ser deveria estar. O corpo imediatamente desfez-se em pó e cinzas, que a brisa da noite agitou sobre o chão marcado pela violência.

    Ace olhou os três reunidos ainda dentro do Museu e então sorriu antes de se virar para fora. Correndo, chamou:

    - Gerson, Mayane, contenham os danos aos civis. - ele se aproximou de Doc e Antônio - Para um hospital, guria, imediatamente. E conte suas estrelas, seu bagual suicida! Nós somos Caçadores. Não a porra do Chuck Norris. - era possível ver o quanto o loiro estava frustrado pela entrada irrefletida de Antônio, sem aguardar por reforços.

    Ao mesmo tempo, Mel da Paixão se aproximou da barricada de fogo, olhando em todas as direções, com a expressão tipicamente séria. Os cabelos da mulher se agitavam lentamente no ar, como se eles a estivessem vendo mergulhar em uma piscina. Os olhos não tinham mais qualquer traço de branco ou das íris esverdeadas: era duas esferas de escuridão completa, que voltaram-se para eles:

    - Bom trabalho. - a mulher embainhou a espada e então inclinou a cabeça - Vocês fizeram um b--- - ela estacou em silêncio e então se virou para a porta, correndo a uma velocidade impressionante, ao mesmo tempo que um grito terrível de horror era ouvido do lado de fora.

    Deixada por um milésimo de segundo por Mayane, somente enquanto a psicóloga se virou para ver que outro "civil" precisaria de sua ajuda, Ana Rita era agora engolfada pelas trevas! Mayane tentou correr para a legista, mas as sombras da rua pareciam detê-la no lugar, enquanto sugavam Ana Rita para dentro de uma espécie de vórtice. Gerson igualmente não podia se mexer e, quando Doc e Ace se deram conta, Ana Rita havia sumido, completamente engolida pelas trevas.




    OFF: Faremos uma pausa para as Festas de Fim de Ano, mas eu queria deixar aqui meu registro da felicidade e do prazer que tem sido narrar para vocês. Obrigada pelos ótimos posts e pela dedicação, gente. Essa narrativa é de vocês. Eu só rolo os dados ^__^

    Amanhã tem XP! o/~



    Padre
    Cavaleiro Jedi
    Padre
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Padre Seg Jan 07, 2019 4:55 pm

    THE PAIN THAT REMAINS

    Em qualquer guerra a calmaria vem entre as tempestades. Haverá dias em que perderemos a fé, dias em que nossos aliados se voltarão contra nós. Mas nunca chegará o dia em que deixarei de lutar por quem vale a pena.

    Bela Vista
    18:31 pm


    Quando você está prestes a morrer, dizem  sua vida inteira passa diante de seus olhos em um segundo, se você perguntasse a Maria Ivri depois daquele dia, ela com certeza diria que isso é a maior e mais completa bobeira.

    Alcançar o novo companheiro, Antônio, não era difícil, o verdadeiro problema veio depois, quando já estava na porta, ao olhar nos olhos da criatura travou por um segundo, de muitas coisas que pudesse ter visto, se lembrado ou de pessoas que pudesse ter lembrado, sua mente travou num imenso vazio angustiante. Sentia-se incapacitada, fraca, o que fazia ali? Tudo isso acontecia em menos de um segundo, uma flecha incendiária salvava sua vida. Continuou a arrastar o homem pra longe, parte de si estava preocupada em deixar o resto pra trás, mas naquele momento precisava  agir direito dentro de suas competências, se aquele era seu papel naquele grupo, com certeza era o que faria.

    Seja lá quem atirou esta flecha, obrigada, espero que fiquem bem!

    Seu sentimento era genuíno, haviam se colocado naquela situação juntos como um grupo e esperava que saíssem dela do mesmo jeito.

    Já longe da linha de fogo, Doc respirava fundo e organizava suas ideias, analisava a ferida de Antônio enquanto procurava o melhor caminho a ser seguido.

    Sua situação tá bem crítica e não há muito que a gente possa fazer antes de te levar pra algum lugar apropriado, primeiro vamos te endireitar. — Procurou então algum lugar em que o rapaz pudesse encostar as costas e “descansar” a perna. Procurou em seguida por pedaços de papelão, revistas ou jornais, mas ali era a calçada de um museu, onde que encontraria essas coisas com a rapidez que precisava? — É vital que você não mexa na sua perna e nem tente endireitas a fratura, a gente não sabe a extensão dela. Agora eu vou deixar ela coberta. — Retirava seu avental com cuidado e tudo que estava atrelado a ele, como por exemplo o crachá, por sorte sempre cuidou muito bem de sua roupa de trabalho e também não havia dado o tempo necessário para que o sujasse naquele dia. — Eu vou usar o meu avental apenas pra impedir que infeccione por conta de externos. A gente não tem água e nem gazes, então você precisa segurar as pontas. Preparado? Vou contar até 3. 1... — Doc então cobria o ferimento na hora não dando o tempo necessário pro rapaz se preparar, a falta da espera da contagem era uma pitada de vingança pelo que havia acontecido mais cedo, quando o rapaz deixou ela e Mayane pra trás pra se aventurar pelo museu como um Indiana Jones de baixa renda. Com um sorrisinho irônico, continuava. — Prontinho. — A situação era levemente descontraída, apesar de tudo a mulher não queria causar preocupação desnecessária, se ele passasse por aquilo ia ficar de molho por um tempo, repetindo, SE passasse.

    Voltando novamente sua atenção para o que acontecia em volta, percebia o desespero da criatura, que era a primeira a roubar a sua atenção, seguida de Ace e Mel. As cenas que presenciou em seguida pareciam mais tiradas de um filme hollywoodiano do que vida real.  Ver tanto Ace quanto Mel da Paixão em todo aquele explendor era coisa de outro mundo.

    Lindo... — Deixava escapar hipnotizada pelas habilidades dos caçadores profissionais. — Em menos de um minuto eles já conseguiram afugenta-la. Eles são... — Se perdia enquanto continuava a ver os movimentos fluidos de Mel que finalizava a criatura sem grandes problemas, por um momento teve visões de grandeza e se perguntou se aquele era um nível alcançados para meros normais como ela. Se aquilo era algo que Doc poderia teria, então com certeza ela iria querer.

    Ace aproximava-se dando instruções, Maria ainda estava em um relativo choque, o medo que sentia da criatura ainda estava lá, a surpresa e a sensação de estar maravilhada com o que havia acabado de ver também, demorava um tempo até que ela acordasse.

    Vou chamar uma ambulância. Não deve ter problema em supor que foi um “ataque animal” ou tem?— Perguntava em busca das intruções de Ace que havia acabado de dar um puxão de orelha em Antônio. — É só ele falar que não viu e não se lembra de nada e estamos bem.

    No meio tempo, ligava para o hospital onde trabalhava, se algo desse errado, pelo menos tinha conhecidos e até alguém bem próximo a ela que pudesse lhe dar uma mão caso as coisas saíssem do controle, se alguém ali tivesse qualquer noção mesmo que básica de medicina, estariam bem, mas um ferimento daquela magnitude... Precisava de mais mãos e que de preferência soubessem o que estariam fazendo.

    Alô? Aqui é a Dra. Maria Ivri, clínica-geral do hospital. Eu tenho uma emergência aqui no Museu da Ordem Rosa Cruz. A urgência é grande por favor enviem uma ambu ——


    O que é uma perda e como ela impacta a vida de uma pessoa? A morte sempre esteve ao lado de Doc, desde pequena quando perdeu sua mãe, desde os estágios no hospital onde estudou até se tornar a profissional que é hoje. Tirando o trauma causado pela morte de sua mãe, que já havia superado há algum tempo, experienciava algo novo, mais um tipo de perda  nova que precisava se adaptar.

    Sua voz parava deixando a atendente do hospital sem uma resposta maior do que aquela que havia dado, seu celular escorregava da sua mão, caindo na direção do chão enquanto a mulher, sem reação percebia que seja lá o que ainda estivesse ali, finalmente levava Ana Rita. Naquele momento, só tinha uma certeza: Era sua culpa.

    Após alguns segundos, estática, tentando entender o que havia acabado de acontecer, lágrimas e mais lágrimas saiam de seu olho, apesar de não saber exatamente o porquê. Se sentia responsável? Estava triste pela suposta “morte”? Toda aquela emoção era decorrente da recente situação que havia passado? Não sabia dizer exatamente o que era, mas chorava sem entender porque aquilo estava acontecendo.

    É minha culpa... — Falava com a voz baixa antes  de cair de joelhos ao lado do corpo ferido de Antônio.

    Ficou por um tempo ali encarando o lugar onde a legista estava em pé minutos antes. Nada passava pela sua mente além da sensação de derrota. Haviam ganhado? O que é a vitória se nada mais e nada menos do que uma mera uma ilusão.

    Estava derrotada.

    Levantou-se então com uma feição séria, pegou seu celular e o guardou no bolso.

    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Tumblr_pj0n39mC5M1uwl6nzo2_250
    (Favor, ignorar o elmo).



    Logo uma ambulância deve chegar pra buscar o Antônio, eu vou ir junto e garantir que ele fique bem. — Então deixando os companheiros pra trás, ia na direção da rua enquanto limpava o rosto sujo pelas lágrimas. Aquilo era mais uma tentativa de ficar sozinha do que de ser útil como dava a entender. — Vou esperar a ambulância na rua e vocês lidam... Com... Isso daí tudo. — Cambaleava nas palavras, estava visivelmente tensa e abalada.

    Talvez alguém achasse que estava sendo "natural" demais com aquela situação, mas aquela era a Maria do cotidiano, a que diante das tragédias tem que permanecer inabalável, a que tem que dar as noticias ruins pras famílias, a que tem que tirar os sonhos dos outros e segurar os trancos de todas as decisões que tomou em sua vida. Talvez não fosse justo, mas a vida de quem é?

    Se Ace, Mel ou os outros caçadores tentassem se aproximar, evitaria o contato, pelo menos naquela hora, tudo era muito recente precisava de tempo pra pensar no que viria adiante.
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Saskwatch Seg Jan 07, 2019 11:54 pm

    Em meio aos tiros que vinham de dentro do museu, e os que o próprio estava disparando, Gerson se viu desesperado ao gastar sua ultima bala.

    Foi então, neste momento de desesperança,  ele viu uma cena que parecia dos filmes de herói, os quais teve raras oportunidades de assistir.

    Mel e Ace salvando o dia, com efeitos especiais e tudo mais.

    Sentiu tremenda excitação, como se um choque passasse das suas solas dos pés até a cabeça "será que vô bota pra fudê assim também?", sorriu discretamente, de olhos arregalados e admirado.

    Acordou de repente de dua imaginação com o pedido de Ace. Demorou dois segundos para entender o que "danos civis" queriam dizer.

    Então olhou para sua colega, Mayane, piscou com um dos olhos. Deu um tapa nas costas do segurança, que estava ao seu lado e o puxou para perto abraçando por cima dos ombros com um dos braços, e colocando-o de frente para a rua:

    - Então Piá, deve tá tenso de vê toda essa zona aí, to morrendo de fome, onde a gente pode comê um treco por aqui e troca uma ideia? Podemo tenta explicá um pouco o que ta rolando aqui...

    Assim que terminou a sua fala viu a cena mais macabra de sua vida, e toda aquela excitação da ideia de logo poder queimar uns monstros, se esvaiu imediatamente, ao ver aquela mulher, por ele desconhecida, sendo engolida pela escuridão, sem que alguém pudesse tomar alguma providência.

    - Véi, perdi a fome...

    Sem entender o que acabara de ver, e desconcertado com o que ainda poderia acontecer nesta noite, bradou na direção de Ace e Mel:

    - Ondé que nóis vamo agora pro ceis começa a explicá que porra toda foi essa?
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Immemorabili Ter Jan 08, 2019 7:22 pm

    O primeiro pensamento que lhe cruzou a cabeça era o de que teria que gastar um pouco mais de dinheiro com armas mais letais. Aquele quase-protótipo era o bastante para matar um humano, mas ele havia subestimado o quanto de resistência teriam aquelas criaturas. Talvez não subestimado, mas ao menos teria "voado baixo demais". Sem aquela marca estranha que agora estava em seu pulso e próximo da tatuagem que serpenteava acima em seu braço, talvez não conseguisse fazer muita diferença. O segundo pensamento, era que algo maior estava acontecendo. Desde as outras pessoas que se agregariam segundo após segundo ali, dentre rostos já vistos ou rostos novos, até o que quer que seja que estava começando; mas as engrenagens haviam começado a girar e o barulho seria alto para que todos os mais cientes e mais observadores notassem. E ele ainda era um mísero nada naquele campo, alguém que havia acabado de pisar naquele obscuro.

    Continuou disparando ao mesmo tempo que qualquer outra pessoa ousasse; mesmo que visse os tiros se regenerando, a criatura estava sendo mesmo que minimamente, contida. Qualquer tempo ganho era o bastante para pesar vida e morte, um soldado saberia isso tanto quanto qualquer outra pessoa que se arriscava dia após dia. Apostou novamente no tempo e nas poucas instruções que haviam recebido de Ace e Mel, com o reverberar dos outros dois e a visível reação de - não sabia dizer - nojo ou desgosto daquela criatura.

    Todos os seus disparos se foram, em uma cadência bem maior do que qualquer operativo esperava ter em um mês de trabalho, na melhor das hipóteses. Franziu o cenho quando ouviu o clique do fim de sua munição e se preparou para entrar na frente de um golpe direcionado a qualquer pessoa que alcançasse. Não era muito, mas um escudo de carne talvez fosse a diferença entre a vida ou morte de outra pessoa. Olhou para Ana Demiris e fez menção de um passo na direção da mulher, até que seus olhos foram novamente ao inimigo.

    Chamas azuis e barulhos que teve leve impressão de reconhecimento até que se traduzissem em disparos. Olhou para Ace e estendeu os braços por reflexo para que protegesse os dois próximos de si com qualquer método que pudesse. Ainda que parecesse totalmente desnecessário, ao ver o sofrimento do alvo. Iria ficar mais impressionado depois, quando tivesse tempo para pensar. Até ali, sua única preocupação era a segurança dos outros. Sentiu por um leve momento, raiva de Ace e Mel. Por razões exatas e que viriam a ser traduzidas em sua voz depois. É claro, o alívio foi maior... ao menos por enquanto.

    Pressionou os olhos ao ver o aproximar de Mel, mas não teve muito tempo para iniciar um diálogo. Ela disparou para fora com velocidade tão estranha quanto as criaturas que pareciam existir na noite. Especialmente depois das duas esferas negras, olhos que pareciam os de um tubarão branco em caça.

    Quando chegou lá fora, apenas viu o pós-acontecimento. Respirou fundo, notando que ainda tinha a arma em mãos. Travou o pino por hábito, mais do que por qualquer outra coisa, e a colocou no coldre interno da jaqueta, próximo ao peitoral. Cumprimentou cada um que o observasse ali com um leve aceno de cabeça. Estalou os dedos e se aproximou de Ace e Mel.

    - Minutemen. Soldados que são parcamente preparados e então enviados para morrer e ganhar tempo para os outros, como se fosse um sacrifício inútil. Qualquer pessoa sã diria que é exatamente isso que vocês estão fazendo, para gerar uma situação assim. A mesma pessoa sã também diria que vocês não apareceriam para salvar ninguém, se fosse simplesmente isso. Eu estou acostumado com a linha de frente e a possibilidade de morte, mas nem todos estão. Se vocês não nos prepararem melhor, nós vamos ser apenas uma pilha de cadáveres antes da próxima reunião. E eu estou tentando não ter antipatia por vocês logo no primeiro dia. Mas não vou aceitar que façam essas pessoas de peões de xadrez. - Dito isso, não se afastou como se fosse ignorar a resposta dos dois; apenas lentamente pisou para o lado, observando quem quer que precisasse de ajuda, ou se precisasse carregar um ferido, ou até mesmo o guarda em choque. Teria tempo para descansar depois, e não precisava dormir muito de qualquer maneira.
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por antonio xavier Ter Jan 08, 2019 8:13 pm

    Ana Demiris estava com uma forte energia em seu olhar, nada escapava de sua visão: era preciso agir e acima de tudo sobreviver.
    Ela percebia que mesmo com toda união e estratégia, nada parecia realmente deter ou mesmo atrapalhar por muito tempo o inimigo.
    Um frio na espinha percorreu todo corpo da menina, quando ouviu mais uma vez a voz da criatura . Era terrível, ela não podia mais passar por aquela situação sem possuir uma defesa verdadeira, precisava estudar e se preparar mais.
    Mesmo que em uma fração, tais pensamentos passaram pela mente de Ana, que teve seus olhos iluminados pela admiração ao surgirem Ace e Mel. Incríveis! Quero ser eficaz como eles. 
    Um.orgulho de admiração surgia em Ana quando Mel iria elogiar o trabalho do grupo do Museu, porém, de repente, a mulher corria em direção à porta. O que teria acontecido?
    Ana não espera resposta e corre atrás da líder de copas.
    Guilix
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Guilix Qua Jan 09, 2019 12:11 am



    Padre Inácio
    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 A50f48bd45a9866c6a491f14f5ee7e5d-roman-cross-catholic-by-vexels
    ORA ET LABORA

    E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.
    Apocalipse 10:10


    O pobre padre não acreditava em tudo aquilo que seus olhos haviam contemplado durante aquele dia. Em poucas horas vira um corpo assassinado da maneira mais cruel possível, enfrentara uma criatura terrível com frascos de inseticidas, ouvira tantos tiros e explosões como nunca, vira um de seus companheiros ter sua carne rasgada como papel pelas garras da besta e, não menos impressionante, presenciara a caçadores profissionais fazendo o seu trabalho. "Eu não sou como eles, e jamais serei", pensou ele.

    Uma náusea gerada por toda aquele dia agitado tomara conta de seu corpo, afinal ele não estava acostumado com uma cena daquelas. Engoliu seco, não podia se desestabilizar agora, mas sua vontade era de vomitar. Não tinha como não ficar impressionado com aquela cena. Era tudo surreal, mas realmente estava acontecendo. O padre nem tinha TV em sua casa para evitar assistir as notícias ruins. E parece que esse trabalho é cheio de notícias ruins. E mais uma tinha chego. Ana Rita tinha sido engolido por uma sombra. "Eles" haviam sequestrado a moça.

    Mal puderam sentir o gosto doce da vitória antes de sentir a amargura da perda. Eles tinham falhado. Não era culpa de Dom Inácio, nem de ninguém, mas ele se sentiu culpado por não poder fazer nada. Mais uma vida inocente corria perigo, e ele não queria que os caçadores chegassem tarde demais, como ocorreu com a doutora Carolina. Uma rápida olhada no relógio revelou que a noite mal tinha começado. "Não são nem 19h... precisamos de um lugar seguro para conversar e Antônio precisa de um hospital".

    Dom Inácio olhou ao redor para verificar o ânimo dos outros aspirantes a caçadores, e com certeza, ele não era o único psicologicamente abalado. Ele estava acostumado em lidar com almas conturbadas. Por ser um padre, lidar com os fiéis em suas diversas situações era sua função. Talvez ele estivesse ali para isso também. Manter o ânimo depois de uma perda não é fácil, mas ele talvez tenha as palavras certas. Dom Inácio notou uma certa animosidade na fala de Gerson e de Victor para com Ace e Mel da Paixão. Doc também estava muito abalada com a perda de Ana Rita. Eles precisavam se acalmar e focar no objetivo, seja qual ele fosse. Então o padre levantou a voz e disse para todos escutarem:

    - Companheiros. Agora não é a hora nem o lugar onde devemos discutir. O que vou dizer parece óbvio, mas o que levou aquela moça não a matou. Então é possível que ainda a encontremos com vida. Não vou desistir daquela alma, ainda que eu perca a minha. Vamos ter um pouco de fé nisso. Podemos ir para minha igreja que fica a três quarteirões daqui. Um encontro com a polícia agora talvez nos atrase, e não podemos perder tempo. Precisamos nos reorganizar e nos preparar para o resto da noite. Sei que estamos abalados, mas não podemos nos entregar a derrota. Bem-aventurados os que não desanimam, pois o trabalho deles será recompensado.




    Ryan Schatner
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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Ryan Schatner Qua Jan 09, 2019 4:49 am



    Museu Egípcio da AMORC

    No momento em que o sentiu o sangue em sua boca, Tony realmente acreditou que era o fim da linha para ele.
    E estava em paz com isso... "Ainda que com o sacrifício da própria vida" - recordava de seu juramento.

    A dor resultantes das fraturas era indescritível e aumentavam a cada respiração que forçava seu caminho a dentro e para fora dos pulmões, e mesmo nestas condições, contando com a vida já perdida, o agente encarava desafiadoramente a besta. Sua mão direita, descia lentamente pela cintura em busca de sua pistola - "Se for pra cair, que seja atirando".

    Mas seus planos de morrer no campo de batalha foram frustrados por Doc, que gritava seu nome enquanto corria em seu auxílio. Ao perceber que a monstruosidade ameaçava atacar a médica, abandonou a arma na cintura e tentou puxar sua parceira da linha de ataque, mas não conseguiu completar o movimento que lhe turvara a visão de tanta dor.

    Sentiu-se arrastado dali. Seus reflexos eram confusos e revezavam-se entre empunhar sua arma, olhar para seus ferimentos, largar a arma, olhar para Doc e repetir toda a sequência. Quando a médica o recostou e começou a remendá-lo como podia, os pensamentos do agente voltaram a se clarear por um momento - "Que diabos aquela moça havia acabado de fazer? Tinha que admitir: Coragem ela tinha!"

    — Preparado? Vou contar até 3. 1...

    Era mentira! ¬¬'
    — OUCH!!! Cadê o 2 e o 3?

    — Prontinho.

    Compreendeu, e por detrás de um meio sorriso ensanguentado, exclamou:
    — ...Justo!

    Antes que a moça pudesse se levantar, Tony usou seus últimos esforços para segura-la firme pelo braço dizendo:
    — Hey Doc! Obrigado!

    Estava exaurido, e tão logo se recostara após a saída da médica, os sons da batalha se tornaram distantes e sua visão se tornara em total escuridão.

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    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC

    Mensagem por Nazamura Qua Jan 09, 2019 8:34 am



    Foi uma questão de segundos até Mayane notar que a Doutora Ana havia sido engolfada pelas trevas
     
    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Mayane15 
    - Ana?!? - disse Mayane quando se recompos do susto - Ana! Meu Deus ela foi levada pelas trevas.
    Mayane logo se deu conta do que estava acontecendo, a batalha havia terminado e  de forma muito rapida, logo havia deixado um companheiro ferido. Maria já tinha ido em sua direção para ajuda-lo

    Maria escreveu:— É minha culpa...

    Mayane então gentilmente encosta a destra por sobre o ombro de Maria e lhe diz

     
    [!ON!] 1ª Noite: Museu Egípcio da AMORC - Página 3 Mayane15 
    - Não se culpe Maria, estamos lidando com forças que não entendemos, você agiu bem indo até Antonio, A Dra Ana estava do meu lado o tempo todo, se alguem deveria se sentir culpada aqui sou eu - sorria para Maria com gentileza tentando conforta-la   - Mas não pude fazer nada tambem, ela foi levada, devemos encontra-la - diz completando o discurso de Dom
    Dom Inacio escreveu:- Companheiros. Agora não é a hora nem o lugar onde devemos discutir. O que vou dizer parece óbvio, mas o que levou aquela moça não a matou. Então é possível que ainda a encontremos com vida.

    no que Ace dá a voz de comando
    Ace escreveu:- Gerson, Mayane, contenham os danos aos civis.
    Mayane então acena com a cabeça mas acaba detendo-se por um instante no local onde a criatura foi morta por Mel com uma espada fincada no coração, mesmo tendo virado pó, Mayane ainda se detem olhando para a leve sujeira que agora marca o local da criatura e emite uma oração silenciosa de olhos fechados e com ambas as mãos juntas do coração

    "Deus, vele pela alma daquele que um dia viveu mais do que poderia, sendo seduzido pelo poder e atrasando sua própria evolução a caminho da felicidade, se equivocando por ter andando por muito tempo no vale das sombras e da morte. Tenha piedade de sua alma e que os espiritos de luz possam recebe-lo e orienta-lo, e que na proxima vida, ele não tropece na direção do mal. amém" - Assim que terminou sua oração, por um instante, ela pode sentir o espirito de Joana sorrir e desvanecer

    Mayane então ve que Maria e Antonio estavam esperando uma ambulancia, Gerson havia dado uma piscadela para si
    Gerson escreveu:Então olhou para sua colega, Mayane, piscou com um dos olhos.
    deixando escapar um leve sorriso, na tentativa de quebrar a tensão que estava acontecendo.

    Em breve seu amigo Matias chegaria com a policia local e ela nem sequer sabia como explicar o que estava acontecendo, o que dirá ao segurança? "Meus companheiros que me acompanham" - digiriu uma oração aos 3 espiritos que sempre estavam por perto - "Por favor me ajudem a encontrar o paradeiro de Ana Rita, ela parece ter sido levada por densas trevas"

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    Mensagem por Mellorienna Qua Jan 09, 2019 5:44 pm





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    18h40min
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    Uma sirene ao longe indicava a aproximação de uma viatura policial, com a sua cadência estridente típica. O segurança do Museu apenas olhava para Gerson, com olhos vazios e inexpressivos. Mayane notava os claros sinais de choque no homem - e sabia que a tendência, na melhor das hipóteses, seria que desenvolvesse um tipo severo de estresse pós-traumático - mas o que poderia fazer? A sensação de impotência era geral e ameaçava consumir cada um dos presentes.

    Exceto os revoltosos. Talvez por isso as palavras duras de Victor tenham sido recebidas com um sorrisinho torto e charmoso por parte de Mel da Paixão. A Caçadora girou nos calcanhares e se afastou do Tutor - marcado com a Tríade no pulso - e os cabelos dela se moviam lentamente pelo ar enquanto caminhava, como se a mulher mergulhasse em câmera lenta em uma piscina, como se tivessem vida própria.

    A morena aproximou-se do segurança do Museu com seus olhos que eram dois orbes de escuridão, e tocou o homem colocando a palma de sua mão sobre a testa dele:

    - "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles." - ao ouvir a voz da Caçadora o segurança suspirou profundamente, e lágrimas começaram a rolar pela face estarrecida do homem - "Senhor, fere este homem de cegueira." - ao comando da mulher, os olhos do segurança se fecharam, cessando todas as lágrimas - ""Senhor, abre os olhos dele para que veja." - retirando rapidamente a mão da testa do homem, Mel da Paixão voltou-se para Mayane - Você dará a ele novas memórias da noite de hoje. Memórias críveis. Memórias que expliquem, mas não revelem. Sua boca deve dizer apenas verdades, mas não A Verdade. - então voltou-se para Gerson - A Polícia vem aí. Fique calmo. Cuidaremos de tudo.

    Ao mesmo tempo em que se desenrolava a cena com o segurança, Ace encarava Victor em silêncio, com aqueles olhos de íris flamejantes e a cruz subcutânea na testa, uma marca inchada de sangue. Ao contrário de Mel, ele não havia sorrido. Mas tão pouco apresentava animosidade. Desviou os olhos do ex-militar tempo suficiente para ver o procedimento adotado pela Caçadora, então olhou para as costas de Doc - sozinha na rua - e para Antônio - desmaiado de dor. Era nítido que ele estava cansado. Colocou-se de pé no exato instante em que Ana e Padre Inácio se aproximaram. Acenou positivamente para o clérigo, olhando na direção indicada, como se pudesse ver a Igreja à distância de três quarteirões.

    - Sábias palavras, padre. "Os homens maus não entendem a justiça; mas os que buscam ao Senhor a entendem plenamente." - Ace olhou mais uma vez na direção de Antônio e então virou-se para Ana - Quer carona? Encontro o resto de vocês lá. E então conversaremos. - os olhos de fogo do Caçador fixaram-se em Victor antes que saísse andando na direção da Ducati parada junto ao meio-fio - Gerson, para a Igreja com Dom Inácio. Mayane, você pode leva-los, certo? - o Caçador falava e andava ao mesmo tempo, acenando para que Ana o acompanhasse.

    Doc parecia precisar de espaço e Antônio de atendimento, por isso Ace e Mel se despediram no portão do Museu. Com um longo abraço apertado, palavras sussurradas e um beijo de novela. O loiro subiu na moto, com Ana na garupa. E a Caçadora se aproximou dos policiais militares que desciam da viatura, ao mesmo tempo em que o grupo seguia aos poucos rumo à Igreja indicada. Mayane observou que Mathias não estava entre os policiais que vieram atender à ocorrência. Ao mesmo tempo, notou que - em que pese não estar apartada do Mundo Espiritual, não havia recebido respostas de seus guias. Uma sensação obscura e fria desenrolava-se por sua espinha, subindo... subindo...

    Mel conversou com os policiais longe dos ouvidos de Doc, mas fosse como fosse, deu certo. Os homens voltaram à viatura e sequer chegaram a entrar no Museu. O corpo mutilado de Carolina Guerra permanecia incógnito para as autoridades de Bela Vista.

    Não demorou para que a ambulância chegasse ao local. Com seu procedimento padrão. Maca. Imobilização. Transporte para dentro do veículo. As duas entraram na traseira do carro junto ao Caçador desacordado. Isso gerou certa estranheza em Maria Ivri - o padrão era apenas um acompanhante. Mas aquele era o menor dos problemas que tinham, então a mulher não deu muita atenção. O fato de nenhum dos enfermeiros e paramédicos notarem os olhos completamente negros de Mel da Paixão ou mesmo seus cabelos que se moviam pelo ar como fumaça de incenso já indicava que havia coisas demais sem explicação acontecendo ao seu redor. Contudo, a Caçadora permaneceu calada. Respeitando o espaço pessoal de Doc e o luto que a perda de Ana Rita representava.

    A sirene abria caminho pela noite, cantando sobre violência e glórias com suas luzes piscantes.




    OFF: Fim da cena do Museu! Abrirei na sequência tópicos para a Igreja e para o Hospital Geral. As postagens devem acontecer nesses tópicos, ok? Aguardem ^__^



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