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    Um vermelho mais escuro

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    Mensagem por Lnrd Dom 26 maio 2019 - 22:20

    Um vermelho mais escuro 3711

    Toda e qualquer noite, uma variação constante das mesmas novidades se repetindo:

    Uma garotinha descabelada e cheia de feridas na pele ria e apontava para a briga sob um grande letreiro. Nele constavam as palavras THEATRO MUNICIPAL, mas ela não sabia ler.
    Um grupo de pessoas de idade, rodeado de “rapazes de academia”, vestia o mesmo uniforme estampando os dizeres “BASTA!”. Discutiam aparentemente sobre a encenação daquele momento. “Estão deturpando a mente das nossas crianças!”, gritava um dos senhores, apesar de, àquela hora, a única presente fosse a menina ignorada por todos - a promotoria pública já havia se pronunciado, concluindo que não havia imagens de crianças no palco, criança atuando ou na plateia, complementando que só porque constava “Cinderella” em parte do nome não significava que fosse uma apresentação infantil. O relatório claramente não fora suficiente para acalmar os ânimos. “Isso é uma conspiração Illuminati para acabar com a civilização ocidental!”.
    Sem ser reparada, a pequena corria gritando por briga, divertindo-se com a situação.
    Não só já passava da hora considerada segura para ela estar na rua, mas ela estava sozinha.

    O mais popular jornal noturno anunciava sanções entre governos de dois países distantes, cortes de verba federal e um escândalo – mais um – de corrupção transpartidária, envolvendo praticamente todas as siglas.
    Uma troca de tiros entre policiais e assaltantes de banco acabara na morte de 11 pessoas, duas de cada lado e o restante de transeuntes. “Felizmente”, dizia a âncora, o fruto do roubo havia sido recuperado. Cerca de cinco mil em notas.
    Numa rede social, o prefeito criticava as cores com as quais as bases de algumas árvores eram pintadas.

    Num cruzamento qualquer, um acidente qualquer. Como sempre, quem voltava para casa depois de (mais) um estressante dia de trabalho pagava, dentro de ônibus lotados, por um destempero qualquer entre dois sujeitos quaisquer que, armados, resolveram tirar satisfação um com o outro. Horas de vida perdidas.

    Na Universidade Estadual, uma aluna era presa por “desacato à autoridade”. Como a briga fora entre ela e um professor, parte do corpo estudantil argumentava que não era esse o tipo de situação à qual a lei se referia. O grupo de policiais encarregados parecia simplesmente ignorar aquele detalhe, levando-a algemada. Algumas expressões pareciam aprovar a situação.

    Nas galerias subterrâneas do metrô, tudo ocorrera por demais rápido: o vulto atirara-se à frente dos vagões que, mesmo já sendo preparados para parar, não tiveram tempo suficiente de frear. Os gritos de desespero de quem presenciara aquilo ecoaram pelos túneis numa sinistra reverberação. Era o terceiro caso apenas naquele mês...

    No 12º Distrito Policial, três jovens bastante bem arrumados e completamente alucinados eram conduzidos, sem algemas, ao lado de alguns guardas e um homem de terno. Alguém comentara que era cedo demais para aqueles garotos estarem em tal estado.
    Na verdade, estavam faz 24h naquele ritmo.
    Com certeza teriam tempo para pensar sobre a situação, mas não ali. Já era muito que o advogado tivesse concordado em conduzi-los à delegacia. Estariam soltos em poucos minutos, o que deixava o delegado deveras irritado.

    Para quem vivia em Santa Dômina, aqueles acontecimentos eram corriqueiros, por mais que chocantes. Nada de novo. Apenas nomes e rostos variavam.

    Consciente ou não de tudo aquilo, uma figura permanecia de pé à frente de uma mansão algo decrépita. Ela ficava num dos caros bairros da zona Norte, sendo a mesma casa cuja fachada circulava na forma de fotos num aplicativo de mensagens, tendo como origem uma senhora que reclamava da “feiura” da construção. “Alguém tem que tomar uma atitude. Basta!”.

    Era difícil deduzir a quanto tempo estava lá ou se pretendia ou não anunciar-se à porta.
    Não se havia passado mais de 3, 4 dias do encontro de um certo Ezra com um misterioso "37".
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    Mensagem por gaijin386 Seg 27 maio 2019 - 11:38

    Ezra então passou dias recluso em casa sob desculpa de doença para faltar ao serviço e por sorte ele trabalha para um bom amigo e mentor acadêmico o doutor Sam White, escritor e arqueólogo que trabalha no museu e sendo um amigo de seu avô também era amigo de Ezra. Ele havia telefonado e avisado que precisaria de alguns dias.

    Logo que chegou em casa após os acontecimentos relacionados a sua condição ele havia notado que o mundo mudara ... Sua percepção de mundo tornara-se diferente do que costumava ser e no museu ele se recorda de quase ter pulado sobre o vigia ... uma voz dentro de sua cabeça o ordenava a isso contrariando completamente suas convicções não era por motivo algum simplesmente era um instinto primitivo ... animal ... feral que estava agora junto a ele a espreita-lo.

    Ele então quando voltou lembrou-se da sabedoria popular e também Hollywoodiana sobre pessoas com a sua condição e na passagem da noite para dia procurou refugiar-se no porão onde o sol não poderia atingi-lo ... Kadir mencionara que entraria em contato, porém não deixara meios para tal como um telefone ou email e então restava a Ezra esperar, mas é claro não poderia passar muito tempo ...

    De tempos em tempos ele jurava que o telefone iria tocar ou a porta seria batida, pois as checava constantemente só que numa dessas verificações havia alguém a porta. Ezra então com um pensamento de finalmente foi atender a porta...
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    Mensagem por Lnrd Ter 11 Jun 2019 - 11:58

    De pé à soleira de Ezra havia alguém, isso era quase certeza – com as recentes revelações sobre a natureza oculta das coisas, não seria tão absurdo aceitar que o jovem pudesse receber a visita de algum tipo de visão ou que fosse acometido por uma alucinação post mortem.

    Era também quase fato não se tratar de Kadir. Ao menos não parecia em nada com o corpo anterior do 37. Talvez possuísse o poder de pular de hospedeiro em hospedeiro, ou a capacidade de modelar a própria aparência de assombrosa forma. Ou, numa explicação mais simples, provavelmente fosse outra pessoa.

    Se enviado do “mestre” ou não, só o desenrolar dos acontecimentos revelariam.

    De todo o modo, quem quer que estivesse ali vestia-se de forma tão exótica quanto o “vampiro” da outra noite, mas possuía um estilo completamente diferente, irônico, subversivo, até mesmo alegre – ou ao menos assim podia julgar alguém do mundo da moda. Quem não fizesse parte desse “milieu” provavelmente o julgaria simplesmente como estranho.
    - Ah, os estranhos portais pelos quais atravessamos. Os de cá o saúdam – as palavras, algo entoadas de maneira rítmica, como se recitadas, foram acompanhadas de uma reverência e um sorriso – Gábor – acrescentou – E eu estou tão morto quanto você.

    Discrição e morbidez pareciam não ser o lugar dele.

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    Mensagem por gaijin386 Ter 11 Jun 2019 - 16:52

    "Os mortos viajam depressa."


    Gottfried August Bürger



    Ezra ainda na soleira da porta observou o estranho visual do estranho visitante e de acordo com as e realmente concordou com os ditames de Bürger, mas estava ao mesmo tempo curioso quanto intrigado pela pessoa que se apresentou como Gábor em trajes que poderia talvez classificar como uma persona chamativa ou que os ingleses diriam "flamboyant". - Entendo em outros tempos diria outras palavras, mas hoje é diferente. Entre por favor. E me tire uma dúvida ... Se estamos restritos a limitação da cortesia? E claro por favor sou todo ouvidos para a informação que veio me dizer. Diz Ezra pensando que se não fosse convidado a entrar em lugares teria que ficar parado em pórticos alheios...
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    Mensagem por Lnrd Qui 13 Jun 2019 - 16:28

    "A morte é uma ciência inexata", sorriu o estranho em cortesia. "Qualquer um de nós provavelmente teria entrado sem problemas... mas não se espante se encontrar alguém que não o possa. A mente e o sangue podem pregar muitas peças".

    Ele projetou o corpo para frente, aceitando o convite, mas deteve-se antes de efetivamente sair do lugar.
    - Na verdade não vim para entrar, mas para fazer você sair - disse, imediatamente dando alguns passos para trás e olhando para o céu noturno.

    A cidade ainda estava quente, calor do dia retido nas ruas e construções, mas uma brisa corria anunciando que logo as coisas refrescariam.
    - Espero que esteja com fome, pois vim para te convidar para um jantar.
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    Mensagem por gaijin386 Qui 13 Jun 2019 - 16:56

    - Tenho coisas a aprender e muito a assimilar, mas creio que Kadir tenha te pedido para vir aqui me dar algumas dicas ... Creio que eu senti fome logo após, mas era algo muito fora do meu contexto pessoal parecia mais um animal enjaulado ... Confesso não ter gostado muito daquela sensação. Bem onde vamos? Diz pegando o casaco e as chaves para ir ao encontro de Gábor.
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    Mensagem por Lnrd Seg 17 Jun 2019 - 20:27

    "É a Fome, não é?", replicou aquele semidesconhecido subitamente atraído pela descrição. "Não é só um roncar de estômago, não é? É algo ansiando por mais, um algo que corre por todas as suas veias implorando por um último gole...”.
    - Melhor se acostumar, pois ela não vai embora até que você... .

    Igualmente sem aviso, ele parou, encarando Ezra de uma forma estranha, como se tentasse ler na expressão dele, na reação dele, o quanto ele sabia sobre si. Sabia que estava diante de um novato e ouvira-o falando sobre querer aprender, mas só agora tais pontos pareciam realmente atingí-lo como curiosidade.
    - Você sabe o que você é, não é? O nome é pouco importante, mas você é um vampiro, você bebe sangue para... – uma longa pausa interpusera-se no fluxo do diálogo, até que completou: – persistir.

    "Imortal é uma palavra muito... imprecisa". A opinião dele parecia ressoar a de Kadir sobre tal assunto, conforme a conversa sob o luar no jardim de estátuas. "Nós rompemos com o ciclo das coisas viventes e seguimos ficando mais fortes com o tempo, mas ainda tememos a destruição de nossos corpos e nossas mentes".

    Uma certa empolgação parecia tomar conta de Gábor quando mais falava, não como se recitasse um texto decorado, mas como se os pensamentos, acostumados a debaterem consigo mesmos em silêncio, encontrassem na voz e na interlocução uma nova vida. “Há coisas que não nos ferem e de outras podemos nos recuperar com facilidade. Apenas umas poucas coisas, como as chamas, o Sol e a ferocidade doutros monstros irmãos nos machucam de verdade, mas nunca se esqueça da cicatriz interior".

    Ele gesticulava como se dizendo uma verdade que precisava ser escutada, não sem que o conselho servisse para lembrar a si próprio.
    - Nós não somos mais humanos, humanos são o gado do qual nos alimentamos, humanos são nossos objetos para amar, brincar, punir... humanos são nossos inimigos e, mesmo assim, humanos são a frágil corda na qual nos agarramos para não despencar na profundeza... .  

    Tinha a aparência de alguém jovem, mas imputar idade a alguém que transcendera era um jogo arriscado. De toda a forma, a sombras que formaram-se não no céu, mas no olhar dele, fizeram-no parecer por um instante mais velho.
    - ... Eu apenas queria te dizer que é melhor você se acostumar com a Fome. Ela não vai embora até que você sugue toda a vida de alguém, matando pra se saciar. Mas ela retornará, pedindo mais. E quanto mais você escutá-la... quando mais você obedecê-la..., logo fara apenas isso, uma máquina matando e se alimentando. Você deve resistir o quanto puder, ou logo nada disso, essa casa, essas roupas, essas ideias que correm pela suma cabeça importarão mais. Você ultrapassará por definitivo a linha e se tornará um agente cego da morte, e o você que você conhece morrerá definitivamente, e só vai sobrar um corpo faminto.

    Ele riu, percebendo que aquele alerta de boas-vindas poderia soar sincero, real demais para um contato inicial. O inesperado “coach” sentiu a necessidade de encerrar a palestra não-planejada com uma última colocação.  
    - Não se engane: é fácil desviar do inimigo óbvio que se aproxima com uma tocha na mão. Mas aquilo que ronda dentro de você é igualmente perigoso. É um vício mais destruidor que qualquer droga. Nós a chamamos de Besta. Logo você vai perceber o como ela tenta se esgueirar por todos os seus gestos e intenções.

    Findo aquele fluxo de consciência, colocou-se em movimento na direção do carro de Ezra, o qual já havia observado anteriormente. “Vamos, não vim aqui pra conversar. Temos alguém pra eliminar”.


    Um vermelho mais escuro 2016-010
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    Mensagem por gaijin386 Ter 18 Jun 2019 - 11:40

    Ezra estava no modo automático e ouvia o que Gábor dizia sobre a fome e a sensação primitiva que tivera, o papel vampiresco na nova cadeia alimentar e bem isso parecia condizer com tudo o que esperava sobre o assunto... E meio que concordava com isso até a parte sobre eliminar alguém...

    Ele disse alguém pra eliminar?? Espere. Espere um pouco isso está meio rápido demais ou eu devo ter perdido alguma coisa. Sou um arquivista, pesquisador e não o John Wick E obviamente como era péssimo jogador de poker algo deve ter transparecido para seu rosto e claro que ele vai dizer alguma coisa.

    Dentro do carro parece que a ficha caiu e dando a partida ele disse - Bem vamos para onde mesmo? Oaaaaa. Espere um pouco. Eliminar alguém?
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    Mensagem por Lnrd Sex 21 Jun 2019 - 22:34

    - Sim. Eliminar alguém – escoou ele aquela fala enquanto reconfortava-se sobre banco de passageiros –. Mas não precisa fazer disso um caso, sabe? Morte será uma constante na sua “vida eterna”.

    Antes de responder dizendo a direção àquele motorista, Gábor fitou o “noviço” no serviço da noite e voltou a sorrir – algo que ele fazia muito –, mas desta vez com um toque de amargor.
    - Quem foi você, seu passado, é apenas um trampolim do qual você saltará, ou será empurrado, na direção do futuro. E seu local de aterrissagem será decidido numa batalha entre o trajeto que você deseja tomar, aquele pelo qual a Besta tentará te arrastar e aquele pelo qual demandarão que você vá – Ele não deixara claro ali, ao menos ainda, quem estava "exigindo" algo.

    Ou melhor, se ele era um membro proeminente na “família” mencionada por Kadir, ou se meramente mais um peão de baixa hierarquia.

    Família, Ordem de Hermes, Casa Tremere ou qual quer que fosse a melhor forma de descrever aquela “sociedade secreta vampírica”, o guia logo pôs-se a recitar dela as regras. “Há seis tradições, preceitos às vezes mais, às vezes menos respeitados, a depender do peso que possuem enquanto ‘leis’ para nós... e de quem nos julga”.

    Percebendo que Ezra ainda aguardava alguma orientação, apontou vagamente numa direção com uma das mãos, quase fazendo uma dança entre ela e o ar.
    - Ao litoral – indicou ele, como se decidindo-se a aproveitar o tempo de viagem para dissertar mais longamente sobre o assunto.

    E de tal forma, como anunciado, não demorou a aprofundar-se naquilo.
    - A Máscara é o nosso dogma principal. É também o que nos dá mais trabalho... como hoje à noite.

    “Até a Idade das Trevas”, continuou, observando a movimentação do "gado" na rua, “nosso ‘tipo’... bem... ‘vivia’ abertamente entre essas pessoas. Mas isso deixou de ser. Temos muitos poderes, mas muitos pontos fracos e... O que importa é que boa parte concordou em migrar para as sombras, não só não mais se mostrando abertamente, mas trabalhando numa ‘cortina de fumaça’. Ah!”, disse ele com escárnio, “qualquer bebê sabe o que é um vampiro, né? Mas vá um adulto dizer que viu um... .”

    Dividindo um pouco mais de tempo, sentados naquele carro, era possível notar certa “estranheza” no comportamento dele, talvez ou não nervosismo: uma mão que tamborilava no painel; um olhar que procurava aleatoriamente ao redor; pernas que balançavam para os lados ritmicamente. “Não tem nenhuma música?”, soltara ele como se aquele “eliminar alguém” fosse uma coisa simples, corriqueira. Ou estaria fingindo, sendo exatamente aquela tarefa o motivo de estar agitado?
    - Você só precisa se lembrar de não quebrar a Máscara. Ou amanhã um novato pode estar indo eliminar você – em seguida riu, uma gargalhada inesperada naquela situação – Não, sério, não quebre a Máscara. Mas o que pode acontecer vai variar. Nalguns lugares é morte certa. Noutros... Ah, claro, tem gente nos caçando, então melhor não dar bandeira... .

    Como se com dificuldades de ficar parado, ele abriu a janela do carro, deixando uma forte lufada entrar.

    Aquelas horas escuras, para o resto da existência, seriam o “dia” para eles.
    Era preciso aproveitar.

    “O terceiro dogma” – continuou a contagem e, se por descuido ou de propósito, era evidente que havia ou errado ou pulado um número – “é que não gerará outro vampiro sem permissão. Bem... só entre nós dois, ok?... dizem que é pra evitar uma ‘superpopulação’, mas muitos dizem que é só medo de que novatos demais se juntem numa revolução. As velhas crenças contra os novos ventos...”.

    Apesar daquela confidência, era difícil deduzir de qual lado ele próprio se colocaria. De fato, não parecia um vampiro tradicional, mas aparências eram algo facilmente manipuláveis.  

    “A última regra é um não matarás outro vampiro. Bem.. convenhamos que a lei humana não permite isso, o que não impede nada, não é? Olha, há lugares onde isso é totalmente ignorado e as ruas são constantemente banhadas por sangue vampírico. Certo, é fácil encontrar criaturas como nós que são tão arrogantes e esquentadas quanto adolescentes, daí uma olhadela errada e... Mas aqui somos deveras civilizados. Bem, tirando nossa missão de hoje... . Ok, só a nossa líder pode decidir sobre o fim de alguém, então você não precisa se preocu...” De subido, Gábor parou, como se percebendo que dissera-lhe inapropriado.
    - Hum... Não querendo te deixar paranoico, mas, na verdade, você pode sim ser morto a qualquer momento. Você ainda não foi oficialmente aceito e, até passar o seu “estágio probatório”, tanto Kadir quanto Júpiter podem simplesmente desistir de você.

    Gábor então sorriu amigavelmente e pôs-se a observar a estrada à frente, tentando ignorar qualquer clima tenso que houvesse se estabelecido com aquela informação.
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    Mensagem por gaijin386 Sáb 22 Jun 2019 - 1:34

    Ezra aquiesceu com o que Gábor ia dizendo... aquele código de regras que deviam permitir e permutar a existência de seres imortais sem a geração de caos intrínseco aos seres humanos "As leis são o que nos diferenciam das feras..." ele pensou parafraseando seu avô Levi.


    Tentando não transparecer preocupação ele responde. - Musica? ele liga o rádio que começa a tocar.

    Rádio:

    Ele escuta a ultima parte e pensa Kadir nada dissera sobre aprovação... Só que ele não estava sendo julgado para um emprego e sim para sua continua existência e isso o deixou preocupado...

    - Estou entendendo o que quer dizer. Mas se alguém vai morrer que é? E o que fez? E continua a dirigir o carro.
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    Mensagem por Lnrd Seg 24 Jun 2019 - 12:10

    Gábor inspirou longa e profundamente o vento que corria pela janela, espreguiçando-se no banco de carona – atitudes algo teatrais ou talvez "vícios" mundanos, uma vez que não passava de um "morto-vivo" –, antes de voltar a tamborilar o painel do carro ao ritmo da música tocada. "Uma lambança... uma lambança das grandes...". Aquelas palavras, ditas com pesar, contrastaram com o que veio depois: ele ria, como se não pudesse se conter. “Alguns de nós são taxados de ‘insanos’, mas esse clã das rosas consegue se superar... Quantas "regras" quebradas numa noite... ah!... e sobra pra nós, pobres decimoterceiristas, fazer a limpeza”.
    - Quebraram a Máscara no meio de uma festa e tiveram que bagunçar a memória dum monte; abraçaram alguém sem permissão pra conter o estrago... Noutra cidade seria morte certa pra quem transformou e pra quem foi transformado, sabe? Jamais faça isso... Mas aqui sempre resolvem as coisas mais pacificamente: vamos só matar uma garota antes que... antes que tenhamos que matar toda a família dela.

    Aquela conversa, numa situação “comum”, soaria completamente irreal. Mas um mundo de trevas abria-se no caminho de Ezra, um que não estava claro no “contrato” que firmara com Kadir.

    Gábor deixou-se demorar alguns segundos sobre o rosto do motorista, como se pretendendo ler a reação dele àquelas palavras. “Sabe, não que eu goste disso. Outros gostam. Mas “família primeiro”. E uma coisa dessas pode nos colocar em grave perigo”.
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    Mensagem por gaijin386 Seg 24 Jun 2019 - 14:13

    - Entendo o conceito de queima de arquivo, mas quando você disse que mexeram na cabeça de um monte de gente ... A grosso termo seria como o flash dos homens de preto? Fazer as pessoas esquecerem do que viram? Tipo o eu quase deixei o Kadir pra trás só que ele me paralisou de algum jeito e bem não seria melhor apagar a mente da pessoa ao invés de matar e ter que se livrar de um corpo? Diz enquanto dirige.

    - Outra coisa eu vou fazer o que puder pra te ajudar, mas digamos que o Kadir não me deixou o "manual de instruções" tipo virar morcego, névoa esse tipo de coisa... Espero aprender o que puder.
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    Mensagem por Lnrd Qui 27 Jun 2019 - 13:22

    O vampiro parou em silêncio, absorvendo as perguntas feitas por Ezra. Não deviam ser questões de todo difíceis de se responder, mas ele demorou um pouco até voltar a falar.
    - Tempo. Você tem muito pra aprender. É só não morrer enquanto isso - "Ser destruído" talvez coubesse melhor à situação, mas ele pareceu não se importar ao dar aquele conselho.

    Aqui e ali dizia para virar numa esquina ou seguir algum veículo, ao que já deviam estar se aproximando da área litorânea. E do alvo.

    Restaurantes, lojas 24h e uma infinidade de serviços noturnos continuavam a receber formigas que não voltavam aos próprios compartimentos, mantendo aquela cidade vida e pulsante não importa a hora. Era "dia" tanto quanto se houvesse Sol. Fosse qual fosse o plano, teriam de agir com cautela.
    - Muitos de nós fazem isso pra caçar. Eu digo, apagar memórias... . Mas isso não bastaria agora. Lembrando ou não, nalgum momento a fome vai obrigar essa garota a matar alguém ou, sei lá, o Sol vai torrar ela na frente duma multidão. A Máscara... Ali, pare ali. É melhor irmos a pé daqui, pra ninguém ver o seu carro.

    Era um beco, daqueles usados para carga e descarga, por trás de um pequeno restaurante. Estava fechado, com adesivos da vigilância sanitária ao redor. Pouca vigilância.

    “A morte é uma grande mestra, não se preocupe... . Acho que você não conseguiria se transformar num morcego, ao menos não antes de acumular muito poder. O poder do nosso sangue”. Enquanto aguardava o carro parar na vaga, tentou explicar brevemente sobre aquele assunto. “O poder está no nosso sangue, mas cada uma das nossas linhagens, nossos clãs, tem maior afinidade com uma ou outra ‘escola’ de habilidades. Nós as chamamos de disciplinas”.
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    Mensagem por gaijin386 Qui 27 Jun 2019 - 15:57

    Ezra calou não queria aborrecer Gábor e achou que seria bom mantê-lo cordato então apenas o seguiu pensando apenas - Aprender com o tempo... Bem o negócio a principio é não pisar nos calos de ninguém..."

    Murmurou uma canção consigo mesmo...


    I wanna tell you that there's no hiding place down here
    Don't you know there's no hiding place down here?
    Yeah, I went to the rock to hide my face
    But the rock cried out, no, no hiding place down here

    And when the sinners gonna be runnin'
    At the knowledge of their fate
    They're gonna run to the rocks and the mountains
    But their prayers will be too late


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    Mensagem por Lnrd Dom 30 Jun 2019 - 12:41

    - Nunca cace no metrô – acrescentou do nada, como se lembrasse, num relâmpago, duma informação imprescindível – É terreno Nosferatu... Aliás, melhor se afastar da Cidade Alta ou vai ter muito, muito problema e... quer saber, depois você vai precisar de um mapa.

    Caminharam displicentemente por certo tempo, andando por numa zona antiga do bairro. Lá, os altos arranha-céus ainda não haviam vencido as construções de arquitetura tradicional – prédios mais baixos e amplos, moradias hipervalorizadas, mas cujas famílias recusavam-se a ceder à especulação imobiliária. Heranças de família que só seriam desfeitas quando uma geração mais jovem e desesperada por suprir os próprios vícios decidisse vendê-las por uma micro fortuna.

    Naquela conversa sobre aprendizado, Gábor havia informado que, na realidade, estavam fazendo um pequeno desvio na missão principal. “Um lanche. Eu convido dessa vez”, disse, como alguém que corriqueiramente decide “pagar” o jantar.
    - Sangue animal, de gente, bancos de sangue... até plasma. Você vai encontrar muitos gostos e métodos diferentes de sobreviver. Alguns por pura necessidade ou desespero, na verdade, já que nem todos são particularmente nutritivos ou gostosos... . Sangue de outro vampiro é a melhor coisa que você pode provar, mas é um tabu: ninguém gosta de ser “roubado” e se alguém te oferecer o próprio sangue... você pode acabar escravizado.

    “Aliás, como você vai ver, nosso sangue pode escravizar humanos e vampiros. Aliás, o seu não tem mais poderes sobre vampiros. Seu clã foi amaldiçoado”.

    Aquela conversa não era sem propósito. Não só era uma aula ao novato – por mais que não tivesse uma linha de pensamento muito clara –, mas uma preparação para o que viria a seguir.

    Ao fundo escuro de uma minúscula praça, um rapaz hippie, de aparência bastante jovem, dormia sob um colchão improvisado. Não fedia ou algo do tipo e, na realidade, não parecia muito maltratado – afora os longos e típicos dreads, parecia um “garoto de condomínio”. Talvez apenas estivesse naquela vida para afrontar os pais.
    - Daniel? Daniel, acorde – comandou suavemente Gábor, ao que o moço apenas sorriu, oferecendo o braço num gesto quase mecânico. Era inesperado como, antes mesmo da mordida, a presa emitia um gemido de prazer.

    E ali, sem muita cerimônia, o vampiro alimentou-se.

    “Sua vez”, disse ele oferecendo o braço após lamber a ferida que abrira nele – a qual, talvez tivesse sido apenas impressão, parecera desaparecer em alguns instantes.
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    Mensagem por gaijin386 Dom 30 Jun 2019 - 17:47

    Ezra ouvira atentamente sobre o procedimento da então chamada "caça" e isso o deixou inquieto, mas também aprendeu sobre onde podia e onde não podia fazer isso e realmente parecia que ia precisar de um mapa futuramente...

    Ezra vê Gábor se alimentar e reflete nas palavras de Bram Stoker contidas em seu clássico livro Drácula “O sangue é vida!”, mas ainda parecia sentir que estava realizando um ato de vileza mesmo que fosse dado ao fato de ter que se alimentar e antes de pegar o braço do rapaz murmura um Desculpe-me....

    O jovem Ezra tenta imitar o procedimento de Gábor e bem ... Alimentar-se ... A sensação era indescritível e somente sua consciência parecia lembra-lo de parar e soltar o aquele que lhe servira de alimento, pois por um instante ele não queria parar... Imitou o que vira para fechar a ferida por ele aberta e então vira-se para Gábor.

    - Isso é ... Eu ... Não tenho palavras para descrever, mas sinto que por pouco eu ... Eu senti que não conseguiria parar ... Demônios eu acho que poderia ter ido longe demais... diz Ezra preocupado para então recuperar-se e dizer - Mas não aconteceu. Ainda bem e agora? Prosseguimos?
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    Mensagem por Lnrd Qua 3 Jul 2019 - 21:12

    Gábor concordou e pôs-se em movimento, uma sombra guiando outra por entre o labirinto da noite. No início em silêncio, mas, após algum tempo, voltando a comentar:
    - Nem sempre conseguimos parar. Nem sempre conseguimos responder pelas nossas ações... . Somos mais que as lendas, mas também menos... .

    No caminho, cruzavam por pessoas que não notavam na natureza dos dois qualquer diferença, passando longe de imaginar que qualquer uma delas podia ser vítima dum repentino ataque, um assalto que roubaria não bens materiais, mas a matéria vida a correr pelas veias mortais. Apesar dos olhares e das luzes, seguiam camuflados em plena vista, longe de serem monstros ocultos escondendo-se pelos cantos.

    Estavam já numa área um pouco diferente quando o novo “amigo” de Ezra deteve-se de uma forma um tanto quanto brusca, virando a cabeça para o caminho por onde haviam passado.
    - Você... ouviu isso?

    Conversas, som de carros, música, barulho em geral. Era difícil saber exatamente a quê ele se referia.
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    Mensagem por gaijin386 Qui 4 Jul 2019 - 0:30

    Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.
    Platão


    Ezra ainda estava se adaptando a sua nova condição e nas consequências que qualquer bobagem que fizesse pudesse acarretar e nem estava prestando muita atenção aos arredores aos sons da cidade carros, vozes, maquinas...

    OOC:
    Qual é o teste para perceber algo fora do comum?:

    - Como? Eu... Não creio ter ouvido nada... Diz parando de falar para tentar prestar atenção se havia algo errado.
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    Mensagem por Lnrd Sáb 6 Jul 2019 - 17:05

    Spoiler:

    “Elijah-Iisa”, colocou ele antes de dar chance a Ezra de tentar compreender o que estava acontecendo. A sonoridade estranha daquela palavra não se ligava a nenhum canto da memória do jovem Mendell, de modo que poderia ser qualquer coisa: uma palavra mágica, um código... .
    - O que ela está... ou esteve... ou vai estar fazendo aqui?

    Fosse o que “ela” fosse, não parecia ser algo facilmente perceptível, uma vez que Gábor não sabia localizá-la no tempo.

    Sem novamente esperar, ou ao menos ver se o companheiro conseguia segui-lo, virou-se na direção de uma esquina e, apertando o passo, entrou pela portaria movimentada de pequeno prédio comercial.


    Um vermelho mais escuro Malett10

    Um vermelho mais escuro Noites10


    Para além de algumas pequenas lojas abertas na parte inferior – lanches, um salão de beleza, bares –, era visível nele um fluxo nos andares superiores, aparentemente mais bares e, pelo barulho, diferentes pontos com música ao vivo ou discotecagem.
    - Com essa gente toda, ninguém vai reparar na gente.

    Por mais estranho que fosse, parecia haver ali um plano se desenrolando.

    Dentro realmente havia bastante gente – conversando, bebendo, fumando e se divertindo.
    Não que aquela dupla fosse particularmente discreta – um albino e alguém de roupas excêntricas –, mas, numa cidade como aquelas, bastava uma volta no metrô para encontrar-se coisa bem mais notável.

    Era um local antigo e, por mais que houvesse câmeras de segurança pontuais – haviam passado por uma logo na entrada –, não era exatamente um cofre forte.

    De fato, um senhor barrigudo e uniformizado sentava-se numa cadeira ao lado do elevador, impedindo que desconhecidos subissem para os apartamentos residências e de escritórios para além do “espaço de convivência”.
    - Quer tentar ou eu tento? – Perguntou o vampiro, deixando no ar quais intenções tinha. Queria ataca-lo ou apenas pedir passagem? Inventar alguma história ou usar algum daqueles estranhos "poderes"? - no último caso, provavelmente teria ensiná-lo a fazer aquilo.
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    Mensagem por gaijin386 Sáb 6 Jul 2019 - 18:30

    A arrogância é o reino - sem a coroa.

    Talmude babilónico, Sanhedrin, 105a



    “Elijah-iisa” Era um nome? Um termo? Ezra não sabia e bem pela expressão de Gábor não seria bom perguntar agora...

    Ezra enfim pensou como passaria pelo leão de chácara já que nunca primou pelo físico avantajado e bem medindo o sujeito não parecia uma boa ideia, mas agora ele não era só uma "traça de livros", mas sim algo mais e talvez isso tenha lhe dado confiança e bem ele dá um passo adiante.

    - Creio que o senhor pode liberar a entrada não é... Balanço uma nota de cinquenta em todo caso.

    Vou tentar o Dominate com compelir pra ver se ele libera a entrada.



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