Arthur Dent

@faor

Dias sem dormir, os nativos falam de D´mt mas na teoria é apenas uma civilização que não deixou vestígios arqueológicos fora alguns objetos de barro e túmulos bem preservados por causa do clima
Talvez seja um erro de fonética, mas talvez você esteja prestes a descobrir algo a manter seu nome para sempre nos livros não somente de antropologia mas de história para o resto do tempo

Os dias quase sem comer e bebendo a água meio salobra e amarelada são ruins na lembrança, os mosquitos e as dificuldades passam quando com o coração batendo você chega em um local onde alguns homens magras e sujas seminus e com picaretas na mão te esperam te esperam. Eles fazem sinal para que você os siga

Professor Arthur Dent.

* - Um jovem talentoso se torna acadêmico em uma conceituada universidade do Reino Unido e em poucos anos é convocado para comparecer em Londres para uma importante campanha exploratória!

- Que bobagem! Quanto tempo já se passou?! Eles acreditam que o saber está nos livros mas será que conhecem o cheiro dessa terra?! Eu acho que não conhecem nada além dos jardins perfeitos, do céu cinza e do cheiro de madeira e papel! Aqui, nessas condições precárias está a vida, em todo o esplendor do passado e nas possibilidades do futuro! Ah.. como eu gosto desse lugar!*

Nenhum colega da Universidade de Durham reconheceria Arthur naquelas condições. Mesmo após alguma higiene e roupas limpas e adequadas, ele poderia caminhar pelo campus sem ser reconhecido, com cabelos esvoaçantes, definitivamente mais magro e com a pele consideravelmente mais escura. O caminhar também não era sereno como antes, agora um puxão na perna era constante, ainda que não trouxesse desconforto.

* - Eu só não posso deixar minhas esperanças tomarem conta da minha razão! Um erro linguístico e pequenas descobertas aqui são motivos suficientes para essa pequena aventura, claro, mas não posso deixar meus olhos e minha mente me traírem! Preciso ser cauteloso! *

Os nativos quase desistiram de tanto chamar e gesticular para o pensativo e estranho estrangeiro. Ele era bem vindo, sim, mas alguns já duvidavam se ele era inteligente demais ou apenas desequilibrado.

- Claro! Vamos lá! O que temos aí pela frente?!

Os nativos se assustam com sua dicção da lingua deles e primeiro ficam em silêncio depois falam ao mesmo tempo

Eles encontraram uma estátua de barro de tamanho real, está parcialmente desenterrada, mas por causa da escrita em alguma língua antiga na qual ela está coberta o criador de cabras chamou um chefe tribal para que este comprasse a estátua e por isso você foi contactado

vocês seguem em uma pequena comitiva de 7 pessoas na qual você é o único branco e Ubeba é seu contato por falar um inglês muito rudimentar, na direção indicada pelos negros até que todos se agaixam com o barulho de tiros

2 tiros ressoam e são seguidos de mais 3 tiros e gritaria ao longe.
Vocês se agaixam na vegetação queimada pelo sol procurando se proteger e ver o que está acontecendo

- Essas terras não são de ninguém senhor, na verdade os Uezi dizem que são deles, mas ninguém pastoreia aqui, o clima é muito seco. Quase ninguém pastoreia, Emir esteve aqui - ele aponta para um dos rapazes magros - eles são árabes então eles não respeitam os territórios das tribos senhor, sorte nossa Mas talvez alguém tenha ficado brabo aqui

o rapaz se encolhe quado o nome dele é citado, esperando uma bronca que não vem, sorrindo para vocês com dentes muito grandes e brancos

-Qual a idéia senhor? Ubeba fala depois de uns segundos de silêncio

* - Árabes?! * - Desde que ouviram os disparos, o professor tenta reconhecer de onde foram feitos (percepção) e avalia o terreno por onde eles ainda deveriam passar (observação). Encontrar alguma proteção natural, como vegetação mais alta, relevo ou formações rochosas podem salvar o grupo. Mas não esperava encontrar pessoas do Povo Árabe ali. Conflitos entre tribos eram comuns e muitas vezes os europeus estavam envolvidos, mais do que Arthur gostaria de admitir, mas árabes? Ele se pergunta qual seria o interesse dos vizinhos nessa região tão cheia de turbulências (conhecimento local).

O inglês escuta Ubeba e avalia o grupo: * - 7 pessoas simples, ferramentas grandes... aqui nós seremos vistos! * - Ele tem pavor a violência. * - Essas pessoas estão aqui por minha causa e não posso colocá-las em risco. *

Ainda assim, ele sabe que não pode voltar. * - O conhecimento não precisa de um propósito, o conhecimento é o propósito! * - Curioso e confiante, ele apenas tenta reconhecer uma forma de posicionar o grupo com mais segurança.

- Por favor pessoal, fiquem calmos e não façam nenhuma bobagem! Se formos vistos, não vamos enfrentar ninguém, certo? - Arthur fala baixo no idioma deles mas já se apressa. - Eu, Ubeba e Emir estaremos na frente. * - Que coligação mais inusitada! *

Arthur está disposto a se desviar se encontrar uma região mais segura e pretende fazer todos se movimentarem. Ele mesmo dá o exemplo e se move com cuidado, ainda um pouco agachado (furtividade), esperando ser imitado. Mesmo sem reconhecer qualquer privilégio do terreno, ele vai liderar o grupo para algum distanciamento dos tiros mas ainda avançando.

- Emir, você me entende bem? - Ele tentaria em inglês se o rapaz não falar nada no idioma local; também pediria ajuda ao resto do grupo, imaginando que alguém conseguiria falar com o rapaz. - Sabe quem está por aqui e o que querem?

Dados:

Off:

Vocês se escondem em uma área que provavelmente é o leito seco de um rio sazonal

e vocês 3 seguem. O local parece silencioso e vocês vem ao longe 2 pessoas retornando, um deles segurando o braço que sangra muito
Ubeba chama-o pelo nome

-Amodish, o que houve, quem está lá?

eles se aproximam com pressa e Amodish e seus companheiros explicam que eles estavam comendo próximo do local da escavação quando homens armados apareceram, ele toma um tempo e te encara antes de falar que eram brancos também, e tomaram conta do local. Como eles se negaram a abandonar o local alguns foram mortos ali mesmo.

[quote="Faor"]
- Amodish, meu nome é Arthur Dent e Ubeba é meu amigo aqui. Quero que se proteja e encontre nossos companheiros ali, naquela margem seca. Mas antes, Amodish, pode me dizer quantos homens há no local da escavação? São todos do povo do amigo Emir aqui?/quote]

Ele olha assustado para você por causa da tua capacidade de falar a língua sem sotaque, e gagueja - Errr, não senhor, err... são brancos! Emir é pastor ele diz enquanto Ubeba pega um trapo de roupa suja e amarra apertado no braço do homem

Ubeba fala depois de Amodish e seu companheiro sairem

-E agora senhor?

vocês seguem até o local onde está sendo feita a escavação e encontram alguns soldados de fenótipo árabe patrulhando o local com rifles a mão.

-Alto! Ele diz em árabe e após em inglês apontando o rifle para vocês

-PARE! ele diz em inglês, ALTO!

você percebe que o conhecimento dele da tua língua é pequeno e ele faz um sinal com o cano da arma para que você siga em direção ao leste acompanhando o sol.

Ele se posiciona atrás de vocês e grita STOP toda vez que algum de vocês tenta olhar para trás ou por as mãos para baixo

com os braços doendo vocês chegam em um acampamento revirado e são cumprimentado por outro homem árabe de roupas largas e brancas

-Bom dia senhores, ele fala com um sorriso, gostariam de beber água? só peço para que vocês deixem suas armas com Omar para que possamos conversar mais tranquilamente

Arthur Dent escreveu:- Água, senhor? Água é sempre bem vinda e já faz algum tempo. Bom dia, claro!
Eu sou o Professor Arthur Dent da Universidade de Durhan.

- Bom, excelente - ele responde - Professores não podem ser discriminados a respeito de origem, diz no Quran. É bom ter um homem de sabedoria por perto, precisamos negociar

Arthur Dent escreveu:- Estes aqui são meu companheiros, Ubeba, meu honorável guia local, e este, o senhor Emir, que conheci hoje

Ele finje não ter ouvido as apresentações, mantendo o foco da conversa em você

-Me diga professor Artur: O que faz um professor de universidade nesse clima no meio de pessoas rústicas como nós? Estou aqui conduzindo um assunto chato, A respeito de coisas minhas e esse território é terra de ninguém professor. Muita gente armada e tudo é muito perigoso

Ao teu redor você vê que existem homens trabalhando, carrinhos de mão são puxados no local que você acha que é a escavação e picaretas e pás são utilizadas, você não consegue ver a estátua que é a causa de tal confronto

- Na realidade não estou longe de casa não, ele fala rindo, sou o encarregado do Emir do outro lado do canal. Meu povo sempre foi bem vindo aqui nessas localidades. - Ele continua fazendo ameaças veladas mas o tom de voz dele continua tranquilo - A Africa sempre foi um excelente local para o meu povo negociar rés, marfim que vem do centro do continente e porque não, contratar um trabalho barato, que você também deve gostar - ele diz encarando Ubeba e Emir.

-Algo estava sendo escavado, e algo que vai contra o que as escrituras pregam, talvez seja mais prudente dinamitar o local! O que você acha? Você é um estudioso professor Arthur, o que dizem as escrituras sobre a forma humana?

Durante a sua fala você nota que o árabe não está desconfortável com seu discurso, pelo contrário. É um comerciante nato, e gosta de ser contrariado (até um certo ponto muito provavelmente)
e ele somente te provoca fazendo perguntas tentando te tirar da lógica de raciocínio perguntando onde você se formou, qual a sua formação, se você leciona para alunos novos ou somente doutores e faz um gesto de concordância com a cabeça e as mãos com as palmas para cima para que você continue a falar.

Quando você pergunta sobre a história africana e se ele concorda com isso ele faz um movimento de menosprezo com as mãos e fala baixo o suficiente para não ser rude, mas sem demonstrar real motivo de esconder.
-Os africanos são primitivos demais professor, sem o homem civilizado eles estariam caçando animais ainda

Com relação a segunda pergunta ele da de ombros
-Posso escolher largar o equipamento e não desenterrar nada, porém meus homens já trabalharam bastante aqui e eu precisarei recompensá-los monetariamente ja que estão trabalhando em condições precárias, o que você me diz doutor? A universidade poderia me recompensar por esse pequeno serviço?