Quarto do Gláucio

DIA 21, 4 horas e 2 minuto da tarde

Gláucio, Morgana, Mariana e Bárbara correm pelo corredor, o pânico fixara naquela casa, o que era para ser dias de relaxamento pós-provas de faculdade, 'férias', tornou-se um verdadeiro filme de terror, tudo parecia irreal e fantasioso demais, mas era verdadeiro, tinha que ser, como poderiam tantas pessoas imaginarem a mesma coisa e sentirem seu cheiro, ouvir sua voz, tocá-lo, a experiência fora empírica.


Enquanto correm...

Gláucio escreveu:– Bárbara, explica-me! Tem algo sobre esse lugar que vocês não nos contaram? O que era aquele Homem-Coisa? Vamos encontrar Davyd com outro lá embaixo?

A loira modelo ainda nervosa e com pouco fôlego devido a correria constante, responde com sílabas sendo engolidas pela sua respiração ofegante – Eu não ten... a ver com is..., não sei de on... veio aque... coisa!!! Por que des... perguntas pa... mim??? –, acaba respondendo meio irritada por estar sendo sugerido que ela possa saber de algo e ter algum envolvimento com os ocorridos.

[...]

Mariana dá um selinho na Bárbara e pergunta:

Mariana escreveu:– Precisamos de alguma coisa para nos defender... Lembro de Rick falando que vocês tinham armas aqui... Era verdade?

– Sim, é verdade, fica nos fundos da casa! – Disse agora com mais fôlego, talvez o beijo tenha dado mais disposição.


Corriam...


Corriam...


Corriam...


O corredor não tinha fim, nada da escada, nada de portas para os quartos...






Em um piscar de olhos foram capazes de perceber que o corredor era bem diferente do que estavam, mais simples, vazio e estreito, "ilusão de ótica?" poderiam pensar.


Havia uma porta branca que amarelara com ação do tempo no final deste corredor, ela estava trancada, a porta parecia velha e não muito resistente, enquanto isso lentamente era possível ver a criatura se aproximando do outro lado, no final do longo e do extenso corredor, seus passos eram silenciosos e calmos, "seria o destino nossa morte?" alguém poderia acabar pensando.


O que farão?

Vejo ela falar das armas com Mariana que tenta acalma-la com um beijo.

-Eu não estou acusando você de nada, Barbie. Só estou perguntando se tem alguma coisa que você se lembre sobre histórias de zumbis. Aquela figura parecia saída de histórias em quadrinhos de terror que eu vi... Se você se lembrar de alguma coisa. Qualquer história que possa ajudar já seria algo para pensarmos...

Não falo sobre o sonho com um quarto cheio de relíquias nazistas e que eu trouxe uma de um sonho. Depois de um tempo correndo com as meninas, volto a perguntar para Bárbara.

-Como por exemplo, tem ideia de como agora o corredor ficou tão grande assim...!?

A criatura continua vindo... Porta amarela...

Amarelo...

Odeio amarelo...

Depois de girar várias vezes a maçaneta comento com as garotas.
-Alguma de vocês tem um grampo de cabelo?

Falo enquanto tento forçar ainda mais a fechadura.
Em seguida dou uma ombrada tentando testar a resistência da porta...
Se ela era tão velha, talvez não precisasse bancar o chaveiro.

Já pensando em parti-la com chutes e socos de karatê.

Morgana escreveu:-Gláucio a porta parece fraca ela está bem gasta e a maçaneta pode até parecer bem conservada, mas a maçaneta pode ser até uma ilusão que tal tentarmos...

-Tentarmos isso?

Golpeio no canto perfeitamente, sem dificuldades sequer de manter a toalha no corpo.

Não posso negar que a sugestão dela foi perfeita, mas tento manter a segurança para deixar as garotas mais tranquilas e confiando que posso protege-las.