Mesmo depois de duas reencarnações, sei que jamais esquecerei daquela noite de 1850, naquele salão.
O salão que por si só já despertava a vontade de amar, com seus candelabros reluzentes que pareciam projetar toda a luz para aquele ser, que para mim, era angelical. Seus lábios rosados pareciam chamar-me para beijá-los, com rápidos sorrisos e despreocupadas mordidas ela me hipnotizava. Sua pele macia e alva como as pétalas de uma rosa branca me levavam a pensar de forma impura sobre aquele corpo com suas belas curvas. Seus olhos pareciam perolas negras retiradas das mais belas conchas, que emprestavam seu nacarado para o belo vestido que ela usava e que ressaltava com o corte de um decote seu belo colo. Estes fatores me levaram a superar meus receios e a encontrar em meu intimo a coragem de levantar-me e ir andando até a frente dela, esticar minha mão e convida-la a valsar. A musica nos deixava apenas algumas vezes roçar nas partes descobertas de nossos corpos, quando uma manga subia no meio de um rodopiar. Em um dos passos ficamos muito próximo e o perfume que dela exalava era divino. Sentia-me flutuar acima das nuvens como se tudo que existisse em volta simplesmente não estivesse ali. Tive que aceitar que não existíamos apenas nós dois no mundo, e que, com o fim do baile, eu não poderia levá-la para mim. Ela foi para casa, deixei meus olhos a seguir à carruagem de seus pais até que a curva da estrada se deu, e atrás de um bosque a escondeu. Após alguns dias de conversa, seu pai deixou-me corteja-la, deixou que eu freqüentasse sua casa, e conversasse quase diariamente com aquela que povoava meus sonhos mais castos de um casamento e minhas vontades incongruentes com minha índole.
Começamos a namorar, e, devido a uma chuva torrencial que acometera nossa vizinhança, fui obrigado a dormir em sua casa, neste dia ficamos conversando até mais tarde, foi neste dia que roubei-lhe um pouco mais que um roçar de lábios escondido de seus pais. Mais tarde seu pai veio chamá-la a se recolher enquanto os empregados me levavam até meus aposentos. Fiquei acordado sabendo que ela dormia a pouca distância de mim. No meio da noite, alguém entrou em meu quarto. Estava escuro, mas o perfume a denunciou, ela estava linda, em uma camisola que escondia e mostrava. Ela deitou-se na cama comigo, antes que eu pudesse esboçar qualquer reação. Pediu-me carinhosamente que nada falasse que apenas entendesse que ela sabia que eu era o homem de sua vida e que ela não mais agüentava de vontade de ser minha em todos os sentidos. Disse-me que por vezes espiara seu pai com sua mãe ou uma das empregadas da casa e sempre ficou curiosa, pois os rostos esboçavam muita satisfação. E foi assim que aceitei, mesmo pouco sabendo, tendo apenas poucas experiências em quase traumatizantes idas a bordéis com amigos, beijei aquela boca deliciosa, experimentei a maciez daqueles lábios, e minhas mãos que há segundos não sabiam o que fazer, passaram a se preocupar com passear por aquele corpo, que já ia ficando nu assim como o meu. O troar de trovões e o tamborilar da chuva pareciam estar longe, mas a luz repentina de um raio deixou uma impressão clara que durava alguns minutos daquele corpo que por mim esperava. A beleza que vislumbrei naqueles espocares de luz deixou-me extasiado. Deixei minhas mãos voltarem a fazer sozinhas, o que eu não conseguia comanda-las a fazer, os seios as preenchiam com fartura, as pernas grossas e bem feitas dobravam-se enquanto minha boca passeava de sua boca, pela sua face, pelos seus seios, pela sua barriga, passei direto por suas partes e continuei pelas suas pernas até seus pés, que lindos pés olhando deste ângulo perdi meu fôlego e assim que o retomei, voltei a beijá-la, seus pés, pernas, coxas e finalmente beijei os lábios que antes nem ao menos via, beijei, mordi, lambi e chupei como se fosse uma fruta suculenta e eu um sedento caminhante de um deserto. Depois de fazê-la contorcer-se de prazer, subi novamente até sua boca. Beijando-a sofregamente e finalmente rijo como estava, tornei-a minha. Revezamo-nos o resto da noite nos esforçando e dar prazer das formas mais diversas possíveis, a chuva apesar de aumentar não nos era conhecida, acabamos dormindo juntos, antes de pegar no sono tive medo de que fossemos flagrados, mas não houve perigo.
A represa da cidade próxima rompeu-se com a chuva, e morremos soterrados nos escombros da casa, sentiamo-nos mais felizes do que nunca, nem tivemos tempo de perceber o que ocorrera. Não lembro bem dos ocorridos depois disso, nada alem de uma luz, por um tempo muito longo, e por fim voltei a viver, uma vida solitária passei por ela toda esperando alguma coisa, alguém, e não encontrei, sei que ela estava em algum lugar, mas a distância me impossibilitou de achá-la, morri jovem, aos 18 anos de tuberculose. Ainda estou na fase de luz por tempo demais, mas sinto que essa transição está terminando. Espero ter mais sorte desta vez.
O salão que por si só já despertava a vontade de amar, com seus candelabros reluzentes que pareciam projetar toda a luz para aquele ser, que para mim, era angelical. Seus lábios rosados pareciam chamar-me para beijá-los, com rápidos sorrisos e despreocupadas mordidas ela me hipnotizava. Sua pele macia e alva como as pétalas de uma rosa branca me levavam a pensar de forma impura sobre aquele corpo com suas belas curvas. Seus olhos pareciam perolas negras retiradas das mais belas conchas, que emprestavam seu nacarado para o belo vestido que ela usava e que ressaltava com o corte de um decote seu belo colo. Estes fatores me levaram a superar meus receios e a encontrar em meu intimo a coragem de levantar-me e ir andando até a frente dela, esticar minha mão e convida-la a valsar. A musica nos deixava apenas algumas vezes roçar nas partes descobertas de nossos corpos, quando uma manga subia no meio de um rodopiar. Em um dos passos ficamos muito próximo e o perfume que dela exalava era divino. Sentia-me flutuar acima das nuvens como se tudo que existisse em volta simplesmente não estivesse ali. Tive que aceitar que não existíamos apenas nós dois no mundo, e que, com o fim do baile, eu não poderia levá-la para mim. Ela foi para casa, deixei meus olhos a seguir à carruagem de seus pais até que a curva da estrada se deu, e atrás de um bosque a escondeu. Após alguns dias de conversa, seu pai deixou-me corteja-la, deixou que eu freqüentasse sua casa, e conversasse quase diariamente com aquela que povoava meus sonhos mais castos de um casamento e minhas vontades incongruentes com minha índole.
Começamos a namorar, e, devido a uma chuva torrencial que acometera nossa vizinhança, fui obrigado a dormir em sua casa, neste dia ficamos conversando até mais tarde, foi neste dia que roubei-lhe um pouco mais que um roçar de lábios escondido de seus pais. Mais tarde seu pai veio chamá-la a se recolher enquanto os empregados me levavam até meus aposentos. Fiquei acordado sabendo que ela dormia a pouca distância de mim. No meio da noite, alguém entrou em meu quarto. Estava escuro, mas o perfume a denunciou, ela estava linda, em uma camisola que escondia e mostrava. Ela deitou-se na cama comigo, antes que eu pudesse esboçar qualquer reação. Pediu-me carinhosamente que nada falasse que apenas entendesse que ela sabia que eu era o homem de sua vida e que ela não mais agüentava de vontade de ser minha em todos os sentidos. Disse-me que por vezes espiara seu pai com sua mãe ou uma das empregadas da casa e sempre ficou curiosa, pois os rostos esboçavam muita satisfação. E foi assim que aceitei, mesmo pouco sabendo, tendo apenas poucas experiências em quase traumatizantes idas a bordéis com amigos, beijei aquela boca deliciosa, experimentei a maciez daqueles lábios, e minhas mãos que há segundos não sabiam o que fazer, passaram a se preocupar com passear por aquele corpo, que já ia ficando nu assim como o meu. O troar de trovões e o tamborilar da chuva pareciam estar longe, mas a luz repentina de um raio deixou uma impressão clara que durava alguns minutos daquele corpo que por mim esperava. A beleza que vislumbrei naqueles espocares de luz deixou-me extasiado. Deixei minhas mãos voltarem a fazer sozinhas, o que eu não conseguia comanda-las a fazer, os seios as preenchiam com fartura, as pernas grossas e bem feitas dobravam-se enquanto minha boca passeava de sua boca, pela sua face, pelos seus seios, pela sua barriga, passei direto por suas partes e continuei pelas suas pernas até seus pés, que lindos pés olhando deste ângulo perdi meu fôlego e assim que o retomei, voltei a beijá-la, seus pés, pernas, coxas e finalmente beijei os lábios que antes nem ao menos via, beijei, mordi, lambi e chupei como se fosse uma fruta suculenta e eu um sedento caminhante de um deserto. Depois de fazê-la contorcer-se de prazer, subi novamente até sua boca. Beijando-a sofregamente e finalmente rijo como estava, tornei-a minha. Revezamo-nos o resto da noite nos esforçando e dar prazer das formas mais diversas possíveis, a chuva apesar de aumentar não nos era conhecida, acabamos dormindo juntos, antes de pegar no sono tive medo de que fossemos flagrados, mas não houve perigo.
A represa da cidade próxima rompeu-se com a chuva, e morremos soterrados nos escombros da casa, sentiamo-nos mais felizes do que nunca, nem tivemos tempo de perceber o que ocorrera. Não lembro bem dos ocorridos depois disso, nada alem de uma luz, por um tempo muito longo, e por fim voltei a viver, uma vida solitária passei por ela toda esperando alguma coisa, alguém, e não encontrei, sei que ela estava em algum lugar, mas a distância me impossibilitou de achá-la, morri jovem, aos 18 anos de tuberculose. Ainda estou na fase de luz por tempo demais, mas sinto que essa transição está terminando. Espero ter mais sorte desta vez.