03. A Casa de Bonecas
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- Mensagem nº41
Re: 03. A Casa de Bonecas
Alquimista responde e a voz lhe trai um certo sotaque, mas nada que doesse nos ouvidos... - Sou a favor de punições proporcionais aos crimes se o sujeito tivesse surrado o dono do celular roubado seria completamente a favor de que o mesmo tomasse uma boa surra, mas roubo? É peixe pequeno, mas se o mesmo estiver trabalhando para um peixe maior ... denuncia-lo isso sim seria útil. Dizia para quem estivesse perto dela enquanto observava pela janela com a garrafa em mãos...
- Shmul
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- Mensagem nº42
Re: 03. A Casa de Bonecas
Jack pretendia deixar para a Gata a conversação, mas devido à demora ele tomou a iniciativa, apesar de não saber bem o que dizer – Entendo sua revolta, minha gente. Eu... Eu também me sinto abandonado por nossos governantes, mas... mas se por acaso tirarmos a vida deste garoto, não seremos melhores... do que o pior dos bandidos – a esta altura Jack estava com os olhos arregalados de estar falando em frente aquela turba, e mesmo engasgando conseguiu montar uma linha de raciocínio. Mais fácil seria esmurra-los?
Tentou perceber a reação das pessoas às suas palavras e complementou mesmo tenso – Surrar este garoto não impedirá que outros os assaltem novamente, e se reagirmos com violência, existe a chance deles também serem mais violentos, e não levarem apenas nossos celulares, mas nossas vidas.
Caso os populares porventura venham a se enfurecer mais com a fala dele, aumentará o tom de voz e dirá – Deixem que o levemos até as autoridades! Somos os “Patrulheiros das Sarjetas”, estamos trabalhando para livrar a cidade do mal – inventara de supetão um nome para o grupo.
Tentou perceber a reação das pessoas às suas palavras e complementou mesmo tenso – Surrar este garoto não impedirá que outros os assaltem novamente, e se reagirmos com violência, existe a chance deles também serem mais violentos, e não levarem apenas nossos celulares, mas nossas vidas.
Caso os populares porventura venham a se enfurecer mais com a fala dele, aumentará o tom de voz e dirá – Deixem que o levemos até as autoridades! Somos os “Patrulheiros das Sarjetas”, estamos trabalhando para livrar a cidade do mal – inventara de supetão um nome para o grupo.
- Pikapool
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- Mensagem nº43
Re: 03. A Casa de Bonecas
Mesmo que as coisas estejam difíceis, sorria para seus inimigos saibam que você está de pé para vencer mais um obstaculo da sua vida! |
Perante toda injuria da multidão apenas ouvi a todos ponderando se realmente deveria meter-me a mediadora naquela situação. Ao longe ouvi a voz da alquimista e enquanto refletia, vi Jack tomar a frente.
Vendo que meus companheiros não eram a favor daquilo, resolvi posicionar-me.
- Certo pessoal! Sei que não sou a voz da razão. - Dei de ombros. - Mas tenho que concordar com meus companheiros. - Tiro uma algema do cinto e mostro a todos. - Permita-nos levá-lo as autoridades. E se de alguma forma ele conseguir safar-se da lei. Eu prometo voltar aqui e garanto-lhes que ele nunca mais conseguira usar as mãos. - Abaixamos as sobrancelhas, franzindo a testa e tensionava a boca enquanto respirava profundamente e encarava com raiva o ladrão.
Vendo que meus companheiros não eram a favor daquilo, resolvi posicionar-me.
- Certo pessoal! Sei que não sou a voz da razão. - Dei de ombros. - Mas tenho que concordar com meus companheiros. - Tiro uma algema do cinto e mostro a todos. - Permita-nos levá-lo as autoridades. E se de alguma forma ele conseguir safar-se da lei. Eu prometo voltar aqui e garanto-lhes que ele nunca mais conseguira usar as mãos. - Abaixamos as sobrancelhas, franzindo a testa e tensionava a boca enquanto respirava profundamente e encarava com raiva o ladrão.
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- Mensagem nº44
Re: 03. A Casa de Bonecas
O grupo de vigilantes tentava resolver a situação à base da argumentação, mas pareciam não estar fazendo grande progresso. Pelo contrário, a tentativa mais prática da Gata tivera efeito contrário: do meio da multidão, uma senhora grisalha aumentou a voz, contrariada.
- E no “QG” desses “Patrulheiros” não tem internet não? Greve da polícia, queridinha!
Não que aquelas pessoas parecessem realmente inclinadas a terem, de início, entregado o jovem às autoridades. Mas aquele era um empecilho de o fazerem agora.
Por um instante sem lei, a bestialidade humana começava a subir pelo esgoto.
Kaiju foi o primeiro a captar algo diferente. Algo vindo das sombras. Por algum motivo, ele abanava o rabo.
Então tiros. Três, disparados para o alto, ecoando pesados.
- Então é aqui que vocês estão, “Patrulheiros da Sarjeta”. Rendam-se e venham comigo agora ou vou começar a matar essa gente toda. E nem pense nisso, Garota Molotov, ou mais gente que o necessário vai sair ferida – pelo barulho e pela aparência, a revolver que trazia parecia capaz de bastante estrago.
Àquela altura, a gritaria e a correria eram generalizadas, apesar de parte das pessoas ainda terem permanecido. Pareciam paralisadas diante do medo da morte – a arma mirava neles, não na equipe do “Sr. Oculto”.
Uma coisa não podia deixar de ser percebida. Pela silhueta e pela voz, pareciam estar diante de uma mulher.
Uma "vilã" desconhecida?
- E no “QG” desses “Patrulheiros” não tem internet não? Greve da polícia, queridinha!
Não que aquelas pessoas parecessem realmente inclinadas a terem, de início, entregado o jovem às autoridades. Mas aquele era um empecilho de o fazerem agora.
Por um instante sem lei, a bestialidade humana começava a subir pelo esgoto.
Kaiju foi o primeiro a captar algo diferente. Algo vindo das sombras. Por algum motivo, ele abanava o rabo.
Então tiros. Três, disparados para o alto, ecoando pesados.
- Então é aqui que vocês estão, “Patrulheiros da Sarjeta”. Rendam-se e venham comigo agora ou vou começar a matar essa gente toda. E nem pense nisso, Garota Molotov, ou mais gente que o necessário vai sair ferida – pelo barulho e pela aparência, a revolver que trazia parecia capaz de bastante estrago.
Àquela altura, a gritaria e a correria eram generalizadas, apesar de parte das pessoas ainda terem permanecido. Pareciam paralisadas diante do medo da morte – a arma mirava neles, não na equipe do “Sr. Oculto”.
Uma coisa não podia deixar de ser percebida. Pela silhueta e pela voz, pareciam estar diante de uma mulher.
Uma "vilã" desconhecida?
- Pikapool
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- Mensagem nº45
Re: 03. A Casa de Bonecas
Mesmo que as coisas estejam difíceis, sorria para seus inimigos saibam que você está de pé para vencer mais um obstaculo da sua vida! |
Ouvir a senhora fazia-me revirar os olhos e bufar antes de respondê-la.
- Oh garçonete da santa ceia, em uma greve ainda deve-se manter um minimo dos serviços em funcionamento. Mas tudo bem. Se todos fazem questão de linchar o garoto. Vão em frente. Tornem-se piores do que ele. Entretanto, saibam que responderão por isso. - Simplesmente guardo as algemas e já preparando-me para voltar para loja. - Vamos Kaiju!
O ar ficava cada vez mais pesado quando três disparos faziam-me ficar alerta. Não demorou para uma figura misteriosa apresentar-se.
- Tsc... Patrulheiros da Sarjeta... - Murmurei enquanto ela falava.
Os disparos geravam certa desordem e alguns realmente corriam por suas vidas. Os mesmos valentes que achavam fácil tirar uma vida do ladrão. Ela então ameaçava os civis exigindo que a acompanhássemos.
- Já que está disposta a tal ato, porque não começa pela Baba Yaga ali. - Com um sorriso debochado aponto para a senhora sabe-tudo (caso ainda esteja presente). - Enfim, o que gostaria conosco? - Sigo levantando os braços e espreguiçando-me e em seguida bocejo. Naquele momento já não importava-me mais com os civis.
- Oh garçonete da santa ceia, em uma greve ainda deve-se manter um minimo dos serviços em funcionamento. Mas tudo bem. Se todos fazem questão de linchar o garoto. Vão em frente. Tornem-se piores do que ele. Entretanto, saibam que responderão por isso. - Simplesmente guardo as algemas e já preparando-me para voltar para loja. - Vamos Kaiju!
O ar ficava cada vez mais pesado quando três disparos faziam-me ficar alerta. Não demorou para uma figura misteriosa apresentar-se.
- Tsc... Patrulheiros da Sarjeta... - Murmurei enquanto ela falava.
Os disparos geravam certa desordem e alguns realmente corriam por suas vidas. Os mesmos valentes que achavam fácil tirar uma vida do ladrão. Ela então ameaçava os civis exigindo que a acompanhássemos.
- Já que está disposta a tal ato, porque não começa pela Baba Yaga ali. - Com um sorriso debochado aponto para a senhora sabe-tudo (caso ainda esteja presente). - Enfim, o que gostaria conosco? - Sigo levantando os braços e espreguiçando-me e em seguida bocejo. Naquele momento já não importava-me mais com os civis.
- gaijin386
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- Mensagem nº46
Re: 03. A Casa de Bonecas
A Alquimista como tradicionalmente manda a etiqueta de seus ancestrais russos diz palavras de baixo calão - сука блять.... E da parte de quem estamos sendo intimidados? Responde agressivamente, mas não parte para ofensiva e coloca o molotov no chão. A visão dessa pessoa era excelente já que pode percebe-la da rua. Vou sair pra rua também.
- Shmul
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- Mensagem nº47
Re: 03. A Casa de Bonecas
A fala da senhora grisalha irritou Jack. A vontade era distribuir soco em todos os presentes, mas logo vieram os disparos. O Guerreiro Grego ficou apavorado pela vida dos civis, mais ainda com o desdém da Gata.
O apelido de Bolo de carne, que adquiriu ao longo das várias surras que levara na juventude, diziam muito de sua resiliência. Aguentou uma grande quantidade de castigo corporal em dezenas de oportunidades, mas nunca havia levado um tiro. Aquilo parecia estar além da capacidade dele, mas se os civis fossem alvejados, ele teria que testar seus limites.
Rendeu-se de pronto, levando as duas mãos à frente num gesto de “calma” – Ok! Ok! Não os machuque. Nós vamos cooperar – e observou atônito a Gata se espreguiçar. "Talvez um cruzado na fuça dela fizesse bem, e colocasse os parafusos no lugar" - pensou.
Diante daquela situação Jack se perguntou se realmente seus companheiros eram pessoas boas, e se eles realmente acreditavam que possuíam super poderes para estarem tão tranquilos com aquela situação. A situação toda era bizarra para ele.
O apelido de Bolo de carne, que adquiriu ao longo das várias surras que levara na juventude, diziam muito de sua resiliência. Aguentou uma grande quantidade de castigo corporal em dezenas de oportunidades, mas nunca havia levado um tiro. Aquilo parecia estar além da capacidade dele, mas se os civis fossem alvejados, ele teria que testar seus limites.
Rendeu-se de pronto, levando as duas mãos à frente num gesto de “calma” – Ok! Ok! Não os machuque. Nós vamos cooperar – e observou atônito a Gata se espreguiçar. "Talvez um cruzado na fuça dela fizesse bem, e colocasse os parafusos no lugar" - pensou.
Diante daquela situação Jack se perguntou se realmente seus companheiros eram pessoas boas, e se eles realmente acreditavam que possuíam super poderes para estarem tão tranquilos com aquela situação. A situação toda era bizarra para ele.
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- Mensagem nº48
Re: 03. A Casa de Bonecas
Surgida da noite, aquela sombra fria sustentava a arma em direção aos civis. Se mereciam ou não salvação talvez fosse uma questão cinza: era o dever do grupo proteger aquela gente, mesmo que tivessem demonstrando-se capazes de um ato de violência contra o jovem?
Porém, não foi a pergunta que a figura fez. “Consegui o que queria, não ouviram? Corram!” e, como setas, as pessoas que ainda se mantinham lá puseram-se em debandada – incluindo a mãe que, com dificuldade, ajudava o garoto ferido.
Naquele momento, nem mesmo Marta aparecia na janela, afugentada pelos tiros.
Abaixando a arma, a mulher de negro virou-se de costas, refazendo o caminho pelo qual viera. “Não temos tempo pra esse tipo de coisa. O Sr. Oculto mandou buscar vocês”. Ninguém ali reconhecia aquele uniforme – a não ser o cachorro, feliz ao vê-la de longe –, mas, aparentemente, era igualmente uma vigilante. Todo o show macabro no qual viram-se envolvidos fora a forma dela de encerrar a confusão do linchamento. Ignorara completamente o risco de as coisas saírem muito errado – e se o One-Punch, a Gata ou a Alquimista tivessem resistido? – ou teria calculado as probabilidades e apostado para ver?
- Preciso saber o que descobriram com o delegado e com Marta. Conseguimos algumas informações no hospício. Meu carro está lá atrás... e que fedor é esse?
Lorem Ipsum aparecera na porta, atrás da Alquimista. Tremia. “Vamos sair daqui, vamos sair daqui”, balbuciava meio desconexo. Se aquilo fosse um truque, estava disposto a cair nele apenas para dar o fora dali sem tardar.
Porém, não foi a pergunta que a figura fez. “Consegui o que queria, não ouviram? Corram!” e, como setas, as pessoas que ainda se mantinham lá puseram-se em debandada – incluindo a mãe que, com dificuldade, ajudava o garoto ferido.
Naquele momento, nem mesmo Marta aparecia na janela, afugentada pelos tiros.
Abaixando a arma, a mulher de negro virou-se de costas, refazendo o caminho pelo qual viera. “Não temos tempo pra esse tipo de coisa. O Sr. Oculto mandou buscar vocês”. Ninguém ali reconhecia aquele uniforme – a não ser o cachorro, feliz ao vê-la de longe –, mas, aparentemente, era igualmente uma vigilante. Todo o show macabro no qual viram-se envolvidos fora a forma dela de encerrar a confusão do linchamento. Ignorara completamente o risco de as coisas saírem muito errado – e se o One-Punch, a Gata ou a Alquimista tivessem resistido? – ou teria calculado as probabilidades e apostado para ver?
- Preciso saber o que descobriram com o delegado e com Marta. Conseguimos algumas informações no hospício. Meu carro está lá atrás... e que fedor é esse?
Lorem Ipsum aparecera na porta, atrás da Alquimista. Tremia. “Vamos sair daqui, vamos sair daqui”, balbuciava meio desconexo. Se aquilo fosse um truque, estava disposto a cair nele apenas para dar o fora dali sem tardar.
- gaijin386
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- Mensagem nº49
Re: 03. A Casa de Bonecas
Dando de ombros e lembrando de colocar os molotov's (apagados) dentro da bolsa que carrega ela sai.
- Pikapool
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- Mensagem nº50
Re: 03. A Casa de Bonecas
Mesmo que as coisas estejam difíceis, sorria para seus inimigos saibam que você está de pé para vencer mais um obstaculo da sua vida! |
Observei indiferente todo aquele espetaculo. E assim que a massa dispersou, a mulher de negro virou-se abaixando a arma e citou o Sr. Oculto. Olhei para meus companheiros sem entender o que acontecia. Pelo menos Kaiju conhecia a mulher e mostrava-se feliz. Suspirei cansada e até um pouco irritada e segui a mulher misteriosa.
- Da próxima vez que fizer isso e não atirar em ninguém, vamos ter problemas, moça! - Falei em tom de escarnio deixando escapar uma risada. - O cheiro é de um tipo exclusivo de carne que estava no freezer. Mas o Jack pode explicar melhor. - Respondi. - Vamos Kaiju! - Dei dois tapinhas na coxa para que o cão seguisse-nos.
- Da próxima vez que fizer isso e não atirar em ninguém, vamos ter problemas, moça! - Falei em tom de escarnio deixando escapar uma risada. - O cheiro é de um tipo exclusivo de carne que estava no freezer. Mas o Jack pode explicar melhor. - Respondi. - Vamos Kaiju! - Dei dois tapinhas na coxa para que o cão seguisse-nos.
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- Mensagem nº51
Re: 03. A Casa de Bonecas
Bastara pouco mais que um piscar de pálpebras para o veneno do caos começar a se espalhar. Não viviam numa sociedade guiada por qualquer princípio, apenas um punhado de lama cercado por ásperas mãos – se elas já eram ineficiente em conter os vazamentos, encontrando-se por si sós completamente sujas, a ausência delas apenas liberara o fluxo de imundice que se esparramava pelo chão, infiltrando-se a olhos vistos por quaisquer frestas.
No caminho, aqui e ali era possível ver uma loja saqueada.
Não estavam mais na periferia, seguindo no veículo da heroína desconhecida. O carro era robusto e deslizava com tranquilidade, bastante adequado para o tipo de atividade do grupo.
Porém não havia sido pensado para cinco pessoas e um cachorro, de modo que o banco de trás não podia ser chamado de “confortável”.
No rádio, comunicadores sintonizados davam uma dimensão ruidenta dos acontecimentos.
- ... e os bombeiros seguem tentando conter o incêndio na Câmara... .
- ... agentes da Guarda Nacional reúnem-se para planejar uma estratégia... .
- ... enquanto isso, as negociações seguem sem avanço... .
Dedos em luvas de couro desligaram o rádio.
- Pois bem, o que houve? Qual o resumo do que descobriram?
- gaijin386
Antediluviano - Mensagens : 3814
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- Mensagem nº52
Re: 03. A Casa de Bonecas
A Alquimista suspira em tom reprovador e solta uma ou outra palavra em russo, mas depois endireita-se para falar...
- O lugar era um pardieiro com o perdão da palavra, mas foi possível catar alguma coisa da viúva após a mesma deixar de enaltecer o morto com palavras como “pai de família”, “cidadão de bem” e “trabalhador". O que interessava mesmo naquele lugar era comprovar o óbvio que o sujeito não tirou a própria vida mesmo depois do alvoroço com o advogado... Isso se comprova devido a troca de emails... estranhos emails com um sujeito ainda não identificado... Iamos descobrir mais, mas fomos interrompidos... Diz sem cerimônias.
- O lugar era um pardieiro com o perdão da palavra, mas foi possível catar alguma coisa da viúva após a mesma deixar de enaltecer o morto com palavras como “pai de família”, “cidadão de bem” e “trabalhador". O que interessava mesmo naquele lugar era comprovar o óbvio que o sujeito não tirou a própria vida mesmo depois do alvoroço com o advogado... Isso se comprova devido a troca de emails... estranhos emails com um sujeito ainda não identificado... Iamos descobrir mais, mas fomos interrompidos... Diz sem cerimônias.
- Pikapool
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- Mensagem nº53
Re: 03. A Casa de Bonecas
Mesmo que as coisas estejam difíceis, sorria para seus inimigos saibam que você está de pé para vencer mais um obstaculo da sua vida! |
Aguardava que Jack desse mais detalhes sobre o corpo que encontrara. Sem vê-lo esboçar nada sobre o assunto, intrometi-me tentando fazê-lo falar.
- Havia um corpo no freezer, mas o forte odor não permitiu com que eu conseguisse averiguar seu estado. - Observei o comportamento de Jack.- No entanto, Jack seguiu até o fim e relatou um corpo, mas como a confusão começou, o foco mudou e ele não passou mais informações. - Aguardei o pronunciamento do mesmo.
- Havia um corpo no freezer, mas o forte odor não permitiu com que eu conseguisse averiguar seu estado. - Observei o comportamento de Jack.- No entanto, Jack seguiu até o fim e relatou um corpo, mas como a confusão começou, o foco mudou e ele não passou mais informações. - Aguardei o pronunciamento do mesmo.
- Shmul
Mestre Jedi - Mensagens : 1036
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- Mensagem nº54
Re: 03. A Casa de Bonecas
Jack ainda estava se recuperando dos sustos sequenciais que recebera. Mortos em freezer, carne humana vendida, turba violenta, tiros, ameaças e indiferença dos “companheiros”. Seguiu com o grupo até o carro e se manteve em silencio, até que a Gata o ficou encarando, aguardando reação – b... bem, eu tirei uma foto do defunto congelado... a qualidade não é boa porque meu celular é uma porcaria, mas acredito que conseguiremos descobrir quem é, ou era.
O outro tópico era mais complicado de falar, mas era preciso – o corpo foi morto por alguém entendido do corte de carnes, pois foram tirados bifes. Estavam vendendo carne de gente para outras pessoas consumirem! MINHA NOSSA!
Agora desembestava a falar tendo muitas informações em sua cabeça - Temos que tentar recapitular nossas informações. Comparar se o “trabalho” feito neste cadáver tem os mesmos aspectos do cadáver do Advogado assassinado, supostamente pelo açougueiro, também. Ainda não sabemos se foi, de fato, o açougueiro... se por um lado eu acreditava que não era ele, por outro temos os “cortes” bem feitos. Além disso, o Lórem conseguiu rastrear quem derrubou nosso site-isca? Quais informações você conseguiu no hospício?
Enquanto aguardava as respostas de suas várias perguntas, percebeu como aquele carro era bonito por fora e por dentro. Jack não tinha dinheiro nem pra comprar uma carroça, e ainda estava endividado com a doença de sua mãe. Reparou, também, que suas roupas tinham resquícios do cheiro nojento de putrefação, e que estava dentro do carro com várias mulheres bonitas, além do Lórem, que pareciam não ter trazido o odor junto. Seria devido aos perfumes e desodorantes de qualidade que eles possuíam? A garganta de Jack estava seca... um copo de cerveja cairia bem.
O outro tópico era mais complicado de falar, mas era preciso – o corpo foi morto por alguém entendido do corte de carnes, pois foram tirados bifes. Estavam vendendo carne de gente para outras pessoas consumirem! MINHA NOSSA!
Agora desembestava a falar tendo muitas informações em sua cabeça - Temos que tentar recapitular nossas informações. Comparar se o “trabalho” feito neste cadáver tem os mesmos aspectos do cadáver do Advogado assassinado, supostamente pelo açougueiro, também. Ainda não sabemos se foi, de fato, o açougueiro... se por um lado eu acreditava que não era ele, por outro temos os “cortes” bem feitos. Além disso, o Lórem conseguiu rastrear quem derrubou nosso site-isca? Quais informações você conseguiu no hospício?
Enquanto aguardava as respostas de suas várias perguntas, percebeu como aquele carro era bonito por fora e por dentro. Jack não tinha dinheiro nem pra comprar uma carroça, e ainda estava endividado com a doença de sua mãe. Reparou, também, que suas roupas tinham resquícios do cheiro nojento de putrefação, e que estava dentro do carro com várias mulheres bonitas, além do Lórem, que pareciam não ter trazido o odor junto. Seria devido aos perfumes e desodorantes de qualidade que eles possuíam? A garganta de Jack estava seca... um copo de cerveja cairia bem.
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- Mensagem nº55
Re: 03. A Casa de Bonecas
Tamborilava com os dedos no volante, ritmo de uma música inaudível, passando-se apenas na cabeça dela. Não falava, apenas ouvia e dirigia. Não respondeu imediatamente as questões, processando-as.
Quando voltou a falar, lembrou do que tinham em mãos até aquele momento: um advogado morto por um açougueiro, o qual teria se suicidado em seguida; e outro assassinado por um motorista, que supostamente tirou a própria vida dentro do manicômio. Ambas as vítimas eram figuras desprezíveis e ambos os algozes eram pessoas comuns. Quatro cadáveres, sem contar o recém descoberto, e um delegado demitido conectando tudo.
“Padrões” foi a palavra que dissera em resposta a todas aquelas questões, seguindo-se de um longo silêncio antes de continuar. “O Sr. Oculto sempre diz isso. Temos que deixar as distrações de lado pra nos concentrarmos nos padrões. Os dois civis parecem ter agido por ódio. Os crimes foram... gritantes. Já que deu fim neles, se é que foram mesmo mortos, não deixou pista alguma. Serviço ‘profissional’”.
- Temos que esgotar as possibilidades, investigar todas as linhas possíveis... Mas esse corpo no frigorífico não me parece o mesmo trabalho de “queima de arquivo”. Chutaria que foi o próprio açougueiro, mas vamos avaliar se os ferimentos batem. Vou pedir ao Sr. Oculto que entre em contato com alguém pra resolver isso e pra tentar descobrir a identidade dele.
- É o bandido que matou a filha do açougueiro, não é isso, galera? – Intrometeu-se o Lorem.
- Hum... De qualquer forma, vou pedir também que investigue se ele tinha mais alguma conexão suspeita. Seja como for, se não foi o próprio pai revoltado... só nos resta acreditar que foi quem deu cabo do açougueiro e do motorista. Estamos na mesma.
Fosse como fosse, aquela nova morte e as circunstâncias bizarras dela não pareceram ser o que mais deixaram-na perturbada. Era mais “fria”, ao estilo da Gata e da Alquimista. Jack parecia ser o único ali a ainda ter um coração, o mais inusitadamente “heroico” do bando... apesar de não parecer o mais “competente” ali.
Lorem havia explicado que precisava de mais tempo para a investigação online e explicou mais detalhadamente a situação.
- Então, vocês basicamente se colocaram como alvos? Boa ideia. E também descobriram que descobriram um grupo de gente “normal” incitando tudo? Parece que temos uma nova linha de investigação aqui, porque rastreamos algo parecido no hospício. Uma enfermeira disse que o cara falava repetidamente em algo como Cavaleiros Patriotas e rastreamos um grupo virtual com o mesmo nome. Organizações são diferentes, mas podem ser chefiadas pelas mesmas pessoas.
Infelizmente, não tinham descoberto nada além daquilo. Não sabiam dizer se fora ou não suicídio e quem poderia ter “influenciado” a situação.
Virara-se para a Lorem, e começara a inquiri-lo. “Você é um hacker, não é, garoto? Vou te colocar em contato com o Technomancer”, e aquele era um contato que provavelmente a Gata reconheceria. “Vocês precisam cruzar listas de telefones, procurando números repetidos, tentando identificar líderes, membros mais ativos etc. Aliás, vasculhem as identidades dos donos de cada linha. Pode haver alguém usando múltiplas identidades, bots tudo isso”. Era uma tarefa complexa e que poderia levar dias, mas precisavam descobrir se havia alguém coordenando os dois núcleos.
Ela seguia, conduzindo não só os passageiros, mas a linha de raciocínio. “Padrões... o povo do linchamento... gente desistindo de esperar e indo resolver com as próprias mãos, com a própria lei... . Modos de ação semelhantes aos grupos virtuais, não? Você os viu, não, rapaz? Quando estiver trabalhando, tente reconhecer rostos. Eram pessoas do mesmo bairro do açougueiro e da esposa. Talvez também estejam entre os contatos. Mas, se não estiverem... talvez seja pior ainda”.
- Crimes e redes de incentivo. Vou me juntar ao Sr. Oculto e tentar verificar se há mais arquivos assim com a polícia e repassar a vocês. Descobrir se há contas articulando essas pessoas é essencial, mas... .
Naquele momento, parando sob o sinal vermelho sangue, deixou escapar o que a incomodava. "Células terroristas. É assim que funcionam. Separadas, mas unidas por um único ideal. No início, precisam de alguém para recrutar fanáticos... Mas depois podem seguir independentes. Quem lucra com isso e quais os próximos alvos? Talvez sejam as perguntas mais importantes”.
De tudo o que havia dito, ainda faltava um dado importante. Para onde diabos estava levando-os? O que de tão urgente surgira? Aliás, havia se identificado como uma agente do Sr. Oculto, mas... quem era ela?
Quando voltou a falar, lembrou do que tinham em mãos até aquele momento: um advogado morto por um açougueiro, o qual teria se suicidado em seguida; e outro assassinado por um motorista, que supostamente tirou a própria vida dentro do manicômio. Ambas as vítimas eram figuras desprezíveis e ambos os algozes eram pessoas comuns. Quatro cadáveres, sem contar o recém descoberto, e um delegado demitido conectando tudo.
“Padrões” foi a palavra que dissera em resposta a todas aquelas questões, seguindo-se de um longo silêncio antes de continuar. “O Sr. Oculto sempre diz isso. Temos que deixar as distrações de lado pra nos concentrarmos nos padrões. Os dois civis parecem ter agido por ódio. Os crimes foram... gritantes. Já que deu fim neles, se é que foram mesmo mortos, não deixou pista alguma. Serviço ‘profissional’”.
- Temos que esgotar as possibilidades, investigar todas as linhas possíveis... Mas esse corpo no frigorífico não me parece o mesmo trabalho de “queima de arquivo”. Chutaria que foi o próprio açougueiro, mas vamos avaliar se os ferimentos batem. Vou pedir ao Sr. Oculto que entre em contato com alguém pra resolver isso e pra tentar descobrir a identidade dele.
- É o bandido que matou a filha do açougueiro, não é isso, galera? – Intrometeu-se o Lorem.
- Hum... De qualquer forma, vou pedir também que investigue se ele tinha mais alguma conexão suspeita. Seja como for, se não foi o próprio pai revoltado... só nos resta acreditar que foi quem deu cabo do açougueiro e do motorista. Estamos na mesma.
Fosse como fosse, aquela nova morte e as circunstâncias bizarras dela não pareceram ser o que mais deixaram-na perturbada. Era mais “fria”, ao estilo da Gata e da Alquimista. Jack parecia ser o único ali a ainda ter um coração, o mais inusitadamente “heroico” do bando... apesar de não parecer o mais “competente” ali.
Lorem havia explicado que precisava de mais tempo para a investigação online e explicou mais detalhadamente a situação.
- Então, vocês basicamente se colocaram como alvos? Boa ideia. E também descobriram que descobriram um grupo de gente “normal” incitando tudo? Parece que temos uma nova linha de investigação aqui, porque rastreamos algo parecido no hospício. Uma enfermeira disse que o cara falava repetidamente em algo como Cavaleiros Patriotas e rastreamos um grupo virtual com o mesmo nome. Organizações são diferentes, mas podem ser chefiadas pelas mesmas pessoas.
Infelizmente, não tinham descoberto nada além daquilo. Não sabiam dizer se fora ou não suicídio e quem poderia ter “influenciado” a situação.
Virara-se para a Lorem, e começara a inquiri-lo. “Você é um hacker, não é, garoto? Vou te colocar em contato com o Technomancer”, e aquele era um contato que provavelmente a Gata reconheceria. “Vocês precisam cruzar listas de telefones, procurando números repetidos, tentando identificar líderes, membros mais ativos etc. Aliás, vasculhem as identidades dos donos de cada linha. Pode haver alguém usando múltiplas identidades, bots tudo isso”. Era uma tarefa complexa e que poderia levar dias, mas precisavam descobrir se havia alguém coordenando os dois núcleos.
Ela seguia, conduzindo não só os passageiros, mas a linha de raciocínio. “Padrões... o povo do linchamento... gente desistindo de esperar e indo resolver com as próprias mãos, com a própria lei... . Modos de ação semelhantes aos grupos virtuais, não? Você os viu, não, rapaz? Quando estiver trabalhando, tente reconhecer rostos. Eram pessoas do mesmo bairro do açougueiro e da esposa. Talvez também estejam entre os contatos. Mas, se não estiverem... talvez seja pior ainda”.
- Crimes e redes de incentivo. Vou me juntar ao Sr. Oculto e tentar verificar se há mais arquivos assim com a polícia e repassar a vocês. Descobrir se há contas articulando essas pessoas é essencial, mas... .
Naquele momento, parando sob o sinal vermelho sangue, deixou escapar o que a incomodava. "Células terroristas. É assim que funcionam. Separadas, mas unidas por um único ideal. No início, precisam de alguém para recrutar fanáticos... Mas depois podem seguir independentes. Quem lucra com isso e quais os próximos alvos? Talvez sejam as perguntas mais importantes”.
De tudo o que havia dito, ainda faltava um dado importante. Para onde diabos estava levando-os? O que de tão urgente surgira? Aliás, havia se identificado como uma agente do Sr. Oculto, mas... quem era ela?
- Shmul
Mestre Jedi - Mensagens : 1036
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- Mensagem nº56
Re: 03. A Casa de Bonecas
Conspirações não era a “praia” de Jack, pois ele não lia livros, nem via TV... nem possuía nenhum “gato”, mas arriscou alguns palpites – Nossa, parece que estamos em uma situação complicada. Pessoas carismáticas conseguem influenciar com mais facilidade outras pessoas, então “famosos”, políticos... ou ainda “herois” – se referindo ao nome que surgiu dos Cavaleiros Patriotas. – Parece uma organização parecida com a nossa... Talvez devêssemos ir atrás deles.
- gaijin386
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- Mensagem nº57
Re: 03. A Casa de Bonecas
- Você diz tipo num esforço conjunto? Mas será que eles irão querer somar forças? Ainda quero saber quem estava na outra ponta do email recebido pela vitima... Diz Alquimista absorta em todas essas teorias e probabilidades.
- Shmul
Mestre Jedi - Mensagens : 1036
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- Mensagem nº58
Re: 03. A Casa de Bonecas
- Somar forças? Só se for fingimento, pois então conseguiríamos mais pistas e informações. A minha ideia inicial era dar uma surra neles e os fazer contar tudo o que sabem, mas podemos avaliar na hora, o quão bem armados eles estiverem...
- Pikapool
Antediluviano - Mensagens : 3112
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- Mensagem nº59
Re: 03. A Casa de Bonecas
Mesmo que as coisas estejam difíceis, sorria para seus inimigos saibam que você está de pé para vencer mais um obstaculo da sua vida! |
Mantive-me em silencio durante a viagem e apenas ouvindo atentamente as teorias de todos ali. Ao ouvir Technomancer, já pensava que poderia receber algumas informações sobre o caso com mais precisão. Creio que até deixei escapar um sorriso inoportuno.
- Shmul
Mestre Jedi - Mensagens : 1036
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- Mensagem nº60
Re: 03. A Casa de Bonecas
One-Punch tenta desferir dois golpes na face de Loren!
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