I
3º de setembro de 2018 TODOS Após o grande evento de quadribol e a revelação - nada sutil - da presença do dragão branco de olhos azuis, todos se retiravam do campo e tinham o tempo livre para conversarem até a hora do jantar, onde nada demais acontecia, isso se você não considerasse as reclamações em alto e bom som - todos em um agudo de doer o tímpano - da zeladora Orácea sobre alguns alunos incheridos que haviam soltado bombas de bosta em sua sala após a mesma ter apreendido certas balinhas de vômito vendidas aos corredores. Após o jantar, que não tinha outro assunto na boca de todos que não sobre quadribol e o dragão branco, todos eram guiados pelos seus respectivos monitores chefes de volta até suas casas comunais. Lá, adentravam - após mais algumas horas de conversas e brincadeiras - no sagrado - e único de cada um - mundo dos sonhos. Charlie Thorps Charlie estava em uma sala úmida e fria, toda construída em pedra rústica e com um teto abobadado. De uma janela ele poderia observar, bem lá em baixo, as ondas agitadas e violentas se chocando contra as rochas da costa. Sua cabeça latejava de dor, como se estivesse em um estresse profundo. Estava sentado perto á janela, de bruços sobre a mesa e alguns pergaminhos cheios de anotações em linguagem estranha, porém ainda sim reconhecível. Então vários gritos de pavor e dor eram ouvidos do andar de baixo daquela sala, ainda que um tanto abafados pela distância, assim como sons característicos de magias sendo lançadas bem como poções explodindo, provavelmente em processos de fabricação ou invenção. Então uma explosão bem ao seu lado lhe jogava com força contra a parede contrária, gerando algumas costelas quebradas no processo. A dor era inacreditável, e seus gritos poderiam ser ouvidos praticamente por todo o lugar. Muita raiva, indignação, medo e desespero eram sentidos, como se algo estivesse por chegar e tomar o que quer que fosse que ele achava ser seu por direito. Então passos rápidos eram ouvidos da escada sala a fora, e ele sabia bem quem eram. Sabia que não poderia ser capturado, não com vida, então com muito esforço, sacava sua varinha e a apontando para sua cabeça, lançava uma magia azul brilhante, antes de tudo ficar escuro. Charlie então, ouvia duas vozes graves e imponentes dizendo: - Ele se foi? - Não teria tanta certeza, malicioso ele é. - Devemos queimar o corpo? - Sim, talvez isso possa nos garantir certa tranquilidade. Então da escuridão ele sentia seu corpo pegar fogo, queimando lenta e agonizantemente por horas e horas, sem nem poder gritar, pois não possuía mais voz. Então uma outra voz lhe chamava: - Oh seu arrombado! Acorda de uma vez! - Então seus olhos abriam arregalados pelo susto e revelavam o suor que exalava durante aquele pesadelo. Havia encharcado os lençóis e se remexido tanto que os travesseiros e a coberta haviam sido atirados ao chão. Então ainda tentando focar sua visão na voz que o chamava, enxergava uma luz vindo em sua direção e então seu colchão saltava para cima, fazendo seu nariz se chocar com o teto, causando uma leve lesão e torção. - Ah, agora sim, vá se arrumar bela adormecida, temos de tomar café e depois treino e treino! - Era o capitão Luke Finnick, que não parecia nada feliz com o atraso de seu novo batedor. Olhando em volta, via que seus amigos também ainda estavam por levantar, e suas caras também não eram nada boas. Pareciam terem visto um bicho papão, assim como ele próprio. Ekon Mbah Ekon estava sentado em uma mesa redonda, junto de outros seis homens, todos trajando armaduras de placas de aço, decoradas com símbolos pintados em forma de dragões. Sentia sua barba longa e espessa bem de baixo de seu nariz penicar quando tentava dizer algo. Então avistava que havia um lugar vago entre os sete cavaleiros, em uma cadeira bem maior e imponente da sua e da dos demais. Porém, assim como determinavam as regras do reino dos sonhos, não haviam regras e nada fazia sentido. Uma hora estava sentado junto a outros e em outra estava sobrevoando um ser grande e escamoso, que sobrevoava uma grande e sangrenta batalha campal. Até o ser acabar atingido por um raio esverdeado e ele despencar junto em queda livre. Cada segundo no céu era uma agonia cada vez maior. Sentia que seu peito explodiria a qualquer momento e que seu coração saltasse dali diante de tanta tensão e medo da morte iminente. Tentava sacar sua varinha da cela, mas com os movimentos violentos que aquele animal fazia após ser morto tão abruptamente, a força do vento o impedia de ter sucesso em sua ação. Tudo o que restara agora era aguardar o inevitável choque ao chão e o adeus ao mundo dos vivos. E então fechava seus olhos, na tentativa de conter as lágrimas que voavam para todos os lados, e uma voz o chamava: - Anda goleiro, não temos muito tempo! - Ele despertara milésimos antes de tocar o chão e virar uma pasta gosmenta junto ao animal, em um solavanco que chegava a bater sua cabeça na beliche de cima, onde jazia seu colega time com uma expressão tão pálido quanto a dele. - Ah bom, agora só falta a bela adormecida ali que não quer acordar, está se mexendo que nem uma lagartixa, deve ser um bom sonho né? - Era o capitão Luke que o acordava, e claramente teria sido ele também com seus outros colegas. Thomas Thompson Thomas estava sentado em uma mesa redonda, junto de outros seis homens, todos trajando armaduras de placas de aço, decoradas com símbolos pintados em forma de dragões. Sentia sua barba longa e espessa bem de baixo de seu nariz penicar quando tentava dizer algo. Então avistava que havia um lugar vago entre os sete cavaleiros, em uma cadeira bem maior e imponente da sua e da dos demais. Porém, assim como determinavam as regras do reino dos sonhos, não haviam regras e nada fazia sentido. Uma hora estava sentado junto a outros e em outra estava acorrentado em um espécie de calabouço medieval. Uma corrente para cada braço e perna, sendo esticado até seus músculos romperem e de sua garganta se rasgar de tantos berros de dor. Uma mulher alta e esbelta parava em frente a ele com um olhar de total desprezo. Tinha o cabelo amarrado em um coque e uma espécie de diadema com uma grande pedra brilhante em seu centro fixada em sua cabeça. Ela girava uma varinha e as correntes puxavam cada vez mais seus membros, mesmo que no final ele já não sentisse mais nada. - Onde ele está?! Responda seu maldito! - Então uma explosão era ouvida nos andares superiores de onde quer que ele estivesse, e a mulher enfurecida e mordendo o lábio superior a ponto de tirar uma lasca de pele e sangue, lançava uma magia esverdeada em sua direção, quando tudo ficava mais negro que o preto. Até uma voz o chamar: - Thommy, acorda! Bora treinar! - Ele despertara com o suor pingando de sua testa e com o lençol revirado. Piscando para tentar enxergar melhor e entender o que estava acontecendo, avistava Luke Finnick acordando os demais colegas de time para irem treinar. Ekon estava logo abaixo de sua beliche, e pelo jeito que acordava, também não tinha tido a melhor das noites. - Ah bom, agora só falta a bela adormecida ali que não quer acordar, está se mexendo que nem uma lagartixa, deve ser um bom sonho né? - Luke dizia, apontando sua varinha em direção a Charlie, que parecia bastante aflito com seu pesadelo. Charlie Thorps, Ekon Mbah & Thomas Thompson Após acordarem e se levarem, partiam logo atrás de Luke, Liana e Nera em direção ao grande salão, para tomarem o café da manhã antes de partirem de vez ao pesado treinamento que os aguardava. Notavam que Reynard parecia ter acordado antes dos demais, e Luke tratava de sanar as suas dúvidas sobre isso: - Ele já deve estar lá, acordou antes que eu, isso se ele sequer dormiu, vai saber, parecia tão pálido quanto vocês. - Chegando no grande salão, o cheirinho de café recém passado poderia acordar e melhorar o humor de qualquer um. E tinham o local só para eles, já que essa era a vantagem de marcarem um treinamento tão cedo de manhã. Reynard jazia tomando sua xícara de café e lendo o jornal "O profeta diário" edição matinal, enquanto enfiava algumas salsichas em pãezinhos cumpridos em sua boca. - Ah! Até que enfim, achei que iria para o treino sozinho! Não consegui dormir direito com vocês se mexendo e gemendo feitos animais! - Ele os dizia. A mesa estava farta como sempre, e o cardápio ia desde cereais e jarras de leite, até bacon com ovos, cachorros quentes e sucos diversos feitos na hora. - Mijou na cama Thommy? - Perguntava a Thomas com um risinho abafado com as mãos a batedora do time, Liana. Sua amiga e artilheira Nera também ria, e comentava logo em seguida: - Hahaha! Vai ver eles sentem falta dos fantasmas sabe? Talvez eu deva pedir para meu pai e para minha tia trazerem alguns de volta! - Então entre risadas e garfadas de encher o bucho, os bruxos enfim estavam prontos para deixarem o salão e partirem para o tão esperado - talvez menos para Charlie - treino de quadribol. *** No vestiário antes do acesso final ao campo, Luke passava a seus colegas de time as novas instruções táticas e de treino. Todos ficavam sentados em alguns bancos de madeira nada confortáveis enquanto o capitão ficava de pé em frente a um quadro negro, onde com sua varinha escrevia e desenhava aquilo que desejava que seus jogadores aprendessem. - É importante aprender o motivo de termos sido derrotados ano passado. E eu tenho uma ideia... E não, não foi porque você não estava no time Charlie! - Luke dizia e já se adiantava com alguns supostos comentários que Charlie largaria. - Perdemos porque nosso apanhador não pegou o pomo ora! - Falava em tom ríspido Reynard, olhando em direção ao apanhador do time. - Também, mas não foi só por isso, nós utilizamos demais a formação cabeça de falcão, e aí ficamos sem muita defesa e... - Ah nem vem! Eu e o Luccin fizemos o que podíamos! E cala a boca Charlie! - Respondia Liana, enfurecida pela suposta acusação de seu irmão e já prevendo que o novato do time falaria algo inoportuno. - Tá tá, não estou acusando ninguém, o que quero dizer é o seguinte, precisamos de uma formação defensiva mais elaborada assim como também uma ofensiva, então pensei em utilizarmos o rebate falso, até porque ninguém melhor para pregar um peça nos adversários do que o Charlie aqui! E aí poderíamos passar a utilizar a pinça de Parkin para atacar, o que acham? Na verdade nem sei porque perguntei, já que quem manda aqui sou eu, todo mundo pro campo, agora! - Luke passava suas instruções e todos pegavam suas vassouras e voavam alto até se posicionarem em volta do mesmo, que indicava onde cada um deveria ficar e quais movimentos deveriam realizar. Ele começava ajudando Charlie com sua nova posição, em como se comportar e sobre a regras que devia e que não deveria seguir, isso caso o árbitro - que este ano seria a lendária Gina Weasley - não estivesse vendo. A tática do rebote falso se baseava em girar o bastão e rebatar o balaço para trás ao invés de para frente, confundindo os adversários e abrindo possibilidade para que os artilheiros avançassem contra eles. - Não é nada difícil, só precisa tirar essa sua má vontade da cara e voar! Vai! - Ele dava um pontapé em Charlie para que o garoto começasse logo seu treinamento, e então Liana emparelhava sua vassoura com a de Charlie e tentava guiar seu colega de posição. - Ok, agora vocês! - Luke chamava os demais. - Apanhador, vai! Pega! - Luke largava o pomo de ouro para que o apanhador começasse a treinar, que Thommy mal conseguia enxergar logo de inicio. - Ótimo, agora Ekon vá para os arcos que vamos te encher de bolada! Em formação! - Então os três artilheiros treinavam os movimentos básicos da pinça e lançavam as goles até os arcos, onde o goleiro deveria defender. Off: Seguinte galera, vamos começar com os testes de treinamento. Cada um de vocês rolem suas habilidades de quadribol - só elas, sem o atletismo - cinco vezes valendo cada uma destas dois pontos de expêriencia. Chegando a dez pontos - isso se tirarem no mínimo um sucesso mediano (de 11 em diante) aumentam em 1 o valor desta perícia de posição. Caso rolem sucesso marginal, aí só vale um ponto de XP. Se falharem, aí vai diminuir em 1. No caso do @hylian, ele não vai aumentar o valor de quadribol porque ele não tem, e sim ganhar esta perícia com valor 0, ou seja, não terá bônus nem penalidade quando precisar dela. Caso ele faça treinos extras, aí pode aumentar sim, ou tirando críticos. Rola os seus testes com mais sua perícia de voar e só (Se tiver bônus de vassoura também conta). Mackenzie Baker Mackenzie estava sentada em uma mesa redonda, junto de outros seis homens, todos trajando armaduras de placas de aço, decoradas com símbolos pintados em forma de dragões. Sentia uma barba longa e espessa bem de baixo de seu nariz penicar quando tentava dizer algo. Ela agora era ele, o que deixava as coisas ainda mais estranhas. Ela notava que havia um lugar vago entre os sete cavaleiros, em uma cadeira bem maior e imponente da sua e da dos demais. Porém, assim como determinavam as regras do reino dos sonhos, não haviam regras e nada fazia sentido. Uma hora estava sentado junto a outros e em outra se encontrava em uma câmara obscura e decrépita. Estava toda acorrentada por grossas correntes que envolviam todo o seu corpo em movimentos circulares que a apertavam cada vez mais que tentasse lutar contra. Então alguns guardas a puxavam e com violência abriam sua boca e retiravam a força sua linguá para fora. - Assim minha senhora? - Um dos guardas perguntava a uma mulher alta e esbelta que se encontrava logo atrás dos demais, com seu rosto escondido entre as sombras, porém vestindo um diadema com uma pedra brilhante em seu centro. - Perfeito. - A mulher respondia e então com um simples gesto de varinha lançava um feitiço invisível na direção do acorrentado, cortando sua linguá instantaneamente. - Arrá! Onde está sua sinceridade agora?! - Um misto de dor, raiva, angustia e principalmente medo eram sentidos de forma descomunal, a ponto de fazer seu coração parar. Então uma voz a despertava: - Mack! Mack! Acorda garota! - Era sua amiga Gise, que a cutucava freneticamente com as duas mãos. - Você tá bem? Desse jeito vai acordar o castelo todo! - Mackenzie esfregava os olhos e reparava que todas as suas colegas de quarto a encaravam com os olhos arregalados. Ainda estava escuro pelo que podia perceber pela janela da torre do dormitório da Corvinal. - Você não parava de gritar, mas não eram palavras, pareciam grunhidos, como se não conseguisse falar... *** Eram oito horas da manhã e a hora do café enfim chegava. A garota mal conseguira dormir naquele resto de noite e desconfiava que suas amigas também não. Chegando ao grande salão para o desejum, encontrava como sempre todas as mesas fartas de várias tipos de alimentos, para todos os gostos. A primeira aula do dia seria transfiguração junto aos alunos da Grifinória com o professor Luca Hawkins, ele que assim como a Madame Pryce, era um dos poucos remanescentes do ano anterior. - Aoooooouuuu... Que sonooooo! - Bocejava e se espreguiçava a colega corvina Abigail Lane, também do quarto ano. - Que foi? Não dormiram bem? - Perguntava o entusiasta de dragões James Webster. - Ficaram até tarde conversando sobre o dragão branco né?! Aquele voo dele foi massa demais! - É, foi, mas acho que alguém aqui exagerou nas soníferas ilhas... - Comentava Gise, com um sorrisinho amarelo e um olhar cansado em direção a Mack. Do outro lado do salão, Mack conseguia observar - além dos garotos da Sonserina que estavam suados e exaustos pelo treino matinal - que suas amigas da Grifinória também não pareciam ter dormido bem. Lykke Losnedahl Lykke estava sentada em uma mesa redonda, junto de outros seis homens, todos trajando armaduras de placas de aço, decoradas com símbolos pintados em forma de dragões. Sentia uma barba longa e espessa bem de baixo de seu nariz penicar quando tentava dizer algo. Ela agora era ele, o que deixava as coisas ainda mais estranhas. Ela notava que havia um lugar vago entre os sete cavaleiros, em uma cadeira bem maior e imponente da sua e da dos demais. Porém, assim como determinavam as regras do reino dos sonhos, não haviam regras e nada fazia sentido. Uma hora estava sentado junto a outros e em outra se encontrava em uma batalha medieval e mágica. Empunhava uma espada longa de duas mãos e com um movimento cheio de raiva e excitação, desferia um golpe contra seu inimigo que o cortava ao meio, espalhando sangue e vísceras a ponto de pintar o campo de vermelho. Ela gritava para que seus companheiros avançassem até um castelo logo ao horizonte. Então um dragão se chocava com o chão junto a seu cavaleiro, causando um grande estrondo, onde sobravam apenas restos mortais e ainda mais sangue. Uma dor e revolta tomavam conta de seus sentimentos, pois mais um companheiro havia caído. Guardava então sua espada de volta a bainha em suas costas e sacava sua varinha, a utilizando para então aparatar para mais perto dos outros, pois o cansaço já fazia seus estragos em seu físico. Desaparatava então sentado em uma grande e cumprida mesa, mas com apenas ele presente. Bebia um cálice de vinho enquanto lágrimas caíam por seu rosto. Então uma convulsão estomacal o obrigava a vomitar tudo, e percebia que não era só o jantar, mas também havia sangue entre os dejetos. Então seu coração parava e sua visão enegrecia por completo. - Lykke! Lykke! - Ela então despertava, com o suor ainda escorrendo por seu pescoço. Piscando para enxergar melhor, percebia que uma garota que a acordava. Era a monitora chefe da casa dos leões, Victoire Weasley. - Teve um pesadelo também queridinha? - Ela percebia que sua amiga Axcelandra - que dormia na beliche de baixo - também não parecia ter dormido bem. Axcelandra Maverickson Axcelandra estava sentada em uma mesa redonda, junto de outros seis homens, todos trajando armaduras de placas de aço, decoradas com símbolos pintados em forma de dragões. Sentia uma barba longa e espessa bem de baixo de seu nariz penicar quando tentava dizer algo. Ela agora era ele, o que deixava as coisas ainda mais estranhas. Ela notava que havia um lugar vago entre os sete cavaleiros, em uma cadeira bem maior e imponente da sua e da dos demais. Porém, assim como determinavam as regras do reino dos sonhos, não haviam regras e nada fazia sentido. Uma hora estava sentado junto a outros e em outra se encontrava em um grande e iluminado salão. Tocava uma música dançante com instrumentos bastantes rústicos, porém operados de forma magistral. Estava dançando com uma dama com o rosto coberto por uma máscara. Sentia seu coração pulsar e seu sangue ferver a cada toque. - Me apresente seus aposentos... - Ela cochichava em seu ouvido de forma provocativa e suas pernas bambeavam levemente. Então ao chegar até lá, ela fechava as portas e ao beijá-lo de forma intensa, o apunhalava bem em seu peito, sem nenhuma chance de defesa. Encarava a moça com os olhos arregalados e com a voz tomada pela súbita dor. - Malicioso, eu sou. - Ela lhe dizia, com um sorriso de satisfação estampado em seu rosto, enquanto lambia a adaga antes fincada no peito de Axcelandra. Então sua visão ficava turva e ela já não enxergava mais nada, até uma voz a despertar daquele pesadelo sem sentido. - Axcel! Acorda garota! - Era a monitora chefe da casa dos leões, Victoire Weasley. Axcel estava pálida e toda suada, como se estivesse entrado para o time de quadribol durante a noite e Rômulo a fizesse ter tido treinos extras sem parar. - Ah, até que enfim, agora só falta dar um jeito na sua amiguinha aqui... - Ao ouvir aquilo, ainda retirando as remelas dos olhos e recuperando a visão, avistava que Lykke - que dormia na beliche de cima - se chacoalhava toda de um lado a outro, como se estivesse sofrendo uma dor intensa na região do ventre, onde suas mãos apertavam. Axcelandra Maverickson & Lykke Losnedahl Eram oito horas da manhã e a hora do café enfim chegava. As garotas mal conseguiram dormir naquele resto de noite e desconfiavam que suas colegas também não. Chegando ao grande salão para o desejum, encontravam como sempre todas as mesas fartas de várias tipos de alimentos, para todos os gostos. A primeira aula do dia seria transfiguração junto aos alunos da Corvinal com o professor Luca Hawkins, ele que assim como a Madame Pryce, era um dos poucos remanescentes do ano anterior. - Que cara é essa Axcel? Saudade do pirraça? - Perguntava Rômulo com um pedaço de torrada na boca, logo ao avistar a garota. - Isso é *Nhoc* uma espinha? - Eu digo, não entendo vocês mulheres! - Esperneava o goleiro dos leões, David Austin. - Ela nem foi no evento de quadribol... - Completava, em tom desanimado. Axcel e Lykke notavam que ele não parava de olhar para a mesa da Corvinal. - Calma cara, tenho certeza que é só provocação. Tipo a Axcel, né Axcel? Ela gosta de mim porém se faz de difícil! - Comentava Rômulo na tentativa de animar o amigo, mas arrancando risadas e olhares até Axcelandra. - A Axcel gosta dele? Sabe que nunca tinha notado? - Dizia Thiago Sirius, logo se atracando em alguns pedaços de bacons com ovos. Do outro lado do salão, as duas conseguiam observar - além dos garotos da Sonserina que estavam suados e exaustos pelo treino matinal - que sua amiga da Corvinal também não pareciam ter dormido bem. |