Olena funga com as palavras de Axel. O choro contido deixando seu rosto vermelho e os olhos brilhantes com as lagrimas. Linhas tortas na face bonita. Os óculos bem fora do lugar. Ela balança a cabeça sem confiar na voz.
A mensagem de Connor é recebida, mas ele sabe que ela vai estar dormindo. James concorda com a cabeça. Compreensão estampada no rosto. Logo depois ele escuta Ethan e concorda com a cabeça. Se alguém estava confiante como o ithaeur era ele. O parente era um posso de tranquilidade. Ele ri da música de Francis, mas não diz nada.
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O planetário é comprido e suas paredes são transparentes na sombra. São enormes lentes que aproximam e distorcem as coisas do lado de dentro. O céu de perpétua tempestade da sombra se quebra sobre o prédio como vidro rachado fraturando o céu. As estrelas brilhando como torres de fogo na escuridão vazia lá em cima. O ar parece ampliar o cosmo. Lá ainda é noite e a Lua brilha majestosa. Pronta para guerra. Esplendorosa e ainda assim marcada com fio de escuridão. Sua luz é quase cegante. Intensa. Penetra fundo na carne dos uratha inflamando seu sangue.
Tudo é branco sob a luz prateada da lua. Quase palpável. Mas não é uma carícia, é algo intenso e quente. Inflamável. Inquietante. O sol já brilhava nas rachaduras fictícias espalhadas pelo céu limpo. Mas Luna se recusa a ceder. Não a lua da glória. Ela não iria para escuridão sem lutar por cada centímetro. Essa luta ressoava nos corpos e espíritos dos algozes. Os fazia vibrar. Francis mais que todos. A lua fazia ferver sua sanidade. Anuviava o limite do real com uma melodia de formas e cores e sensações.
Ao redor a cidade é distante. O chão de concreto é elevado até quase tocar as nuvens. Um pico artificial. Elevado a força. As bordas rasgadas sem cuidado, mas o planetário em perfeita ordem. Alguns passos para o lado seriam obviamente fatais. Uma queda longa. Um fim duro no fim da mesma.
Um grande lobo da cor de sangue seco os espera do outro lado da difícil travessia para o Hisil, o Dromo ali era denso e forte. É a primeira coisa que cada um vê depois do cinza imóvel e habitado do dromo. Mas não é um obstáculo, ele só observa. Mais a frente, ao lado de uma estranha porta circular na parede lateral do planetário, estão Amy e Asia. Sombra Vermelha e Voz da Guerra. As duas vestem apenas cinzas marcadas com sangue. Palavras escritas na primeira língua sobre a pele. Força. Fúria. Predador. Coragem. Resistência. Não havia um contrato dobrando aqueles significados.
Amy recusa o machado.
“Vou caçar com as armas de Urfarah e com a proteção de Luna. É o certo.” A voz é seria e solene. Mas não carrega nenhuma censura a energia dos algozes.
“Temos tempo para um ritual se corrermos. Só vamos poder entrar por um minuto ou dois no nascer do sol.” Asia faz um risco sob os olhos da lua cheia usando os polegares sujos de sangue. Enquanto Amy parecia selvagem e feroz, a Ithaeur era majestosa e seu corpo alto e forte era ainda mais impressionante sob a pintura de guerra. Ela parece uma deusa sombria de morte, sangue e ouro. As mãos pingando sangue uratha.
"Se não confiasse não iriamos juntos." Sério e sem humor. Ela estende uma mão aberta e pingando sangue.
Atrás das duas uma enorme forma negra com asas compridas. Fios de fumaça pesada escapam delas e escorrem para baixo. Olhos vermelhos que queimam com fúria irrestrita flutuam no meio da escuridão de contornos invisíveis. Asa Negra. Raiva encarnada e cheia de pontas afiadas. Imóvel exceto pela fumaça e pelos olhos flamejantes.
O tempo todo o ventou uivava tentando arrancá-los dali. As nuvens rugiam seu desagrado carregado de relâmpagos.
- OFF:
Para acelerar um pouquinho eu vou deixar um espaço no tempo para vocês descrever o ritual como quiserem e organizar o que quiserem. Depois disso a cena segue na direção que eu vou colocar aqui embaixo. Por favor só nessa postagem delimitem certinho o que foi feito antes e depois do ritual da caçada. Vamos não demorar infinitamente.
Quando as ultimas palavras do ritual morrem. Quando as gargantas dos companheiros urathas finalmente silencia.
“Lâmina da Profecia.” A voz que saía da garganta da Ithaeur era diferente de qualquer coisa vista antes. Tinha abandonado toda sensualidade que seu corpo não podia deixar para trás. Tinha uma gravidade própria. Intensa. Sem nenhuma beleza, sem nenhuma concessão. Demandava. Exigia.
“Eu sei o seu nome! Eu pago o seu preço!” Essência flui dos seus braços estendidos em correntes. Um controle que escapava todos os que assistiam.
“Se mostre! Apareça! Agora!” Como que combinado… Das fraturas no céu cai uma chuva de reflexos. Não vidro. Não espelhos. Mas dobras e distorções na luz. Muitas delas refletindo as faces daqueles que as olham.
Quase uma silhueta. Quase uma forma. Às vezes imagens distantes. Outras lembranças ou planos. Desejos e até memórias de coisas que nunca ocorreram.
“Estive esperando vocês.” Quando a voz se forma ela é feita de pura adrenalina. Sinapses fritando por todo o corpo. Luzes intensas dentro dos olhos. Atrás da visão.
“Uratha. Caçadores do Grande Guardião Lunar. Sejam vingança.” As imagens quebradas e insanas no ar se alinham. Mostram sangue cobrindo a neve sob o olhar atento da lua. Mostram lobos correndo para presas. Mostram o fim de uma caçada gloriosa com pedaços estraçalhados de carne escorrendo da boca dos uratha.
“Matem por Luna. Matem pelo seu dever. Façam o que é esperado. Sejam o flagelo e estirpem esse insulto.” A voz carregava uma emoção intensa. Feita de pelos arrepiados e músculos tensionados como cordas de arcos. Um Luno. As palavras do espírito tocavam algo dentro dos ossos. Mais fundo ainda. Dentro do que era ser uratha. Dentro da mudança que os arrancou da humanidade.
“Vocês tem a minha benção, então sejam a minha fúria.” Fogo. Prata correndo nas veias.
As imagens somem e a porta se abre. As marcas que o encontro deixou ainda pulsam sob a pele. As imagens vistas no ar ainda perturbam a mente. Dezenas de partes de uma caçada insana. Morte e mutilação tão próximos quanto amantes apaixonados. Tudo trançado em finos fios de loucura.
- OFF:
Já tá escrito o próximo pedaço. Mas não quero acelerar demais.
Benção da lua da guerra: Todos tem uma chance de rerolar um teste antes de eu anunciar ou descrever o resultado. Como? Assim que vc rolar se não gostar do resultado rerola e discrimina que o segundo teste é um reroll do primeiro. (qualquer um dos testes feitos no começo do post pode ser rerolado. Eu vou avisar quando eles forem ser chamados em um off.) O teste rerolado ganha um bônus de 1.
Francis tem dois 'rerolls' com bônus de 2
Todos tem +1 de iniciativa. Francis tem +2.
Todos tem +1 em rolamentos de briga ou armas brancas. Só isso mesmo Francis.
Não se pode fazer reroll em testes de Kuruth. Todos tem -1 nos testes de kuruth.