- OFF:
Axel e Connor precisam fazer um teste de harmonia com +2. Para carne.
Shaw precisa fazer 3 testes. Dois com -2 e um com +2. Para carne.
Francis precisa fazer 1 teste. Com +0. Para carne.
Esse é oficialmente o fim da caçada. Podem postar aqui se quiserem. Mas a próxima cena será em outro tópico. Eu lerei tudo que postarem e levarei em conta, mas não postarei mais aqui.
- Connor:
A voz do luno é como vidro quebrado. "Não sou eu sussurrando no seu ouvido, lua cheia. Não sou eu enchendo os seus olhos. Minha voz não fala da escuridão nos seus pensamentos. Isso vem de dentro." Sem mais explicações os últimos vestígios da benção do luno de dispersam.
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Ele aperta a mão do rahu com firmeza. O rosto bonito demais sorrindo com dentes perfeitamente alinhados.
"Sorte minha chegar numa hora boa. É mais fácil gostarem de você quando se é útil." A voz transmitia confiança, a voz de alguém que tinha certeza.
"Meu nome é William Crestwood e eu tenho certeza que poderemos ser bons amigos no futuro." Ele logo se põe a costurar de novo. Mas fala outra vez em voz alta.
"É impressionante vocês estarem vivos.
Não foi perfeito e logo as historias e as ofensas começam a pedir por reparação. Não deixem nada disso derrubar vocês. Abracem a dor e aceitem a necessidade de mudar. O lobo que não se adapta morre." Ele levanta uma manga ensanguentada para mostrar um circulo se cicatrizes no meio do braço.
"Todo mundo erra e vocês já passaram pela primeira etapa para se corrigir um erro, sobreviver a ele." Todos esperavam que ele olhasse para Francis, mas ele pisca para Connor antes de ir para o próximo.
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Assim que Axel sopra um pouco de vida de novo no alfa ele sente a proximidade do estranho.
"Eles vão precisar muito de você agora. Vai ser mais fácil ignorar tudo e fingir que nada saiu dos trilhos." A voz era baixa. Ele só queria que o elodoth o ouvisse.
"Não invejo sua posição nos próximos dias." --
Asia não responde nenhum deles. Suas forças mais preciosas que as palavras que ela tinha.
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Shaw sente a agulha deixando traços transparentes na carne arruinada. Uma linha transparente.
"Eu vi o seu trabalho." Ele não olhava o irraka para falar.
"Eu sei que não quer saber de nada agora. Mas logo sua alcateia vai estar em segurança e... Se quiser fazer parte de algo maior, me manda uma mensagem. A gente vai mudar o jogo pra sempre e Torre de Prata é o lugar perfeito para alguém feito você." Ele não deixa nenhum cartão ou qualquer informação a mais. Nenhuma trilha para seguir. Antes de prosseguir ele aperta o ombro do irraka para se levantar e de alguma forma faz o gesto parecer não só caloroso como cúmplice. Como se os dois dividissem algo que os outros ali não conseguiam perceber.
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O caminho para sair é mais curto do que deveria, pelo menos mais conveniente do que o caminho para chegar até ali. A presença do luno uma lembrança que deixa um gosto de queimado na boca e uma confusão na mente. Os cuidados do pai de Amy, que se apresenta como William, não ajudam muito com a dor. Mas pelo menos ninguém vai sangrar até a morte. Alguns espíritos oferecem pequenas recompensas de essência aos urathas. Demonstrações de gratidão assim são raras e duram pouco. Mas aliviam um pouco a sensação esmagadora de exaustão. Mais que isso, faz parecer certo. Faz parecer que aquilo é uma vitória em algum angulo. Mesmo sentindo como se fosse a pior surra da vida.
Asia tem que ser carregada e o tal William a leva. Connor não quer admitir, mas a cena faz ele sentir alguma coisa. Inveja? Ciumes? Os dois? A ithaeur dorme um sono nada tranquilo, mesmo assim Connor queria estar no lugar do outro. Andando direito de costas retas e carregando a donzela. Já os dois resgatados logo estão andando. Eles não falam por quase meia hora. Desorientados. Eles seguem Amy de perto e isso parece deixar a rahu muito tensa.
Axel percebe que eles passam por ruas que não existiam antes. Ele não as reconhece. Ele percebe a diferença. Mas talvez seja o único que não se surpreende quando chegam a saída. Mas a sensação de fraqueza que vem com o alívio ele vê estampada nos movimentos da sua alcateia. Até a rahu dos uivadores parece pronta para desabar. Nenhum deles o faz. Continuam em frente até a passagem que durante o dia só pode ser usada para sair. Só pode ser usada para sair. A pergunta se forma sozinha na mente do elodoth. Como o outro uratha está ali?
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Do lado de fora é tudo mais complicado. Os totens são os primeiros a exigir uma história. Não é exatamente a sensação mais agradável do mundo ser interrogado pela encarnação da fúria e do medo logo depois de uma experiência onde a própria percepção da realidade é testada. Francis sente a corda apertar no pescoço. Ele sente as pessoas saindo do caminho quando ele não tem para onde fugir. Não tem um bom argumento para negá-los e alguns pontos da história fariam seu rosto queimar de vergonha. A ausência do luno deixa um buraco na sua alma. Ele queria aquela loucura agora.
Amy e Shaw trocam um olhar quando percebem a dor do cahalith em evidência. A rahu se apoia no irraka.
"Essa história é verdadeira. Eu juro pela lua no céu e pela fúria no meu sangue..." Ela começa a caçada com a entrada deles no não lugar. Os dois urathas resgatados que eram Relâmpago Carmesim e Passo Noturno prestam atenção com uma intensidade cada vez maior. Dá para sentir as peças se encaixando. Dá para ver a fúria borbulhando sob a pele. Mesmo assim alguma coisa mantém os dois em silêncio. Shaw sente como é estar do outro lado de um dos seus olhares assassinos. Os urathas que ele matou eram a alcateia deles. Mais tarde eles iriam descobrir que Loba de Ferro e Justiça com Garras eram as mães dos dois urathas que sobraram.
Finalmente Francis não pode adiar mais. Amy contou com Shaw a história da morte dos quatro urathas. A voz da rahu cheia de fúria quando ameaçava quebrar de emoção. Agora era a vez do cahalith. Com todos os olhos sobre ele o ex-prisioneiro não estava no seu ambiente preferido. Mas diabos, ele não tinha contado milhares de histórias antes? O que era quando ele contava vantagem atrás das barras? O que era quando ele convencia uma garota que era melhor do parecia? Droga, ele sabia fazer isso, não era isso que fazia toda vez que olhava no espelho?
"Essa história é verdadeira..." Ele começa com a tradição, mas logo seu discurso os carrega pelos altos e baixos da caçada terrível.
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Olena e James dirigem os urathas para suas casas. Axel sente o abraçado apertado e dolorido da garota. Os outros sentem o vazio que ele deixa. Connor fica feliz de não ter de dirigir. Em casa Marco logo faz comida para todos. O sangue lupino ficou muito abalado com o estado dos urathas e fez tudo em seu poder para ajudá-los. Ninguém se sente pronto para outra. Ver buracos na própria carne já é uma sensação alienígena para eles. Tão drásticos os ferimentos que a regeneração não era capaz de fazê-los desaparecer.
O dia corre cheio de desculpas e mentiras. "Não consigo sair da privada, impossível eu ir." "Cai da escada e não to legal." "Tivemos um imprevisto com o caminhão de materiais, vamos precisar remarcar."... Quando Joe chega com um bando de anestésicos ele parece um anjo. Mas quando Silvia entra pela por da frente, estrelas salpicando o céu, todos ouvem o que ela diz. Pelo menos uma palavra. "... Puros..."