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[Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Sáb Nov 24, 2018 6:58 pm
New Hampshire
Muriel não tentou discutir com a ruiva. Ouviu tudo o que ela tinha a dizer, pensando sobre as tentativas deles... De alguma forma, ela não precisara de muito pra levar Jake até as memórias... Agora torcia, realmente, para ele se recuperar. Não pensava ser uma “salvadora da pátria”, como Jay havia falado. Queria apenas ajudar.
Ergueu o olhar, prestando atenção no que havia acontecido com Jake. Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas não chorou na frente da outra. Não sabia, realmente, o que havia feito Jake entrar em coma, mas nunca pensou ser algo do gênero. Sabia que tinha sido violento, mas não imaginara ser tão pessoal. Encolheu os ombros de leve. Ela abriu a boca, pra falar algo do que havia visto ali na casa, quando a outra supôs que ela havia contado tudo aquilo pelo que ouvira na clareira, mas acabou não falando nada. Jay não ouviria, no estado de nervos que estava.
Franziu a sobrancelha quando ela entrou xingando e mandando a bruxa mandar um olá ao “senhor das trevas”. Logo ouviu a porta bater e o corpo se encolheu um pouco. No caminho de casa, esperava que o feitiço que fizera surtisse algum efeito na mente do homem. – Fica bem, Macbender... – falou, antes de entrar em casa e chorar por uma noite inteira, sabendo de quão desafortunado ele fora no passado.
Os dias se passavam arrastados, para a jovem bruxa. Talvez Jake nunca mais voltasse, mas o que a deixava ansiosa era não saber notícias dele. Tentou mandar mensagens algumas vezes, mas nenhuma foi respondida, apesar de visualizadas. Queria só saber se ele estava bem, mas com o passar das semanas, acabou desistindo. Foi até a casa dele, entregando as roupas limpas e a bota para a menina que cuidava da limpeza do lugar e tentou voltar à sua rotina de antes.
Mas nada era como antes. Ela sabia demais, e queria entender tudo aquilo. Virava noites estudando, procurando informações sobre os outros seres mágicos, sobre Jake e sua família, sobre os Kraine originais... Sobre as bruxas enforcadas; e passava os dias se afogando em trabalho. Havia até procurado o curso de administração, para não ter tempo livre.
Os contatos do coven não foram muito bem recebidos, apesar de Muriel conseguir uma ou outra informação com eles. Ela ainda não havia esquecido do que haviam feito com a avó...
Nos livros, ela começou a estudar feitiços mais fortes. Se arriscou até mesmo a invocar um familiar. Seu primeiro feitiço de sangue. Foi até os três túmulos, fazendo lá a invocação... Mas nada aconteceu. Pensou que havia feito algo errado e foi pra casa. Somente na lua cheia que o animal apareceu, em sua forma natural, se escondendo pelas sombras da casa. Era um familiar selvagem, que tomava a forma de um Ferret de patas pretas e comportamento nada domesticável.
[...]
Se tornou um hábito, nos domingos, Muriel ir até o deck de Jake e ler um pouco lá. Como conhecia a menina que tomava conta da casa, não teve problemas com isso. Vez ou outra escrevia uma carta pra ele, depositando em cima da cadeira que ele costumava ler quando se sentava ali. A maioria era contando algo do dia ou perguntando como ele estava. Sabia que ele não chegaria a ler (bem, ao menos enquanto não fosse até o deck), mas fazia bem para ela escrever.
Estava quase anoite quando Muriel voltava para casa. Fechara a loja no horário normal e acabou indo no centro comercial comprar alguns livros diversos. Carregava algumas sacolas, quando desceu do ônibus, pensando que podia ter um que fosse até mais perto de casa. A princípio não se tocou que era Jake dentro do carro, apenas estranhara um carro desconhecido ali. E então o carro foi parando e viu o rosto de Jake, quando ele desceu o vidro.
-Jake! –ela exclamou, ficando em choque por um momento. Assentiu, quando ele disse aquilo, mas hesitou por um momento em entrar no carro. Suspirou, quando ele indicou para ela entrar, abrindo a porta e colocando as sacolas no chão da pick up, se sentando ao lado do homem. Não falou nada enquanto ele voltava a acelerar o carro, a respiração um pouco instável.
-Você... você está bem?
Ergueu o olhar, prestando atenção no que havia acontecido com Jake. Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas não chorou na frente da outra. Não sabia, realmente, o que havia feito Jake entrar em coma, mas nunca pensou ser algo do gênero. Sabia que tinha sido violento, mas não imaginara ser tão pessoal. Encolheu os ombros de leve. Ela abriu a boca, pra falar algo do que havia visto ali na casa, quando a outra supôs que ela havia contado tudo aquilo pelo que ouvira na clareira, mas acabou não falando nada. Jay não ouviria, no estado de nervos que estava.
Franziu a sobrancelha quando ela entrou xingando e mandando a bruxa mandar um olá ao “senhor das trevas”. Logo ouviu a porta bater e o corpo se encolheu um pouco. No caminho de casa, esperava que o feitiço que fizera surtisse algum efeito na mente do homem. – Fica bem, Macbender... – falou, antes de entrar em casa e chorar por uma noite inteira, sabendo de quão desafortunado ele fora no passado.
[...]
Os dias se passavam arrastados, para a jovem bruxa. Talvez Jake nunca mais voltasse, mas o que a deixava ansiosa era não saber notícias dele. Tentou mandar mensagens algumas vezes, mas nenhuma foi respondida, apesar de visualizadas. Queria só saber se ele estava bem, mas com o passar das semanas, acabou desistindo. Foi até a casa dele, entregando as roupas limpas e a bota para a menina que cuidava da limpeza do lugar e tentou voltar à sua rotina de antes.
Mas nada era como antes. Ela sabia demais, e queria entender tudo aquilo. Virava noites estudando, procurando informações sobre os outros seres mágicos, sobre Jake e sua família, sobre os Kraine originais... Sobre as bruxas enforcadas; e passava os dias se afogando em trabalho. Havia até procurado o curso de administração, para não ter tempo livre.
Os contatos do coven não foram muito bem recebidos, apesar de Muriel conseguir uma ou outra informação com eles. Ela ainda não havia esquecido do que haviam feito com a avó...
Nos livros, ela começou a estudar feitiços mais fortes. Se arriscou até mesmo a invocar um familiar. Seu primeiro feitiço de sangue. Foi até os três túmulos, fazendo lá a invocação... Mas nada aconteceu. Pensou que havia feito algo errado e foi pra casa. Somente na lua cheia que o animal apareceu, em sua forma natural, se escondendo pelas sombras da casa. Era um familiar selvagem, que tomava a forma de um Ferret de patas pretas e comportamento nada domesticável.
[...]
Se tornou um hábito, nos domingos, Muriel ir até o deck de Jake e ler um pouco lá. Como conhecia a menina que tomava conta da casa, não teve problemas com isso. Vez ou outra escrevia uma carta pra ele, depositando em cima da cadeira que ele costumava ler quando se sentava ali. A maioria era contando algo do dia ou perguntando como ele estava. Sabia que ele não chegaria a ler (bem, ao menos enquanto não fosse até o deck), mas fazia bem para ela escrever.
Estava quase anoite quando Muriel voltava para casa. Fechara a loja no horário normal e acabou indo no centro comercial comprar alguns livros diversos. Carregava algumas sacolas, quando desceu do ônibus, pensando que podia ter um que fosse até mais perto de casa. A princípio não se tocou que era Jake dentro do carro, apenas estranhara um carro desconhecido ali. E então o carro foi parando e viu o rosto de Jake, quando ele desceu o vidro.
-Jake! –ela exclamou, ficando em choque por um momento. Assentiu, quando ele disse aquilo, mas hesitou por um momento em entrar no carro. Suspirou, quando ele indicou para ela entrar, abrindo a porta e colocando as sacolas no chão da pick up, se sentando ao lado do homem. Não falou nada enquanto ele voltava a acelerar o carro, a respiração um pouco instável.
-Você... você está bem?
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Sáb Nov 24, 2018 7:42 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Aguardou enquanto ela decidia sobre o que fazer, de alguma forma sabia que não podia culpá-la pela hesitação diante da situação em seu lugar, era provável que ele também hesitaria em entrar no carro se é que o faria. Mas existiam coisas a serem ditas e explicadas, por tudo "em pratos limpos" como as pessoas gostavam de dizer e Jake preferia fazer isso pessoalmente, sentia que devia fazer isso pessoalmente.
Quando Muriel finalmente subiu no carro Jake pôs a pick up em movimento uma fez mais, fisicamente Jake parecia bem. Sua aparência tinha mudado um pouco - estava com um tom mais desleixado -, porém fora isso nada aparentava estar fora da normalidade. Um único detalhe que talvez chamasse a atenção da jovem bruxa era o color que ele usava: o mesmo que tinha visto em Jay e no quarto de Jake.
Manobrou o carro quando chegou a esquina, usando a ponte para fazer a volta e retornar à rua em que pegara Muriel para seguir no caminho oposto ao que vinham. Inicialmente ficou quieto porque procurava bem as palavras que pretendia dizer. Muita coisa acontecia agora dentro e fora daquele carro e ele precisava ter cuidado com seus próximos passos: manteve as janelas abertas, para caso Muriel se sentisse desconfortável não achasse que fosse uma espécie de prisioneira.
Seguiu pela rua ladeada de árvores, o trafego era pequeno e agradável, virou em uma rua uns quilômetros depois, deixando o asfalto de lado e entrando numa rua de terra.
![[Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire 7deab71641f303239305e982d7776906](https://i.pinimg.com/564x/7d/ea/b7/7deab71641f303239305e982d7776906.jpg)
- Ah, considerando os fatos, acho que estou bem de alguma forma. E você? - Sua voz soava tranquila, no banco de trás pelo retrovisor Muriel pode ver Eluna dormindo tranquila e sem se incomodar com nada. Jake dirigiu uns quilômetros a mais, antes de finalmente parar o carro e descer dele, abrira a porta para Muriel e depois caminhou até em baixo da árvore.
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Jake estava usando uma calça jeans e uma camiseta de botões branco, quando desceu enfiou as mãos nos bolsos traseiros da calça e observou a vista com algum prazer legitimo nos olhos enquanto aguardava Muriel se juntar a ele. Sorriu de leve ao ver a morena ao seu lado. - Desculpe não ter respondido as mensagens, precisei ficar um tempo fora de tudo isso. As coisas começaram a voltar todas de uma vez e minha cabeça parecia um vulcão. E eu não estou bravo por você tentar, de verdade. Você fez o que achava que tinha que fazer. - Ele moveu os ombros levemente agora olhando na direção da vista de novo. - Mas bom, o que muda agora?
Quando Muriel finalmente subiu no carro Jake pôs a pick up em movimento uma fez mais, fisicamente Jake parecia bem. Sua aparência tinha mudado um pouco - estava com um tom mais desleixado -, porém fora isso nada aparentava estar fora da normalidade. Um único detalhe que talvez chamasse a atenção da jovem bruxa era o color que ele usava: o mesmo que tinha visto em Jay e no quarto de Jake.
Manobrou o carro quando chegou a esquina, usando a ponte para fazer a volta e retornar à rua em que pegara Muriel para seguir no caminho oposto ao que vinham. Inicialmente ficou quieto porque procurava bem as palavras que pretendia dizer. Muita coisa acontecia agora dentro e fora daquele carro e ele precisava ter cuidado com seus próximos passos: manteve as janelas abertas, para caso Muriel se sentisse desconfortável não achasse que fosse uma espécie de prisioneira.
Seguiu pela rua ladeada de árvores, o trafego era pequeno e agradável, virou em uma rua uns quilômetros depois, deixando o asfalto de lado e entrando numa rua de terra.
- Ah, considerando os fatos, acho que estou bem de alguma forma. E você? - Sua voz soava tranquila, no banco de trás pelo retrovisor Muriel pode ver Eluna dormindo tranquila e sem se incomodar com nada. Jake dirigiu uns quilômetros a mais, antes de finalmente parar o carro e descer dele, abrira a porta para Muriel e depois caminhou até em baixo da árvore.
Jake estava usando uma calça jeans e uma camiseta de botões branco, quando desceu enfiou as mãos nos bolsos traseiros da calça e observou a vista com algum prazer legitimo nos olhos enquanto aguardava Muriel se juntar a ele. Sorriu de leve ao ver a morena ao seu lado. - Desculpe não ter respondido as mensagens, precisei ficar um tempo fora de tudo isso. As coisas começaram a voltar todas de uma vez e minha cabeça parecia um vulcão. E eu não estou bravo por você tentar, de verdade. Você fez o que achava que tinha que fazer. - Ele moveu os ombros levemente agora olhando na direção da vista de novo. - Mas bom, o que muda agora?
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Sáb Nov 24, 2018 8:14 pm
New Hampshire
- Eu estou bem também – deu um pequeno sorriso. Na verdade, ela não pensava muito em como estava, apenas ocupava o tempo. Ergueu o olhar para ele, observando a aparência de Jake. Apesar do visual um pouco mais despojado, ele estava com uma aparência boa e a barba caia muito bem em seu rosto. Balançou a cabeça, afastando aquele tipo de pensamento. Provavelmente Jake nem queria lembrar do momento que tiveram na casa do homem, levando em conta o que acontecera depois.
Muriel observou o caminho que tomavam, surpresa pelo caçador conhecer aquela região. O por do sol estava muito bonito e as árvores ficando amareladas, devido ao outono. Recostou a cabeça no banco, preferindo não mexer com a familiar no banco de trás. Estava bem receosa com aquele encontro repentino, na verdade... Mas era bom ver que Jake estava bem. Se o homem estivesse atento, veria que ela ensaiara falar algo, durante o caminho, mas desistira. Também tinha dificuldade de achar as palavras exatas para iniciar aquele tipo de conversa.
Quando chegaram no campo, ela observou ele descer, sem saber exatamente o que fazer...até ele vir e abrir a porta, andando para perto de uma árvore e parando lá. Ela suspirou, olhando a gata por um momento e saindo, fechando a porta. Como as janelas estavam abertas, sabia que a familiar poderia sair, caso desejasse.
Caminhou até Jake, parando ao seu lado. Olhou para ele um pouco confusa. Muriel vestia um sweater simples e uma calça marrom, pois o tempo estava esfriando. Quando ele começou a falar, ela desviou o olhar. – Eu não sabia o porquê de você ter ficado daquela forma... Mas achei correto tentar ajudar. Não sei se o fiz de fato – suspirou, quando ele explicou que não estava bravo e deu de ombros com a explicação das mensagens – Tudo bem... – Não estava, ela havia ficado com tanto medo de ele ter piorado... Mas não era algo pra se falar ali.
Demorou um pouco para responder a ultima pergunta dele. Observava o por do sol, sentindo o calor fraco do astro ir sumindo, a medida que seus raios iam sumindo – Eu acho que tudo muda, né? - se virou para ele, não sabendo bem do que ele falava, mas no fim, tudo estava diferente – Não sei se de um jeito bom ou de um ruim... - desviou o olhar, para as próprias mãos – Mas... eu senti a sua falta.
Muriel observou o caminho que tomavam, surpresa pelo caçador conhecer aquela região. O por do sol estava muito bonito e as árvores ficando amareladas, devido ao outono. Recostou a cabeça no banco, preferindo não mexer com a familiar no banco de trás. Estava bem receosa com aquele encontro repentino, na verdade... Mas era bom ver que Jake estava bem. Se o homem estivesse atento, veria que ela ensaiara falar algo, durante o caminho, mas desistira. Também tinha dificuldade de achar as palavras exatas para iniciar aquele tipo de conversa.
Quando chegaram no campo, ela observou ele descer, sem saber exatamente o que fazer...até ele vir e abrir a porta, andando para perto de uma árvore e parando lá. Ela suspirou, olhando a gata por um momento e saindo, fechando a porta. Como as janelas estavam abertas, sabia que a familiar poderia sair, caso desejasse.
Caminhou até Jake, parando ao seu lado. Olhou para ele um pouco confusa. Muriel vestia um sweater simples e uma calça marrom, pois o tempo estava esfriando. Quando ele começou a falar, ela desviou o olhar. – Eu não sabia o porquê de você ter ficado daquela forma... Mas achei correto tentar ajudar. Não sei se o fiz de fato – suspirou, quando ele explicou que não estava bravo e deu de ombros com a explicação das mensagens – Tudo bem... – Não estava, ela havia ficado com tanto medo de ele ter piorado... Mas não era algo pra se falar ali.
Demorou um pouco para responder a ultima pergunta dele. Observava o por do sol, sentindo o calor fraco do astro ir sumindo, a medida que seus raios iam sumindo – Eu acho que tudo muda, né? - se virou para ele, não sabendo bem do que ele falava, mas no fim, tudo estava diferente – Não sei se de um jeito bom ou de um ruim... - desviou o olhar, para as próprias mãos – Mas... eu senti a sua falta.
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- Mensagem nº5
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Sáb Nov 24, 2018 9:32 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Que muitas coisas tinham mudado ele não podia negar, tanto para ele quanto para ela nada seria o mesmo por um bom tempo - para sempre, talvez? -, mas precisavam continuar independente das pedras que encontrassem no caminho. Jake suspirou e exibiu um sorriso leve, mas sem humor algum. - Não tinha como você saber. Era uma daquelas "coisas de família". - Moveu os ombros levemente retirando as mãos do bolso e recostou-se a árvore ficando de frente para Muriel. Seu olhar agora era estranhamente mais sério e decisivo a verdade era que algo nele realmente tinha mudado, Muriel podia ver e sentir isso tão bem quanto sentia o vento no cabelo e o sol esvaindo-se no fim do dia. Ele lambeu os lábios levemente e coçou a nuca, constantemente procurando as palavras certas para usar naquele instante.
- Não sei se tem um "jeito bom" de lidar com algumas coisas na vida. - Agora soava mais sombrio e distante ao ponto de afastar um pouco o olhar e focar-se para além de Muriel, olhando o horizonte que alaranjava-se e mutava-se. Sentia-se mais ou menos assim naquele instante: em um estado de mutação total enquanto algo dentro de si quebrava e se encaixava de novo, mas de forma diferente e estranha. Era como ser outra pessoa dentro do mesmo corpo, pensando a respeito disso ele suspirou e sorriu para ela ao ouvi-la dizer que havia sentido a falta dele. Queria dizer o mesmo... Mas não teve realmente a oportunidade de sentir falta de alguém - ou de algo - nas últimas semanas. Essa era sua verdade, Jake porém preferiu ser ameno. - Eu também. - Ele respondeu, soando estranhamente sincero até para os próprios ouvidos. Achava que era apenas o desejo de ter conseguido sentir falta, de ter tido o controle dos próprios sentidos para conseguir sentir algo que não fosse a dor doentia que sua mente lhe sentenciou nos últimos dias.
- Mas a gente precisa conversar sobre uma coisa. - E de novo assumiu aquele ar sério e estéril. Olhou para ela com cautela, analisando seu humor e sua disposição. - O que aconteceu na clareira é grave, Muriel e potencialmente perigoso para você.
- Não sei se tem um "jeito bom" de lidar com algumas coisas na vida. - Agora soava mais sombrio e distante ao ponto de afastar um pouco o olhar e focar-se para além de Muriel, olhando o horizonte que alaranjava-se e mutava-se. Sentia-se mais ou menos assim naquele instante: em um estado de mutação total enquanto algo dentro de si quebrava e se encaixava de novo, mas de forma diferente e estranha. Era como ser outra pessoa dentro do mesmo corpo, pensando a respeito disso ele suspirou e sorriu para ela ao ouvi-la dizer que havia sentido a falta dele. Queria dizer o mesmo... Mas não teve realmente a oportunidade de sentir falta de alguém - ou de algo - nas últimas semanas. Essa era sua verdade, Jake porém preferiu ser ameno. - Eu também. - Ele respondeu, soando estranhamente sincero até para os próprios ouvidos. Achava que era apenas o desejo de ter conseguido sentir falta, de ter tido o controle dos próprios sentidos para conseguir sentir algo que não fosse a dor doentia que sua mente lhe sentenciou nos últimos dias.
- Mas a gente precisa conversar sobre uma coisa. - E de novo assumiu aquele ar sério e estéril. Olhou para ela com cautela, analisando seu humor e sua disposição. - O que aconteceu na clareira é grave, Muriel e potencialmente perigoso para você.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Sáb Nov 24, 2018 10:00 pm
New Hampshire
Apenas assentiu, quanto as afirmações dele sobre ela não poder saber e sobre as formas de se lidar com tudo aquilo. Não conseguia saber o que ele sentia de fato, Jake estava com a mesma postura séria (ou pior) de quando conversaram a primeira vez, após o acontecido na clareira. Muriel havia conseguido entrar nas muralhas do temperamento do caçador, mas fora expulsa por suas próprias atitudes. Suspirou, não conseguindo olhar nos olhos dele – nem manter os olhos longe dele – por muito tempo. Era um sentimento um tanto confuso.
Quando dissera sentir a falta dele, não esperava uma resposta positiva. Na verdade, talvez esperasse que ele, a qualquer momento, fosse explodir como Jay fizera na manhã em que se viram pela última vez. Sendo assim, ela olhou para ele, surpresa com a resposta e com a sinceridade com a qual ele parecia estar também lidando. Apenas sorriu, colocando o cabelo para trás da orelha e observando ele se encostar na árvore.
“A gente precisa conversar sobre uma coisa” é uma frase que deixa qualquer pessoa um pouco atenta. Muriel ouviu o que ele tinha a dizer e percebeu que ele soava bastante como Jay, naquele momento. – Jay disse a mesma coisa no dia que nos conhecemos... – disse, tirando o olhar do corpo do caçador e tentando não pensar nas coisas que haviam acontecido no mês anterior. – Que tipo de ameaça, exatamente? – perguntou, pensando. Talvez fosse inocente em achar que a única ameaça fosse a de quererem tirar a vida dela – Elas não podem tirar muito mais de mim – deu de ombros, ficando cabisbaixa, vendo ao fundo, alguns animais comendo a grama que ainda estava verde.
Parecia menos “viva” do que quando a conhecera. Talvez o luto tivesse finalmente começado a fazer efeito, quando as coisas se acalmaram, quando não tinha mais nada acontecendo naquela cidade. Mas não falava só disso. De alguma forma, sabia que tudo aquilo havia começado por elas, e Jake ser algo oposto ao que ela era podia ser uma consequência do ódio dos covens.
Quando dissera sentir a falta dele, não esperava uma resposta positiva. Na verdade, talvez esperasse que ele, a qualquer momento, fosse explodir como Jay fizera na manhã em que se viram pela última vez. Sendo assim, ela olhou para ele, surpresa com a resposta e com a sinceridade com a qual ele parecia estar também lidando. Apenas sorriu, colocando o cabelo para trás da orelha e observando ele se encostar na árvore.
“A gente precisa conversar sobre uma coisa” é uma frase que deixa qualquer pessoa um pouco atenta. Muriel ouviu o que ele tinha a dizer e percebeu que ele soava bastante como Jay, naquele momento. – Jay disse a mesma coisa no dia que nos conhecemos... – disse, tirando o olhar do corpo do caçador e tentando não pensar nas coisas que haviam acontecido no mês anterior. – Que tipo de ameaça, exatamente? – perguntou, pensando. Talvez fosse inocente em achar que a única ameaça fosse a de quererem tirar a vida dela – Elas não podem tirar muito mais de mim – deu de ombros, ficando cabisbaixa, vendo ao fundo, alguns animais comendo a grama que ainda estava verde.
Parecia menos “viva” do que quando a conhecera. Talvez o luto tivesse finalmente começado a fazer efeito, quando as coisas se acalmaram, quando não tinha mais nada acontecendo naquela cidade. Mas não falava só disso. De alguma forma, sabia que tudo aquilo havia começado por elas, e Jake ser algo oposto ao que ela era podia ser uma consequência do ódio dos covens.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Sáb Nov 24, 2018 11:43 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Apenas sorriu de leve, sem querer realmente tocar no nome da irmã naquele instante. Jay ainda estava irritada com tudo aquilo e tinha sido bastante contra a ideia de Jake retornar para ver Muriel. Sabia que eventualmente sua irmã ia deixar tudo aquilo de lado e partir para a próxima atividade, mas enquanto essas ideias estivessem em sua cabeça seria difícil conversar com ela sobre o assunto. Muriel não precisava saber dessas coisas.
- É um Coven, Muriel. - Comentou ele como se só aquela afirmação fosse tudo que precisasse para explicar suas preocupações apenas com aquela frase. Pensou em se aproximar dela, mas achou melhor não fazê-lo por enquanto. Sequer tinha certeza se estava completamente a sós ali. Jake agora estava recheado de dúvidas a respeito de muitas coisas, mas pretendia por um fim em tudo aquilo que começara na clareira.
- Não acredito que eles queiram tirar algo de você, Muriel. - Passou a mão no rosto levemente voltando a olhar para Muriel. Deixou a frase no ar enquanto esperava que a garota pensasse a respeito do que ele estava falando. Então continuou. - Você talvez tenha algo ou seja algo que eles querem ou precisem muito. O que fizeram com sua avó não é comum, Muriel... E esse silêncio também não é.
Dessa vez ele resolveu se aproximar e levantou o rosto dela, os dedos no queixo para que ela o olhasse. - Você não tem a menor ideia do que isso pode ser? - Era uma pergunta importante, na verdade era um momento importante onde Muriel - e ele - poderiam definir alguma coisa. Um jeito de se defender ou um plano para conter o que estivesse acontecendo. Jake não tinha certeza do que um Coven pequeno como aquele estivesse tramando naquela cidade... Mas conhecendo a história antiga do lugar começava a temer que não fosse coisa boa. No fim, sua ida para lá não parecia ter sido só acaso.
- É um Coven, Muriel. - Comentou ele como se só aquela afirmação fosse tudo que precisasse para explicar suas preocupações apenas com aquela frase. Pensou em se aproximar dela, mas achou melhor não fazê-lo por enquanto. Sequer tinha certeza se estava completamente a sós ali. Jake agora estava recheado de dúvidas a respeito de muitas coisas, mas pretendia por um fim em tudo aquilo que começara na clareira.
- Não acredito que eles queiram tirar algo de você, Muriel. - Passou a mão no rosto levemente voltando a olhar para Muriel. Deixou a frase no ar enquanto esperava que a garota pensasse a respeito do que ele estava falando. Então continuou. - Você talvez tenha algo ou seja algo que eles querem ou precisem muito. O que fizeram com sua avó não é comum, Muriel... E esse silêncio também não é.
Dessa vez ele resolveu se aproximar e levantou o rosto dela, os dedos no queixo para que ela o olhasse. - Você não tem a menor ideia do que isso pode ser? - Era uma pergunta importante, na verdade era um momento importante onde Muriel - e ele - poderiam definir alguma coisa. Um jeito de se defender ou um plano para conter o que estivesse acontecendo. Jake não tinha certeza do que um Coven pequeno como aquele estivesse tramando naquela cidade... Mas conhecendo a história antiga do lugar começava a temer que não fosse coisa boa. No fim, sua ida para lá não parecia ter sido só acaso.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Dom Nov 25, 2018 12:16 am
New Hampshire
Ela ouvia as explicações dele, um tanto confusa. Talvez ele, como caçador, apesar da confusão, visse melhor o perigo de um coven do que uma bruxa que simplesmente não havia tido contato com eles. Tentava pensar melhor, a cabeça indo em vários lugares, com as palavras de Jake e voltando.
- Então o que podem querer de mim? Eu... Eu nem me juntei a eles. Na idade que as bruxas o fazem, eu recusei. Não foram bons pra nenhuma mulher da minha família – explicou, não conseguindo fazer uma conexão. Até o momento, a jovem só havia pensado que queriam mais uma bruxa no coven.
Quando Jake ergueu o rosto de Muriel, ela estremeceu. Era sempre curioso o toque do homem, ainda mais após tanto tempo afastada dele. Ouviu o que ele disse, negando a princípio... Mas logo arregalando os olhos. – Jake... Minha tia é adotada... – [/color]murmurou, pensando que aquele poderia ser o motivo. Na cabeça da jovem, o coven poderia querer uma O'Hanrahan no coven deles, afinal, eram bruxas que haviam sido poderosas no passado, aliadas à religião obscura... Até que Dorothia fez o que fez. Mas o que ela não sabia e que ele podia saber, era que as O'Hanrahan tinham uma tradição, no passado, de apenas se relacionarem com linhagem pura como as delas, e por isso Dorothia pagara com a vida, quando se apaixonou por um humano.
Após a linhagem de magia ser quebrada, era muito rara a possibilidade de uma bruxa nascer com sangue puro. E por isso mesmo a maioria das bruxas se respaldavam em feitiços, objetos mágicos etc: parte humanas, não conseguiam canalizar todo o poder a partir de sua essência. E bem, pelo que Muriel havia dito, o coven vinha observando sua família de perto e não tinha sido “bom” com as outras. A jovem Muriel não fazia ideia das coisas que seu sangue poderiam trazer... Seja viva, em colaboração seja com as bruxas ou os caçadores, ou morta em um ritual.
- Será que é isso?
- Então o que podem querer de mim? Eu... Eu nem me juntei a eles. Na idade que as bruxas o fazem, eu recusei. Não foram bons pra nenhuma mulher da minha família – explicou, não conseguindo fazer uma conexão. Até o momento, a jovem só havia pensado que queriam mais uma bruxa no coven.
Quando Jake ergueu o rosto de Muriel, ela estremeceu. Era sempre curioso o toque do homem, ainda mais após tanto tempo afastada dele. Ouviu o que ele disse, negando a princípio... Mas logo arregalando os olhos. – Jake... Minha tia é adotada... – [/color]murmurou, pensando que aquele poderia ser o motivo. Na cabeça da jovem, o coven poderia querer uma O'Hanrahan no coven deles, afinal, eram bruxas que haviam sido poderosas no passado, aliadas à religião obscura... Até que Dorothia fez o que fez. Mas o que ela não sabia e que ele podia saber, era que as O'Hanrahan tinham uma tradição, no passado, de apenas se relacionarem com linhagem pura como as delas, e por isso Dorothia pagara com a vida, quando se apaixonou por um humano.
Após a linhagem de magia ser quebrada, era muito rara a possibilidade de uma bruxa nascer com sangue puro. E por isso mesmo a maioria das bruxas se respaldavam em feitiços, objetos mágicos etc: parte humanas, não conseguiam canalizar todo o poder a partir de sua essência. E bem, pelo que Muriel havia dito, o coven vinha observando sua família de perto e não tinha sido “bom” com as outras. A jovem Muriel não fazia ideia das coisas que seu sangue poderiam trazer... Seja viva, em colaboração seja com as bruxas ou os caçadores, ou morta em um ritual.
- Será que é isso?
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Dom Nov 25, 2018 8:53 am
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Setembro de 2018
Jake afastou a mão quando ela levantou o rosto e voltou a se recostar à árvore, cruzou os braços pensativo. Ele não tinha muita ideia de como um Coven funcionava por dentro, como todo humano que de um modo ou de outro tenha caído naquele tipo de estrada, Jake sabia o que era contado, passado de um para o outro e nem sempre essas informações podiam ser cem por cento confiáveis. No fim algumas coisas você precisava descobrir por si mesmo.
Ficou calado analisando todas as coisas que Muriel tinha dito: achava estranho um Coven ter ficado "ok" com o fato de uma bruxa não se unir a ele, principalmente um Coven de uma cidade pequena, onde seu número de membros era pouco e seu poder reduzido, cada um contava. Aquela era a parte da história que ele não entendia muito bem... Por que deixariam Muriel escolher o que fazer? Aquilo não fazia sentido, ao menos não posto ao lado das coisas que ele sabia e conhecia. Suspirou frustrado por não conseguir enxergar qual era o real ponto da questão.
A tia ser adotada era uma informação que ele não tinha antes e precisava ser analisada com calma, mas não respondia a questão principal.
Moveu os ombros de forma relapsa, se surpreendia um pouco com o fato de Muriel não ter realmente desconfiado - ou procurado saber algo - principalmente após a morte da avó. - Eu não sei, pode ser qualquer coisa. Um Coven precisa de poder e números podem ser poder. - Lambeu os lábios. - Tem muita coisa estranha nessa história. Tipo o fato de sua tia não ter sofrido nenhuma aparente punição pela morte de uma semelhante. Bruxos raramente permitem isso. Quando foi a última vez que você a viu?
Ficou calado analisando todas as coisas que Muriel tinha dito: achava estranho um Coven ter ficado "ok" com o fato de uma bruxa não se unir a ele, principalmente um Coven de uma cidade pequena, onde seu número de membros era pouco e seu poder reduzido, cada um contava. Aquela era a parte da história que ele não entendia muito bem... Por que deixariam Muriel escolher o que fazer? Aquilo não fazia sentido, ao menos não posto ao lado das coisas que ele sabia e conhecia. Suspirou frustrado por não conseguir enxergar qual era o real ponto da questão.
A tia ser adotada era uma informação que ele não tinha antes e precisava ser analisada com calma, mas não respondia a questão principal.
Moveu os ombros de forma relapsa, se surpreendia um pouco com o fato de Muriel não ter realmente desconfiado - ou procurado saber algo - principalmente após a morte da avó. - Eu não sei, pode ser qualquer coisa. Um Coven precisa de poder e números podem ser poder. - Lambeu os lábios. - Tem muita coisa estranha nessa história. Tipo o fato de sua tia não ter sofrido nenhuma aparente punição pela morte de uma semelhante. Bruxos raramente permitem isso. Quando foi a última vez que você a viu?
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Dom Nov 25, 2018 11:43 am
New Hampshire
Voltou a desviar o olhar quando ele se afastou, não sabendo bem como ficar perto do caçador depois de tudo. Quando ele pareceu pensativo, ela aproveitou para tentar analisar a expressão de Jake, mas não teve muito sucesso. Se ele sabia algo relacionado ao que ela havia falado, tinha escondido bem.
Ela suspirou, assentindo quando ele falou que havia muitas coisas estranhas naquela história. Talvez a mãe pudesse ter algumas respostas, mas não tinha contato com ela há tanto tempo que duvidava que a mulher fosse querer ajudar. Assim como Jay para a sua família, Ariana, mãe de muriel, havia nascido com a genética diferente da família: em essência, era humana. Havia aprendido alguns truques bem interessantes, mas parecia sempre estar metida com quem não devia, mesmo quando Muriel morava com ela. Se lembrava de um homem ir bastante a sua casa, no Canadá, contando para a mãe sobre seres que lá viviam... E sumiam durante toda a noite.
- Foi na clareira, naquele dia. Você se lembra de tudo o que aconteceu? – perguntou, sem saber se ele lembrava, realmente – Parece que a minha avó foi um sacrifício para me levar, um que não deu certo, pois não fui. Talvez tenham feito algo com ela... Eu espero que sim – Murmurou o finalzinho, não gostando de desejar o mal pra ninguém, mas não podendo evitar. Muriel enrolava um tufinho de cabelo no dedo, se virando novamente pra onde o sol se punha, não ficando mais de frente para Jake – Se fosse por poder, deu ainda mais errado. O sacrifício foi feito em meu nome... O poder da minha avó veio pra mim – se sentia completamente culpada com aquilo. Suspirou – As bruxas de um coven são todas uma só, por isso são tão fortes quando estão juntas.
Era o único motivo que conseguia pensar, o poder. Não havia pesquisado muito sobre aquele coven, em especial. Era um dos assuntos que estava evitando em sua mente. Ela havia reunido informações sobre a família e suas ancestrais, mas ainda estava catalogando tudo e estudando.
-Elas fizeram contato comigo, mas mandaram jovens da minha idade, pra tentar me convencer. Parece que eu deveria me sentir honrada pelo sacrifício que minha avó fez. “fez” – fez as aspas com as mãos, revirando os olhos com a cara de pau das bruxas daquele coven. Acabou se sentando na grama, enquanto falava, cruzando as pernas sob o corpo. Bateu ao lado, para ele se sentar também.
- Você vai ficar?... Ou só veio me alertar? – ainda olhava pra frente, focando na vaquinha que comia a grama tranquilamente.
Ela suspirou, assentindo quando ele falou que havia muitas coisas estranhas naquela história. Talvez a mãe pudesse ter algumas respostas, mas não tinha contato com ela há tanto tempo que duvidava que a mulher fosse querer ajudar. Assim como Jay para a sua família, Ariana, mãe de muriel, havia nascido com a genética diferente da família: em essência, era humana. Havia aprendido alguns truques bem interessantes, mas parecia sempre estar metida com quem não devia, mesmo quando Muriel morava com ela. Se lembrava de um homem ir bastante a sua casa, no Canadá, contando para a mãe sobre seres que lá viviam... E sumiam durante toda a noite.
- Foi na clareira, naquele dia. Você se lembra de tudo o que aconteceu? – perguntou, sem saber se ele lembrava, realmente – Parece que a minha avó foi um sacrifício para me levar, um que não deu certo, pois não fui. Talvez tenham feito algo com ela... Eu espero que sim – Murmurou o finalzinho, não gostando de desejar o mal pra ninguém, mas não podendo evitar. Muriel enrolava um tufinho de cabelo no dedo, se virando novamente pra onde o sol se punha, não ficando mais de frente para Jake – Se fosse por poder, deu ainda mais errado. O sacrifício foi feito em meu nome... O poder da minha avó veio pra mim – se sentia completamente culpada com aquilo. Suspirou – As bruxas de um coven são todas uma só, por isso são tão fortes quando estão juntas.
Era o único motivo que conseguia pensar, o poder. Não havia pesquisado muito sobre aquele coven, em especial. Era um dos assuntos que estava evitando em sua mente. Ela havia reunido informações sobre a família e suas ancestrais, mas ainda estava catalogando tudo e estudando.
-Elas fizeram contato comigo, mas mandaram jovens da minha idade, pra tentar me convencer. Parece que eu deveria me sentir honrada pelo sacrifício que minha avó fez. “fez” – fez as aspas com as mãos, revirando os olhos com a cara de pau das bruxas daquele coven. Acabou se sentando na grama, enquanto falava, cruzando as pernas sob o corpo. Bateu ao lado, para ele se sentar também.
- Você vai ficar?... Ou só veio me alertar? – ainda olhava pra frente, focando na vaquinha que comia a grama tranquilamente.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Dom Nov 25, 2018 1:29 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Moveu a cabeça em positivo. Ele se lembrava da clareira, mas muito mais que isso. Jake conseguia se lembrar não apenas do ocorrido, mas das emoções que tinha sentido - e reprimido - de como seu sangue gelou quando entrou no lugar do ritual e de como ele esquentou em presença às bruxas. Lembrava-se dos sussurros e da ordem gritada e de notar como mesmo em seu subconsciente sua voz ainda tinha força e presença para afugentar - mesmo que na surpresa - uma delas.
- Isso não faz sentido algum, sabe? - Ele comentou pensando sobre tudo aquilo. - Sacrificar alguém por quem você é emocionalmente ligado para forçar a se juntar a eles. Teria que ser algo muito mais elaborado, algo que te fizesse acreditar que não foram eles. Mas nada naquela noite foi conduzida daquela maneira. - Ao menos para Jake tudo tinha ficado bastante claro naquela noite, logicamente ele não compreendia na época, mas agora voltando a trás e tecendo a cadeia de acontecimentos nada ali indicava um planejamento mais arrojado para que Muriel acreditasse que o Coven não tinha nada a ver com a morte. Não era inteligente e isso deixava em cheque a questão, porque Jake sabia que Covens eram minimamente organizados e inteligentes.
Não falou nada sobre o poder já que esse não era um fator que parecesse realmente importante ao caçador. Ele coçou a nuca confuso o suficiente para saber que suas ideias não chegariam a lugar nenhum, precisava de mais informações. Não achava estranho o contato feito pelo Coven porque no fim eles precisavam um do outro e Jake podia entender essa mentalidade de "alcateia". Suspirou, observando Muriel se sentar, mas não se moveu quando ela bateu no chão ao seu lado. Estava concentrado demais no que pensava quando Muriel fez a última pergunta, Jake parecia meio perdido, piscou algumas vezes e depois riu.
- Bom, eu ainda tenho um emprego, não é? - Deu uma risada breve agora movendo-se para perto dela, mas não se sentou no chão, abaixou-se ficando de cocoras. - Mas não acho que eu vá ser bem vindo por aqui e eu acho mesmo que você deveria tentar entender melhor essa história sem pé nem cabeça do coven. O Senhor das Trevas não tem o costume de gostar d perder nada, Muriel.
- Isso não faz sentido algum, sabe? - Ele comentou pensando sobre tudo aquilo. - Sacrificar alguém por quem você é emocionalmente ligado para forçar a se juntar a eles. Teria que ser algo muito mais elaborado, algo que te fizesse acreditar que não foram eles. Mas nada naquela noite foi conduzida daquela maneira. - Ao menos para Jake tudo tinha ficado bastante claro naquela noite, logicamente ele não compreendia na época, mas agora voltando a trás e tecendo a cadeia de acontecimentos nada ali indicava um planejamento mais arrojado para que Muriel acreditasse que o Coven não tinha nada a ver com a morte. Não era inteligente e isso deixava em cheque a questão, porque Jake sabia que Covens eram minimamente organizados e inteligentes.
Não falou nada sobre o poder já que esse não era um fator que parecesse realmente importante ao caçador. Ele coçou a nuca confuso o suficiente para saber que suas ideias não chegariam a lugar nenhum, precisava de mais informações. Não achava estranho o contato feito pelo Coven porque no fim eles precisavam um do outro e Jake podia entender essa mentalidade de "alcateia". Suspirou, observando Muriel se sentar, mas não se moveu quando ela bateu no chão ao seu lado. Estava concentrado demais no que pensava quando Muriel fez a última pergunta, Jake parecia meio perdido, piscou algumas vezes e depois riu.
- Bom, eu ainda tenho um emprego, não é? - Deu uma risada breve agora movendo-se para perto dela, mas não se sentou no chão, abaixou-se ficando de cocoras. - Mas não acho que eu vá ser bem vindo por aqui e eu acho mesmo que você deveria tentar entender melhor essa história sem pé nem cabeça do coven. O Senhor das Trevas não tem o costume de gostar d perder nada, Muriel.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Dom Nov 25, 2018 7:37 pm
New Hampshire
Assentiu, suspirando. – Eu não sei, Jake. Talvez tivesse dado certo, se você não tivesse lá. O medo é um sentimento controverso... E depois que você assina o livro, não tem mais volta, sabe? Mesmo que tenha sido em um momento de desespero. ... Eu realmente não sei oq esperavam – confessou. Pensar naquilo era terrível, cogitar que a tia poderia ter conseguido o que queria, mesmo tendo feito o que fez.
Muriel ergueu o olhar quando ele se agachou ao seu lado, dando um pequeno sorriso. – Tá com medo de sujar a bunda, doutor? – provocou, sem muito humor. Logo assentiu, franzindo as sobrancelhas – Não é mais bem-vindo? Alguém mais sabe de você, na cidade? – bom, ter um caçador na cidade gerava um alvoroço, ainda mais em uma com uma quantidade elevada de seres sobrenaturais... Mas a jovem não sabia se todos eles podiam sentir a presença do caçador como as bruxas podiam.
- Eu acho... Eu acho que tem coisas na sua casa que podem me ajudar. No dia que nós...bem, ficamos juntos, eu fui procurar um casaco e vi um baú no seu armário e acabei abrindo – tentava abordar a invasão de privacidade de maneira não muito direta – Desculpa por isso... Mas era como se ele me chamasse... E lá tinha coisas da Dorothia, uns grimórios, umas coisas sobre acidentes. Talvez seja um bom lugar pra começar. Não é fácil conseguir informações sobre covens, a menos que esteja dentro dele – encolheu os ombros.
- Jake... Você me ajuda? – perguntou, suspirando – Tudo bem se não quiser se meter mais do que já está... Mas não confio em outra pessoa, no momento, pra me ensinar e me ajudar com essas coisas – Talvez Jay pudesse ensinar mais, mas sabia que não era uma opção no momento. Na verdade, talvez quisesse somente ele por perto. E sabia, também, que os caçadores tinham informantes por toda parte. Apesar de tudo isso, Muriel queria sentir a sensação de segurança e bem estar da noite que dormiram juntos, mesmo que não pudesse tocar nele.
Muriel ergueu o olhar quando ele se agachou ao seu lado, dando um pequeno sorriso. – Tá com medo de sujar a bunda, doutor? – provocou, sem muito humor. Logo assentiu, franzindo as sobrancelhas – Não é mais bem-vindo? Alguém mais sabe de você, na cidade? – bom, ter um caçador na cidade gerava um alvoroço, ainda mais em uma com uma quantidade elevada de seres sobrenaturais... Mas a jovem não sabia se todos eles podiam sentir a presença do caçador como as bruxas podiam.
- Eu acho... Eu acho que tem coisas na sua casa que podem me ajudar. No dia que nós...bem, ficamos juntos, eu fui procurar um casaco e vi um baú no seu armário e acabei abrindo – tentava abordar a invasão de privacidade de maneira não muito direta – Desculpa por isso... Mas era como se ele me chamasse... E lá tinha coisas da Dorothia, uns grimórios, umas coisas sobre acidentes. Talvez seja um bom lugar pra começar. Não é fácil conseguir informações sobre covens, a menos que esteja dentro dele – encolheu os ombros.
- Jake... Você me ajuda? – perguntou, suspirando – Tudo bem se não quiser se meter mais do que já está... Mas não confio em outra pessoa, no momento, pra me ensinar e me ajudar com essas coisas – Talvez Jay pudesse ensinar mais, mas sabia que não era uma opção no momento. Na verdade, talvez quisesse somente ele por perto. E sabia, também, que os caçadores tinham informantes por toda parte. Apesar de tudo isso, Muriel queria sentir a sensação de segurança e bem estar da noite que dormiram juntos, mesmo que não pudesse tocar nele.
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- Mensagem nº13
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Dom Nov 25, 2018 11:07 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Jake sorriu, daquele jeito que as pessoas sorriem quando estão tentando ser educadas, mas não tem muito a dizer ao ouvi-la falar sobre sujar-se. Ele também tinha ficado em silêncio quando ela falava sobre as coisas que tinham acontecido na clareira, sinceramente não conseguia se por no lugar de Muriel por mais que tentasse. Não saberia de forma alguma como teria agido naquela situação se fosse ele quem tivesse perdido alguém e não entendia assim tão bem das bruxas para saber como suas ideias funcionavam.
Ele moveu os ombros levemente. - Não é como se isso fosse muito difícil para um Coven descobrir e além do mais um Kraine sempre vai ser um Kraine. - Esboçou um leve sorriso de lado, mas logo focou-se no horizonte, o sol já estava para mais da metade e logo a luz dele se esvairia deixando-os no total escuro. Mas aquela era uma certeza que Jake tinha: elas saberiam como moscas que ele estava ali, mais cedo ou mais tarde saberiam e ele deveria se preparar para isso, não podia simplesmente deixar as coisas correrem sem um planejamento.
Olhou para ela, quando Muriel começou a relatar coisas sobre a noite que tiveram juntos, parecia calmo e nada aborrecido com as coisas que a jovem revelava pois no fim podia entender muito bem como Muriel se sentia ao encontrar algo como o que encontrou. Jake se lembrava vagamente do baú, algo que tinha ganho do pai. Inicialmente não falou nada enquanto pensava como aqueles diários e livros talvez fossem mais importantes para Muriel do que para ele próprio, o fato de serem guardados pelos Kraines era simplesmente porque Dorothia não sobrevivera e tudo que lhe pertencia ficou em poder da família do marido, mas nunca tinha ocorrido a ele que tudo pertencia a Muriel também. - Você pode olhar o que quiser. É seu também... De certa forma somos... Parentes, né?
Aquilo sim tinha sido uma coisa estranha de dizer, mas que era uma verdade engraçada. O vinculo entre eles era ralo, mas não deixava de existir.
- Mas é claro que vou ajudar você, que tipo de caçador eu seria se te deixasse enfrentar umas bruxas sozinha? Mas a gente tem que planejar bem o que vai fazer, Muriel. Eles não podem nem desconfiar que estamos nisso juntos.
Ele moveu os ombros levemente. - Não é como se isso fosse muito difícil para um Coven descobrir e além do mais um Kraine sempre vai ser um Kraine. - Esboçou um leve sorriso de lado, mas logo focou-se no horizonte, o sol já estava para mais da metade e logo a luz dele se esvairia deixando-os no total escuro. Mas aquela era uma certeza que Jake tinha: elas saberiam como moscas que ele estava ali, mais cedo ou mais tarde saberiam e ele deveria se preparar para isso, não podia simplesmente deixar as coisas correrem sem um planejamento.
Olhou para ela, quando Muriel começou a relatar coisas sobre a noite que tiveram juntos, parecia calmo e nada aborrecido com as coisas que a jovem revelava pois no fim podia entender muito bem como Muriel se sentia ao encontrar algo como o que encontrou. Jake se lembrava vagamente do baú, algo que tinha ganho do pai. Inicialmente não falou nada enquanto pensava como aqueles diários e livros talvez fossem mais importantes para Muriel do que para ele próprio, o fato de serem guardados pelos Kraines era simplesmente porque Dorothia não sobrevivera e tudo que lhe pertencia ficou em poder da família do marido, mas nunca tinha ocorrido a ele que tudo pertencia a Muriel também. - Você pode olhar o que quiser. É seu também... De certa forma somos... Parentes, né?
Aquilo sim tinha sido uma coisa estranha de dizer, mas que era uma verdade engraçada. O vinculo entre eles era ralo, mas não deixava de existir.
- Mas é claro que vou ajudar você, que tipo de caçador eu seria se te deixasse enfrentar umas bruxas sozinha? Mas a gente tem que planejar bem o que vai fazer, Muriel. Eles não podem nem desconfiar que estamos nisso juntos.
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- Mensagem nº14
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Dom Nov 25, 2018 11:42 pm
New Hampshire
Muriel apenas moveu a cabeça em positivo. Era verdade, provavelmente já até sabiam que o caçador estava lá, desde a época que a tia o viu na clareira, mas, com alguma sorte, poderiam não ter descoberto que ele era um Kraine. O que elas fariam se soubessem? Muriel estremeceu com a ideia. Provavelmente não fariam nada bom com alguém da família que havia fundado a caça naquela região.
Era estranho observar como Jake parecia calmo com toda aquela situação, apesar de mais ciente do perigo que ela. Após contar sobre o baú, ouviu a resposta dele, dando um pequeno sorriso... Que foi desaparecendo ao chegar no final da frase. O parentesco era distante, isso é fato, mas ainda sim estava ali. Os dois tinham sangue de Dorothia em suas veias. – Obrigada – foi tudo o que conseguira dizer com a situação.
Deixou que o médico continuasse falando, ficando aliviada quando ele afirmou que estava disposto a ajudar – Bem, não sei se todo caçador estaria disposto a ajudar uma bruxa com os problemas das próprias bruxas... Mas parece que o destino me deu o vizinho certo. – comentou, também não olhando para ele. Os dois já estavam nas sombras, sob os galhos daquela árvore, o campo mais distante sendo iluminado pelos raios alaranjados do por do sol.
- O curioso é que, no passado, passaram por problemas parecidos. Acho que é uma sina das nossas famílias. Acabarmos juntos, para enfrentar um coven bem do maluco... Quer dizer, não junto igual eles, mas pelo menos juntos num problema – afastou o cabelo do rosto e pensou, se lembrando de uma coisa – Você viu as coisas... Na sua casa? Dorothia e o Kraine? Naquela noite..? – perguntou, aproveitando que ele estava disposto a falar do que havia se lembrado ou não.
Logo ela assentiu que precisavam se preparar. – Eu acho que você não devia ir lá em casa. Elas podem te sentir e vez ou outra tentam contato. No seu terreno, elas só saberão se tiver alguém lá.
Era estranho observar como Jake parecia calmo com toda aquela situação, apesar de mais ciente do perigo que ela. Após contar sobre o baú, ouviu a resposta dele, dando um pequeno sorriso... Que foi desaparecendo ao chegar no final da frase. O parentesco era distante, isso é fato, mas ainda sim estava ali. Os dois tinham sangue de Dorothia em suas veias. – Obrigada – foi tudo o que conseguira dizer com a situação.
Deixou que o médico continuasse falando, ficando aliviada quando ele afirmou que estava disposto a ajudar – Bem, não sei se todo caçador estaria disposto a ajudar uma bruxa com os problemas das próprias bruxas... Mas parece que o destino me deu o vizinho certo. – comentou, também não olhando para ele. Os dois já estavam nas sombras, sob os galhos daquela árvore, o campo mais distante sendo iluminado pelos raios alaranjados do por do sol.
- O curioso é que, no passado, passaram por problemas parecidos. Acho que é uma sina das nossas famílias. Acabarmos juntos, para enfrentar um coven bem do maluco... Quer dizer, não junto igual eles, mas pelo menos juntos num problema – afastou o cabelo do rosto e pensou, se lembrando de uma coisa – Você viu as coisas... Na sua casa? Dorothia e o Kraine? Naquela noite..? – perguntou, aproveitando que ele estava disposto a falar do que havia se lembrado ou não.
Logo ela assentiu que precisavam se preparar. – Eu acho que você não devia ir lá em casa. Elas podem te sentir e vez ou outra tentam contato. No seu terreno, elas só saberão se tiver alguém lá.
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- Mensagem nº15
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Seg Nov 26, 2018 3:25 pm
New Hampshire
Setembro de 2018
Num geral a expressão dele não parecia muito preocupada em relação as bruxas, Jake estava estranhamente sereno diante de tudo aquilo e era estranho vê-lo daquela forma. Suspirou brevemente apenas sorrindo quando ela agradeceu. Escutou calado o que Muriel disse e depois de uma leve risada. - As coisas não são mais como são antes, na verdade. Não vou dizer que é comum, mas não é totalmente estranho um caçador receber ajuda de outro ser, nós e vocês já não somos tão numerosos quanto antes e manter tudo isso longe dos olhos humanos é mais importante do que essa briga, então eventualmente nos juntamos por um inimigo em comum. - Ele se levantou arrumando a calça e se esticando um pouco, sua mente estava tão mais clara agora que as coisas pareciam se encaixar naturalmente e ele gostava da sensação.
Ele pareceu notar algo em Muriel, mas inicialmente preferiu não puxar o assunto e riu da comparação. - Eles tinham bons motivos. - Moveu os ombros e depois ficou mais sério. - Ah, eu vi. Não daquela vez e provavelmente não do jeito que você viu, mas aquela casa gosta de falar mesmo quando você não quer ouvir. Você tem que ver o sótão... É onde mais você sente as coisas.
Concordou com Muriel, movendo a cabeça em positivo quando ela falou sobre não ir à casa dela: não pensava a respeito disso de qualquer maneira, não sabia como seu corpo e sua mente reagiria ao entrar em um ambiente onde a magia era mais forte e livre como os domínios de uma bruxa. Sua casa estava segura, graças a Jay e agora graças a ele também. - Você está aborrecida com algo. - Não era uma pergunta e ele olhou em sua direção.
Ele pareceu notar algo em Muriel, mas inicialmente preferiu não puxar o assunto e riu da comparação. - Eles tinham bons motivos. - Moveu os ombros e depois ficou mais sério. - Ah, eu vi. Não daquela vez e provavelmente não do jeito que você viu, mas aquela casa gosta de falar mesmo quando você não quer ouvir. Você tem que ver o sótão... É onde mais você sente as coisas.
Concordou com Muriel, movendo a cabeça em positivo quando ela falou sobre não ir à casa dela: não pensava a respeito disso de qualquer maneira, não sabia como seu corpo e sua mente reagiria ao entrar em um ambiente onde a magia era mais forte e livre como os domínios de uma bruxa. Sua casa estava segura, graças a Jay e agora graças a ele também. - Você está aborrecida com algo. - Não era uma pergunta e ele olhou em sua direção.
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- Mensagem nº16
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Seg Nov 26, 2018 4:17 pm
New Hampshire
Aquilo que ele disse fez a menina pensar um pouco. Como não fora criada “dentro” daquele mundo, tinha coisas que conhecia mais na teoria do que na prática. Na mente dela, era muito incomum a ideia de que um caçador e um ser sobrenatural pudessem trabalhar juntos... Mas parece que o mundo havia mudado bastante desde que escreveram os livros que ela tinha disponíveis pra estudar. – Não queremos outra inquisição, afinal - suspirou. Humanos com ódio chegavam a ser piores do que caçadores, pois eram uma quantidade muito maior que a de qualquer outro ser. Não que os caçadores não estivessem metidos na inquisição, nessa época, mas a maioria ainda era de humanos desentendidos.
A menina ajeitou o corpo quando ele se levantou, dobrando as pernas na frente do corpo e abraçando os joelhos. Assim era fácil de fugir do olhar do homem. Suspirou, mas logo o olhou de rabo de olho, curiosa com suas palavras – Eu posso? – perguntou, quando ele disse que ela “tinha de ver”. A casa realmente parecia ter muito o que contar. Logo tentou deixar o assunto não muito pesado - Então, afinal, tem fantasmas no seu sótão – deu um pequeno sorriso.
Encostou o queixo nos joelhos, quando ele fez aquela última pergunta, suspirando. – Você perdeu suas memórias do passado, mas nunca foi privado das informações, sabe? Dependia só da sua mente... Ou de uma vizinha enxerida. – deu uma risada sem humor – Eu sinto que fui privada de tanta coisa. Minha avó queria que eu vivesse como uma pessoa normal... E eu gostava, lidar com a magia de forma despretensiosa, só pra ajudar as pessoas... Só que agora rolaram essas merdas todas e tudo o que eu sei está em livros velhos, ou veio da sua irmã ou dos sussurros da casa. Quem devia me ajudar, que são as outras bruxas, fizeram o que fizeram... Mas tinha algo, antes, que de alguma forma me deixava tranquila – respirou profundamente – Quando eu te conheci, mesmo tendo medo de você, a princípio, eu confiei. Eu não sabia o motivo... Mas, naquela noite que ficamos juntos, motivo nem pareceu importar. Não só pelo sexo, isso foi um bônus – deu uma risadinha envergonhada – Mas eu sabia que tinha alguém por mim e alguém por quem eu queria lutar... E não era algo explicável em uma só vida - olhou pra cima, nos olhos dele – E aí eu te machuquei. Você se foi. Tive de aprender a viver com tudo o que eu não sabia, descobrindo que não sabia se o que senti também era real.
Muriel lambeu os lábios, vendo que havia falado demais. Voltou a olhar para o campo cada vez menos iluminado – E agora você voltou...
A menina ajeitou o corpo quando ele se levantou, dobrando as pernas na frente do corpo e abraçando os joelhos. Assim era fácil de fugir do olhar do homem. Suspirou, mas logo o olhou de rabo de olho, curiosa com suas palavras – Eu posso? – perguntou, quando ele disse que ela “tinha de ver”. A casa realmente parecia ter muito o que contar. Logo tentou deixar o assunto não muito pesado - Então, afinal, tem fantasmas no seu sótão – deu um pequeno sorriso.
Encostou o queixo nos joelhos, quando ele fez aquela última pergunta, suspirando. – Você perdeu suas memórias do passado, mas nunca foi privado das informações, sabe? Dependia só da sua mente... Ou de uma vizinha enxerida. – deu uma risada sem humor – Eu sinto que fui privada de tanta coisa. Minha avó queria que eu vivesse como uma pessoa normal... E eu gostava, lidar com a magia de forma despretensiosa, só pra ajudar as pessoas... Só que agora rolaram essas merdas todas e tudo o que eu sei está em livros velhos, ou veio da sua irmã ou dos sussurros da casa. Quem devia me ajudar, que são as outras bruxas, fizeram o que fizeram... Mas tinha algo, antes, que de alguma forma me deixava tranquila – respirou profundamente – Quando eu te conheci, mesmo tendo medo de você, a princípio, eu confiei. Eu não sabia o motivo... Mas, naquela noite que ficamos juntos, motivo nem pareceu importar. Não só pelo sexo, isso foi um bônus – deu uma risadinha envergonhada – Mas eu sabia que tinha alguém por mim e alguém por quem eu queria lutar... E não era algo explicável em uma só vida - olhou pra cima, nos olhos dele – E aí eu te machuquei. Você se foi. Tive de aprender a viver com tudo o que eu não sabia, descobrindo que não sabia se o que senti também era real.
Muriel lambeu os lábios, vendo que havia falado demais. Voltou a olhar para o campo cada vez menos iluminado – E agora você voltou...
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Ter Nov 27, 2018 10:17 am
New Hampshire
Setembro de 2018
- Eu duvido muito na possibilidade de uma Inquisição, mas não, não queremos. - Ele riu de leve. Achava que o mundo tinha mudado o suficiente para que coisas como aquela não acontecessem de novo, mas é claro que sempre era possível já que a humanidade conseguia surpreender - para o bem ou para o mau - constantemente. Jake moveu-se para o carro, quando o sol simplesmente se foi dando apenas o céu escuro para eles, ligou os faróis do veiculo que lançou uma luz leve, mas focada sobre eles a sombra de ambos se esticando para além. - Não são fantasmas. - Ele falou, dessa vez estava sério e achava tão estranho que Muriel tivesse sido poupada de todas aquelas informações. O que a avó dela pretendia?
- Acho que a Jay te disse isso na clareira, sabe? São memórias. Um lugar, onde a magia existiu e foi forte, ele guarda memórias. Coisas que aconteceram e marcaram. Às vezes você precisa acessá-las por si só, sua conta e risco... Em alguns casos o lugar encontra um meio ou um canal para mostrar, reviver. Aquela casa está cheia de memórias, a clareira está cheia... Sua casa também, provavelmente. Jay sabe melhor como fazer essas coisas do que eu, talvez ela possa te ajudar. - E achava mesmo que Muriel ia precisar de ajuda e muita ajuda. Seu conhecimento era tão raso que Jake começava a temer realmente pela segurança dela, até mesmo Jay que só tivera uma ou outra mentora disposta a ensinar uma Kraine sabia mais do que ela do universo das bruxas.
- Eu não podia ser privado de nada ou seria um alvo fácil... Você também não deveria ter sido. Não somos pessoas normais, podemos fingir e fazer de conta, mas essa não é a verdade. - Escutou em silêncio o que Muriel dizia e entendia muito bem sobre o que a jovem falava, ele sorriu de leve quando falou sobre se sentir segura com ele e todas aquelas coisas, ficava satisfeito em saber que a jovem se sentia assim. Mas ela parecia acuada com alguma coisa, Jake riu de leve. - Você não me machucou, Muriel. Minha mente era um caos e isso nunca foi culpa sua. - Jake suspirou e esticou a mão para ela, para que se levantasse achava que já estava na hora de ir. - Você tem que lutar por você primeiro, independente de qualquer coisa, por você primeiro.
- Acho que a Jay te disse isso na clareira, sabe? São memórias. Um lugar, onde a magia existiu e foi forte, ele guarda memórias. Coisas que aconteceram e marcaram. Às vezes você precisa acessá-las por si só, sua conta e risco... Em alguns casos o lugar encontra um meio ou um canal para mostrar, reviver. Aquela casa está cheia de memórias, a clareira está cheia... Sua casa também, provavelmente. Jay sabe melhor como fazer essas coisas do que eu, talvez ela possa te ajudar. - E achava mesmo que Muriel ia precisar de ajuda e muita ajuda. Seu conhecimento era tão raso que Jake começava a temer realmente pela segurança dela, até mesmo Jay que só tivera uma ou outra mentora disposta a ensinar uma Kraine sabia mais do que ela do universo das bruxas.
- Eu não podia ser privado de nada ou seria um alvo fácil... Você também não deveria ter sido. Não somos pessoas normais, podemos fingir e fazer de conta, mas essa não é a verdade. - Escutou em silêncio o que Muriel dizia e entendia muito bem sobre o que a jovem falava, ele sorriu de leve quando falou sobre se sentir segura com ele e todas aquelas coisas, ficava satisfeito em saber que a jovem se sentia assim. Mas ela parecia acuada com alguma coisa, Jake riu de leve. - Você não me machucou, Muriel. Minha mente era um caos e isso nunca foi culpa sua. - Jake suspirou e esticou a mão para ela, para que se levantasse achava que já estava na hora de ir. - Você tem que lutar por você primeiro, independente de qualquer coisa, por você primeiro.
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Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Ter Nov 27, 2018 1:48 pm
New Hampshire
Muriel deu uma risada quando ele levou as palavras dela ao pé da letra. Podia não saber exatamente o que rolava na casa, mas não era disso que falava no momento – Fantasmas no sótão foi a sua desculpa pra me levar pro seu quarto, doutor – explicou, vendo que talvez o senso de humor fosse parte mais do lado humano dele do que o do caçador.
Apesar disso, a jovem bruxa prestou atenção no que Jake dizia, assentindo. Fazia sentido – A vovó dizia que os Caçadores que viveram ali, anos atrás, foram mortos após um desses “poltergeist” da casa, liberando um lobisomem que estavam estudando. Não sei se eram exatamente parte da sua família, mas pelo que ela dizia, não eram boas pessoas – deu de ombros. Não sabia se acreditava em toda a história, após aprender sobre os Kraine, mas sabia que não era impossível. A morena ergueu uma sobrancelha, quando ele mencionou Jay ajudar – Acho que Jay não quer me ajudar. E nem preciso dos meus poderes pra pressentir isso – deu uma risada um pouco triste e logo viu ele ir ligar os faróis, falando enquanto se aproximava novamente e estendendo a mão.
A bruxa aceitou a ajuda, deixando ele terminar de falar, antes de dizer qualquer coisa. – A minha avó não falava muito sobre o meu pai ou coisa assim. Ele era um pastor da Igreja das Trevas... Acho que ela queria me manter afastada dessas coisas. Estou abrindo algumas caixas antigas, que ela não me deixava mexer, com um feitiço de bloqueio. Ontem eu consegui desfazer... Talvez lá encontremos algumas respostas para esses segredos – deu de ombros, não sabendo se queria de fato encontrar. – É, eu tenho de lutar, eu acho – disse, baixo, agradecendo a ajuda e em seguida limpando a calça suja.
Finalmente respondeu sobre tê-lo machucado – Jake, eu machuquei. Talvez não tanto quanto quem fez o que fez contigo, mas eu te fiz reviver tudo isso, sem você querer. Eu pensei realmente que fosse te fazer bem, e agora vejo que talvez estivesse certa, mas, bem, vai saber se era a hora – Ia andando com ele para o carro, vendo que o médico a acompanhava para abrir a porta. Suspirou, olhando ele sob a iluminação difusa. Sustentou o olhar, quietinha, por algum momento e logo entrou no carro, agradecendo pela gentileza dele.
Apesar disso, a jovem bruxa prestou atenção no que Jake dizia, assentindo. Fazia sentido – A vovó dizia que os Caçadores que viveram ali, anos atrás, foram mortos após um desses “poltergeist” da casa, liberando um lobisomem que estavam estudando. Não sei se eram exatamente parte da sua família, mas pelo que ela dizia, não eram boas pessoas – deu de ombros. Não sabia se acreditava em toda a história, após aprender sobre os Kraine, mas sabia que não era impossível. A morena ergueu uma sobrancelha, quando ele mencionou Jay ajudar – Acho que Jay não quer me ajudar. E nem preciso dos meus poderes pra pressentir isso – deu uma risada um pouco triste e logo viu ele ir ligar os faróis, falando enquanto se aproximava novamente e estendendo a mão.
A bruxa aceitou a ajuda, deixando ele terminar de falar, antes de dizer qualquer coisa. – A minha avó não falava muito sobre o meu pai ou coisa assim. Ele era um pastor da Igreja das Trevas... Acho que ela queria me manter afastada dessas coisas. Estou abrindo algumas caixas antigas, que ela não me deixava mexer, com um feitiço de bloqueio. Ontem eu consegui desfazer... Talvez lá encontremos algumas respostas para esses segredos – deu de ombros, não sabendo se queria de fato encontrar. – É, eu tenho de lutar, eu acho – disse, baixo, agradecendo a ajuda e em seguida limpando a calça suja.
Finalmente respondeu sobre tê-lo machucado – Jake, eu machuquei. Talvez não tanto quanto quem fez o que fez contigo, mas eu te fiz reviver tudo isso, sem você querer. Eu pensei realmente que fosse te fazer bem, e agora vejo que talvez estivesse certa, mas, bem, vai saber se era a hora – Ia andando com ele para o carro, vendo que o médico a acompanhava para abrir a porta. Suspirou, olhando ele sob a iluminação difusa. Sustentou o olhar, quietinha, por algum momento e logo entrou no carro, agradecendo pela gentileza dele.
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- Mensagem nº19
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Rosenrot Qua Nov 28, 2018 9:21 am
New Hampshire
Setembro de 2018
Jake sorriu de leve. - Se não me falha a memória foi você quem se ofereceu para ir. - Ficou em silêncio, mas franziu as sobrancelhas quando ela começou a contar aquela história estranha. - Não conheço essa história e não ouvi nenhum relato sobre isso. - Ele coçou a nuca, prender um lobisomem não era tarefa fácil. - A casa não tem nenhum fantasma, como falei... São eventos de memórias, não projeções espirituais ligada a algum espírito. - Parecia um tanto confuso e curioso era uma história que precisaria investigar assim que tivesse algum tempo livre.
- Se você tiver acesso ao Coven, por mais arriscado e sugestivo que seja, talvez fosse bom dar uma olhada na biblioteca ou arquivos deles. Dependendo de quem seu pai foi, talvez tenham algo. - Respirou fundo um tanto resignado. Seria complicado para Muriel lidar com todo aquele mundo novo sendo portadora de tão pouca informação, era como ir fazer uma prova importante sem ter tido estudado a matéria. Jay poderia ajudá-la - e um bocado -, mas estava tão envolvida em outro problema que Jake não tinha certeza dessa possibilidade. - É um bom começo. - E era, mas duvidava que a avó tivesse guardado algo de tão importante por lá, já que aparentemente fazia tanta questão de Muriel não saber.
- Você não tem como saber se eu queria ou não. - Foi tudo que disse a respeito daquele último assunto pois não achava que era necessário voltar nele, Muriel e ele tinham problemas bem maiores do que memórias reprimidas. Ele se moveu até o carro e abriu a porta para ela depois deu a volta e assumiu o volante. Manobrar o carro para fora dali foi fácil e logo estavam de volta à estrada rumo as casas. Jake os conduziu pela rua silenciosa, as casas eram pequenos borrões escuros com apenas uma fonte de luz quando parou o carro frente à casa de Muriel ele deu uma olhada na pequena construção pensativo a respeito das coisas que a aguardavam lá dentro. - Faça alguma coisa para proteger a casa. - Disse, virando-se para ela. - Se algo te incomodar, me procure também.
- Se você tiver acesso ao Coven, por mais arriscado e sugestivo que seja, talvez fosse bom dar uma olhada na biblioteca ou arquivos deles. Dependendo de quem seu pai foi, talvez tenham algo. - Respirou fundo um tanto resignado. Seria complicado para Muriel lidar com todo aquele mundo novo sendo portadora de tão pouca informação, era como ir fazer uma prova importante sem ter tido estudado a matéria. Jay poderia ajudá-la - e um bocado -, mas estava tão envolvida em outro problema que Jake não tinha certeza dessa possibilidade. - É um bom começo. - E era, mas duvidava que a avó tivesse guardado algo de tão importante por lá, já que aparentemente fazia tanta questão de Muriel não saber.
- Você não tem como saber se eu queria ou não. - Foi tudo que disse a respeito daquele último assunto pois não achava que era necessário voltar nele, Muriel e ele tinham problemas bem maiores do que memórias reprimidas. Ele se moveu até o carro e abriu a porta para ela depois deu a volta e assumiu o volante. Manobrar o carro para fora dali foi fácil e logo estavam de volta à estrada rumo as casas. Jake os conduziu pela rua silenciosa, as casas eram pequenos borrões escuros com apenas uma fonte de luz quando parou o carro frente à casa de Muriel ele deu uma olhada na pequena construção pensativo a respeito das coisas que a aguardavam lá dentro. - Faça alguma coisa para proteger a casa. - Disse, virando-se para ela. - Se algo te incomodar, me procure também.
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- Mensagem nº20
Re: [Setembro, 2018] - Nova Inglaterra, New Hamspire
por Bastet Qua Nov 28, 2018 11:56 am
New Hampshire
- Não lembro disso não – deu uma risanha, movendo os ombros quando ele disse não conhecer a história – Se conta muitas coisas sobre vocês, entre os que não são humanos. Sinceramente não sei dizer o que é verdade ou não – de fato, não sabia. Mas seu lema era não duvidar. Assentiu à explicação dele, suspirando quando ele falou do Coven. Por mais que ela não quisesse, sabia que o caçador tinha razão. Assentiu novamente – Eu vou ver o que eu consigo. Obrigada, Jake- deu um pequeno sorriso, logo seguindo pro carro com o homem.
O caminho de volta foi estranhamente silencioso. Muriel encostou a cabeça no encosto do banco, pensando no quão surreal aquela situação parecia pra ela. Após as semanas longe, havia colocado em sua cabeça que a casa após a ponte ficaria vazia por um bom tempo... E que a sua vida voltaria à pacata rotina de sempre... E até voltou, apesar de isso ter acontecido de forma forçosa, por parte de Muriel. Observou o caminho, pensando no que Jake havia dito. Era mesmo muito estranho que as bruxas a tivessem deixado em paz esse tempo todo.
Quando chegaram, ela desprendeu o cinto e olhou para ele – Sim, a casa em si tem alguma proteção... Mas não sei se contra as pessoas certas – deu de ombros. Se aproximou dele, pela primeira vez na noite, dando um beijo na bochecha dele – Obrigada por voltar para me ajudar – disse, baixo, e assentiu – Você sabe que eu não hesito em bater em portas no meio da noite – deu uma risadinha, balando a cabeça e suspirando – Boa noite, Jake – disse, abrindo a porta e olhando pro banco de trás – boa noite, Eluna – logo saiu do carro, indo em direção à própria casa. Na árvore próxima à varanda, seu familiar, esperava, aparentemente dormindo. Moveu as pequenas orelhas ao ouvir Muriel sair, mas não fez menção de descer. – Oi, Ankh – ela cumprimentou, antes de entrar.
O caminho de volta foi estranhamente silencioso. Muriel encostou a cabeça no encosto do banco, pensando no quão surreal aquela situação parecia pra ela. Após as semanas longe, havia colocado em sua cabeça que a casa após a ponte ficaria vazia por um bom tempo... E que a sua vida voltaria à pacata rotina de sempre... E até voltou, apesar de isso ter acontecido de forma forçosa, por parte de Muriel. Observou o caminho, pensando no que Jake havia dito. Era mesmo muito estranho que as bruxas a tivessem deixado em paz esse tempo todo.
Quando chegaram, ela desprendeu o cinto e olhou para ele – Sim, a casa em si tem alguma proteção... Mas não sei se contra as pessoas certas – deu de ombros. Se aproximou dele, pela primeira vez na noite, dando um beijo na bochecha dele – Obrigada por voltar para me ajudar – disse, baixo, e assentiu – Você sabe que eu não hesito em bater em portas no meio da noite – deu uma risadinha, balando a cabeça e suspirando – Boa noite, Jake – disse, abrindo a porta e olhando pro banco de trás – boa noite, Eluna – logo saiu do carro, indo em direção à própria casa. Na árvore próxima à varanda, seu familiar, esperava, aparentemente dormindo. Moveu as pequenas orelhas ao ouvir Muriel sair, mas não fez menção de descer. – Oi, Ankh – ela cumprimentou, antes de entrar.
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